20 de
Maio de 2008 - Bruno Bocchini - Repórter
da Agência Brasil - São Paulo - Os
mananciais de Billings e Guarapiranga, na região
sul da capital paulista, vão receber cerca
de R$ 1 bilhão para a despoluição
das águas. Os contratos dos repasses serão
assinados hoje (20) por representantes dos governos
federal e estadual, da Companhia de Saneamento Básico
do Estado de São Paulo (Sabesp), e das prefeituras
de São Paulo, de Guarulhos e de São
Bernardo do Campo.
O complexo Billings e Guarapiranga
é o segundo mais importante manancial de
fornecimento de água para a região
metropolitana de São Paulo e representa 21%
do total de abastecimento. O manancial da Cantareira
é o mais importante da metrópole,
responsável por 48% do fornecimento de água.
O restante é proveniente de mananciais do
Alto Tietê.
“A disponibilidade hídrica
na região metropolitana de São Paulo
está realmente esgotada. A recuperação
da qualidade dessa água é fundamental”,
destacou a secretária de Saneamento e Energia
do governo do estado, Dilma Penna, que concedeu
ontem (19) entrevista sobre as obras.
O programa de recuperação
dos mananciais Billings e Guarapiranga será
coordenado pela secretaria, em parceria com a prefeitura
de São Paulo, a Sabesp e a Companhia de Desenvolvimento
Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo
(CDHU). Os recursos virão do Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC), do
governo estadual, da Sabesp e das prefeituras de
São Paulo, de São Bernardo do Campo
e de Guarulhos.
O cronograma do programa de recuperação
dos mananciais prevê que, no período
de 2008 a 2011, sejam realizadas obras de urbanização,
habitação e saneamento nas favelas
e assentamentos que ficam nas proximidades das represas.
De acordo com informações
do governo do estado, serão urbanizados 45
núcleos habitacionais, onde vivem aproximadamente
45 mil famílias. As obras devem remanejar
para conjuntos habitacionais mais de 5,2 mil famílias.
A prefeitura da cidade será
a responsável pelas obras de urbanização
e saneamento, em parceria com a Sabesp. As famílias
removidas serão realocadas em moradias construídas
pela CDHU. As áreas onde serão construídas
as novas moradias, no entanto, ainda estão
em processo de compra.
Do total de R$ 1,001 bilhão
que serão investidos, R$ 250 milhões
serão do PAC, para obras de urbanização
e saneamento; R$ 180,2 milhões, do governo
do estado, para construção de moradias;
R$ 446,5 milhões, da prefeitura de São
Paulo, para urbanização e construção
de novas habitações; R$ 84,6 milhões,
da Sabesp, para obras de saneamento; R$ 31,8 milhões,
da prefeitura de São Bernardo, e R$ 7,8 milhões,
da prefeitura de Guarulhos.