Ministra
do Meio Ambiente pede demissão
13 de Maio de 2008 - 16h24 - Última
modificação em 13 de Maio de 2008
- 16h51
Jaqueline Paiva, Carolina Pimentel, Marcos Chagas
e Aécio Amado
Repórteres da TV Brasil e da Agência
Brasil
Brasília - A ministra do Meio Ambiente, Marina
Silva, entregou nesta manhã uma carta ao
presidente Luiz Inácio Lula da Silva pedindo
desligamento do cargo.
Segundo a assessoria de imprensa
do Ministério do Meio Ambiente, o pedido
tem caráter irrevogável. O Palácio
do Planalto não confirma que recebeu o pedido
de demissão.
Ainda de acordo com a assessoria
de imprensa da pasta, a ministra está em
casa e não pretende se pronunciar antes da
resposta da Presidência da República.
O senador Sibá Machado
(PT-AC), suplente e amigo pessoal de Marina Silva,
disse que falou com a ministra por telefone e ela
confirmou a informação. A senadora
Ideli Salvatti (PT-SC) se disse surpresa com a informação.
A diretoria do Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama) está reunida neste momento. O presidente
do órgão, Bazileu Margarido, está
presente, assim como o diretor de Proteção
Ambiental, Flávio Montiel da Rocha, que atendeu
a reportagem da Agência Brasil, mas não
antecipou o motivo da reunião.
+ Mais
Marina diz que saída foi
motivada por "estagnação"
após cinco anos e meio no cargo
15 de Maio de 2008 - 15h29 - Última
modificação em 15 de Maio de 2008
- 15h29
Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Marcello Casal Jr./ABr
Brasília - A ex-ministra do Meio Ambiente,
Marina Silva, na Agência Nacional de Águas,
durante entrevista sobre sua saída do ministério
Brasília - Ao justificar o pedido de demissão
feito na última terça-feira (12),
a ex-ministra do Meio Ambiente e senadora Marina
Silva disse hoje (15) que deixou o governo porque
o processo que conduzia há cinco anos e meio
chegou à “estagnação” e precisa
de um “novo acordo político” para ter continuidade.
Foi a primeira vez que Marina Silva falou publicamente
sobre a demissão.
“Ainda não falei com o
presidente Lula, só entreguei a carta. Mas
a carta diz tudo”, afirmou.
Marina negou que a gota d´água
para sua saída tenha sido a entrega da coordenação
do Plano Amazônia Sustentável ao ministro
extraordinário de Assuntos Estratégicos,
Roberto Mangabeira Unger, e não ao Ministério
do Meio Ambiente; apesar de admitir que não
foi avisada da decisão antes da cerimônia
de lançamento do programa.
"Não posso dizer que
o meu gesto é em função do
doutor Mangabeira. Não é uma questão
de pessoa, mas é que você vai vendo
um processo e percebe quando começa a ter
estagnação.”
Marina disse que “ficou feliz”
com a declaração do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva de que a política
ambiental não mudará e elogiou a escolha
do novo ministro da pasta, Carlos Minc, que, segundo
ela, “qualifica o processo” e poderá dar
continuidade às conquistas de sua gestão.
“É melhor ter um filho
vivo no colo de outro do que ter o filho jazindo
no seu próprio colo”, comparou. Ela disse
que não pode haver retrocessos na política
ambiental e acredita que Minc manterá “o
filho” vivo e o fará crescer.
Questionada sobre o que não
pôde ou não teve espaço para
fazer no governo, Marina disse que sua saída
não pode ser considerada uma derrota e citou
a trajetória eleitoral do presidente Lula
e a luta do ex-presidente da África do Sul,
Nelson Mandela, como exemplos de que “não
é correto falar em derrota sem considerar
o tempo” e que só “com a história
é que se descobre o que foi derrota e o que
foi vitória”.
A ex-ministra disse que passou
por “momentos difíceis” ao longo de cinco
anos e meio no governo, entre eles pressão
pelo licenciamento ambiental das obras das usinas
hidrelétricas do Rio Madeira (RO).
“Poderia sair naquele momento
como uma heroína, com a versão de
que saí porque passaram por cima da minha
opinião, do que eu defendia. Mas, em nenhum
momento, o presidente Lula disse que queria o licenciamento
a qualquer custo, mudando a legislação."
