Panorama
 
 
 

OS DESAFIOS DE CARLOS MINC À FRENTE DO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2008

Governo do Rio confirma convite para Carlos Minc assumir Ministério do Meio Ambiente

13 de Maio de 2008 - 19h03 - Última modificação em 13 de Maio de 2008 - 20h12
Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A assessoria de imprensa do governo do Rio de Janeiro confirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convidou o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, para assumir o Ministério do Meio Ambiente.

O convite teria sido feito à tarde, por meio de uma ligação para o governador Sérgio Cabral. Lula pediu ao governador que dispense o secretário, mas, segundo a assessoria de imprensa do governo do estado, o próprio Carlos Minc ainda não sabe do convite, porque está em um avião, com destino a Paris.

Segundo assessores do Palácio do Planalto, Lula não convidou Carlos Minc. No entanto, eles não confirmam, nem desmentem, que o presidente tenha telefonado para o governador do Rio, Sérgio Cabral.

Marina Silva entregou na manhã de hoje uma carta ao presidente Lula solicitando desligamento do cargo. Segundo a assessoria de imprensa do Ministério do Meio Ambiente, o pedido tem caráter irrevogável.

O Palácio do Planalto confirmou que a carta com o pedido de demissão da ministra foi entregue ao chefe de gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho. Lula não gostou da forma como o anúncio foi feito.

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Carlos Minc saberá tratar problemas da Amazônia, afirma Marina

15 de Maio de 2008 - 12h57 - Última modificação em 15 de Maio de 2008 - 15h06
Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Marcello Casal Jr./ABr
Brasília - A ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, na Agência Nacional de Águas, durante entrevista sobre sua saída do ministério
Brasília - A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva acredita que o novo titular da pasta, Carlos Minc, tem condições de lidar com as diversas questões ambientais do Brasil.


Questionada se o fato de o novo ministro não ser da Amazônia seria prejudicial para as ações na região, Marina Silva afirmou que essa analogia é uma premissa que não procede.

“Não faria essa simplificação que o ministro não pode contribuir para a Amazônia, porque não é da Amazônia. Somos uma equipe. Somos capazes de dar resposta a vários problemas ambientais do Brasil. O conhecimento não está com os homens, mas entre os homens”, disse.

Ele [o novo ministro] deve partir dessa possibilidade de formar uma equipe diversificada. Nenhum ministro é capaz de conhecer as questões de A a Z”, completou.

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Principal desafio no MMA vai continuar sendo a Amazônia, avalia instituto

14 de Maio de 2008 - 20h19 - Última modificação em 14 de Maio de 2008 - 20h19
Ana Luiza Zenker
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Amazônia deve continuar sendo um dos maiores desafios para a pasta do Meio Ambiente que terá Carlos Minc - atualmente secretário do Ambiente do Rio de Janeiro - como ministro. Na opinião do pesquisador do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), Adalberto Veríssimo, apesar de ser respeitado como defensor do meio ambiente e da sustentabilidade e de ter feito um bom trabalho no estado do Rio de Janeiro, Minc não está envolvido ou pelo menos acompanhando de perto a questão amazônica, o que pode dificultar o seu trabalho.

“Ele vai pegar o tema da Amazônia, que é um desafio enorme e em que a ministra Marina [Silva], que era uma pessoa da região e tinha todo o lastro de apoio, teve dificuldade, então eu imagino que vai ser uma gestão muito desafiadora para Carlos Minc”, afirmou Veríssimo, em entrevista à Agência Brasil.

No entanto, mais do que o nome de quem vai assumir o Ministério do Meio Ambiente (MMA) no lugar de Marina Silva, que pediu demissão ontem (13), Adalberto Veríssimo acredita que o desafio será o de colocar a Amazônia e o meio ambiente, de forma geral, como uma prioridade dentro do governo federal.

“Esse é o desafio do Carlos Minc: tornar esse desafio prioridade para o presidente Lula [Luiz Inácio Lula da Silva], para o núcleo duro do governo, que realmente entenda que a Amazônia precisa encontrar uma solução econômica, uma maneira de desenvolver uma economia com base na floresta, que seja o contraponto ao desmatamento crescente que a região vem enfrentando”, disse.

