Panorama
 
 
 

AMPLIAÇÃO DO CULTIVO DE ARROZ PROVOCA DEGRADAÇÃO EM RAPOSA, AFIRMA IBAMA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2008

13 de Maio de 2008 - 06h04 - Última modificação em 13 de Maio de 2008 - 06h04
Marco Antônio Soalheiro
Enviado Especial
Boa Vista (RR) - Os efeitos nocivos à fauna e à flora da Terra Indígena Raposa Serra do Sol se tornam mais intensos conforme se amplia o cultivo de arroz na reserva. Foi o que afirmou à Agência Brasil a superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Roraima, Nilva Cardoso Baraúna.

“Ocorre tipo uma degradação e contaminação em cadeia. O agrotóxico lançado na agricultura, com a chuva é arrastado para os rios e provoca a morte de peixes e pássaros. E com isso chegam também ao humano, que consome água in natura”, explicou Nilva.

Com o sistema de detecção por georreferenciamento, técnicos do Ibama têm verificado que as áreas de rizicultura na Raposa Serra do Sol são ampliadas ano a ano. O clima e a característica de solo propício favorecem um cultivo dinâmico, diz a superintendente: “O período de colheita é de três em três meses. Se retira uma safra e já se joga a outra”.

Os arrozeiros que utilizam o Rio Surumu para produzir o arroz irrigado ocupam atualmente 36 mil hectares dos 1,7 milhão existentes na Raposa Serra do Sol, pela última demarcação. Segundo Baraúna, as tentativas de diálogo com o grupo sobre questões ambientais não prosperaram. “Eles querem permanecer em área fértil, com água em abundância e terras griladas”, afirmou.

O Ibama já aplicou multa de R$ 30,6 milhões por danos ambientais ao líder dos arrozeiros, Paulo César Quartiero, e promete punir outros produtores da área. A superintendente avalia que o valor não é exorbitante nem abusivo.

“Quando começa a sentir no bolso, se pensa duas vezes em promover algum tipo de degradação desta natureza. O meio ambiente é um bem público e as multas têm que corresponder ao dano que afeta a coletividade.”

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Mulher de Quartiero diz que marido desbravou Roraima e não é criminoso

12 de Maio de 2008 - 17h14 - Última modificação em 12 de Maio de 2008 - 20h06
Marco Antônio Soalheiro
Enviado especial
Roosewelt Pinheiro/ABr
Boa Vista - Presente a uma manifestação de índias aliadas aos produtores de arroz – protesto espontâneo, segundo elas - contra a atuação da Polícia Federal na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, a roraimense Erecina Quartiero, de 43 anos, casada com o líder dos arrozeiros, Paulo César Quartiero, disse que o marido ajudou a desenvolver o estado de Roraima e não merece estar preso.

“Quando o Paulo chegou aqui, Roraima era pequena, e quem nos conhece sabe que só trabalhamos e geramos emprego. Me sinto bastante injustiçada, porque estão fazendo terrorismo com a gente”, afirmou Erecina.

Também estão presos em Brasília o filho de Erecina, Renato Quartiero, de 23 anos, e funcionários da fazenda Depósito, localizada na reserva indígena. Assim como Paulo César Quartiero, eles foram detidos no dia 6 deste mês, depois que empregados da propriedade balearam dez índios que construíam barracas no local, no início da semana passada. A Polícia Federal encontrou na fazenda armas sem autorização de porte e artefatos explosivos.

“Meu filho sempre acompanhou o pai no trabalho, na lavoura, é um menino de 23 anos e hoje é considerado bandido. Agora estão presos, sem contato com ninguém”, reclamou Erecina.

Conhecedora do temperamento do marido, a esposa de Quartiero disse que já tentou, em vão, fazer com que ele “fale menos”. Erecina ressaltou, entretanto, que isso a faz admirar o caráter do companheiro: “Às vezes, a gente comenta, orienta, com medo da reação que pode ter, mas ele é o que a gente conhece. Não tem medo de dizer e é firme nas posições. Pedir é o mesmo que nada. A gente tenta, mas é muito difícil.”