A ex-ministra também citou
embates com o então ministro da Integração
Nacional, Ciro Gomes, com quem teve “discussões
muito acaloradas” por mudanças no projeto
de transposição das águas do
Rio São Francisco. Marina afirmou que a redução
de 146 para 26 metros cúbicos por segundo
da vazão de água que será desviada
do rio pode ser considerada uma grande vitória.
Marina Silva disse que não
tem intenção de se candidatar ao governo
do Acre e afirmou que deve voltar ao Senado Federal
daqui a duas semanas. Questionada se sua atuação
do Congresso será mais parecida com a de
Ideli Salvalti (PT-SC) ou a de Eduardo Suplicy (PT-SP),
respondeu que "vai ser mais para Marina Silva".
+ Mais
Deixar o cargo não foi
necessariamente uma derrota, avalia Marina Silva
15 de Maio de 2008 - 12h39 - Última
modificação em 15 de Maio de 2008
- 12h57
Ana Luiza Zenker
Repórter da Agência Brasil
Marcello Casal Jr./ABr
Brasília - A ex-ministra do Meio Ambiente,
Marina Silva, na Agência Nacional de Águas,
durante entrevista sobre sua saída do ministério
Brasília - A ex-ministra Marina Silva afirmou
hoje (15), em coletiva, que a sua saída do
Ministério do Meio Ambiente não é
necessariamente uma derrota.
“É com o tempo que a gente
sabe se foi derrota ou se pode ter sido uma conquista”,
disse. Ela argumentou que alguns embates podem parecer
um problema, “talvez até a minha saída
agora”, mas que no longo prazo se mostram conquistas.
Marina Silva afirmou que, caso
o seu substituto, o secretário estadual do
Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, consiga,
por exemplo, dar andamento à demarcação
das unidades de conservação que estão
paradas em função da resistência
de alguns setores, no futuro vai ser possível
dizer que a sua renúncia do cargo de ministra
foi algo bom para o país.
“A vitória não é
algo que se possa celebrar individualmente”, completou.
+ Mais
Ex-ministra defende que país
não pode retroceder no combate a crimes ambientais
15 de Maio de 2008 - 13h00 - Última
modificação em 15 de Maio de 2008
- 13h17
Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Marcello Casal Jr./ABr
Brasília - O Brasil não pode “retroceder”
no processo de criminalização da cadeia
produtiva que extrai madeira ilegal, afirmou a ex-ministra
do Meio Ambiente Marina Silva. “Não podemos
retroceder na criminalização da cadeia
produtiva das áreas embargadas e [deixar
de cumprir] a resolução do Conselho
Monetário Nacional”.
A resolução do conselho
prevê que os municípios que não
apresentarem seus planos de desenvolvimento sustentável
ficarão impedidos de receber financiamentos
públicos.
Para a ex-ministra, no lugar da
pecuária extrativista, deve-se estimular
a pecuária intensiva, “para maior produtividade
e a proteção da floresta”. “É
fundamental que não se mexa nas questões
essencial que temos, como a lei de florestas”, argumentou.
Marina Silva ressaltou que, depois
de anos de discussão, o governo conseguiu
aprovar a Lei de Gestão de Florestas Públicas
e defendeu que “não podemos voltar atrás”.
“Agora temos a concessões
de manejo florestal, [temos que] avançar
cada vez mais na certificação dos
produtos para que tenham mais qualidade ambiental.
O entendimento é que muito foi feito, mas
temos coisas para fazer e outras que não
podemos retroceder”, afirmou durante coletiva para
explicar os motivos de sua saída do Ministério
do Meio Ambiente.
+ Mais
Marina diz que não estava
mais "agregando"
15 de Maio de 2008 - 12h33 - Última
modificação em 15 de Maio de 2008
- 15h02
Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Marcello Casal Jr./ABr
Brasília - "Minha permanência
não estava mais agregando”. Essa foi a justificativa
da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva para
a saída do cargo.
“Percebi que as pedras não
estavam mais se movendo e quando as pedras não
se movem, é precismo fazer algo para que
elas se movam”, acrescentou a ex-ministra que concede
entrevista coletiva neste momento para explicar
as razões de ter deixado pasta na última
terça-feira.
