Brasil
e Áustria discutem cooperação
na área de biocombustíveis
13 de Maio de 2008 - 05h52 - Última
modificação em 13 de Maio de 2008
- 05h52
Agência Brasil
Brasília - Um acordo de cooperação
técnica entre o Ministério do Esporte,
a Confederação Brasileira de Futebol
(CBF) e a Associação Brasileira de
Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib)
será assinado hoje (13) à tarde (16h30),
em cerimônia no Palácio do Planalto.
Participam o presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, o ministro do Esporte, Orlando Silva,
e dirigentes das duas entidades.
Logo após, Lula se reúne
com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (17h30),
e, em seguida, despacha com assessores (19h).
Ao longo desta terça-feira
(13), estão previstos outros compromissos
na agenda presidencial. De manhã, depois
de desembarcar na Base Aérea procedente de
São Paulo, Lula segue direto para o Planalto,
onde recebe (10h) o ministro da Secretaria de Comunicação
Social, Franklin Martins, e encontra-se com o presidente
da Assembléia de Portugal, Jaime Gama (10h30).
Na seqüência, o presidente
vai ao Itamaraty para uma reunião de trabalho
com o primeiro-ministro da Áustria, Alfred
Gusenbauer. Durante o encontro (11h30), os dois
chefes de Governo vão discutir cooperação
nas áreas de pesquisa de
biocombustíveis, de programas sociais, turismo,
comércio, investimentos e meio ambiente;
as negociações da Rodada Doha e a
reforma do Conselho de Segurança da ONU,
entre outros assuntos. Também será
assinado memorando de entendimento estabelecendo
mecanismo de consultas políticas regulares
entre os dois países.
Ainda hoje à tarde, pouco
antes da assinatura do termo de cooperação
entre o Ministério do Esporte, a CBF e Abdib,
Lula recebe o governador de Minas Gerais, Aécio
Neves, em uma audiência às 15h30, no
Palácio do Planalto.
+ Mais
Brasil e Alemanha firmam acordos
nas áreas de energia e meio ambiente
14 de Maio de 2008 - 05h46 - Última
modificação em 14 de Maio de 2008
- 05h46
Agência Brasil
Brasília - Brasil e Alemanha firmam hoje
(14) acordos de cooperação nos setores
energético e ambiental, durante encontro
do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com
a chanceler alemã, Ângela Merkel, às
12h15, no Palácio do Planalto.
Na mesma cerimônia, seguida
de declaração à imprensa, os
dois países vão renovar a parceria
estratégica estabelecida em 2002 na visita
ao Brasil do então chanceler Gerhard Schröder.
Sobre o acordo na área
ambiental, a Alemanha vai destinar 40 milhões
de euros para financiamento de três projetos
na região amazônica (manejo florestal
sustentável, Fundo para Áreas Protegidas
e Projeto Arpa II em Áreas Protegidas). Já
em relação ao acordo energético,
o documento prevê a manutenção
do acordo nuclear firmado pelos dois países
em 1975 e a criação de um grupo de
trabalho sobre biocombuistíveis.
Antes da assinatura dos acordos,
Lula e Merkel se reúnem reservadamente, quando
devem discutir questões sobre biocombustíveis
e mudança do clima, o andamento das negociações
da Rodada Doha, comércio e investimentos,
e a reforma do Conselho de Segurança das
Nações Unidas. No fim da manhã,
os dois seguem para o Itamaraty, onde a chanceler
alemã será homenageada com um almoço
oferecido pelo governo brasileiro.
À tarde, Lula retoma as
audiências e despachos no Palácio do
Planalto. O primeiro compromisso será às
15h30, quando recebe representantes da Confederação
dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e do Grito
da Terra Brasil 2008. Na seqüência, reúne-se
com os ministros Dilma Rousseff, da Casa Civil (16h30);
Marta Suplicy, do Turismo (17h30); e Hélio
Costa, das Comunicações (18h).
