Panorama
 
 
 

PLANO AMAZÔNIA SUSTENTÁVEL INCLUI 16 COMPROMISSOS DO GOVERNO FEDERAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2008

8 de Maio de 2008 - 18h10 - Última modificação em 8 de Maio de 2008 - 18h10
Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Plano Amazônia Sustentável (PAS), lançado hoje (8) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, prevê a implementação de um novo modelo de desenvolvimento na Amazônia brasileira e engloba, ao todo, 16 compromissos assumidos pelo governo federal para colocar em prática ações emergenciais e estruturantes na região.

A abrangência territorial do PAS inclui os nove estados-membros da Amazônia Legal – Acre; Amapá; Amazonas; Pará; Rondônia; Roraima; Tocantins; Mato Grosso e parte do Maranhão – além de partes do estado de Goiás e do Distrito Federal. Estima-se que mais de 23 milhões de pessoas sejam atendida pelo plano.

Os 16 compromissos assumidos pelo governo são os seguintes:

Promover o desenvolvimento sustentável com valorização da diversidade sociocultural e ecológica e redução das desigualdades regionais.

Ampliar a presença democrática do Estado, com integração das ações dos três níveis de governo, da sociedade civil e dos setores empresariais.

Fortalecer os fóruns de diálogo intergovernamentais e esferas de governos estaduais para contribuir para uma maior integração regional, criando o Fórum dos Governadores da Amazônia Leal.

Garantir a soberania nacional, a integridade territorial e os interesses nacionais.

Fortalecer a integração do Brasil com os países sul-americanos amazônicos, fortalecendo a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OCTA) e o Foro Consultivo de Municípios, Estados, Províncias e Departamento do Mercosul.

Combater o desmatamento ilegal, garantir a conservação da biodiversidade, dos recursos hídricos e mitigar as mudanças climáticas.

Promover a recuperação das áreas já desmatadas, com aumento da produtividade e recuperação florestal.

Implementar o zoneamento ecológico-econômico e acelerar a regularização fundiária.

Assegurar os direitos territoriais dos povos indígenas e das comunidades tradicionais e promover a eqüidade social, considerando gênero, geração, raça, classe social e etnia.

Aprimorar e ampliar o crédito e o apoio para as atividades e cadeias produtivas sustentáveis.

Incentivar e apoiar a pesquisa científica e a inovação tecnológica.

Reestruturar, ampliar e modernizar o sistema multimodal de transportes, o sistema de comunicação e a estrutura de abastecimento.

Promover a utilização sustentável das potencialidades energéticas e a expansão da infra-estrutura de transmissão e distribuição, com ênfase em energias alternativas limpas e garantindo o acesso das populações locais.

Assegurar que as obras de infra-estrutura provoquem impactos socioambientais mínimos e promovam a melhoria das condições de governabilidade e da qualidade de vida das populações humanas nas respectivas áreas de influência.

Melhorar a qualidade e ampliar o acesso aos serviços públicos nas áreas urbanas e rurais.

Garantir políticas públicas de suporte ao desenvolvimento rural com enfoque nas dimensões da sustentabilidade econômica, social, política, cultural, ambiental e territorial.

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Lula diz que com Plano Amazônia Sustentável brasileiro não vai mais jogar na defesa

8 de Maio de 2008 - 15h33 - Última modificação em 8 de Maio de 2008 - 15h33
Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (8) no lançamento do Plano Amazônia Sustentável, no Palácio do Planalto, que os brasileiros ao falarem no exterior sobre a região estão sempre “jogando na defesa” e respondendo perguntas sobre desmatamento e queimadas. Mas agora, segundo o presidente, o plano vai contribuir para mudar essa realidade.

“Quando a gente for debater a Amazônia, nós não ficaremos esperando perguntas. Nós que iremos dizer a eles [estrangeiros] o que estamos fazendo na Amazônia”, afirmou o presidente.

Na avaliação de Lula, só agora os empresários começam a ter a compreensão de que cuidar do meio ambiente nos torna um país com vantagens no debate econômico, ambiental e político.

O Plano Amazônia Sustentável busca um novo modelo de desenvolvimento na Amazônia brasileira, com valorização da diversidade sociocultural e ecológica e redução das desigualdades regionais.

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ONGs criticam propostas do governo e do Congresso para Amazônia

9 de Maio de 2008 - 22h05 - Última modificação em 9 de Maio de 2008 - 22h05
Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Representantes de organizações não-governamentais (ONGs) ambientalistas estão recolhendo assinaturas durante a 3° Conferência Nacional do Meio Ambiente contra propostas do Executivo e do Legislativo, que, segundo eles, vão aumentar a grilagem e a exploração ilegal dos recursos naturais da Amazônia.

De acordo com um dos coordenadores de Políticas Públicas do Fórum Brasileiro de Organizações Não-governamentais (Fbons), Álvaro De Angelis, as mais de 300 assinaturas serão utilizadas para aprovar moções de repúdio ao Projeto de Lei 6.425/2005 e à Medida Provisória 422/2008, entre as resoluções finais da Conferência, que serão votadas amanhã (10).

