Teresina
(05/05/2008) - O Piauí tem doze espécies
de animais em extinção. São
as aves (ararinha-azul, arara-azul grande e araponga
do Nordeste) e os mamíferos (gato-do-mato-pequeno,
gato-maracujá, gato-palheiro, jaguatirica,
onça-pintada, perixe-boi-marinho, tamanduá-bandeira,
tatu-bola e tatu-canastra).O veterinário
do Ibama no Piauí, José Lacerda Luz
explica que o motivo das aves sofrerem mais ataques
que os outros animais é uma questão
de costume. “No Piauí não existe o
hábito da caça e a alimentação
de répteis como em outros Estados. Cerca
de 97% dos animais apreendidos são aves e
muitos destes animais também são mantidos
em ambiente doméstico”.
As principais causas do desaparecimento
dos bichos são a destruição
da espécie e do habitat natural para a formação
de áreas de pastagem e monoculturas, o comércio
ilegal de animais raros através do tráfico
e a criação em cativeiro. A cultura
da soja no Sul do Piauí, por exemplo, é
um fato recente de destruição do ambiente
natural do Cerrado e de sua fauna nativa.
O Ibama no Piauí desenvolve
o projeto “Liberdade e Saúde”, que por meio
de um gibi, alerta a população sobre
a ilegalidade do tráfico de animais e informa
sobre as doenças transmitidas pelos bichos.
Trata-se de um trabalho ambiental feito com alunos
do ensino fundamental das escolas públicas
de Teresina, mas ainda não chegou no interior
do estado, nem nas regiões onde há
espécies em risco. “O projeto capacita professores
com conhecimentos ambientais para que eles repassem
isso para os alunos. A meta é atingir todas
as cidades do Piauí, nas escolas públicas
e particulares”, disse o veterinário.
Em todo o país são
100 espécies ameaçadas. Todas estas
espécies foram catalogadas no livro “100
animais ameaçados de extinção
no Brasil - E o que você pode fazer para evitar”,
escrita pelo biólogo carioca Sávio
Freire Bruno.
Cíntia Lucas
Ascom/Ibama/PI
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Ibama propõe termo de compromisso
com Sindicato de Indústrias da construção
do Pará
Belém (02/05/08) - O Ibama
e o Sindicato das Indústrias da Construção
do Estado do Pará (Sinduscon-PA) estiveram
reunidos semana passada na sede do órgão,
em Belém, para propor um termo de ajustamento
de conduta. Com o termo, as empresas ligadas ao
sindicato visam a regularização de
suas construções no estado.
De acordo com o superintendente
do Ibama no Pará, Aníbal Picanço,
o termo atende a necessidade das empresas de construção
adquirirem produtos e/ou subprodutos florestais.
“Com esse instrumento, o Ibama concorda em não
multar ou embargar obras no estado, temporariamente,
desde que as construtoras comprovem que estão
tomando as medidas possíveis para sua regularização
ambiental”, afirma Aníbal.
Além disso, vale ressaltar
que o Ibama se absterá do poder de polícia
somente nos casos em que a irregularidade constatada
for de natureza formal, ou seja, nos casos em que
não houver dano ou risco concreto ao meio
ambiente. “Ainda assim, as empresas deverão
desenvolver alguma atividade compensatória
ao meio ambiente”, acrescenta o superintendente.
A partir da assinatura do termo,
as indústrias da construção
se comprometem a solicitar junto à Secretaria
de Estado de Meio Ambiente do Pará (Sema),
no prazo de 15 dias, a obtenção de
registro para recebimento de Guia Florestal como
consumidor de produto/subproduto florestal (madeira/carvão),
conforme a situação de cada um.
As indústrias também
devem informar, mensalmente, ao Ibama o andamento
do pedido de registro, deferimento do mesmo e apresentar
todos os documentos necessários para o preenchimento
dos requisitos de registro. Devem também
quitar a dívida, caso tenham sido multadas
pelo Ibama, e os que ainda não assinaram
o termo de compromisso, precisam fazê-lo o
quanto antes para que sejam beneficiados pelo acordo.
A proposta do Termo de Compromisso
e Ajustamento de Conduta do Ibama com as indústrias
construtoras foi motivada pela operação
“Arranha-Céu”, do Ibama, que desde o último
dia 25 já embargou cinco construções
na capital paraense, e aplicou multas que ultrapassam
R$ 53 mil.
