Panorama
 
 
 

OS PRIMEIROS PASSOS DE CARLOS MINC NO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2008

Minc vai à Alemanha em busca de 150 milhões de euros para a Amazônia

21 de Maio de 2008 - Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - O ministro indicado para o Meio Ambiente, Carlos Minc, informou hoje (21), que embarca na próxima quinta-feira (29) para a Alemanha, de onde deverá trazer cerca de 150 milhões de euros, para serem aplicados na região Amazônica. A informação foi dada pelo futuro ministro, durante entrevista, em que apresentou Marilene Ramos como nova secretária do Ambiente do Rio de Janeiro.

Minc anunciou a criação de um novo parque florestal no estado, entre Mangaratiba e Angra dos Reis, com 38 mil hectares. “Vamos dobrar a área protegida no estado e a idéia, agora como ministro de Meio Ambiente, é fazer a Área de Proteção Ambiental (APA) da Mata Atlântica, nos moldes das APAs existentes da Amazônia. Aproveitarei a viagem à Alemanha para ver se já ‘carreio’ mais uns 20 milhões de euros para a APA Mata Atlântica”, adiantou Minc.

Na avaliação do futuro ministro, a Mata Atlântica é o segundo bioma mais ameaçado do planeta e ainda não possui uma Área de Proteção Ambiental. “A viagem já estava agendada, estarão reunidos vários ministros do meio ambiente. Trata-se de um programa de biodiversidade, onde haverá propostas de proteção de áreas especiais e de proteção a biomas ameaçados”, informou Minc.

Carlos Minc também defendeu a concessão de mais recursos para o saneamento das baias da Guanabara e de Sepetiba, "estratégicas para o país", na avaliação dele. “Vocês podem estar certos: nós conseguiremos mais recursos para alavancar com mais intensidade frentes e projetos em marcha, para ver se um dia poderemos ter realmente a baia de Guanabara limpa", disse o futuro ministro do Meio Ambiente.

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Minc quer dar a estados poder de autorizar licenciamento ambiental

19 de Maio de 2008 - Adriana Brendler - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O futuro ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, manifestou hoje (19) a intenção de criar um programa para manter e ampliar áreas de proteção ambiental na Mata Atlântica com recursos internacionais. Ele também defendeu mudanças na legislação para permitir aos estados assumirem uma parte do licencimento ambiental.

A iniciativa para a Mata Atlântica seria semelhante ao Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), supervisionado pelo Ministério do Meio Ambiente e mantido com doações de vários países, do banco alemão KFW, de fomento ao meio ambiente, e do Fundo para o Meio Ambiente Global (GEF), ligado ao Banco Mundial.

”Está na hora de abraçar a Mata Atlântica, de criar o Arpama: o Arpa da Mata Atlãntica, que é o segundo bioma mais ameaçado do planeta”, afirmou.

A declaração foi feita por Minc ao desembarcar no aeroporto de Brasília para sua primeira reunião com o presidente Luís Inácio Lula da Silva.

Minc disse que deve apresentar essa proposta e também a de ampliação dos recursos internacionais aplicados no Arpa no próximo dia 29, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP-9), em Bonn (Alemanha).

Ele também voltou afirmar que o Ministério do Meio Ambiente deve atuar mais no cenário urbano, participando de um plano nacional que garanta a ampliação da cobertura do saneamento básico dos atuais 35% para 75% da população no país em 10 anos.

“Temos 25 milhões de pessoas morando na Amazônica e outros 115 milhões estão cercados de lixo, esgoto e poluição ambiental”, disse.

À tarde, ao conversar com os jornalistas após o encontro com a ex-ministra Marina Silva, o atual secretário de Meio Ambiente do Rio de Janeiro defendeu a regulamentação do Artigo 23 da Constituição Federal, que define competências da União, estados e municípios em várias áreas, inclusive a de proteção do meio ambiente.

Segundo ele, a regulamentação permitiria delegar aos estados uma parte do licenciamento ambiental, agilizando os processos. “Eu acho que isso vai agilizar o processo de licenciamento, passando para os estados o que eles puderem fazer”.

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Carlos Minc propõe coordenadores regionais para o Plano Amazônia Sustentável

19 de Maio de 2008 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, defendeu hoje (19) que o Plano Amazônia Sustentável (PAS), lançado há duas semanas pelo governo, tenha coordenadores regionais. A gestão do PAS foi entregue pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao ministro extraordinário de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger.

Após receber convite para assumir o Ministério do Meio Ambiente, Minc chegou a sugerir o nome do ex-governador do Acre, Jorge Viana – que também foi cotado para a vaga de ministro – como coordenador do PAS no lugar de Mangabeira Unger. Hoje, ele evitou repetir a sugestão e disse que Mangabeira foi escolhido para a coordenação do PAS “porque é um pensador, um formulador, respeitado pela Academia”, ao citar argumentos do presidente Lula.

“Acho que em algum momento vai ter haver pessoas com diálogo na região, para conduzir o plano no dia-a-dia”, ponderou. Para
Minc, uma reunião com os governadores da Amazônia, marcada para o próximo dia 30, será um “bom momento para que Mangabeira apresente suas idéias estratégias” para a região.

