Panorama
 
 
 

IBAMA DISCUTE DISCIPLINAMENTO SOBRE MÉTODOS DE TRANSPORTE DO CARANGUEJO-UÇÁ

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2008

Parnaíba (21/05/08) - O Escritório Regional do Ibama em Parnaíba, estado do Piauí, vai realizar na próxima segunda-feira, 26, reunião técnica para discutir o “Ordenamento do caranguejo-uçá: métodos de captura, estocagem e transporte”. Participarão da reunião catadores de caranguejos, comerciantes, Coordenação Recursos Pesqueiros do Ibama, Superintendência do Ibama no Piauí, Ceará e Maranhão, Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros do Litoral Nordeste (Cepene), Sebrae, Embrapa, Universidade Federal do Piauí (UFPI), Universidade Estadual do Piauí (UESPI) e Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Semar), com o objetivo de elaborar e aprovar parecer técnico e minuta de portaria disciplinando o transporte do caranguejo-uçá capturado na região do Delta do Parnaíba.

O evento será um marco para o ordenamento do caranguejo na região do Delta do Parnaíba, especialmente no que tange à grande mortandade de indivíduos ocorridas durante o transporte para os principais centros consumidores. Os índices registram que cerca de 40 a 60% dos caranguejos morrem antes de chegar ao seu destino em razão do acondicionamento inadequado.

A causa desta mortalidade está relacionada a diversos fatores como o manuseio incorreto dos animais durante a pesca - é utilizado o cambito, instrumento que fere o animal na captura; a captura dos indivíduos dias antes da entrega para distribuição; o manuseio dos distribuidores ao acomodarem os animais no meio de transporte - são amarrados, empilhados e colocados em lonas aos montes em caminhões e posteriormente transportados durante a noite aos centros consumidores. Com isso os animais perecem antes do abate para o consumo, não sendo aproveitados, e com isso leva os pescadores a extraírem mais do que o necessário para atender a demanda real de consumo.

A região do Delta do Rio Parnaíba localizada ao norte do estado do Piauí na divisa com o Maranhão é considerada hoje a maior área produtora de caranguejo-uçá do nordeste do Brasil. Segundo levantamento do Ibama, em 2005 a produção desembarcada alcançou 980 toneladas de caranguejos, o equivalente a cerca de 6.000.000 de indivíduos que foram comercializados para diversas cidades da região, sendo que Fortaleza, no estado do Ceará, aparece como o maior centro consumidor adquirindo 95% desta produção.

A situação dos estoques do Caranguejo-uçá se apresenta com uma elevada taxa de explotação, em algumas regiões do nordeste, principalmente na região do Delta do Rio Parnaíba, nos estados do Maranhão e Piauí. Observamos também um aumento do esforço de pesca, mesmo assim, provavelmente a captura ainda não entrou no estágio de sobrepesca devido ao processo de coleta, com baixo índice de participação de fêmeas, em decorrência da proibição de sua pesca e do seu pequeno valor comercial, e da pequena proporção de indivíduos capturados com comprimento abaixo daquele correspondente à primeira maturidade sexual.

Segundo Fernando Gomes, técnico do Ibama/Parnaíba-PI, coordenador do evento, “a principal preocupação com a sustentabilidade da atividade está relacionada com o ritmo de exploração e a estrutura inadequada de transporte, posto que o IBAMA já empreende outros esforços de ordenamento, como o defeso e o tamanho mínimo de captura, que têm apresentado excelentes resultados”.

A Embrapa Meio-Norte vem priorizando a pesquisa aplicada à pesca e aqüicultura na região Nordeste. Dentre dessas ações, em 2004 deu início ao Projeto de Sustentabilidade do Extrativismo do Caranguejo-uçá no Estado do Piauí, destinado a encontrar formas de reduzir a mortalidade do animal durante o processo de transporte. O Projeto conseguiu identificar as causas das mortes dos caranguejos, e desenvolveu alternativas que podem fazer cair as perdas para taxas de 0% a 5% durante todo o processo, a Embrapa, aponta soluções factíveis para solução desse problema.
Ascom Ibama Parnaíba/PI

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Informações do Ibama subsidiaram prisões da PF

Brasília (20/05/08) - O Ibama subsidiou a Polícia Federal com informações sobre desmatamento ilegal para produção de carvão vegetal no pantanal, que resultou na prisão de seis servidores públicos hoje durante a Operação Diamante Negro. Segundo o diretor de Proteção Ambiental, Flavio Montiel, os ilícitos foram identificados por meio do sistema eletrônico de controle de transporte de produtos florestais do Ibama, o Documento de Origem Florestal (DOF).

