Panorama
 
 
 

ESTOQUES DE AGROTÓXICO BHC ESTÃO COM OS DIAS CONTADOS NO PARANÁ E MAIS...

Panorama Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Maio de 2008

Uma das câmaras técnicas do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Cema) estuda a remoção de todo o estoque do agrotóxico Hexabenzeno de Cloro (BHC) no Paraná. De acordo com o secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema), Rasca Rodrigues, com a implantação deste projeto o BHC estará com os dias contados no Paraná.

O projeto de remoção está baseado no trabalho que a Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa), vinculada à Secretaria, realiza em parceria com o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev) para o recolhimento de embalagens de agrotóxico vazias.

EMBALAGEM - Atualmente, de cada 100 embalagens de agrotóxico comercializadas, 85 retornam para a reciclagem. Este alto índice de recolhimento faz do Paraná o estado que mais recolhe embalagens no país. “A idéia é ampliarmos essa atuação e o Inpev, junto com o governo do Estado, recolher o BHC com técnicos especializados e dar a destinação adequada, que é a incineração”, antecipou Rasca.

CÂMARA - Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Suderhsa, secretarias da Saúde e da Agricultura, Federação dos Agricultores do Estado do Paraná (Faep) e Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar) são algumas das instituições que participam da câmara técnica do Cema.

Segundo o secretário-executivo do conselho, Paulo Roberto Castella, as primeiras regiões para a remoção já foram definidas. “Norte e Noroeste do Estado, onde estão os maiores estoques do produto”, informou. “Nestas regiões era muito comum o uso do BHC nas plantações de café para combater a broca que atacava essas culturas até 1985, quando o agrotóxico foi proibido. Por isso, o BHC também ficou popularmente conhecido ‘pó de broca’”, completou.

ESTOQUES – Em 2002, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SEAB), fez um levantamento e constatou a existência de 154 toneladas do produto em território paranaense. Mas a estimativa dos técnicos da Secretaria é que, além dos números oficiais, outras duas mil toneladas ainda estejam enterradas ou escondidas por agricultores, que tiveram receio de multas ou sanções penais, após a proibição.

Para garantir a adesão dos produtores rurais a esta iniciativa, um Projeto de Lei apresentado em março deste ano pelo deputado estadual e presidente da Comissão de Ecologia e Meio Ambiente, Luiz Eduardo Cheida, estipula seis meses de “anistia” para que os agricultores que possuam o produto armazenado comuniquem o governo sem sofrer qualquer punição ou multa.

BHC - O BHC é um produto que, ao entrar em contato com a pele, tem efeito cumulativo, causando danos irreversíveis ao sistema nervoso central do homem. A absorção pelo organismo também pode ocorrer por via oral e respiratória. Entre os sintomas estão convulsões, dores de cabeça, tremores, arritmia e até morte. Para o meio ambiente, os danos também são graves. Se entrar em contato com o solo, o BHC pode contaminar a terra por mais de 100 anos.

CUIDADOS - Por de tratar de um agrotóxico altamente perigoso, o manuseio das embalagens deve ser feito com muito cuidado. Somente técnicos capacitados, com roupas, luvas e máscaras devem manipular o produto – que, devido ao tempo que ficou armazenado (muitas vezes de maneira totalmente incorreta) provocou a degradação das embalagens.

+ Mais

Propostas paranaenses são 100% aprovadas na Conferência Nacional do Meio Ambiente

Uma das marcas que a Ministra Marina Silva deixará na política ambiental paranaense é a possibilidade da participação popular na implementação de políticas públicas para preservação dos recursos naturais. De acordo com o secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema), Rasca Rodrigues, Marina Silva é responsável pelo incentivo à realização das 42 Conferências Regionais de Meio Ambiente e três Estaduais que foram promovidas pelo Paraná nos últimos cinco anos.

RSULTADO - No dia 14, o secretário Rasca informou o resultado da terceira edição da Conferência Nacional do Meio Ambiente, encerrada em Brasília no último domingo (10). Todas as 600 propostas paranaenses foram aprovadas e incorporadas à política nacional de Meio Ambiente para o enfrentamento das Mudanças Climáticas.

