Panorama
 
 
 

BRASIL E JAPÃO JOGAM CONTRA O PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA EM BONN

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Maio de 2008

16 de Maio de 2008 Apesar das muitas dúvidas - e algumas certezas - contra o milho transgênico, a maioria dos ministros do Conselho Nacional de Biossegurança autorizou o plantio e comercialização no país de variedades geneticamente modificadas da Monsanto e Bayer.
Bonn, Alemanha — Eles não querem regras claras para responsabilizar indústria por danos causados pelos transgênicos. Decisão ficou para 2010.

Os governos reunidos em Bonn (Alemanha) para a 4a Reunião das Partes do Procotocolo de Cartagena sobre Biossegurança fracassaram na tentativa de chegar a um acordo sobre regras internacionais que façam poluidores pagarem por danos causados pelos transgênicos ao meio ambiente, à biodiversidade, à saúde humana e aos agricultores.

Japão e Brasil foram os principais articuladores das obstruções durante toda a semana de negociações, bloqueando qualquer tentativa de introduzir regras claras que tornem as empresas de biotecnologia responsáveis pelos danos. Os governos presentes à reunião concordaram em prosseguir com as negociações para a criação de um regime de responsabilização que tenha força de lei, mas não conseguiram chegar a um acordo sobre os detalhes de funcionamento desse regime.

“A boa notícia é que todos os países concordam com regras que tenham valor de lei e não sejam apenas voluntárias, mas a atitude destrutiva do Brasil e do Japão traz preocupação para as futuras rodadas de negociação”, disse Doreen Stabinsky, coordenadora da campanha de Engenharia Genética do Greenpeace Internacional.

Na última terça-feira (13/5), o Brasil foi denunciado em Bonn por seis entidades da sociedade civil - entre elas o Greenpeace - por não cumprir o Protocolo de Cartagena, ao não adotar medidas que garantam a biossegurança no país.

Até hoje, já foram registrados mais de 216 casos de contaminação causados por transgênicos em 57 países. No Brasil, o número de casos de contaminação deve aumentar após a recente aprovação de variedades de milho transgênico, no início desse ano.

“No momento em que o país perde a sua última ponta de credibilidade ambiental, com a saída da Ministra Marina Silva, a postura adotada pelo governo aqui na Alemanha serve como evidência da falta de interesse em sustentar qualquer política que alie desenvolvimento e sustentabilidade”, disse Gabriela Vuolo, coordenadora da campanha de Engenharia Genética do Greenpeace Brasil que está em Bonn acompanhando as reuniões do Protocolo de Cartagena. “Eximir as indústrias de biotecnologia da responsabilidade pelos danos causados por suas variedades transgênicas é inaceitável e vai contra a própria legislação brasileira. Esperamos que isso seja revisto para as próximas rodadas de negociação.”

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Brasil é denunciado por descumprir lei internacional de biossegurança

13 de Maio de 2008 Apesar das muitas dúvidas - e algumas certezas - contra o milho transgênico, a maioria dos ministros do Conselho Nacional de Biossegurança autorizou o plantio e comercialização no país de variedades geneticamente modificadas da Monsanto e Bayer.
Bonn, Alemanha — Documento de entidades da sociedade civil entregue em reunião da ONU na Alemanha critica postura do governo em relação aos transgênicos.

O governo brasileiro foi denunciado nesta terça-feira, em Bonn, durante a reunião da ONU sobre biodiversidade, por descumprir o Protocolo de Cartagena ao não adotar medidas para evitar riscos à biodiversidade e à saúde humana no Brasil e por não exigir estudos sobre o impacto do milho transgênico no meio ambiente do país. A 4ª reunião das partes do Protocolo de Cartagena começou na segunda-feira (12/5), em Bonn, na Alemanha, e termina na próxima sexta-feira (16/5).

O documento com a denúncia foi assinado por seis entidades da sociedade civil brasileira, que representam pequenos agricultores, agricultores ecológicos, consumidores, ambientalistas e organizações de direitos humanos: Greenpeace, AS-PTA, Terra de Direitos, Associação de Agricultura Orgânica (AAO), Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e Associação Nacional de Pequenos Agricultores (Anpa).