Ela disse que tem certeza de que haverá festa quando o marido para casa, se conseguir a liberdade provisória. Paulo César Quartiero é prefeito de Pacaraima, município situado na região nordeste de Roraima, na fronteira com a Venezuela.

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Embargo de fazenda de Quartiero ainda aguarda aval de fiscalização e apoio da PF

12 de Maio de 2008 - 18h56 - Última modificação em 12 de Maio de 2008 - 20h10
Marco Antônio Soalheiro
Enviado Especial
Roosewelt Pinheiro/ABr
Boa Vista (RR) - A superintendente do Ibama em Roraima, Nilva Cardoso Baraúna, diz que outros arrozeiros além de Paulo César Quartiero serão multados por crimes ambientais na Raposa Serra do Sol
Boa Vista - RR - A superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Roraima, Nilva Cardoso Baraúna, informou hoje (12) à Agência Brasil que o embargo das atividades da propriedade do líder arrozeiro Paulo César Quartiero, multado em R$ 30,6 milhões pelo órgão em virtude de degradações ambientais, será efetuado após aval da chefia de fiscalização do órgão e o acerto de apoio operacional da Polícia Federal, para garantir a segurança dos agentes ambientais. A ação pode ocorrer amanhã (13) ou demorar mais alguns dias.

“Vamos fazer a apreensão de equipamentos que estiverem diretamente envolvidos nos danos ambientais. Algumas máquinas deverão ser lacradas para o embargo das atividades”, explicou Nilva.

A tese dos advogados de Quartiero - de que ele é vítima de perseguição por parte de órgãos federais - é rejeitada pela superintendente. Ela, porém, revelou que a aplicação das penalidades foi adiada. “As multas já deveriam ter sido lavradas há mais tempo, mas quando foi suspensa a Operação Upatakon 3 deixou-se de fazer por conta das ameaças e conflitos na área”. A Operação Upatakon 3, deflagrada pela Polícia Federal, visava a retirada de não-índios da reserva.

Segundo Baraúna, as penalidades também não serão restritas a Quartiero. “Outros serão multados como ele por aterro de lagos, desrespeito ao percentual de reserva legal e degradação de mata ciliar”, disse a superintendente. “Quando os fiscais forem à fazenda do Quartiero os outros serão autuados. O primeiro a assinar foi ele por estar em Brasília e os autos saírem de lá”, acrescentou.

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Contrariado com possibilidade de sair de Raposa Serra do Sol, fazendeiro diz confiar na Justiça

10 de Maio de 2008 - 10h38 - Última modificação em 11 de Maio de 2008 - 15h29
Marco Antônio Soalheiro
Enviado Especial
Roosewelt Pinheiro/ABr
pagamento de indenização justa
Lago de Caracaranã - Terra Indígena Raposa Serra do Sol (RR) - Com 85 anos de idade, Joaquim Corrêa vive há pelo menos 81 em uma propriedade de 2 mil hectares às margens do Lago Caracaranã, que ficou dentro da Terra Indígena Raposa Serra do Sol depois da demarcação em área contínua feita pelo governo federal.

Ele exibe um título de posse da área datado de 1886 que herdou dos antepassados, e se diz "contrariado" com a possibilidade de deixar a terra sem receber uma indenização que considere adequada, caso o Supremo Tribunal Federal confirme a legalidade da demarcação.

“Eu sou nativo, nasci e me criei aqui. Me sinto vítima de uma injustiça”, reclama o homem viúvo, com sete filhos, 17 netos, bisnetos e até um tataraneto, que freqüentam a propriedade.