Em relação ao novo
ministro Carlos Minc, Marina Silva defendeu que
a posição mais correta a ser seguida
é a de “manter as conquistas e não
retroceder”. Se o pensamento for esse, “já
é um bom sinal”, segundo ela.
A ex-ministra descartou a possibilidade
de deixar o PT. Afirmou que sua trajetória
se funde à do partido. Argumentou que, apesar
de ter se filiado apenas em 1985, participou ativamente
da fundação da sigla, ao lado do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva. “Então,
a trajetória do PT e minha trajetória
é um casamento”, acentuou.
Marina Silva também negou
a possibilidade de concorrer ao governo do Acre.
“Fui incitada a ser candidata [na última
eleição], mas entendi que a minha
melhor contribuição era ficar no ministério.
Com certeza, não seria candidata, sou senadora
e claro estou avaliando se, de fato, vou buscar
a reeleição [ao Senado].
+ Mais
Marina está “satisfeita”
com escolha de Minc, diz secretário do MMA
14 de Maio de 2008 - 20h08 - Última
modificação em 14 de Maio de 2008
- 20h08
Morillo Carvalho
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Após uma visita de duas
horas à residência da ex-ministra do
Meio Ambiente Marina Silva, o secretário
de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do
MMA, Luciano Zica, disse que ela está “satisfeita
com a indicação de Carlos Minc” para
assumir a pasta.
“Minc é um militante histórico
da causa ambiental, companheiro da ministra em muitas
lutas e desejando que a equipe da ministra Marina
Silva partilhe o máximo possível da
experiência, construa uma transição
tranqüila para o novo ministério, porque
é um companheiro que tem uma visão
de defesa do meio ambiente importante, que tem que
ser respeitada e valorizada”, disse.
No início da tarde de hoje
(14), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
confirmou Carlos Minc como o novo ministro do Meio
Ambiente.
Zica afirmou que permanecerá
no ministério até que se complete
a transição e entregará a carta
de demissão ao novo ministro logo que o período
se completar. Uma de suas últimas ações
no ministério, segundo ele, deve ser a reunião
do Conselho Nacional de Recursos Hídricos,
em 6 de junho.
De acordo com o secretário,
a ministra não deve se pronunciar hoje porque
ela “está digerindo as questões, avaliando
os fatos, para poder dar uma contribuição
positiva”. Segundo ele, a expectativa é que
a política ambiental implementada por Marina
Silva continue.
“Nós temos matérias
de interesse do país, enviadas a partir de
iniciativa do ministério ao Congresso Nacional
e uma série de outras questões que
esperamos que tenham continuidade. Evidentemente
com o perfil um pouco diferente, mas respeitadas
essas diferenças do ponto de vista ambiental,
o Carlos Minc tem compromisso e nós confiamos
que ele vá dar continuidade à política
implementada pela ministra Marina”, afirmou.
+ Mais
Lula nega que Marina Silva tenha
deixado o ministério por causa de embates
no governo
14 de Maio de 2008 - 17h27 - Última
modificação em 14 de Maio de 2008
- 17h27
Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente Luiz Inácio
Lula da Silva negou hoje (14) que Marina Silva tenha
deixado o ministério do Meio Ambiente devido
a embates dentro do governo. Mas admitiu divergências
entre a ex-ministra e integrantes dos ministérios
de Minas e Energia, Agricultura e Desenvolvimento
Agrário.
“Acho que é um ministério
sempre muito tensionado em qualquer governo e em
qualquer época”, afirmou depois de almoço
com a chanceler alemã Ângela Merkel,
no Itamaraty.
Para Lula, é normal haver
diferenças de opiniões entre os ministérios.
Por isso, segundo ele, é fundamental a transversalidade
das políticas públicas. “Por isso
criamos essa coisa da transversalidade, não
tem mais proposta de ministro, a proposta é
do governo federal, portanto tem que ser assumida
por todo o governo”, frisou.
Lula assegurou que não
chegou a convidar Jorge Viana a assumir a pasta
uma vez que o ex-governador não poderia largar
suas funções como presidente do Conselho
de Administração da Helibras – maior
fabricante de helicópteros da América
Latina - que, atualmente, discute a possibilidade
de produzir aviões e helicópteros
no Brasil.
