Panorama
 
 
 

BRASIL AVANÇA NO ESTABELECIMENTO DE METAS NACIONAIS DE BIODIVERSIDADE PARA 2010

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2008

16/05/2008 - Daniela Mendes - O Brasil chega à 9ª Conferência das Partes (COP-9) da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) da ONU, que inicia nesta segunda-feira (19), em Bonn, na Alemanha, como um dos poucos países que fez um exercício interno para estabelecer metas nacionais de biodiversidade para 2010. De acordo com o diretor do Departamento de Conservação da Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, Bráulio Dias, "alguns países fizeram, mas o Brasil foi o único a fazer de uma forma abrangente, olhando todas as peças da convenção, todos os temas tratados por ela".

As metas internas brasileiras foram estabelecidas pela Resolução nº3, de 2006, da Comissão Nacional de Biodiversidade (Conabio), editada poucos meses após a realização da COP-8, em Curitiba. Desmatamento, espécies exóticas invasoras, aquecimento global, remanescentes dos biomas, espécies da fauna e da flora ameaçadas de extinção, recursos genéticos e manejo sustentável estão entre os temas prioritários, segundo a resolução.

Bráulio Dias destacou ainda que a atualização das áreas prioritárias de conservação da biodiversidade é outro avanço importante do Brasil dentro das metas estabelecidas pela CDB. "Poucos países têm um instrumento como esse. A maioria dos países, das pessoas, tem dificuldade de incorporar a biodiversidade na sua tomada de decisão", disse. Para ele, esse instrumento auxilia muito o país no momento de planejar suas políticas públicas, permitindo que o governo consiga definir com maior propriedade onde pode, por exemplo, construir uma estrada. "No passado, biodiversidade só entrava na discussão no final do processo. Agora a gente passa a ter instrumentos para influenciar na política", acredita.

Segundo Bráulio, outro instrumento muito importante foi o mapeamento da cobertura vegetal dos biomas concluído no ano passado. "O Brasil só tinha um mapeamento, cobrindo o país inteiro, dos anos 70. De lá pra cá alguns estados fizeram, mas a gente não tinha uma visão completa, do território todo, em todos os biomas, à exceção da Amazônia. Esse instrumento dá uma visão do conjunto de todos os biomas e isso passa a ser mais um instrumento para se influenciar na elaboração as políticas , explicou. As pessoas ficam preocupadas com o desmatamento da Amazônia porque temos dados. Esperamos que com esse mapeamento seja possível dar mais atenção para os outros biomas", disse Bráulio Dias.

Ele adiantou que o MMA está fechando parceria com o Ibama para aplicar uma metodologia de monitoramento da vegetação semelhante à do Prodes, usado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), para os demais biomas com prioridade para o Cerrado e a Mata Atlântica. Essa é uma parceria que estamos fechando agora, juntamente com o Pnud. Nós já temos um projeto, o Ibama tem uma proposta detalhada e nós estamos fechando agora o instrumento financeiro para contratar todo o trabalho , disse.

Sobre a CDB - Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) da ONU se constitui em um acordo atualmente ratificado por 186 países, que contempla três objetivos: 1) Conservação, 2) Uso sustentável e 3) Repartição eqüitativa dos benefícios derivados do acesso aos recursos genéticos. A CDB define biodiversidade como a "variabilidade entre organismos vivos de todas as origens, incluindo entre eles, terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e complexos ecológicos dos quais eles fazem parte; incluindo ainda a diversidade dentro da espécie, entre espécies e ecossistemas".

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Ministra destaca importância da III CNMA para Plano de Mudanças do Clima

10/05/2008 - Gisele Teixeira e Daniela Mendes - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, participou hoje (10) da plenária final da III Conferência Nacional do Meio Ambiente, em Brasília. Ela destacou que a escolha do tema dessa edição, as Mudanças Climáticas, por si só já foi altamente desafiador. Mas que o mais importante desse processo é que o Brasil será o único país do mundo a ter a sua Política e seu Plano Nacional de Mudanças do Clima como resultado de uma discussão que envolveu mais de 100 mil pessoas e que foi debatido, com refinamento, por cerca de 1200 delegados. "Além disso, tem o apoio da academia, dos governadores, dos prefeitos, do Congresso Nacional e ainda do Fórum Nacional de Mudanças Climáticas. Não é um processo simples", disse.

A III CNMA recebeu 5.132 propostas oriundas de todo o Brasil, resultado de 751 conferências municipais e estaduais. Essas propostas foram debatidas em 16 grupos de trabalho, por temas, e sistematizadas em cerca de 650 propostas que serão votadas até o final do sábado. A ministra lembrou que as resoluções da primeira e da segunda conferências foram ou ainda estão sendo implementadas pelo ministério e atingiram um grau de efetivação de 70% e 85%, respectivamente. "Desta vez não será diferente", afirmou.

Marina agradeceu o apoio dos delegados e da sociedade na implementação das ações da área ambiental no Brasil. "Obrigado pela sustentabilidade política que vocês têm dado à Conferência Nacional do Meio Ambiente, ao Ministério do Meio Ambiente e ao presidente Lula", disse. A ministra destacou que a sociedade tem dado um sinal muito claro de que a equação a ser resolvida neste século é como viabilizar o desenvolvimento com a preservação e a preservação com o desenvolvimento. "Por isso não podemos retroceder daqui para frente em nenhum centímetro", acrescentou.

A ministra lembrou que nos últimos cinco anos o governo federal implementou políticas que pareciam impossíveis, como o licenciamento ambiental e o combate ao desmatamento. "Mas tudo o que está sendo feito hoje só é possível porque existe uma forte sustentabilidade social. Ninguém consegue fazer isso sem o apoio da sociedade, seria uma ilusão", afirmou Marina. Para a ministra, os avanços na área ambiental são um processo social. "É um processo civilizatório", completou.

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Edital selecionará projetos para combate à desertificação

16/05/2008 - Grace Perpetuo - A Coordenação de Combate à Desertificação da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente lançou no último dia 12 a segunda edição do Fundo de Apoio a Iniciativas Locais de Combate à Desertificação. A iniciativa dá continuidade às ações de desenvolvimento de atividades familiares sustentáveis em microbacias das áreas suscetíveis à desertificação.

O edital tem por objetivo selecionar projetos que possibilitem a geração de experiências e aprendizagens que ampliem a contribuição das Ongs e comunidades de base no combate à desertificação em nível local, priorizando os quatro eixos temáticos que norteiam o Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAN-Brasil): a redução da pobreza e da desigualdade; a ampliação sustentável da capacidade produtiva; a preservação, conservação e manejo sustentável dos recursos naturais; e, por fim, a gestão democrática e o fortalecimento institucional.

O edital é fruto de uma parceria entre a Coordenação de Combate à Desertificação do MMA, o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), o grupo de Ongs Articulação no Semi-Árido e as agências alemãs de cooperação técnica GTZ e DED.

O Fundo de Apoio a Iniciativas Locais é destinado a entidades sem fins lucrativos que tenham atuação nas áreas suscetíveis à desertificação e, mais particularmente, nas áreas de abrangência do Programa Proágua Semi-Árido Antidesertificação.

Os projetos deverão apresentar valores máximos de R$ 25 mil. O total de recursos disponíveis é de aproximadamente R$ 500 mil, oriundos do Projeto de Cooperação Técnica firmado entre MMA, IICA e GTZ.
O resultado da seleção será anunciado no Dia Mundial de Luta contra a Desertificação - 17 de junho.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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