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Minc quer recuperar R$ 900 milhões contingenciados para o meio ambiente

19 de Maio de 2008 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que será empossado na próxima terça-feira (27), disse hoje (19) que pretende recuperar para a pasta cerca de R$ 900 milhões que atualmente são contingenciados. O dinheiro vem de royalties do petróleo e do uso de água pelo setor de energia, por exemplo.

Segundo Minc, por ano, o MMA teria direito a cerca de R$ 1 bilhão de lucros do petróleo e uso dos recursos hídricos pelo setor energético, mas somente 10% são encaminhados para a área.

“É preciso que se dê aquilo que é devido por lei ao MMA. Entendi que eles [o presidente e a ministra-chefe da Casa Civil Dilma Roussef] viram com muita simpatia que esses recursos venham a ajudar positivamente”, afirmou Minc ao sair de sua primeira reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva após o convite para assumir o lugar de Marina Silva no MMA.

Minc disse que pretende utilizar parte desses recursos em um “plano nacional de saneamento ambiental” que em 10 anos aumente de 35% para 75% o total de domicílios atendidos por coleta e tratamento de esgotos no país e que demandará “recursos vultosos”.

“Foi garantido pelo presidente Lula que, progressivamente, esses recursos iriam compor políticas de saneamento e de preservação da Amazônia. Não se chegou a um valor para o primeiro ou segundo mês, mas ficou garantido que boa parte vai para projetos ambientais”, afirmou.

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“Não vim para ser o anti-Marina”, diz Minc após reunião com Lula

19 de Maio de 2008 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse que não “foi convidado para ser o anti-Marina Silva” ou o “biombo verde” da devastação da Amazônia ao sair de sua primeira reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva após o convite para assumir o lugar de Marina Silva no Ministério do Meio Ambiente. Ele garantiu que vai dar continuidade às políticas da ex-ministra.

Minc afirmou que o presidente e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, “gostaram muito” das propostas levadas por ele na reunião, entre elas a de criação de uma Guarda Nacional Ambiental, “nos moldes da Força Nacional de Segurança” para atuar na vigilância e proteção de unidades de conservação na Amazônia e defender o "conceito de soberania ambiental do país".

A criação de um “Disque-Denúncia do Meio Ambiente” e a garantia de participação do MMA em uma política de saneamento ambiental também foram apresentadas por Minc ao presidente.

Minc anunciou que a atual subsecretária do Ambiente do Rio de Janeiro, Isabela Teixeira, será a nova secretária-executiva do ministério, no lugar de João Paulo Capobianco. Segundo Minc, Isabela é bióloga, funcionária de carreira do Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e “acabou de concluir o doutorado na área de petróleo e meio ambiente na Coope/UFRJ [Coordenação dos Programas de pós-graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro].”

Segundo Minc, a posse como novo ministro do Meio Ambiente está marcada para terça-feira (27) da semana que vem.

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Minc quer participar da elaboração de estratégias para o saneamento básico

18 de Maio de 2008 - Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - O secretário do Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, convidado para assumir o Ministério do Meio Ambiente, defendeu hoje (18) a participação do ministério na elaboração de estratégias governamentais voltadas para o saneamento básico.

“Eu não estou querendo com estas declarações manifestar desejo de trazer para o Ministério do Meio Ambiente os vultosos recursos que estão nos ministérios da Integração ou das Cidades. Há interesses e acordos dos mais variados. Eu tenho vários defeitos, mas seguramente um deles não é o de ser ingênuo. Mas eu acho que o Meio Ambiente deve participar, sim, de uma estratégia de saneamento ambiental”, afirmou.

De acordo com Minc, a principal causa da mortalidade infantil no país está relacionada à contaminação da água utilizada pela população, principalmente em decorrência das péssimas condições dos rios e das lagoas e da precária situação do esgotamento sanitário.

Minc adiantou que vai levar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva um plano decenal para amenizar a gravidade do quadro do saneamento básico no país.

“Hoje apenas 35% da população têm acesso à coleta e tratamento de esgoto. Eu vou propor ao presidente um plano decenal para que este índice salte para 75% em dez anos. É por isto que eu acho que o meio ambiente deve participar desta estratégia, ainda que ela seja executada pelos outros ministérios”, disse.

Ele também defendeu a participação do Ministério do Meio Ambiente na elaboração da política industrial, como já acontece atualmente em sua gestão no Rio de Janeiro. Ele disse que para a tarefa conta com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

“O BNDES tem que ter uma política de estimulo às tecnologias limpas, menos predatórias, menos impactantes. Dar condições de crédito, tempo para pagamento e condições gerais de empréstimos mais favoráveis àquelas tecnologias que comprovadamente tenham um impacto menor na saúde do trabalhador”, defendeu, acrescentando, “quando eu digo que o Meio Ambiente deve participar das políticas tecnológica e industrial do governo, a intenção é exatamente direcionar as ações de modo a evitar os impactos ao ecossistema”.

Minc disse que ficou honrado com o convite do presidente, e ressaltou ser indelicado de sua parte impor condições para assumir um cargo que deixa honrado não só quem o recebe, mas também qualquer brasileiro.

“Ao me convidar, o presidente mostrou confiança em meu trabalho, carinho e uma expectativa muito grande também”, disse.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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