Joaquim, que se diz eleitor de Lula desde 1989, quando o então candidato visitou sua terra, chegou a enviar uma carta ao presudente há cerca de dois anos reclamando do valor oferecido pela Fundação Nacional do Índio como indenização para que saísse da reserva.

A proposta do órgão federal foi de R$ 360 mil, enquanto ele estima que o valor justo seria pelo menos R$ 1 milhão. Alega que obteve uma resposta protocolar, para que encaminhasse as queixas à Casa Civil. Fez o sugerido e recebeu outra resposta de que o assunto seria avaliado.

A mágoa foi o que restou dos contatos. “Me decepcionei. Não vou dizer que ele [ presidente da República] fez um mal governo em nível nacional, mas para Roraima foi um desastre. O pronunciamento que está vindo dele é de que não vai ceder em relação à demarcação, mas se respeitar a decisão do Supremo, já está de bom tamanho”, avalia Joaquim. “Agora já passei da idade e nem tenho mais intenção de votar”, acrescenta.

O lago de Caracaranã, um dos pontos turísticos mais belos de Roraima, está a 166 quilômetros de Boa Vista. Parte do trajeto é em estrada de terra, onde há muitos animais na pista. A propriedade de Joaquim Côrrea já funcionou como uma espécie de balneário, com chalés, bares e uma praia de água doce e cristalina. Mas segundo um de seus genros, o movimento caiu após a perspectiva de retirada dos não-índios da área e a colocação de uma placa dizendo que só poderia se ingressar ao local com autorização da Fundação Nacional do Índio.

Questionado se preferia receber R$ 1 milhão ou permanecer na propriedade, Côrrea disse que teria que consultar a família. Alegou temer que haja perseguição aos não-índios, caso o STF autorize a permanência deles lá , mas reiterou confiar em duas “justiças” para que se chegue a uma solução positiva para o impasse: “A primeira esperança é justiça Divina e a última justiça dos homens. Acredito que são pessoas [os ministros do STF) que tenham caráter e amor à pátria”.

O relator das ações pendentes no STF que contestam a demarcação da Raposa Serra do Sol é o ministro Carlos Ayres Britto, que disse nesta semana estar com o voto praticamente concluído. Caberá ao presidente da corte, ministro Gilmar Mendes, marcar uma data para o julgamento no plenário, que pode ocorrer ainda em maio.

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PF sela novo acordo com índios para desbloqueio de estrada na Raposa Serra do Sol

12 de Maio de 2008 - 10h05 - Última modificação em 12 de Maio de 2008 - 11h25
Marco Antônio Soalheiro
Enviado especial
Roosewelt Pinheiro/ABr
Terra Indígena Raposa Serra do Sol (RR) - Depois de duas longas reuniões com lideranças das Comunidades Jawari e São Francisco, agentes da Polícia Federal (PF) e da Fundação Nacional do Índio (Funai) deixaram a Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, com a promessa dos índios de retirarem bloqueios montados na RR-319, conhecida como Transarrozeira.

O acordo atende a um pedido do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Ayres Britto, relator das ações que contestam a demarcação da área.

“O ministro pediu ao meu diretor-geral que viéssemos providenciar o desbloqueio da estrada até que o STF possa decidir sobre a questão. Expliquei a eles [índios] que, até que se decida, o direito constitucional de ir e vir tem que ser respeitado. O trânsito será restabelecido”, afirmou o superintendente da PF em Roraima, José Maria Fonseca.

O delegado foi de helicóptero à reserva, conduziu pessoalmente as negociações e informou aos índios que poderia haver uma decisão judicial determinando a liberação da estrada com uso de força.

O bloqueio teve início na última segunda-feira (5) e, durante semana, a PF chegou fazer um primeiro acordo, pelo qual a estrada ficou liberada por apenas 24 horas.

O motivo alegado pelos índios para a obstrução, conforme o delegado, era o temor de que arrozeiros estivessem levando para a reserva armas e pessoas para agredi-los. “ Dissemos aos índios que temos equipes avançadas para fazer esse monitoramento e pedimos que nos avisem em caso de qualquer suspeita’’, disse Fonseca.