O pesquisador acredita que, assim como Marina, Carlos Minc também deve encontrar muita resistência dentro do governo para conseguir resolver o problema do desmatamento e do crescimento sustentável da Região Norte do país. “Se ele realmente assumir a bandeira que se espera, de forma veemente, vai encontrar muita resistência, do Ministério da Agricultura, da Casa Civil, do Ministério de Minas e Energia”, argumentou Veríssimo.

“Vamos torcer para que Minc consiga esse apoio político, a ministra saiu porque não o estava encontrando, e que ele consiga montar uma equipe dentro do ministério de gente que conhece a Amazônia, que sabe lidar com a Amazônia, o que também não vai ser fácil, porque muita gente, que estava na equipe da Marina, está saindo”, disse o pesquisador.

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Problemas ambientais urbanos devem ganhar mais espaço no ministério, diz WWF

14 de Maio de 2008 - 19h15 - Última modificação em 14 de Maio de 2008 - 19h15
Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A experiência do novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, à frente da secretária estadual do Ambiente do Rio de Janeiro, “estado que tem problemas ambientais urbanos muito sérios” pode se refletir na definição das prioridades da nova gestão e incluir os desafios ambientais das grandes cidades na pauta central do ministério, na avaliação da secretária-geral do WWF Brasil, Denise Hamú.

Minc foi confirmado hoje (14) como novo ministro da pasta, depois do pedido de demissão de Marina Silva.

“O nome é muito bem recebido pelo WWF Brasil, Minc é uma pessoa respeitadíssima, tem lidado com essa agenda de questões urbanas e meio ambiente como poucos secretários [estaduais]. Ele pode dar um equilíbrio, trazer esse lado urbano mais para o centro da agenda, muito embora ele tenha desafios enormes como o desmatamento da Amazônia e as questões do agronegócio e do avanço da fronteira agrícola”, listou Hamú em entrevista à Agência Brasil.

Em relação ao trânsito do novo ministro com setores como o de produção de soja, Hamú acredita que Minc tem “boas credenciais” para dialogar e alcançar bons resultados.

“Sempre vai haver uma tensão natural de interesses, de modus operandi, mas acredito que ele já demonstrou ser um hábil negociador. E acho que é pré-requisito para qualquer pessoa que venha trabalhar na área ambiental uma disposição para o diálogo, com todos os setores da sociedade”, apontou.

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Gabeira elogia escolha de Minc para o Ministério do Meio Ambiente

14 de Maio de 2008 - 20h48 - Última modificação em 14 de Maio de 2008 - 20h48
Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) elogiou a escolha do secretário do Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, para o Ministério do Meio Ambiente.

"O Minc tem características muito boas. Ele é flexível, tem também certa rapidez e eficácia na questão dos licenciamentos, mas acho que a mudança de uma personalidade para outra é apenas uma nuance".

Gabeira ressaltou, no entanto, que "o principal é que nós temos um governo que lança uma política industrial sem consultar o ministro do Meio Ambiente e sem se referir sequer à redução de emissões [de poluentes]. É uma política industrial do século passado".

Segundo o deputado, a então ministra Marina Silva não conseguiu evitar alguns desastres. E alertou que se ela não conseguiu todos "é muito difícil que você tenha outra personalidade capaz de conseguir".

Para o líder do PT, Maurício Rands (PE), o novo ministro do Meio Ambiente é uma pessoa sintonizada com a questão ambiental e com uma boa passagem pela secretaria no Rio de Janeiro.

"O PT vê com bons olhos a indicação e tem convicção que ele vai dar continuidade a boa política ambiental que foi iniciada pela ministra Mariana Silva", afirmou.

De acordo com Rands, a política ambiental do governo vai ter continuidade. "Ela é a política do governo Lula e não apenas da ministra Marina. O Carlos Minc vai dar continuidade e avançar na política ambiental. Queremos diminuir cada vez mais o desmatamento, sobretudo na Amazônia".

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Ex-ministro do Meio Ambiente pede continuidade de políticas para o setor

14 de Maio de 2008 - 18h22 - Última modificação em 14 de Maio de 2008 - 18h22
Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O líder do PV na Câmara e deputado Sarney Filho (MA), ministro do Meio Ambiente no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, elogiou hoje (14) a escolha de Carlos Minc para substituir Marina Silva na pasta. O parlamentar, no entanto, expressou preocupação com o prosseguimento das políticas ambientais pelo governo federal.