+ Mais
Chanceler alemã manifesta
preocupação com expansão da
soja na Amazônia
14 de Maio de 2008 - 16h44 - Última
modificação em 14 de Maio de 2008
- 16h44
Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil
Antonio Cruz/ABr
Brasília - O presidente Luiz Inácio
Lula da Silva e a chanceler alemã Angela
Merkel, no Palácio do Planalto
Brasília - A Alemanha está preocupada
com a expansão da produção
de soja na Amazônia e o conseqüente desmatamento
da região. O temor foi manifestado hoje (14)
pela chanceler alemã, Angela Merkel. "Temos
estatísticas que nos deixam preocupados com
relação o desmatamento. Há
uma substituição de floresta por plantação
de soja", disse a chefe de governo alemã
em entrevista coletiva, após encontro com
o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Um dos acordos assinados pelos
dois países durante a visita foi justamente
para cooperação financeira para preservação
da Amazônia. A Alemanha anunciou um financiamento
de 40 milhões de euros, no Brasil, para um
projeto de cooperação na área
de combate à Aids e três iniciativas
na região amazônica: manejo florestal
sustentável, Fundo para Áreas Protegidas
e Projeto Áreas Protegidas da Amazônia
(Arpa) 2.
Perguntado pela imprensa alemã
se o Brasil está disposto a discutir internacionalmente
a preservação da Amazônia, Lula
se disse aberto ao debate, mas deixou claro que
não abrirá mão da soberania
do país: "A Amazônia é
de fato e de direito de inteira responsabilidade
da soberania nacional". O presidente defendeu
projetos voltados à sustentabilidade da região
e à melhoria das condições
de vida da população local.
"Poderemos repartir os benefícios
que a floresta pode oferecer tendo como contrapartida
políticas que incentivem um programa como
o que lançamos, de desenvolvimento sustentável
para a Amazônia, cuidando corretamente do
manejo da floresta mas criando as condições
para que o povo da Amazônia seja tratado como
cidadãos de primeira categoria", afirmou.
Em seu discurso, um pouco antes,
Lula garantiu que o Brasil está fazendo a
lição de casa. "A preservação
da Amazônia é uma legítima preocupação
da comunidade internacional. Posso assegurar-lhe,
no entanto, que a ninguém essa questão
é mais cara do que a nós, brasileiros,
e especialmente àqueles 25 milhões
que vivem e trabalham na Amazônia", falou
dirigindo-se à Angela Merkel, que foi ministra
de Meio Ambiente da Alemanha na década passada.
Lula também citou números.
De acordo com o presidente, entre 2004 e 2007, o
Brasil criou quase metade do total das áreas
protegidas do mundo e reduziu o desmatamento em
59%. "Não basta aumentar a fiscalização
e reprimir os crimes ambientais", ressaltou
o presidente.
+ Mais
Declaração de Lima
não expressa posições firmes
sobre temas sociais e energéticos
16 de Maio de 2008 - 21h14 - Última
modificação em 16 de Maio de 2008
- 21h19
Yara Aquino
Enviada especial
Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
Lima (Peru) - O presidente Luiz Inácio Lula
da Silva participa da 5ª Cúpula de Chefes
de Estado e Governo da América Latina, Caribe
e União Européia
Lima (Peru) - A Declaração de Lima,
assinada hoje (16) pelos chefes de Estado ao final
da 5ª Cúpula América Latina,
Caribe e União Européia, enfatiza
a prioridade de integração entre os
blocos econômicos da América Latina
e do Caribe com a União Européia.
O texto, no entanto, não expressa posições
firmes sobre temas sociais ou energéticos,
como os biocombustíveis. No documento, há
também recomendações nas áreas
ambientais e sociais, mas sem estabelecer metas.
Um dos parágrafos trata
das ações de cooperação
energética relacionada a fontes de energia
limpas e renováveis e apenas propõe
o trabalho conjunto na conscientização
sobre o impacto ambiental de sistemas não
sustentáveis de consumo de energia.
Também sobre meio ambiente,
há a recomendação para que
as nações encontrem alternativas que
viabilizem o crescimento econômico com uso
menos intenso do carbono e que reduzam os mpactos
das mudanças climáticas. O manejo
sustentável do meio ambiente também
é proposto na declaração.
No campo social, estabelece o
compromisso de melhorar a qualidade de vida por
meio de alternativas como o crescimento econômico
acompanhado de distribuição de renda,
a formalização da economia e o acesso
a saneamento e água potável.