A Funai ficou encarregada de providenciar equipamentos de comunicação para que os índios informem as autoridades sobre problemas que possam ocorrer na reserva. Os tuxauas das duas comunidades visitadas pela PF não permitiram que a equipe da Agência Brasil acompanhasse de perto as reuniões. Mas, na Comunidade São Francisco, foi possível ouvir, mesmo à distância, trechos da negociação.

“Fizemos o bloqueio para chamar atenção e conversar olho no olho. Temos preocupação de não saber a decisão do STF”, disse um dos líderes, que em seguida fez acusações contra os arrozeiros: “É um povo que não tem respeito com a natureza e com os nossos próprios animais. Sabemos que o bloqueio é contra a lei, mas precisamos fazer”.

O superintendente argumentou com os índios que a tensão provocada pelo bloqueio seria prejudicial à própria imagem deles e ressaltou que os arrozeiros estariam dispostos a deixar a reserva pacificamente se o STF assim decidir. “Mas eles [arrozeiros] devem ter condições para retirar as coisas deles”, ressalvou.

Fonseca também reiterou em diversos momentos que a função da PF na região é cumprir a lei e zelar pela manutenção da paz. “Nós não estamos favorecendo lado nenhum e vamos fazer cumprir a decisão judicial”, afirmou o superintendente à Agência Brasil ao final da reunião.

O coordenador do Conselho Indígena de Roraima (CIR), Jaci José de Souza, explicou o porquê de as comunidades terem aceitado acabar com o bloqueio e esperar a decisão do STF: “A terra já está homologada, registrada em área contínua. A comunidade grita para que não afrouxe e esperamos uma decisão do Supremo nesse sentido. Vamos esperar, mas se demorar muito tempo também não dá.”

As ações que contestam a demarcação da reserva em área contínua podem ser julgadas ainda este mês no STF. No fim da tarde de ontem (11), funcionários de arrozeiros já preparavam suas carretas, paradas na RR-319, para buscar nas fazendas milhares de sacas do produto e levar materiais usados em lavouras. Na propriedade do arrozeiro Ivo Barili havia arroz colhido amontoado na terra, à espera dos procedimentos para a retirada.

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Índias aliadas de arrozeiros protestam contra demarcação da Raposa e atuação da PF

12 de Maio de 2008 - 16h49 - Última modificação em 12 de Maio de 2008 - 20h01
Marco Antônio Soalheiro
Enviado Especial
Roosewelt Pinheiro/ABr
Boa Vista (RR) - Sob o sol a pino na capital de Roraima, dezenas de índias aliadas de arrozeiros seguram cartazes e, com auxílio de um carro de som, gritam palavras de ordem contra a Polícia Federal e a demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol em área contínua. Duas faixas resumem o recado que pretendem dar: “Lula [presidente da República]: antes de esterminar (sic) RR, conheça-a” e “Paulo César [Quartiero, líder dos arrozeiros]: Deus te ama e nós também!”.

Andando de um lado para outro em frente à Assembléia Legislativa do estado, a professora Ionaia de Sá brada de microfone em punho: “Somos contra a retirada de não-índios. Queremos que a PF vá embora porque trata a gente com truculência”. Uma caminhonete com agentes da PF pára em um sinal próximo e parte das mulheres avançam, xingam e dão tapas contra o veículo. Os ocupantes não reagem.

O discurso continua e a professora acrescenta: “A Funai [Fundação Nacional do Índio] não ajuda nossas comunidades e o governo Lula gasta dinheiro com turismo para policiais”.