Cinco presos são da Polícia Rodoviária Federal, um servidor é do Ibama. O servidor Jofrei Janeiro Silva já era alvo de investigação pelo instituto desde 2005. Uma sindicância interna foi instaurada para apurar possível responsabilidade desse servidor no sumiço de mil jogos de Autorização de Transporte de Produtos Florestais (ATPF), documento usado antes do DOF.

Ao constatar o desaparecimento desses documentos do Escritório do Ibama em Bataguassu -MS, a superintendência do instituto no estado comunicou o fato à Polícia Federal. O servidor recebeu os jogos de ATPFs em 2004 e, por ocasião do fechamento da unidade em 2005, os documentos não foram localizados.

A comissão que conduziu a sindicância investigatória pediu a abertura de sindicância punitiva e encaminhou o processo à Procuradoria-Geral do Ibama em Brasília. O presidente do Ibama aprovou, neste ano, a abertura do Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que pode resultar na demissão desse técnico ambiental que atualmente está lotado em Assis, em São Paulo.

As prisões da operação Diamante Negro da Polícia Federal ocorrem como ação paralela e complementar às medidas de inteligência e de campo adotadas pelo Ibama contra a atividade carvoeira-siderúrgica ilegal de carvão vegetal no Mato Grosso do Sul. O Ibama desenvolve no estado a operação de fiscalização Rastro Negro Pantanal que desarticulou um grupo de infratores envolvidos em tentativas de fraudes ao Sistema DOF.

A quadrilha negociou lenha e carvão sem origem legal com importantes indústrias siderúrgicas, incluindo empresas do Mato Grosso do Sul. Até o momento, a Rastro Negro aplicou 13 multas que ultrapassam o valor de R$ 4,7 milhões e os principais envolvidos nas fraudes estão bloqueados no DOF, ou seja, não conseguem acessar o sistema para obter licença de transporte de produtos florestais.

Essa operação é fruto de investigações e de auditorias ambientais, iniciadas em setembro de 2006 quando foi lançado o Sistema DOF, importante ferramenta de controle da atividade florestal. Os trabalhos prosseguirão nos próximos meses e estão previstas auditorias ambientais e fiscalizações em propriedades rurais, carvoarias, escritórios de compra e venda de carvão e indústrias siderúrgicas. A ação conta ainda com apoio da Polícia Federal.

Dos 10 milhões de metros de carvão transportados no Brasil em 2007, quase a metade (44%) teve origem no Mato Grosso do Sul. Estima-se que as atividades de extração de lenha e posterior produção de carvão poderiam estar impactando uma área de mais de duzentos mil hectares anuais nesse estado.
Ascom/Ibama

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Novo presidente sentiu-se honrado com o convite de Minc

Brasília (20/05/08) - O novo presidente do Ibama, Roberto Messias, disse que ficou muito honrado com o convite do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, para assumir o instituto. Atualmente, Messias é o diretor de Licenciamento e o presidente substituto do Ibama. Foi por telefone no início da tarde de hoje que Minc conversou com Messias. Prontamente, ele aceitou substituir o atual presidente Bazileu Alves Margarido que acompanhou a ex-ministra Marina Silva no pedido de demissão. Minc e Messias têm longa relação de amizade e militância na área ambiental.

À frente do Ibama, Messias pretende colocar mais alguns tijolos na política nacional do meio ambiente e ajudar a tornar mais eficiente o licenciamento das obras de infra-estrutura do PAC, que ele qualifica como “coluna vertebral” para o Brasil por permitir a construção de estradas, portos, linhas de transmissão, gasodutos, hidrelétricas entre outros. “O PAC é uma proposta para destravar o país”, afirma.

O desafio de proporcionar o máximo de ganho para a sociedade e o mínimo de dano à natureza estimula Messias. “O poder arbitral do Ibama nos dá grande responsabilidade. Precisamos licenciar empreendimentos o mais rápido possível, mas com toda profundidade e segurança”, ressalta Messias. Ele promete imprimir agilidade, rigor e competência aos licenciamentos.

Em relação à fiscalização de ilícitos ambientais, outra competência do Ibama, Messias pretende colocar “inteligência e tecnologia a serviço ambiental”.
Sandra Sato

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
Ascom

 
 
 
 

 

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