“O PL 6424/2005 é conhecido 'Floresta Zero', porque permite a redução da área de reserva legal da Amazônia de 80% para 50%, bem como anistia os madeireiros e sojeiros que atuaram de maneira ilegal sobre a floresta”, apontou De Angelis. O projeto, de autoria do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), já foi aprovado no Senado e está em tramitação na Câmara dos Deputados.

Batizada de “Programa de Aceleração da Grilagem” pelos ambientalistas, a medida provisória questionada foi assinada em março pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aumenta de 500 para 1.500 hectares o limite de terras passível de regularização fundiária sem licitação pública.

“Não se pode oferecer uma bolsa grilagem; e sim avançar em reforma agrária, o que não está acontecendo no momento”, argumentou De Angelis. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) argumenta que a medida vai identificar produtores e favorecer o controle do Estado na Amazônia.

Na avaliação do representante do Fbons, as medidas estimulam a grilagem de terras e favorecem a devastação da Amazônia. “Ao anistiar aqueles que cometeram ilícitos ambientais, com conhecimento de que assim o faziam, estamos estimulando não só que ações como essa aconteçam novamente, bem como o avanço sobre outros biomas, como o cerrado e a caatinga”.

As resoluções da 3° Conferência Nacional do Meio Ambiente serão votadas amanhã (10), durante a plenária final. O encontro reúne cerca de 2.000 pessoas, entre representantes de governos, empresários e sociedade civil.

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ONGs e índios defendem plano de desenvolvimento exclusivo para a Amazônia

8 de Maio de 2008 - 17h12 - Última modificação em 8 de Maio de 2008 - 17h12
Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Somente por meio de investimentos será possível salvar a Amazônia brasileira. A afirmação foi feita hoje (8) pelo índio Gecinaldo Sateré-Maué, representante da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), na cerimônia de lançamento do Plano Amazônia Sustentável (PAS), no Palácio do Planalto.

Gecinaldo lembrou o que está ocorrendo na Terra Indígena Raposa Serra do Sol e pediu mais consciência do governo federal: “Não somos perigo para a soberania nacional. Queremos construir nossa pátria e proteger nossas fronteiras. Só assim poderemos salvar a Amazônia. Caso contrário, estamos com os dias contados.”

Segundo ele, um programa voltado exclusivamente para a região não deve sustentar-se no “desenvolvimento predatório que impera na Amazônia, mas no desenvolvimento sustentável".

Para Adílson Viera, que representou movimentos sociais e organizações não-governamentais (ONGs) na cerimônia, o governo federal deve preocupar-se não apenas em ter planos, mas em transformá-los “em ações concretas”.

Durante o evento, o governador do Amazonas, Eduardo Braga, que falou em nome dos governadores dos estados amazônicos, lembrou que a região ainda é comentada por muitos “sob o escudo de interesses legítimos, mas escondendo interesses econômicos”.

“Não basta termos políticas de prevenção e controle, mas alternativas para homens e mulheres da Amazônia se sustentarem”, disse Braga, que classificou o PAS de “inovador”, por prever, para os habitantes da região, mais acesso a políticas públicas.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, também reforçou que é tarefa do governo federal criar, "não um plano de desenvolvimento da Amazônia, mas um plano de desenvolvimento para a Amazônia".

"[A Amazônia] não é apenas uma imensa quantidade de árvores. Existem mais de 23 milhões de pessoas [vivendo na região]. A agenda do desenvolvimento sustentável precisa acontecer com maior velocidade. Não tem como governar mais da metade da população brasileira só com a Polícia Federal e o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis)."

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Plano para Amazônia terá crédito especial para reflorestamento

8 de Maio de 2008 - 16h43 - Última modificação em 8 de Maio de 2008 - 16h43
Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Plano Amazônia Sustentável (PAS), lançado hoje (8) pelo governo federal, além de sistematizar os programas para a região já existentes, vai incluir medidas como a criação de uma linha de crédito especial para o reflorestamento e a recuperação de áreas degradas.

De acordo com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, apenas para o processo de reflorestamento de áreas degradadas, o crédito deve ultrapassar R$ 1 bilhão. Os recursos, segundo a ministra, virão do orçamento do governo federal e dos fundos constitucionais.

“O PAS é um programa que vem sendo implementado com um conjunto de medidas que já estão em curso e outras que foram apresentadas aqui e que ainda serão aprofundadas”, explicou.

As ações de georeferenciamento, de apoio às práticas produtivas e medidas emergenciais, segundo Marina, também fazem parte do pacote proposto pelo governo federal para o desenvolvimento sustentável da região Amazônica.

O plano também inclui medidas estruturantes, como o crédito, a recuperação de áreas e o uso e manejo dos recursos florestais, além de um programa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) de expansão de conhecimento e assistência técnica.

Essas medidas, segundo a ministra, se estendem por toda a região Amazônica, enquanto outras medidas emergenciais terão foco em municípios prioritários, onde há problemas de "tensionamentos sociais", como na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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