“A preocupação do PV é que, com a saída da ministra, não haja mudança de visão do governo”, declarou Sarney Filho. “Acho que o Minc vai dar prosseguimento às políticas de Marina Silva, mas, se não fizer isso, o governo Lula ficará com a imagem seriamente abalada, não só nacionalmente, mas em nível internacional.”

Apesar das ressalvas, o deputado disse que Minc está credenciado a dar continuidade às políticas do governo para o meio ambiente. “Ela [Marina Silva] no cargo era uma garantia de que as políticas ambientais estavam no rumo certo, mas o Carlos Minc tem história, conhecimento de causa e é um militante da causa ambiental. Acredito que foi uma boa escolha”, declarou Sarney Filho.

Na avaliação do deputado, o governo agora precisa resistir às pressões políticas para que não haja retrocesso na política ambiental. “Nossa preocupação é que, com a saída da Marina, se entenda como a sinalização de que a Amazônia é apenas uma fronteira agrícola a ser vencida”, destacou.

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Porta-voz diz que Lula confia em Carlos Minc para dar continuidade à política ambiental

14 de Maio de 2008 - 18h16 - Última modificação em 14 de Maio de 2008 - 18h16
Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está confiante que o novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, dará sequência à política ambiental do governo, disse hoje (14) o porta-voz da Presidência da Repúblcia, Marcelo Baumbach.

“O presidente Lula está certo de que o ministro virá a contribuir com seu conhecimento para dar continuidade às políticas que vêm sendo implementadas pelo governo na área do meio ambiente”, disse.

No primeiro encontro, que Lula e Minc terão, na próxima segunda-feira (10), eles acertarão a data e horário da posse. Minc substituirá Marina Silva, que pediu demissão ontem (13).

Segundo Baumbach, Lula convidou Minc, por telefone, às 15h45 de hoje, numa conversa que durou quinze minutos, para assumir o ministério. O secretário está em Paris (França), em viagem oficial.

Conforme o porta-voz, o presidente não recebeu até o momento a ministra demissionária Marina Silva. E não informou quando a exoneração dela será publicada no Diário Oficial da União.

Na carta de demissão, entregue ontem a Lula, Marina alegou que deixou o ministério porque estava enfrentando dificuldades para implementar a política ambiental do governo federal.

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Ideli elogia Minc, mas diz que torcia por Jorge Viana

14 de Maio de 2008 - 16h52 - Última modificação em 14 de Maio de 2008 - 17h01
Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A líder do PT no Senado, Ideli Salvati (SC), disse hoje (14) que o secretário do Ambiente do Rio, Carlos Minc, confirmado como o novo ministro do Meio Ambiente, tem todas as condições para assumir o cargo. Ela ressaltou, no entanto, que torcia pelo ex-governador do Acre Jorge Viana.

De acordo com a senadora, Viana teria mais condições de reduzir o impacto negativo internacional de três assuntos envolvendo a Amazônia: o conflito na Raposa Serra do Sol; a absolvição do fazendeiro acusado de mandar matar a missionária Doroty Stang; e a própria saída de Marina Silva.

"Por ser uma pessoa de um estado da região Amazônica e muito próximo à Marina [Silva, da ex-ministra do Meio Ambiente], Jorge Viana atenuaria mais essas questões em âmbito internacional", disse a senadora, acrescentando que Minc tem todo reconhecimento na área internacional, mas não a mesma "magnitude que teria Jorge Viana".

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Para Romero Jucá política ambiental continuará a mesma

14 de Maio de 2008 - 18h48 - Última modificação em 14 de Maio de 2008 - 18h48
Marcis Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou hoje (14) que a política ambiental continuará a mesma, independente da saída da ministra Marina Silva. Segundo ele, as políticas implementadas pelo Ministério do Meio Ambiente representam "ações de governo" e não uma proposta pessoal da ministra demissionária.

A declaração de Jucá foi uma resposta à Agência Brasil, ao ser questionado se o maior desafio do goveno, neste momento, será demonstrar à comunidade internacional que o Brasil não vai alterar sua política para o setor, a partir da saída da ministra do cargo.

"A política de meio ambiente brasileira é do governo. A ministra Marina Silva é uma grande figura, mas agia por determinação do presidente Lula. A política ambiental continuará a mesma", afirmou o líder do governo.