Segundo ele, as propostas paranaenses corresponderam a cerca de 12% das cinco mil propostas discutidas no evento. “O texto-base encaminhado pelo Ministério originou aproximadamente 400 propostas e outras 200 sugestões eram genuinamente paranaenses; isto é, não estavam previstas no texto-base”, detalhou.

“Eram propostas que simbolizavam os anseios de quem vive a nossa realidade - a realidade do Paraná. E todas foram aprovadas. É gratificante ver que estamos no caminho certo, tanto governo como a sociedade paranaense” comemorou o secretário, que foi à Conferência como delegado nato por ser membro do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

Além do secretário, outros 60 delegados eleitos durante as Conferências Regionais e Estadual, também tiveram direitos a voto na plenária final da Conferência Nacional e ajudaram a aprovar todas as propostas paranaenses. Eles representaram os setores, governamental (12), empresarial (18) e sociedade civil organizada (30) do Paraná.

Propostas - As propostas paranaenses foram elaboradas durante as 13 Conferências Regionais, que reuniram mais de sete mil pessoas, e aprovadas na Conferência Estadual do Meio Ambiente, que contou com mais de quinze mil e quinhentos participantes. Segundo a coordenadora geral da IIIa Conferência Estadual do Meio Ambiente, Débora de Albuquerque Souza, as sugestões encaminhadas pela delegação paranaense que mais se destacaram na Conferência Nacional abordavam a matriz energética e agroecologia.

“Nesta linha, as principais propostas eram de incentivo ao uso de energias renováveis e à divulgação de alternativas de consumo, bem como o estímulo à utilização de técnicas arquitetônicas para o melhor aproveitamento da luz solar”, acrescentou Débora.

Na área florestal, uma das propostas aprovadas destina 1% do faturamento das empresas para a compra e plantio de mudas no Estado de origem dos empreendimentos potencialmente impactantes. Envolvendo o setor agropecuário, outra sugestão é a desoneração tributária de proprietários que adotarem práticas ecologicamente corretas.

A implantação de biodigestores para aproveitamento do metano em aterros sanitários e outros geradores do gás também foi incluída na política nacional para enfrentamento das Mudanças Climáticas. Visando o melhor aproveitamento dos aterros ainda foi sugerido o incentivo à implantação de sistemas de caixas para decomposição de resíduos orgânicos nas residências brasileiras.

+ Mais

Funcionária de carreira do Estado assume superintendência do INCRA no Paraná

A ex-diretora de Geociências do Instituto de Terras, Cartografia e Geociências (ITCG), engenheira florestal, Cláudia Sonda, assumiu no dia 15, a superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) no Paraná. Cláudia será a terceira mulher em 37 anos a dirigir o Instituto, substituindo Celso Lisboa de Lacerda.

A nova superintende do INCRA no Paraná é funcionária do Estado há mais de 20 anos, formou-se em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), tem mestrado em Economia Agrária e Sociologia Rural pela Universidade Técnica de Lisboa, em Portugal, e ainda doutorado em Engenharia Florestal pela UFPR.

O secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema), Rasca Rodrigues, que acompanhou de perto a carreira de Cláudia, comemorou a escolha do governo federal. “Cláudia é preparada, competente, tem grande sensibilidade social e sempre foi defensora da reforma agrária. Sua atuação certamente será focada na busca pela redução das desigualdades e conflitos sociais, pela garantia do direito a terra e pelo desenvolvimento aliado à preservação ambiental. Esta escolha só engrandece o processo de regularização fundiária no Paraná”, declarou o secretário.

Para o diretor de Terras do ITCG, Albari Lejambre, o fato de a nova superintendente ser funcionária de carreira do Estado irá dinamizar a relação entre governos estadual e federal. “Cláudia sempre conciliou as questões sociais, ambientais e agrárias; tendo, inclusive, atuado diversas vezes como intermediária das relações entre IAP e Incra, por exemplo. Além disso, é ligada aos movimentos sociais. É, portanto, uma escolha acertada e completa”, comentou.