+ Mais
Stephanes afirma que todas as
divergências com Marina Silva foram discutidas
14 de Maio de 2008 - 13h04 - Última
modificação em 14 de Maio de 2008
- 13h42
Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Valter Campanato/ABr
Brasília - O ministro da Agricultura, Reinhold
Stephanes, participa de audiência pública
no Senado sobre questionamentos internacionais ao
impacto dos biocombustíveis na produção
de alimentos
Brasília - Ao comentar hoje (14) a saída
da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, do governo,
o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse
que todas as divergências existentes entre
os dois foram discutidas.
“O meu relacionamento com ela
era inclusive um relacionamento afetivo. Nós
não tivemos nunca nenhuma divergência
que não tenha sido aberta e colocada na mesa
e debatida. Às vezes, quando saía
alguma notícia no jornal, ela me ligava ou
eu ligava para ela, e tínhamos entendimento
absolutamente tranqüilo”.
Para Stephanes, Marina Silva “é
uma pessoa que tem um grande conceito interno e
internacional também e, por isso, merece
respeito”.
O ministro participa de audiência
pública no Senado sobre os impactos da produção
de biocombustíveis. A reunião é
promovida pelas Comissões de Agricultura
e Reforma Agrária, de Relações
Exteriores e Defesa Nacional, e de Desenvolvimento
Regional e Turismo.
Na audiência, Reinhold Stephanes
afirmou ainda que a medida provisória sobre
a renegociação da dívida agrícola
deve ser publicada no Diário Oficial da União
na edição de sexta-feira (16) ou de
segunda-feira (19).
+ Mais
Marina diz que volta ao Senado
em busca de sustentabilidade para ações
ambientais
14 de Maio de 2008 - 13h32 - Última
modificação em 14 de Maio de 2008
- 13h34
Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A ministra do Meio Ambiente, Marina
Silva, que pediu demissão ontem (13), disse
que retomará o mandato de senadora para buscar
respaldo político para ações
ambientais. A declaração consta de
carta publicada hoje na página do Instituto
Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
na internet.
“Voltarei ao Congresso Nacional
na busca da sustentabilidade política fundamental
para consolidação da agenda de desenvolvimento
sustentável”, afirma na carta endereçada
aos servidores do Ministério do Meio Ambiente,
do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama), do Instituto
Chico Mendes, da Agência Nacional de Águas
(ANA), do Serviço Florestal Brasileiro e
do Jardim Botânico.
No pedido de demissão enviado
ao Palácio do Planalto, Marina Silva alegou
dificuldades enfrentadas "há algum tempo"
para continuar implementando a agenda ambiental
em nível federal e que “as difíceis
tarefas que o governo ainda tem pela frente sinalizam
que é necessária a reconstrução
da sustentação política para
a agenda ambiental".
Na carta enviada aos servidores,
ela afirma que está fechando um ciclo “no
qual enfrentamos muitas dificuldades” e cita uma
série de ações do Ministério
do Meio Ambiente e dos órgãos de apoio
que classificou como “resultados gratificantes”.
Entre as medidas, estão a criação
de 24 milhões de hectares de áreas
de conservação e a aprovação
da Lei de Gestão de Florestas Públicas.
A ministra demissionária
afirma ainda que “está certa” de que o trabalho
dos órgão ambientais terá continuidade
em outras gestões, "sobretudo pela ação
de vocês, servidores, os agentes verdadeiramente
capazes de internalizar a política ambiental
que melhor sirva ao país".
+ Mais
Em carta demissionária,
Marina Silva alegou dificuldades em prosseguir com
agenda ambiental
13 de Maio de 2008 - 19h51 - Última
modificação em 14 de Maio de 2008
- 10h26
Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A ministra do Meio Ambiente, Marina
Silva, pediu demissão hoje (13) alegando
dificuldades enfrentadas "há algum tempo"
para continuar implementando a agenda ambiental
em nível federal.
O pedido de demissão foi
feito por carta endereçada ao presidente
Luiz Inácio Lula da Silva e entregue ao chefe
de gabinete da Presidência da República,
Gilberto Carvalho. A íntegra do documento
foi divulgada há pouco pelo Palácio
do Planalto.