Pouco antes, em entrevista coletiva, Romero Jucá ressaltou que, como sucessor de Marina Silva, o atual secretário do Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, terá condições de adotar medidas de controle e preservação do setor, sem comprometer as ações adotadas pelo Executivo para garantir o desenvolvimento da economia.

"O Carlos Minc vai somar para o governo no sentido de procurar o controle e a defesa do meio ambiente, sem relegar o processo de desenvolvimento sustentado da Amazônia", disse o parlamentar.

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Tião Viana define política ambiental do governo como contrapeso às exigências da sociedade

14 de Maio de 2008 - 19h03 - Última modificação em 14 de Maio de 2008 - 19h03
Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O primeiro vice-presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC), afirmou hoje que a política ambiental executada pelo governo “é um contrapeso” às exigências da sociedade de expansão das atividades econômicas. O parlamentar ressaltou que o governo tem o desafio de “trabalhar este paradoxo” entre as pressões sociais de expansão econômica e "o freio da política ambiental de maneira ponderada e forte”.

“O presidente Lula tem procurado resolver essa equação. A ministra Marina [Silva, do Meio Ambiente] sai compreendendo o apoio e as dificuldades que o governo teve em conduzir uma área tão delicada”, disse o senador, acrescentando que “o governo está elevado em termos de autoridade política para conduzir as questões do meio ambiente”.

Quanto a indicação do atual secretário do Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, para substituir Marina Silva, o parlamentar afirmou que ele terá condições de enfrentar o desafio de reverter os indicadores ambientais negativos da Amazônia, “mesmo diante de todas as conquistas da ministra Marina Silva”.

“Ele sempre esteve vinculado à política ambiental, que hoje é universal. [O Brasil] Precisa de alguém com credibilidade que possa garantir a qualidade das obras de maneira que estejam aliadas à responsabilidade ambiental. Ele dará continuidade à ministra Marina”, acresentou Tião Viana.

O petista também comentou a decisão de seu irmão, o ex-governador do Acre Jorge Viana, de não assumir a pasta. “Foi uma decisão pessoal, que contou com a compreensão do presidente Lula. Somos do mesmo ambiente da ministra Marina. Seria um desconforto estar no seu lugar. Além disso, ele teria que romper com tudo na sua vida pessoal para retornar depois de um ano e voltar para uma eventual candidatura em 2010. Felizmente, o presidente Lula foi muito compreensivo com ele”, disse Tião Viana.

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Crescimento econômico não pode neutralizar esforços pelo meio ambiente, defende ministra

12 de Maio de 2008 - 16h58 - Última modificação em 12 de Maio de 2008 - 16h58
Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Antonio Cruz/ABr
Brasília - O presidente do Ibama, Basileu Margarido e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, no lançamento do Programa Brasileiro de Inventário Corporativo de Gases de Efeito Estufa
Brasília - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse hoje (12) que o estímulo ao crescimento da produção do país, o que inclui a área de biocombustíveis, “não pode neutralizar” os esforços feitos pela preservação ambiental, inclusive porque há dependência entre os fatores.

“Nossa economia depende 50% da nossa biodiversidade. Quem destruiria sua galinha dos ovos de ouro?”, comparou ao defender uma “nova narrativa” para o crescimento do país, baseada no desenvolvimento sustentável durante lançamento do Programa Brasileiro de Inventário Corporativo de Gases de Efeito Estufa.

Segundo Marina Silva, além da utilização de terras férteis e de recursos hídricos pelos setores produtivos, o regime de chuvas do país depende da manutenção da Floresta Amazônica.

A ministra voltou a afirmar que “o Brasil não quer ser a Opep [Organização dos Países Exportadores de Petróleo] dos biocombustíveis”. A organização foi criada em 1960 para centralizar e unificar a política petrolífera dos países membros, que inclui controle de preços e do volume de produção, com poder de pressão sobre o mercado.

“Queremos dar nossa contribuição em relação aos biocombustíveis, mas observando nossa capacidade de suporte. E de forma que não comprometa a segurança alimentar nem a questão ambiental”, apontou.

O zoneamento agrícola da cana-de-açúcar – prometido para o próximo mês pelo ministro da Agricultura, Reinholds Stephanes – e a definição de áreas prioritárias de conservação da biodiversidade foram citados pela ministra como medidas que garantiriam a produção sustentável dos agrocombustíveis.