“O governo brasileiro têm se esquivado, sistematicamente, de implementar qualquer mecanismo para garantir a identificação adequada dos produtos transgênicos, tanto no mercado doméstico quanto no mercado internacional”, alerta Gabriela Vuolo, coordenadora da campanha de Engenharia Genética do Greenpeace, que está participando do encontro. Segundo Vuolo, um dos assuntos chaves da reunião é a responsabilização de quem contribui para a contaminação genética no campo. Alguns casos já estão ocorrendo no Brasil, principalmente na região sul do país, em plantações de soja.

"Como nem a CTNBio, responsável pelas aprovações de transgênicos no Brasil, nem o governo fizeram regras que protejam os agricultores e consumidores, estamos diante de uma situação bem preocupante no país, ainda mais agora que o milho transgênico foi também aprovado", afirma a campaigner do Greenpeace.

Para Darci Frigo, da Terra de Direitos, ao descumprir o Protocolo de Cartagena, o governo brasileiro incentiva ilegalidades e desrespeita comunidades locais e consumidores. "Isso é inaceitável", diz.

Essa é a primeira vez que uma denúncia como esta é realizada no âmbito do Protocolo de Biossegurança. Para as organizações, o comportamento do governo brasileiro representa riscos para o planeta, por se tratar de um país com grande biodiversidade e por ser um grande exportador de alimentos.

A denúncia apresentada nesta terça-feira se baseia em dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e pede a suspensão das decisões que liberaram o plantio comercial de milho transgênico no país.

“O governo brasileiro não poderia ter simplesmente desconsiderado o parecer das agências públicas federais de saúde e de meio ambiente. É muito grave que Anvisa e o Ibama tenham apontado várias questões de extrema gravidade e que estas questões tenham sido ignoradas pelo governo”, disse Andrea Salazar, do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec). “Isso representa um claro descumprimento do Protocolo de Cartagena, que obriga os países a tomarem medidas eficazes para evitar ou reduzir ao máximo os riscos para a saúde e ao meio ambiente. A postura do Brasil põe consumidores brasileiros e de todo o mundo em risco, já que o Brasil é um grande exportador de alimentos”.

Para Gabriel Fernandes, da AS-PTA, o governo brasileiro nunca tratou com seriedade a análise de risco no Brasil. “Os plantios ilegais de transgênicos foram legalizados com decisões absurdas, desconsiderando totalmente os direitos de agricultores e consumidores que não querem plantar e consumir transgênicos. O Protocolo de Cartagena é muito claro ao determinar a obrigatoriedade de medidas para conter o contrabando ilegal, mas o governo brasileiro sempre fez o oposto”.

Além de destacar a inação do governo brasileiro em relação aos plantios ilegais, as organizações também denunciaram o descaso com a decisão da última reunião das partes do Protocolo – que aconteceu em Curitiba, em 2006 e que determinou, quando possível, a identificação dos carregamentos com organismos vivos modificados (OVMs) destinados à exportação.

As organizações solicitam, na denúncia, que o Comitê de Cumprimento do Protocolo de Cartagena receba as informações e documentos oficiais, analise e notifique o Brasil sobre o descumprimento das normas.

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Frank Guggenheim: “Se o Greenpeace não existisse, teria que ser inventado”

20 de Maio de 2008 Frank Guggenheim, diretor-executivo do Greenpeace Brasil, apresenta o relatório Revolução Energética aos participantes do seminário Brasil: vento, energia e investimento, realizado em São Paulo em parceria com o Conselho Global de Energia Eólica.
São Paulo (SP), Brasil — Entrevista com o diretor-executivo do Greenpeace Brasil que está deixando a organização depois de seis anos dedicados a ela.