Histórico - Cláudia ingressou no serviço público em 1987, no antigo Instituto de Terras, Cartografia e Florestas (ITCF), onde foi chefe do escritório regional de Pato Branco até 1991 e depois coordenadora de Assentamentos do Departamento de Terras. Posteriormente atuou junto à diretoria de Biodiversidade e Áreas Protegidas do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), coordenando trabalhos para a gestão de Áreas de Proteção Ambiental (APA) estaduais. Em 2006, foi nomeada diretora de Geociências do ITCG, que acabara de ser reativado depois de 15 anos.

“A Cláudia entrou nos quadros do ITCF na época em que começou a implantação da reforma agrária no país. Este foi o período em que mais se implementou assentamentos no Paraná. Além disso, contribuiu muito fazendo a seleção das famílias com aptidão para trabalhar na agricultura e ajudou na elaboração de quadros naturais e sócio-econômicos”, contou o coordenador de bacias hidrográficas do Médio Iguaçu e Rio Jordão e funcionário do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Mauro Battistelli, que atuou ao lado de Cláudia entre os anos de 1988 a 1992, no antigo ITCF.

Segundo ele, a escolha de Cláudia trará um novo ânimo para a causa. “Ela sempre foi ligada a políticas sócio-ambientais, voltadas a sustentabilidade econômica dos assentamentos. Com certeza fará uma boa gestão à frente do Incra”, reforçou Mauro. Mauro disse ainda que a escolha de Cláudia trará um novo ânimo para a causa. “Ela sempre foi ligada a políticas sócio-ambientais, voltadas a sustentabilidade econômica dos assentamentos. Com certeza fará uma boa gestão à frente do Incra”, reforçou Mauro Batistelle.

+ Mais

Paraná realizará o mais importante encontro das Américas sobre águas

O Paraná sediará nos dias 24 e 25 de novembro, em Foz do Iguaçu, o Fórum das Américas - encontro preparatório ao Fórum Mundial da Água, marcado para março de 2009, em Istambul, Turquia. O presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), órgão responsável pela coordenação do evento no Brasil, José Machado, esteve em Curitiba esteve no dia 12 de maio, para convidar o governador Roberto Requião e o vice-governador, Orlando Pessuti a participarem do Fórum.

O presidente da Itaipu Binacional, Jorge Samek e o secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema), Rasca Rodrigues também estiveram presentes no encontro.

A Itaipu já se prontificou a apoiar a organização do Fórum. “A nossa expectativa é muito grande em relação ao sucesso deste evento. O Paraná já vem trabalhando em parceria com a ANA na implementação da política nacional de recursos hídricos, com a criação dos Comitês de Bacias Hidrográficas, e de ações que visam a preservação dos mananciais e da natureza do nosso Estado”, afirmou o governador Roberto Requião.

Quando o governador fala sobre a questão ambiental no Paraná não se refere apenas às ações de caráter imediato, ele enfatiza, sobretudo as medidas que têm a finalidade de garantir os recursos naturais para as próximas gerações. “O nosso governo é um governo verde”, reforça. “Não podemos permitir a continuidade de ações predatórias. É preciso que esta consciência se transforme em uma política séria de contenção da devastação”, afirmou.

Fórum - O Fórum das Américas reunirá Ministros, técnicos e especialistas em recursos hídricos da América do Norte, América Central, América do Sul e Caribe com o objetivo de discutir e elaborar um documento representativo das Américas, que será apresentado em Istambul, no próximo ano.

A idéia é debater os avanços na área dos recursos hídricos nos últimos dez anos e as perspectivas para a próxima década. Alguns assuntos terão destaque como, por exemplo, o impacto dos biocombustíveis na gestão das águas. “Temos condições de fazer um bom evento técnico e político, reunindo especialistas e chefes de Estado de vários países das Américas e queremos contar com o apoio do Governo do Paraná nas discussões de políticas públicas no Brasil e no mundo”, declarou Machado.