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Controle sobre atividades ilegais na Amazônia é desafio, afirma Lula

12 de Maio de 2008 - 08h18 - Última modificação em 12 de Maio de 2008 - 17h49
Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Manter o controle sobre atividades ilegais na Amazônia brasileira e criar alternativas “concretas” para que as atividades econômicas locais sejam ambiental e socialmente sustentáveis são os desafios do Plano Amazônia Sustentável (PAS) – lançado na última quinta-feira (8) pelo governo federal, na opinião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No programa semanal de rádio Café com o Presidente, Lula afirmou que a iniciativa promete promover o desenvolvimento da região, conservando recursos naturais e a biodiversidade e valorizando as comunidades tradicionais.

Dentre as medidas previstas no plano, ele destacou ações emergenciais da Operação Arco Verde, como agilizar o seguro-desemprego, contratar e capacitar cerca de 2,5 mil agentes de defesa ambiental para a prevenção e o combate a incêndios florestais.

Já atividades sustentáveis promovidas pelo Programa de Pró-Recuperação Florestal são citadas por Lula como ações de fomento do PAS. Ele garante que R$ 1 bilhão será usado para recuperar áreas degradadas, para o reflorestamento e para a regularização ambiental na Amazônia.

“[O plano] Também vai dar apoio à comercialização de produtos do extrativismo, incluindo esses produtos na política de garantia de preços mínimos. Vamos treinar 4 mil profissionais de assistência técnica para atender numa fase inicial 100 mil produtores rurais.”

O PAS prevê ainda ações e ordenamento fundiário e territorial, com o levantamento da situação de ocupação dos 36 municípios onde foi detectada a maior taxa de desmatamento. O objetivo, segundo o presidente, é fazer o mapeamento das propriedades e dos postos rurais. Há também a criação de um Cadastro Ambiental Rural.

“Isso é importante, porque o produtor só terá acesso ao crédito, ao fomento e à assistência técnica se fizer parte desse cadastro. Estamos chamando todos à responsabilidade porque não é um problema apenas do governo federal, é um problema de todos nós.”

Lula destaca ainda ações de governança ambiental para a Amazônia, como a liberação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de R$ 500 milhões para investimentos em melhorias no processo de licenciamento, gestão territorial, elaboração e implementação do zoneamento. Ele promete que o plano será “uma revolução no tratamento que o Governo vai dar para o desenvolvimento da Amazônia”.

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Carlos Minc quer mudar lei para reduzir burocracia de licenciamentos ambientais

15 de Maio de 2008 - 16h22 - Última modificação em 15 de Maio de 2008 - 16h22
Agência Brasil
Brasília - O novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, defendeu hoje (15), em Paris, a elaboração de uma nova lei de licenciamento ambiental para o Brasil, “com exigências mais rigorosas, mas que diminua ao mesmo tempo a burocracia". As informações são da BBC Brasil.

Durante sua gestão como secretário estadual do Ambiente do Rio de Janeiro, Minc reduziu pela metade o tempo para aprovar certificações e licenças de instalação e operação no estado.

"Mais burocracia não significa maior rigor em relação às exigências ambientais", argumentou Minc, em entrevista coletiva na capital francesa. "Ao contrário, a burocracia é a mão da corrupção", afirmou.

Minc disse que vai manter "todas as políticas da ex-ministra Marina Silva, sem exceções, e aprofundá-las em algumas questões", com base em sua experiência própria com políticas urbanas e industriais como secretário no Rio de Janeiro.

O novo ministro disse que "foi obrigado" ao aceitar o cargo. "Não era convite, era intimação", afirmou. "Não pedi, tenho mandato no Parlamento [Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro], mas, em vista da insistência do governador Sérgio Cabral [do Rio de Janeiro], disse que aceitaria o cargo", completou.

Entre as políticas defendidas pelo novo ministro está a ampliação das áreas protegidas no Brasil. "Sou preservacionista", afirmou. "As áreas protegidas no Brasil têm de ser ampliadas e cuidadas. E têm de ter financiamento para a sua preservação", defendeu.
Minc disse ainda que pretende implantar em nível nacional um sistema de defesa das unidades protegidas utilizando profissionais formados especialmente para esta atividade, como já fez no Rio de Janeiro. Esse sistema poderia incluir o uso de militares nas áreas de conservação, segundo Minc.