Quando Frank Guggenheim visitou a Amazônia pela primeira vez, em 1975, era um estudande de Medicina na Universidade de Zurique, na Suíça. Ficou impressionado com a carência de médicos e pensou que poderia um dia ajudar. Voltou à região outras vezes, muitas delas como diretor executivo do Greenpeace, cargo que assumiu em 2002. "É um lugar com muitos problemas, mas cativante", diz Frank, nascido há 58 anos em Nova York, de família suíça e com 36 anos não-consecutivos de Brasil – chegou aqui pela primeira vez em 1956. Agora que está se desligando do Greenpeace, Frank pretende retomar seu antigo sonho: exercer a medicina na Amazônia. "Vou atuar como clínico geral para dar minha última contribuição à região antes de me aposentar."

Confira a seguir a íntegra da entrevista concedida à Revista do Greenpeace:

Depois de seis anos no Greenpeace Brasil, você está se desligando da organização. Qual o motivo?

Frank Guggenheim – As pessoas cumprem ciclos nas organizações e eu cumpri o meu no Greenpeace Brasil. Cumpri o meu mandato e agora está na hora de passar o bastão para uma pessoa mais jovem, com idéias novas que possam levar a organização adiante.

Faça uma pequena análise do que era o Greenpeace Brasil quando você chegou, em 2002, e o que você deixa de legado para as próximas gerações.

Havia uma certa crise institucional quando entrei na organização. Tinha perdido seus principais quadros, estava em dificuldade financeira, estava com um número muito baixo de colaboradores e não conseguia novos. Do ponto de vista institucional, o meu legado foi de fazer o Greenpeace dar a volta por cima e reconquistar quadros, formá-los dentro da organização, estabilizar a perda de colaboradores e ter um crescimento significativo de nossos colaboradores. Quando eu cheguei, havia em torno de 9 mil colaboradores no banco de dados. Hoje estamos com mais de 35 mil. A organização voltou a ter estabilidade e relevância no movimento ambiental.

Quais foram as principais vitórias do Greenpeace durante sua gestão?

Foram inúmeras vitórias. Um exemplo seria a Moratória da Soja, iniciada em 2006. Pela primeira vez se discutiu abertamente a questão agropecuária na Amazônia e seu potencial destrutivo, com os grandes comercializadores de grãos da região. Outro bom exemplo é a nossa proposta do desmatamento zero até 2015, que foi acolhida por uma série de governadores da região amazônica e também pelo BNDES e pelo governo federal, reconhecendo de que haveria a possibilidade de fazer a floresta em pé, com toda sua cultura e biodiversidade, ser mais valorizada do que derrubada.

E já que estou falando de mudanças climáticas, uma outra conquista importante aconteceu em 2003, quando lançamos as campanhas de energias renováveis e anti-nuclear, durante o Fórum Social Mundial em Porto Alegre. Foi o início dessa campanha de clima no Brasil, culminando na discussão que veio à tona em 2007 com os relatórios do IPCC. O Greenpeace, mais uma vez, liderou a discussão.

Uma outra campanha de grande sucesso, lançada em 2003, foi o programa Cidade Amiga da Amazônia, que hoje inclui também estados da Amazônia. Esse programa levou o assunto para todo o país, mostrando que o problema é nacional, não apenas localizado.

E eu não poderia deixar de mencionar também a campanha de transgênicos, que é importante para a organização. Mesmo que eles não sejam mais proibidos no Brasil, ainda temos a obrigação da rotulagem. Em 2002, lançamos o Guia do Consumidor, que traz dezenas de empresas e marcas de produtos na lista verde, com a garantia de que são fabricados sem o uso de matéria-prima geneticamente modificada. E hoje vemos uma pressão muito grande tanto da população como do Ministério Público para se cumprir a lei de rotulagem.

Essas são, de forma geral, as principais conquistas do Greenpeace nesse período. É claro que aconteceram outras conquistas, como a vitória da campanha SOS Mogno, a demarcação das terras dos índios Dení, e assim por diante.

Qual campanha te marcou mais nesses seis anos?