"Essa difícil decisão,
sr. presidente, decorre das dificuldades que tenho
enfrentado há algum tempo para dar prosseguimento
à agenda ambiental federal", diz a minista,
deixando claro que sua saída tem caráter
"pessoal e irrevogável".
Marina não fornece detalhes
sobre as dificuldades que cita. Mas dá a
entender que não tem respaldo político.
"As difíceis tarefas que o governo ainda
tem pela frente sinalizam que é necessária
a reconstrução da sustentação
política para a agenda ambiental", diz,
frisando que, em alguns momentos, só foi
possível avançar devido ao envolvimento
"direto e pessoal" do presidente Lula.
Marina também agradece
a oportunidade de ter feito parte da equipe de governo
do presidente Lula. E faz um curto balanço
sobre os cinco anos e meio em que ficou à
frente da pasta. "Tenho o sentimento de estar
fechando um ciclo cujos resultados foram significativos,
apesar das dificuldades", diz Marina, defendendo
a maior articulação do ministério
com o Congresso Nacional.
Segundo ela, o apoio político
é fundamental para consolidar o que já
foi feito e para continuar a política ambiental.
"Deixo seu governo com a consciência
tranqüila e certa de, nesses anos de profícuo
relacionamento, termos feito algo de relevante para
o Brasil", conclui a ministra.
+ Mais
Lula não gostou da forma
como foi anunciada a saída de Marina
13 de Maio de 2008 - 18h48 - Última
modificação em 13 de Maio de 2008
- 18h48
Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente Luiz Inácio
Lula da Silva não gostou da forma como a
ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, anunciou
sua demissão para a imprensa. Mal o presidente
ficou sabendo do pedido da ministra, a assessoria
dela já estava confirmando para os jornalistas
a entrega do cargo. Para Lula, o anúncio
acabou ganhando proporção desnecessária,
segundo um assessor.
A carta de demissão de
Marina chegou ao Palácio do Planalto pelo
chefe do gabinete de Lula, Gilberto Carvalho.
A Presidência da República
não confirma oficialmente a saída
da ministra.
+ Mais
Crescimento econômico não
pode neutralizar esforços pelo meio ambiente,
defende ministra
12 de Maio de 2008 - 16h58 - Última
modificação em 12 de Maio de 2008
- 16h58
Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Antonio Cruz/ABr
Brasília - O presidente do Ibama, Basileu
Margarido e a ministra do Meio Ambiente, Marina
Silva, no lançamento do Programa Brasileiro
de Inventário Corporativo de Gases de Efeito
Estufa
Brasília - A ministra do Meio Ambiente, Marina
Silva, disse hoje (12) que o estímulo ao
crescimento da produção do país,
o que inclui a área de biocombustíveis,
“não pode neutralizar” os esforços
feitos pela preservação ambiental,
inclusive porque há dependência entre
os fatores.
“Nossa economia depende 50% da
nossa biodiversidade. Quem destruiria sua galinha
dos ovos de ouro?”, comparou ao defender uma “nova
narrativa” para o crescimento do país, baseada
no desenvolvimento sustentável durante lançamento
do Programa Brasileiro de Inventário Corporativo
de Gases de Efeito Estufa.
Segundo Marina Silva, além
da utilização de terras férteis
e de recursos hídricos pelos setores produtivos,
o regime de chuvas do país depende da manutenção
da Floresta Amazônica.
A ministra voltou a afirmar que
“o Brasil não quer ser a Opep [Organização
dos Países Exportadores de Petróleo]
dos biocombustíveis”. A organização
foi criada em 1960 para centralizar e unificar a
política petrolífera dos países
membros, que inclui controle de preços e
do volume de produção, com poder de
pressão sobre o mercado.
“Queremos dar nossa contribuição
em relação aos biocombustíveis,
mas observando nossa capacidade de suporte. E de
forma que não comprometa a segurança
alimentar nem a questão ambiental”, apontou.
O zoneamento agrícola da
cana-de-açúcar – prometido para o
próximo mês pelo ministro da Agricultura,
Reinholds Stephanes – e a definição
de áreas prioritárias de conservação
da biodiversidade foram citados pela ministra como
medidas que garantiriam a produção
sustentável dos agrocombustíveis.