Sobre imigração,
propõe a construção de um modelo
que compreenda a contribuição dos
imigrantes para as sociedades receptoras e a responsabilidade
compartilhada entre os países de onde saem
e onde vivem os imigrantes.
A 5ª Cúpula América
Latina, Caribe e União Européia começou
no dia 13 e foi encerrada hoje.
+ Mais
Lula diz que há disputa
comercial por trás do debate sobre biocombustíveis
15 de Maio de 2008 - 22h02 - Última
modificação em 15 de Maio de 2008
- 22h45
Yara Aquino*
Enviada especial
Lima (Peru) - Ao chegar a Lima para participar da
5ª Cúpula de presidentes da América
Latina, Caribe e União Européia, o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou
que há uma disputa comercial por trás
da recusa aos biocombustíveis. “Obviamente
que as petrolíferas estão por trás
disso e que os países não querem mudar
suas matrizes.”
"Se nao tivéssemos
encontrado a camada pré-sal eles iriam dizer
que o Brasil estava fazendo isso [produzindo biocombustível]
por que não tinha petróleo. Agora,
temos muito petróleo e queremos produzir
muito biodiesel e levar tecnologia para outros países",
defendeu.
Para o presidente, é preciso estar preparado
porque o debate sobre os biocombustíveis
está apenas começando.
“Como o tema é novo, compreendo
que as pessoas recusem. Você sabe que é
muito difícil as pessoas aceitarem mudanças”,
completou
Lula também falou que o
Brasil participa da cúpula com o objetivo
de aprofundar a discussão sobre os temas
considerados importantes na reunião. “Temos
a questão energética, climática
e de alimentos que são três problemas
que não podem estar separados. É um
tema que todos os países do mundo tem interesse
em discutir e o Brasil tem clareza na suas posições”,
defendeu.
A 5ª Cúpula América
Latina, Caribe e União Européia teve
início ontem (13) e segue até o dia
16 de maio. A reunião tem dois eixos centrais
de discussão: Pobreza, Desigualdade e Inclusão
e Desenvolvimento Sustentável: Mudanças
Climáticas, Meio Ambiente e Energia.
+ Mais
Brasil lançará ofensiva
internacional a favor dos biocombustíveis,
diz Marco Aurélio Garcia
16 de Maio de 2008 - 17h09 - Última
modificação em 16 de Maio de 2008
- 20h54
Yara Aquino
Enviada especial
Lima (Peru) - O assessor especial da presidência
da República, Marco Aurélio Garcia,
afirmou hoje (16) que o governo brasileiro lançará
uma “ofensiva” internacional para obter apoio a
produção dos biocombustíveis.
“Vamos continuar na nossa política,
estamos obtendo cada vez mais adesões e vamos
fazer uma ofensiva publicitária internacional
para esclarecer isso”, afirmou Garcia que participa
em Lima, no Peru, da 5ª Cúpula América
Latina, Caribe e União Européia, onde
um dos temas em discussão é a energia.
Segundo ele, o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva está convencido
de que os biocombustíveis são a melhor
alternativa para a preservação ambiental.
“Cada um saberá dizer se os biocombustíveis
servem para seu país ou não. Para
o Brasil, serve”, disse.
Garcia reforçou a declaração
dada por Lula na noite de ontem (15), ao chegar
a Lima, de que as empresas petrolíferas não
têm interesse na expansão do uso dos
biocombustíveis.
O assessor especial da presidência
também comentou a notícia de que a
Interpol afirmou serem verdadeiras as informações
encontradas no computador do líder assassinado
das Forças Armadas Revolucionárias
da Colômbia (Farc), Raúl Reyes, que
liga o presidente da Venezuela, Hugo Chávez,
à guerrilha colombiana.
“A única informação
que tive é que se uma pessoa ficar lendo
100 páginas por dia, vai levar anos para
constatar tudo que está ali. Não é
uma coisa sobre a qual temos possibilidade de qualquer
reação no momento atual”, avaliou
Garcia.
Questionado por jornalistas se
o presidente Lula continua sendo o principal garoto-propaganda
dos biocombustíveis, Marco Aurélio
Garcia respondeu: “Não sei se é principal
garoto-propaganda e, se há alguma tendência
depreciativa nessa expressão, digo que para
nós não tem esse significado”.