Isso é como perguntar a um pai qual o filho que ele mais ama – ou seja, impossível responder. Mas é inegável que a campanha da Amazônia é a mais emocional dentro do Greenpeace, e também mais madura. Todas as discussões sobre clima, biodiversidade, uso da terra, pecuária e várias outras acabam, de um jeito ou de outro, em volta da Amazônia. O que não é de surpreender, porque estamos falando de uma região que é quase metade do Brasil. É a nossa campanha primogênita e tudo o que se faz lá é sempre muito emocional, porque há populações inteiras diretamente envolvidas, ameaçadas, expulsas de suas terras.

Você costuma dizer que a Amazônia alterou um pouco o modo de atuar do Greenpeace. Como foi isso?

O Greenpeace nasceu nos Estados Unidos, mas até meados dos anos 90 era uma organização basicamente européia, com um modo de se expor, de lutar e de comunicar muito européia. A partir do começo dos anos 90, a organização começou a crescer de um lado na América Latina e de outro na Ásia e Rússia também – e este ano vai para a África. O Greenpeace deixou de ser uma organização eurocêntrica para se tornar uma organização global de fato. E isso, inevitavelmente, traz ao Greenpeace as visões dos países em desenvolvimento, como Índia, China, Brasil, etc, com suas demandas e problemas.

Obviamente que fazer campanha pela moratória da exploração de minérios na Antártica ou a moratória da caça às baleias, em que o Greenpeace esteve fortemente engajado, é bem diferente do que fazer campanha para proteção da floresta amazônica, onde existem 20 milhões de pessoas que precisam sobreviver, se alimentar.

Quando começamos a fazer campanha aqui no Brasil, aprendemos a trabalhar com a população local. Quer dizer, a organização tinha que deixar de ser egocêntrica, de uma certa forma, e trabalhar em grupo. Eu acho que a gente fez esse processo com muito sucesso e hoje o movimento social nos reconhece como um parceiro importante e confiável. As ciumeiras iniciais já não existem mais, conseguimos mostrar que estamos ao lado deles nos momentos bons e nos momentos ruins, que a gente é um megafone para a voz deles. Foi muito bom esse aprendizado e hoje os mesmos métodos são usados no sul asiático. Essa mudança no estilo de trabalho, de atuar mais com as comunidades locais e de forma coletiva, foi muito importante para a organização.

Você pretende morar na Amazônia agora que se desligou do Greenpeace. O que levou você a tomar essa decisão?

Eu conheci a Amazônia muito anos antes do Greenpeace existir no Brasil. Estive lá pela primeira vez em 1975. Sempre tive um carinho muito grande pela Amazônia. Tem muitos aspectos negativos, como falta de governança, violência, mas também muitos positivos: a população é extremamente aberta e os valores das pessoas ainda estão bem mais conservados do que nas grandes metrópoles. E acredito que, como médico, eu possa dar minha última contribuição à região antes de me aposentar.

Você é suíço, mas nasceu em Nova York (EUA) e passou mais da metade de sua vida aqui no Brasil. Foi você quem escolheu o Brasil ou o Brasil te escolheu?

Eu cheguei ao Brasil pela primeira vez em 1956. Tinha sete anos e, portanto, nem eu escolhi o Brasil nem o Brasil me escolheu - vim a tiracolo da minha mãe, que tinha vivido sua juventude no país e resolveu retornar porque gostava muito daqui. Fiquei no Rio de Janeiro até completar o segundo grau, no Colégio Andrews, em 1968.

Nessa época, eu fui para a Suíça, porque queria estudar matemática pura e aplicada, mas no Brasil só tinha esse curso na pós-graduação. Não podemos esquecer que em 1968 os tempos estavam difíceis no Brasil. Foi quando o governo militar emitiu o Ato Institucional número 5 (AI-5), que provocou – entre outras coisas – o fechamento do Congresso Nacional brasileiro. Não era um momento histórico dos mais agradáveis do Brasil.

