08/05/2008
- Na cerimônia de lançamento do Plano
Amazônia Sustentável (PAS), na manhã
desta quinta-feira (8), no Palácio do Planalto,
o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou
a criação de três novas unidades
de conservação: Parque Nacional Nascentes
do Lago Jari, Floresta Nacional de Iquiri, Reserva
Extrativista de Médio Purus, além
da ampliação da Floresta Nacional
de Balata-Tufari, totalizando cerca de 3.168.259
hectares.
Esses esforços representam
um aumento de 5,7% na área total de Unidades
Federais localizadas no bioma amazônico. Somados
aos quase 20 milhões de hectares já
criados pelo governo Lula, proporcionaram um aumento
de 67% da área protegida por Unidades Federais,
nos últimos 6 anos, em todo o território
nacional. A criação e ampliação
dessas unidades de conservação relacionam-se
diretamente com a política do governo federal
para a Região Amazônica, consubstanciada
no Plano Amazônia Sustentável e no
Plano de Ação para a Prevenção
e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal.
As unidades de conservação
são relevantes tanto para as comunidades
locais, por propiciar oportunidades econômicas
como o uso sustentável do potencial madeireiro
e dos recursos naturais (óleos, resinas,
castanhas, sementes e frutos) e desenvolvimento
de turismo ecológico, quanto para a comunidade
científica, por permitirem a realização
de pesquisas.
Jari - O Parque Nacional Nascentes
do Lago Jari, com cerca de 812.141 ha, garantirá
a proteção da bacia do rio Jari, importante
afluente da margem direita do rio Purus em seu curso
médio, assim como de seus recursos naturais
e pesqueiros associados. Possibilitará, ainda,
estabelecer na região central do interflúvio
Purus-Madeira, um importante corredor ecológico,
composto pelo mosaico de áreas protegidas
já existentes, garantindo conectividade com
outras áreas naturais protegidas, notadamente
a Terra Indígena Apurinã do Igarapé
Tauamirim, a Reserva Biológica de Abufari
e a Reserva de Desenvolvimento Sustentável
Piagaçu-Purus (unidade administrada pelo
governo do estado), todas localizadas ao longo do
rio Purus, com aquelas geograficamente relacionadas
ao rio Madeira, como a Reserva Extrativista do Lago
Capanã Grande, a Reserva de Desenvolvimento
Sustentável do Rio Amapá e o Parque
Estadual do Matupiri (essas duas últimas
gerenciadas pelo governo do estado).
Iquirí - A ampliação
da Floresta Nacional Balata-Tufarí, com cerca
de 275.836 ha, totalizando 1.077.859 ha, juntamente
com a criação da Floresta Nacional
de Iquirí, com cerca de 1.476.073 ha, abrangem
florestas com grande potencial para a exploração
madeireira, mediante o manejo florestal sustentável
e também recursos florestais não madeireiros
abundantes que representam importante fonte de renda
para a região, como óleos, resinas,
castanhas, sementes e frutos.
Médio Purus - A criação
da Reserva Extrativista do Médio Purus, com
cerca de 604.209 ha, atende reivindicação
apresentada ao Ibama em 2001 pela Associação
dos Produtores da Reserva Extrativista de Lábrea,
composta por cerca de 3.000 pessoas, distribuídas
em 73 comunidades que vivem da extração
de borracha, castanha-do-Brasil e andiroba, garantindo
o usufruto dessa área pelas populações
tradicionais e ordenando a ocupação
territorial que vem expulsando tais comunidades
e gerando degradação do meio ambiente.
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Oficina discute Consumo Sustentável
e Agenda Ambiental na Administração
Pública
08/05/2008 - Daniela Mendes -
Em oficina realizada nesta quinta-feira (8), durante
a III Conferência Nacional do Meio Ambiente,
em Brasília, Patrícia Grazinoli, do
Departamento de Economia e Meio Ambiente do Ministério
do Meio Ambiente (MMA), apresentou o Programa Agenda
Ambiental na Administração Pública.
O A3P, como é conhecido, é uma ação
voluntária iniciada em 1999, pelo MMA, com
o objetivo de estimular, no âmbito do governo
federal, a adoção de um papel estratégico
na revisão dos padrões de produção
e consumo e de novos referenciais em busca da sustentabilidade
dentro de suas próprias estruturas.
Patrícia falou aos participantes
da conferência sobre a importância do
engajamento do funcionário no processo de
gestão dos recursos materiais das instituições
e na implementação de ações
que visem à redução no consumo
de matérias-primas e o reaproveitamento de
resíduos gerados por suas atividades, além
da adoção de tecnologias mais eficientes
que auxiliem na redução de gastos,
por exemplo, com iluminação, equipamentos
de fax, impressoras, ar condicionados, entre outros.
"O engajamento dos servidores é que
faz acontecer essa agenda. É preciso que
cada um saiba o que pode fazer no seu ambiente",
explicou.
Ela disse ainda que as ações
desenvolvidas hoje dentro do MMA, por exemplo, beneficiam
130 famílias vinculadas a cerca de dez cooperativas
que trabalham na coleta seletiva de resíduos.
Segundo Patrícia, nos últimos seis
meses, mais de 90 órgãos aderiram
ao programa que conta com uma rede para divulgar
suas ações. E esclareceu que instituições
interessadas em implementar essas ações
podem solicitar apoio do MMA que contribui com a
capacitação técnica de funcionários
e com materiais explicativos para dar suporte ao
trabalho.
Consumo Sustentável - Na
oficina também foi apresentada debatida a
temática do consumo sustentável. A
técnica do MMA, Fernanda Daltro, reforçou
a necessidade de mudança no atual modelo
de consumo mundial onde 80% da produção,
consumo e renda estão concentrados nos países
industrializados que possuem menos de 20% da população
do mundo. "O elo fundamental da cadeia é
o consumo. É onde se pode mudar esse processo
e reduzir a pressão ao meio ambiente",
defendeu.
Na oficina Fernanda apresentou
a Campanha Consumo Consciente de Embalagens lançada
pelo MMA, em março. Segundo ela, a campanha
pretende provocar o olhar crítico do consumidor
sobre o que ele consome no dia-a-dia para que avalie
a quantidade de embalagens que está consumindo
e decida se, enfim, precisa de todas elas.
Mais informações
sobre os dois temas podem ser obtidas nos seguintes
endereços eletrônicos: www.mma.gov.br/a3p
ou www.mma.gov.br/consumosustentável.