Propostas – O presidente da ANA lembrou que o Paraná e o Brasil possuem experiências de gestão de águas muito interessantes - implementadas nos últimos anos e podem ser apresentadas no Fórum. “Precisamos confrontar as nossas experiências com as experiências de outros países, a fim de elaborarmos um documento representativo das Américas e com forte influência no Fórum Mundial, em 2009”, reforçou José Machado.

Ele ainda disse que o Paraná está no caminho certo da gestão dos recursos hídricos. “Está buscando a implementação da cobrança pelo uso da água e a instalação dos comitês de bacias. Achamos que este é o melhor caminho é o que prevê a legislação e vamos fortalecer esta política”, finalizou Machado.

Para o secretário de Estado do Meio Ambiente, Rasca Rodrigues, o Fórum das Américas será um importante espaço de discussão para a apresentação de reivindicações e êxitos na gestão dos recursos hídricos. “O Paraná tem uma política acertada e também conhecida no Brasil pela consolidação dos Comitês de Bacias, em processo descentralizado e participativo. Ou seja, a transferência da responsabilidade hoje apenas do Estado, em cumplicidade com usuários e setores organizados”, definiu Rasca.

Fórum Mundial - O V Fórum Mundial da Água, que acontecerá em março de 2009, tem como slogan “Superando os divisores de água” e terá como tema geral à adaptação da gestão da água face às mudanças globais, incluindo as mudanças climáticas. Foram definidos seis eixos que nortearão as 100 sessões de discussão previstas para o evento na Turquia: Mudanças globais e gestão de riscos (mitigação de desastres naturais etc.); Desenvolvimento humano e os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio; Gerenciando e protegendo os recursos hídricos e os sistemas de abastecimento para suprir necessidades humanas e ambientais; Governança e gerenciamento (ampliação do direito de acesso à água, por exemplo); Mecanismos de financiamento e Educação, conhecimento e capacitação.

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Paraná
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

Universo Ambiental  
 
 
 
 
     
SEJA UM PATROCINADOR
CORPORATIVO
A Agência Ambiental Pick-upau busca parcerias corporativas para ampliar sua rede de atuação e intensificar suas propostas de desenvolvimento sustentável e atividades que promovam a conservação e a preservação dos recursos naturais do planeta.

 
 
 
 
Doe Agora
Destaques
Biblioteca
     
Doar para a Agência Ambiental Pick-upau é uma forma de somar esforços para viabilizar esses projetos de conservação da natureza. A Agência Ambiental Pick-upau é uma organização sem fins lucrativos, que depende de contribuições de pessoas físicas e jurídicas.
Conheça um pouco mais sobre a história da Agência Ambiental Pick-upau por meio da cronologia de matérias e artigos.
O Projeto Outono tem como objetivo promover a educação, a manutenção e a preservação ambiental através da leitura e do conhecimento. Conheça a Biblioteca da Agência Ambiental Pick-upau e saiba como doar.
             
       
 
 
 
 
     
TORNE-SE UM VOLUNTÁRIO
DOE SEU TEMPO
Para doar algumas horas em prol da preservação da natureza, você não precisa, necessariamente, ser um especialista, basta ser solidário e desejar colaborar com a Agência Ambiental Pick-upau e suas atividades.

 
 
 
 
Compromissos
Fale Conosco
Pesquise
     
Conheça o Programa de Compliance e a Governança Institucional da Agência Ambiental Pick-upau sobre políticas de combate à corrupção, igualdade de gênero e racial, direito das mulheres e combate ao assédio no trabalho.
Entre em contato com a Agência Ambiental Pick-upau. Tire suas dúvidas e saiba como você pode apoiar nosso trabalho.
O Portal Pick-upau disponibiliza um banco de informações ambientais com mais de 35 mil páginas de conteúdo online gratuito.
             
       
 
 
 
 
 
Ajude a Organização na conservação ambiental.