+ Mais
Brasil e Finlândia discutem
biocombustíveis, meio ambiente e ciência
e tecnologia
15 de Maio de 2008 - 15h53 - Última
modificação em 15 de Maio de 2008
- 15h53
Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil
Antonio Cruz/ABr
Brasília - O presidente Luiz Inácio
Lula da Silva recebe o primeiro-ministro da Finlândia,
Matti Vanhanen
Brasília - O primeiro-ministro da Finlândia,
Matti Vanhanen, encerrou nesta quinta-feira (15)
visita de quatro dias ao Brasil com reunião
de trabalho com o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva. Não houve assinatura de acordo
nem declaração conjunta.
Segundo nota do Ministério
das Relações Exteriores, Lula e Vanhanen
trataram sobre o programa brasileiro de biocombustíveis,
mudança do clima e cooperação
nas áreas florestal, científica e
tecnológica. As formas de diversificar e
ampliar as relações econômicas
e comerciais entre os dois países também
entraram em pauta no encontro.
Em setembro do ano passado, durante
visita à Finlândia, o presidente Lula
participou de um seminário empresarial com
vistas a impulsionar novos negócios e atrair
investimentos para o setor produtivo brasileiro.
Agora, uma comitiva de 26 empresários finlandeses
veio ao Brasil com o primeiro-ministro.
Cerca de 40 empresas finlandesas
atuam no mercado brasileiro, sendo que metade delas
investe na área produtiva e de pesquisa.
O intercâmbio comercial entre Brasil e Finlândia
encerrou 2007 com negócios no valor de US$
1,3 bilhão, com saldo negativo para o Brasil,
já que as exportações brasileiras
totalizaram US$ 525 milhões, contra US$ 843
milhões de importações de produtos
finlandeses.
A principal agenda comum, no entanto,
está ligada a questões ambientais
– a Finlândia é uma das regiões
do planeta com maior consciência ambiental,
daí seu interesse pelos biocombustíveis.
Em 2007, durante visita do presidente
Lula, os dois países firmaram memorando de
entendimento na área de mecanismo de desenvolvimento
limpo (MDL). Hoje, Vanhane teria, inclusive, reunião
de trabalho com a ex-ministra do Meio Ambiente Marina
Silva.
Depois da reunião com Lula,
no final da manhã, Vanhanen almoçou
com o vice-presidente José Alencar, no Itamaraty,
e seguiu para Lima, no Peru, onde novamente encontrará
com o presidente Lula no âmbito da 5ª
Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da
América Latina, Caribe e União Européia.
+ Mais
Energia será tema de destaque
na reunião de países da América
Latina e União Européia
14 de Maio de 2008 - 15h22 - Última
modificação em 14 de Maio de 2008
- 15h22
Yara Aquino
Enviada especial
Lima (Peru) - A geração e as fontes
alternativas de energia menos poluentes serão
temas de destaque nas discussões entre os
chefes de Estado na 5ª Cúpula América
Latina, Caribe e União Européia, no
momento que o preço do petróleo bate
recordes seguidos de alta.
Os cerca de 50 chefes de Estado,
entre eles o presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, vão nortear as discussões
por dois eixos centrais, em Lima, no Peru: Pobreza,
Desigualdade e Inclusão e Desenvolvimento
Sustentável: Mudanças Climáticas,
Meio Ambiente e Energia.
A primeira temática foi
proposta pelos países da América Latina
e Caribe, que querem dar prioridade às discussões
de como reduzir a fome, a pobreza e impulsionar
a coesão social.
A União Européia
propôs o outro eixo de discussão, o
energético, partindo do que foi acordado
na última cúpula ocorrida em 2006,
em Viena, na Áustria, de iniciar um diálogo
político em matéria de meio ambiente.
A intenção é
dar atenção especial a questões
como mudanças climáticas e energia
e reconhecer que o crescimento a longo prazo está
relacionado ao desenvolvimento sustentável,
com proteção do meio ambiente e dos
recursos naturais.
As discussões sobre os
biocombustíveis e a crise mundial de alimentos
também entram em discussão.