Na Suíça estudei matemática e física teórica, me formei, trabalhei alguns anos como professor e depois comecei a estudar medicina (em 1974), me formando em 1980. Lá conheci minha esposa e tive filhos, mas sempre planejei voltar ao Brasil, mas a idéia foi sendo postergada. Já tinha até desistido quando minha companheira de um novo impulso à idéia. Então a gente veio em 1988.

O que o Greenpeace significou para você?

Foi extremamente enriquecedor. O Greenpeace é uma organização muito interessante. Mesmo pessoas conservadoras, que não concordam 100% com nossas idéias, fazem doações porque acreditam que a radicalidade da organização ajuda a defender o futuro das próximas gerações. Eu costumo dizer que, se o Greenpeace não existisse, teria que ser inventado.

Nesses seis anos, não atingi todos os objetivos traçados mas consegui atravessar uma fase tumultuada com sucesso e levar a organização a um patamar mais alto, tanto do ponto de vista institucional como político.

Na calada da noite, Câmara aprova o Plano de Aceleração da Grilagem

14 de Maio de 2008 Manaus (AM), Brasil — Logo após a demissão de Marina Silva, deputados aprovaram a MP 422, que autoriza a legalização de áreas públicas invadidas na Amazônia.

A aprovação da Medida Provisória (MP) 422 pelos deputados federais na noite de terça-feira, horas depois da demissão de Marina Silva, confirma que a defesa do meio ambiente vem perdendo a batalha contra os avanços do desmatamento na Amazônia e o desenvolvimento a qualquer custo, defendido por vários setores do governo. Em uma votação preliminar nominal, sobre a admissibilidade da MP que legaliza a grilagem, 289 deputados votaram a favor, 110 contra e um deputado se absteve. A MP segue agora para votação no Senado, onde o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR) é seu principal defensor.

A MP 422, além de perdoar as invasões que já foram feitas, estimula a destruição da Amazônia ao enviar um sinal aos destruidores da floresta de que o combate ao desmatamento e à grilagem de terras na região está sujeito a interesses políticos da base de sustentação do governo. Não custa lembrar que este ano haverá eleições municipais em todo o país. Posseiros, grileiros, fazendeiros, vereadores e prefeitos amazônicos – muitos deles também fazendeiros ou madeireiros – devem estar rindo à toa.

O presidente Lula assinou a MP 422 no dia 27 de março. Trata-se de uma cópia fiel do projeto de lei 2278/07, do deputado Asdrubal Bentes (PMDB-PA), que ampliava o limite máximo de áreas invadidas na zona rural da Amazônia Legal, que poderiam ser legalizadas pelo governo sem exigências como uma licitação. O limite foi ampliado de 500 para até 1.500 hectares, com a desculpa de beneficiar pequenos proprietários. A contradição é evidente: 1.500 hectares é terra para gente grande, não 'pequenos proprietários'.

"Depois do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) - que já ameaçava a Amazônia - agora temos o PAG, Plano de Aceleração da Grilagem, que apenas vem confirmar nossos temores de que o governo optou pelo pragmatismo eleitoreiro, em vez de ampliar os investimentos em atividades que ajudem a manter a floresta em pé, além de fortalecer as instituições como Ibama e Polícia Federal encarregadas de zelar pelo patrimônio ambiental dos brasileiros como reza a Constituição Federal”, afirmou Paulo Adario, coordenador da campanha de Amazônia do Greenpeace, quando o presidente Lula assinou a MP.

"O mais grave disso tudo é que essa medida acontece no período em que os índices de desmatamento na Amazônia voltam a subir e o governo se diz empenhado em evitar a destruição", avaliou Adario.

No momento da assinatura, Lula nem se deu ao trabalho de disfarçar os motivos que o levaram a assinar tal MP, afirmando que ela atendia a pedidos de deputados que apóiam o governo no Congresso. Ou seja, a Amazônia virou moeda de troca para sustentar a base política do governo. Este fato foi novamente confirmado ontem, com o entusiasmo com que a MP da grilagem foi aprovada pelos deputados na Câmara.

 
 

Fonte: Greenpeace-Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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