Luciana Almeida
Ascom/Ibama/PA
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Ministro do Meio Ambiente alemão
visita Unidades de Conservação no
oeste do Pará
Santarém (02/05/2008) -
As comunidades de Jamaraquá, na Floresta
Nacional do Tapajós, e de Suruacá,
na Reserva Extrativist Tapajós-Arapiuns,
receberam na última quarta-feira, a visita
do Ministro do Meio Ambiente e Segurança
Nuclear da Alemanha, Sigmar Gabriel, e sua comitiva,
composta por deputados do parlamento alemão
e representantes de ONGs. A Ministra Marina Silva
não pôde comparecer ao evento, e foi
representada pela secretária de Biodiversidade
e Florestas do MMA, Maria Cecília Wey de
Britto. O objetivo da visita foi conhecer de perto
o modo de vida das comunidades ribeirinhas daAmazônia,
onde a cooperação alemã patrocina
diversos projetos.
A comitiva partiu pela manhã
de Alter do Chão, de barco rumo à
Flona do Tapajós, os visitantes conheceram
a comunidade de Jamaraquá, onde assistiram
uma apresentação de carimbó,
conheceram o artesanato,produtos do extrativismo
e fizeram uma pequena caminhada por uma trilha de
ecoturismo conduzidos por comunitários treinados
como guias. As atividades são estimuladas
pelo Ibama/ProManejo, com recursos do PPG7, no intuito
de melhorar as condições de vida nas
comunidades, através do incremento na renda,
gerado por atividades não madeireiras como
as citadas e a produção de óleos
essenciais e de produtos diferenciados em látex.
Sigmar Gabriel extraiu a seiva da seringueira, orientado
por um comunitário, e recebeu como presente
produtos da Comunidade.
De tarde, do outro lado dos dezesseis
quilômetros de largura do Rio Tapajós,
na Resex Tapajós-Arapiuns, os integrantes
da comitiva foram recebidos com uma chuva de flores
pelos moradores de Suruacá. Lá conheceram
o sistema de abastecimento de água, construído
com apoio do Ministério da Cooperação
da Alemanha, e participaram de uma reunião
no telecentro da comunidade, onde além das
apresentações de costume, ouviram
um pedido de investimento numa necessidade apontada
pela comunidade: energia. O ministro alemão,
a secretária de Biodiversidade e Florestas
do MMA, o secretário de Meio Ambiente do
Pará, Valmir Ortega, e a Prefeita de Santarém,
Maria do Carmo Martins, também presentes
no evento, plantaram quatro árvores, em frente
à igreja da comunidade.
Durante a viagem, o gerente Executivo
do Ibama em Santarém, Daniel Cohenca, explicou
aos visitantes a missão do instituto na região,
abordando os problemas ambientais, econômicos
e sociais da região oeste do Pará,
e dando uma dimensão dos desafios da gestão
ambiental, através do monitoramento, da fiscalização
ambiental e do estímulo às atividades
econômicas compatíveis com a sustentabilidade.
Rosária Sena e Daniel Penteado, chefes da
Resex Tapajós-Arapiuns e da Flona Tapajós
respectivamente, também falaram sobre as
Unidades de Conservação, sobre as
comunidades e sobre a gestão participativa
nas mesmas. Gabriel ficou impressionado com as dimensões
das Unidades Conservação na região
oeste do Pará, em média 700.000 hetares,
“isso é uma área vinte vezes maior
do que o maior parque nacional da Alemanha”, afirmou.
A visita às comunidades foi incluída
na agenda da visita ao Brasil a pedido do ministro,
que juntamente com sua comitiva, está aqui
desde a semana passada, reunindo-se com seus pares
no país, como preparativo para a 9ª
Conferência das Partes da Convenção
sobre Diversidade Biológica (COP-9), que
acontece em Bonn na Alemanha, no final deste mês.
A questão dos biocombustíveis foi
o principal dos temas discutidos nas reuniões
entre o ministro alemão e sua colega brasileira
Marina Silva.
Christian Dietrich
Ascom/Ibama/Santarém
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Ibama faz doação
ao Instituto dos Cegos da Paraíba
Natal (05/05/2008) -O Ibama na
Paraíba doou ao Instituto dos Cegos do estado
cerca de 1200 armadilhas para captura de lagostas,
conhecidas como marambaias, que foram apreendidas
pela fiscalização do instituto desde
o ano passado. O instrumento é confeccionado
com o aproveitamento de tambores de zinco ou ferro
e seu uso é proibido pela legislação
ambiental.Outro agravante para este crime ambiental
é que os tambores utilizados na confecção
das marambais, na maioria das vezes serviam para
armazenar produtos tóxicos de vários
tipos, o que contribui para poluir o ambiente marinho.
O Instituto dos Cegos repassou
as armadilhas doadas para a empresa Gerdal Aços
Longos Ltda, que vai incinerar e reciclar todo o
material e o resultado financeiro da operação
será revertido ao Instituto dos Cegos da
Paraíba. De acordo com o responsável
pelo Setor de Patrimônio do Ibama/PB, Marcos
Roberto Cavalcante, todo o processo obedeceu aos
requisitos legais e a empresa Gerdal deverá
apresentar um certificado de incineração
do material.
Gutemberg de Pádua
Ascom/Ibama/RN