Também serão debatidos
assuntos como a migração, a integração
regional, o comércio, a democracia, os direitos
humanos, as drogas e combate ao crime organizado
e desenvolvimento e cooperação.
Os temas devem avançar
em relação às cúpulas
anteriores. O documento final da cúpula de
Viena, por exemplo, reafirmou compromissos dos países
no combate às desigualdades sociais, com
a criação e fortalecimento de acordos
de integração comercial entre as regiões.
Nos dois primeiros dias da cúpula,
ontem (13) e hoje (14), ocorrem reuniões
de altos funcionários dos governos, no dia
15 será a vez da discussão entre os
chanceleres, e o encerramento fica com os chefes
de Estado que debatem nos dias 16 e 17.
Paralelo ao evento, hoje (14)
e amanhã (15), ocorre a 2ª Cúpula
Empresarial.
Com informações do endereço
eletrônico da cúpula.
+ Mais
Empresas brasileiras poderão
medir emissão de gases de efeito estufa
12 de Maio de 2008 - 18h29 - Última
modificação em 12 de Maio de 2008
- 18h29
Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Antonio Cruz/ABr
Brasília - O embaixador britânico Peter
Collecot, a ministra Marina Silva, o presidente
da CEBDS, Fernando Almeida, e o vice- presidente
do World Resources Institute, Manish Bapna, no lançamento
do Programa Brasileiro de Inventário Corporativo
de Gases de Efeito Estufa
Brasília - Uma ferramenta lançada
oficialmente hoje (12) por representantes do governo
e da iniciativa privada pretende aperfeiçoar
a contabilidade das emissões de gases de
efeito estufa por empresas, além de medir
mais precisamente a contribuição do
setor para a emissão de gases, como o dióxido
de carbono (CO2), considerado um dos causadores
do aquecimento global.
O Programa Brasileiro de Inventário
Corporativo de Gases de Efeito Estufa vai adotar
a metodologia do Protocolo GHG, usada como referência
para o mercado de carbono europeu, por exemplo.
O objetivo, segundo os gestores da ferramenta, é
calcular e inventariar as emissões de gases
estufa produzidas pelas empresas para subsidiar
medidas de mitigação.
“Na prática, há
uma tabela e é necessário preencher
uma série de dados a partir da medição
de um número grande de indicadores de gases.
É uma metodologia relativamente simples e
que fornece, ao final, quantas toneladas de gás
de aquecimento global a empresa está lançando
na atmosfera. E isso já começa a indicar
o que é possível fazer para evitar
essas emissões”, detalha o presidente executivo
do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento
Sustentável, Fernando Almeida, que apresentará
a ferramenta a grupos de empresários brasileiros
nos próximos dias. Empresas como a Petrobras,
o Grupo Votorantim e as siderúrgicas Arcelor
e Alcoa já utilizam a metodologia. De acordo
com o gerente de Desempenho em Segurança
e Meio Ambiente da Petrobras, Luis Stano, a estatal
investiu cerca de US$ 6 milhões para implementar
a ferramenta.
“As empresas só conseguem
gerenciar as emissões que são medidas.
Quando você cria um inventário de emissões
é possível conhecer os pontos onde
existem as melhores oportunidades de investimentos
para contribuir para mitigar o problema da mudança
climática global”, afirma Stano.
Na avaliação da
ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, a iniciativa
“responde a uma equação muito importante,
que é o comprometimento das empresas em reduzir
emissões” e deveria ser replicada para gerenciar
emissões de outros setores, como o agropecuário.
“A iniciativa do protocolo é
oportuna e mostra que não se pode ficar esperando
o plano e a política [Nacional sobre Mudança
do Clima] saírem para começar a agir.
A humanidade está vivendo o grande desafio
de 'descarbonizar' as grandes economias. Não
podemos permitir a carbonização das
emergentes, como Brasil e México, por exemplo.”
Os mecanismos do protocolo de
inventário corporativo poderão ser
utilizados por outros emissores de gases de efeito
estufa, inclusive a agropecuária e o setor
público, informou o diretor do Departamento
de Mudanças Climáticas da Secretaria
de Qualidade Ambiental do Ministério do Meio
Ambiente, Ruy de Góes.