Na próxima segunda-feira (19), Carlos Minc se reunirá com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com Marina Silva, em Brasília.

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Governo abre caminho para rediscussão sobre preservação e desenvolvimento, diz Garibaldi

14 de Maio de 2008 - 17h41 - Última modificação em 14 de Maio de 2008 - 17h41
Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), disse hoje que a confirmação do secretário do Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, para o Ministério do Meio Ambiente, no lugar de Marina Silva, abre caminho para “uma rediscussão interna” no governo para conciliar as questões de preservação ambiental com a necessidade de se implementar ações de infra-estrutura.

De acordo com o senador, na gestão de Marina Silva vinham ocorrendo “posições extremadas” de confronto entre ambientalistas e setores chamados de desenvolvimentistas.

“Com a ministra ninguém pode negar que já estava havendo posições extremadas dentro do governo. Você não pode admitir que dentro do governo existam extremismos. Com esse novo ministro, cara nova no governo, pode ser que aqueles que estavam fazendo cara feia para a ministra Marina diminuam a sua cara feia”, disse Garibaldi.

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio Neto (AM), afirmou que Carlos Minc é uma pessoa do setor, mas terá que dar resposta rápida sobre a preservação ou não da política de meio ambiente até então sob a coordenação de Marina Silva.

“Existem interrogações. Por exemplo, o Brasil manterá sua política de meio ambiente ? Tudo isso exige uma resposta rápida do novo ministro, principalmente em âmbito internacional onde a ministra Marina Silva é uma pessoa muito respeitada”, destacou Arthur Virgílio.

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Para Greenpeace, desafio de novo ministro será resgatar a legitimidade do MMA

14 de Maio de 2008 - 16h34 - Última modificação em 14 de Maio de 2008 - 16h46
Ana Luiza Zenker
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Na visão do Greenpeace, o primeiro desafio para o novo ministro do Meio Ambiente será o de resgatar a legitimidade do MMA, “que foi embora junto com a Marina Silva”. Para a organização não-governamental (ONG), Carlos Minc, atualmente secretário do Ambiente do Rio de Janeiro, é um excelente nome para assumir a pasta no lugar de Marina Silva, que pediu demissão ontem (13).

“A pergunta é se ele tem alguma chance neste governo, isto é, nas condições em que ele vai entrar, com as expectativas que existem”, questionou Marcelo Furtado, diretor de campanhas da organização não-governamental, em entrevista à Agência Brasil.

Furtado disse que Minc é uma pessoa que traz na sua trajetória a luta pelo meio ambiente e pela sustentabilidade, no entanto, ele afirmou que conseguir fazer um bom trabalho no ministério vai depender tanto da vontade do novo ministro quanto do espaço que vai ser dado a ele no governo.

O diretor do Greenpeace argumentou que o segundo desafio para o novo ministro será “lidar com o que parece estar claro que é a expectativa do governo Lula de que o próximo ministro do Meio Ambiente seja um carimbador e liberador de processos”.

“Ficou claro que a visão do governo Lula é de que meio ambiente é uma pedra no sapato”, disse Furtado.

No início da tarde de hoje (14), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou Carlos Minc como o novo ministro do Meio Ambiente.

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Carlos Minc tem carreira política marcada pelo ativismo ecológico

14 de Maio de 2008 - 16h19 - Última modificação em 14 de Maio de 2008 - 16h19
Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Confirmado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como novo titular do Ministério do Meio Ambiente, no lugar de Marina Silva, que pediu demissão ontem (13), o atual secretário de Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc é um dos fundadores do Partido Verde. Na década de 11000, Minc trocou de partido e foi para o PT. Antes de assumir a secretaria do governo Sérgio Cabral, Minc estava no sexto mandato consecutivo como deputado estadual.

A gestão de Minc à frente da secretaria de Ambiente do Rio é conhecida pela recuperação do passivo ambiental do estado acumulado em gestões anteriores. Entre as iniciativas da gestão Minc, estão a descontaminação do terreno da Cidade dos Meninos, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, a instalação de aterros sanitários em substituição aos lixões, projetos de descontaminação da Baía de Guanabara e, principalmente, a agilidade na aprovação de licenciamentos ambientais para grandes obras, inclusive empreendimentos da Petrobras.