Questionada sobre a organização do protesto, Ionaia disse ser uma “iniciativa espontânea das mulheres da Raposa Serra do Sol, até porque somos maioria no mundo”. No local também estava a esposa do líder dos arrozeiros Paulo César Quartiero - preso em Brasília por porte ilegal de arma e artefatos explosivos, depois que funcionários expulsaram a tiros índios que ocupavam a fazenda Depósito.

Do alto de uma intitulada tribuna popular quem fala é Antônia Rodrigues, 55 anos, que diz viver e ter nascido na Vila Surumu, onde índios favoráveis e contrários aos arrozeiros estão separados por apenas uma rua: “A [Polícia] Federal vive ameaçando todo mundo. Quero que saia e que também tire os índios que não são de lá e vão para o Surumu”.

Os protestos populares em Boa Vista contra a PF estão se tornando comuns. Na última sexta-feira, manifestantes liderados pelo deputado federal Márcio Junqueira (DEM-RR) saíram em carreta pedindo a intervenção do Exército na Raposa Serra do Sol. O parlamentar acusa a PF de ter comportamento parcial, favorável aos índios que querem a saída dos arrozeiros.

O delegado da PF Fernando Romero reage com tranqüilidade às críticas: “Entendemos como um processo natural porque interesses econômicos estão sendo contrariados.”

Ele lembra que, quando moradores aliados de arrozeiros montaram uma base de resistência armada na Vila Surumu, a PF hesitou em usar a força contra eles, assim como fez agora com o bloqueio de índios na RR 319, encerrado mediante acordo.

Romero admite que alguns agentes cometeram excessos na atuação em Roraima, como disparar tiros para o alto sem necessidade em ambiente público, mas garante que foram afastados e “receberão sanções cabíveis”. Sobre o deputado federal Márcio Junqueira, o delegado diz que “está a serviço dos arrozeiros e fará de tudo para difamar”.

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Índia casada com fazendeiro não admite abrir propriedade para uso comum

11 de Maio de 2008 - 16h27 - Última modificação em 11 de Maio de 2008 - 16h27
Marco Antônio Soalheiro
Enviado especial
Terra Indígena Raposa Serra do Sol (RR) - Indignação é o que a índia Celina Makuxi, de 51 anos, casada com o fazendeiro Raimundo Cardoso, sente diante da proposta prevista no decreto de demarcação da terra indígena onde vive com o marido. Pela proposta, Celina e o marido só poderiam permanecer na área se abrissem a propriedade para uso comum dos moradores da reserva.

“Queria saber se o Lula [presidente da República] vai abrir a casa dele para alguém estranho entrar lá. Eu comprei, paguei e não roubei minha terra de ninguém. O Lula não colocou um prego na minha casa”, reclama, nervosa, Celina, em voz alta e com os olhos marejados.

A propriedade do casal tem 1.500 hectares. Raimundo Cardoso, de 56 anos, conhecido como Curica, diz que tem certificado de posse de 1988, emitido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, depois de pagamento de um valor estimado hoje em R$ 70 mil. “Não tem provas de que eu seja invasor”, disse o fazendeiro.

Curica também acusa índios de já terem roubado parte de seu gado. Ele afirma que a Fundação Nacional do Índio (Funai) ofereceu indenização de R$ 27 mil para que deixasse a terra, mas, por seus cálculos, teria de receber “no mínimo R$ 700 mil”.
Em frente à fazenda do casal, estão parados caminhões do produtor de arroz Ivo Barili, que aguardam a liberação da estrada RR-319, conhecida como Transarrozeira, bloqueada por índios que querem a saída dos produtores brancos da Raposa Serra do Sol. Curica critica a postura dos índios, que impedem a passagem de fertilizantes e sementes usados nas lavouras de arroz: “É uma agressividade, que nos tira o direito de cidadania, de ir e vir.”

O Supremo Tribunal Federal deve decidir nas próximas três semanas se os que não são índios poderão permanecer na Terra Indígena, ao julgar ações que contestam a demarcação em área contínua da Raposa Serra do Sol.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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