Professor-adjunto do departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Minc foi ligado ao movimento estudantil. Foi preso pela ditadura militar em 1969 e ficou 10 anos exilado - passando por Cuba, Chile, França e Portugal - até a volta ao país após a anistia.

Sua carreira política é marcada pelo ativismo ecológico. Em 1989, recebeu o Prêmio Global 500, concedido pela Organização das Nações Unidas (ONU) a pessoas que se destacam na luta pela defesa do meio ambiente.

Em seu página na internet, Minc diz que já teve cerca de 150 leis aprovadas e que sua atuação parlamentar “abrange temas como a defesa do meio ambiente, segurança pública, saúde no trabalho, ética na política e fiscalização do orçamento e da execução orçamentária”.

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Lula e governo do Rio confirmam Carlos Minc como ministro do Meio Ambiente

14 de Maio de 2008 - 15h44 - Última modificação em 14 de Maio de 2008 - 16h13
Mylena Fiori e Vladimir Platonow
Repórteres da Agência Brasil
Brasília e Rio de Janeiro - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva acaba de confirmar que quer o secretário do Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, à frente do Ministério do Meio Ambiente. Lula disse que já havia pedido para “uma pessoa amiga” falar com Minc, e que fará o convite oficialmente hoje à tarde, por telefone.

"Vou agora para o meu gabinete ligar para ele na expectativa de que venha a contribuir com o seu conhecimento para dar seqüência às políticas qu estamos desenvolvendo já há algum tempo", disse o presidente após almoço com a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, no Palácio do Itamaraty.

Minc aceitou o convite, segundo informação da assessoria de comunicação da secretaria, que não soube dizer se ele vai antecipar a volta da França, onde discute projetos ambientais para o estado, ou se vai cumprir a agenda até o final.

Ontem, a assessoria do governo do Rio de Janeiro havia informado à imprensa que Lula telefonou para o governador Sérgio Cabral, perguntando se poderia ceder seu secretário para o governo federal. Até hoje pela manhã, no entanto, o Planalto não confirmava a informação.

Lula admitiu que o ex-governador do Acre Jorge Viana esteve no Palácio do Planalto hoje de manhã, mas negou que tenham tratado sobre possível convite para que ele substituísse Marina Silva. Segundo Lula, os dois conversaram sobre outros assuntos.

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Política ambiental do governo não muda com a saída de ministra, diz Lula

14 de Maio de 2008 - 14h58 - Última modificação em 14 de Maio de 2008 - 17h43
Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil
Antonio Cruz/ABr
Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assegurou hoje (14) que a política ambiental do governo não muda com a demissão da ministra Marina Silva. Ele comparou a saída de Marina - que pediu para deixar o governo ontem (13) - à situação de um filho que avisa aos pais que está na hora de morar sozinho.

“Você fica num misto de alegria porque a pessoa quando toma a decisão está pensando que aquilo que ela vai fazer é melhor para sua própria vida. Eu me senti assim. Ninguém tem dúvida, no Brasil, do carinho que eu tenho pela Marina” afirmou, frisando que a sua relação política com a ex-ministra já dura 30 anos. A declaração foi feita em coletiva de imprensa após encontro de trabalho com a chanceler federal alemã, Angela Merkel.

“Obviamente fico triste porque é um companheira das mais qualificadas no mundo para discutir a questão ambiental”, complementou.

Aproveitando a presença de Angela Merkel, o presidente assegurou que o Brasil está igualmente preocupado com o desenvolvimento sustentável e com a preservação ambiental.
Segundo ele, a transversalidade dos programas garante que as políticas públicas não sejam de ministros e, sim, de Estado e de governo.

“A política de ministro se vai quando se vai o ministro. A política de Estado e a política de governo continuam mesmo com o ministro saindo”, afirmou. “A companheira Marina se foi. A política continua”, disse.

Indagada por jornalistas sobre o impacto internacional da saída da ministra Marina Silva, Angela Merkel – que foi ministra de meio ambiente da Alemanha – lembrou que Marina sempre foi muito respeitada pela comunidade internacional e disse se alegrar em saber que a política ambiental brasileira não irá mudar.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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