28 May 2008 - Bonn,
Alemanha – Ministros de meio ambiente de 60 países,
mais a União Européia, se comprometeram
com a Rede WWF em atingir a meta de desmatamento
zero em 2020. O ato aconteceu, hoje, quarta-feira,
28 de maio, durante a 9ª Conferência
das Partes (COP9) da Convenção sobre
Diversidade Biológica (CDB), que está
sendo realizada em Bonn (Alemanha). O Brasil não
participou da ação, já que
o novo Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, só
deve participar da conferência a partir de
amanhã, quinta-feira, 29.
"Os governos precisam agir
já ou iremos perder ainda mais florestas
vitais para manter a nossa qualidade de vida, pelo
oferecimento de serviços ambientais básicos
para a humanidade. A Rede WWF gostaria que a meta
de desmatamento zero em 2020 fosse adotada pela
própria Convenção aqui em Bonn”,
afirmou o diretor-geral do WWF Internacional, James
Leape.
O ano de 2020 foi proposto de
acordo com o programa de trabalho de biodiversidade
florestal da CDB, e soma-se às metas propostas
em Bali, em dezembro de 2007, na última conferência
da Convenção-Quadro das Nações
Unidas sobre Mudanças Climáticas.
Apesar dos esforços, as taxas globais de
desmatamento continuam alarmantes. Calcula-se que
13 milhões de hectares são desmatados
anualmente, o que equivale a 36 campos de futebol
por minuto. O desmatamento e a degradação
florestal implicam na perda de serviços ambientais
vitais para o fornecimento de alimentos, remédios,
proteção de nascentes e regulagem
climática.
“Nós temos que reverter
a tendência de perda florestal, tanto pelo
bem da natureza, quanto pelo bem do homem”, afirmou
o secretário-executivo da CDB, Ahmed Djoghlaf,
que também assinou o comprometimento. “A
iniciativa da Rede WWF é uma ótima
notícia para a biodiversidade e um estímulo
para as delegações reunidas em Bonn.
Espero que a ação acelere a implementação
dos objetivos da Convenção sobre Diversidade
Biológica. Eu dou parabéns para a
Rede WWF por essa contribuição única
para a conservação da vida no planeta
Terra”, disse ele.
Confira os países que se
comprometeram com a meta:
Afeganistão, África
do Sul, Alemanha, Austrália, Áustria,
Benin, Bósnia-Herzegovina, Burkina Faso,
Cambódia, Chade, Colômbia, Costa Rica,
Croácia, Ciprus, Dinamarca, Equador, Eslovênia,
Finlândia, França, Gambia, Guatemala,
Guiné Bissau, Holanda, Iêmen, Indonésia,
Irã, Japão, Latvia, Lesoto, Libéria,
Madagascar, Mauritânia, México, Namíbia,
Nepal, Nova Zelândia, Nigéria, Omã,
Paquistão, Panamá, Paraguai, Peru,
Polônia, Quênia, Reino Unido, República
Checa, Samoa, Senegal, Sérvia, Serra Leoa,
St Vincent Grenadines, Suécia, Tajiquistão,
Tanzânia, Timor Leste, Ucrânia, Uganda,
Vietnã, Zâmbia, Zimbábue e União
Européia.
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Unidades de conservação
do Arpa reduzem 1,1 bilhão de toneladas de
carbono, afirma relatório
28 May 2008 - Bonn, Alemanha –
O relatório lançado hoje em Bonn,
na Alemanha, durante a 9a. Conferência das
Partes da Convenção de Diversidade
Biológica revela que as unidades de conservação
apoiadas pelo Programa de Áreas Protegidas
da Amazônia (Arpa) ajudam a reduzir 1,1 bilhão
de toneladas emissões de carbono do desmatamento
e degradação até 2050.
O estudo, produzido pelo WWF-Brasil,
em parceria com o Instituto de Pesquisa Ambiental
da Amazônia (IPAM), Universidade Federal de
Minas Gerais (UFMG) e Woods Hole Research Centre,
em Massachusetts (EUA) quantificaram o total de
carbono armazenado em todas as unidades de conservação
apoiadas pelo Arpa e compararam o desmatamento estimado
na região caso as áreas não
estivessem no programa. Os resultados mostram que
o Arpa é responsável pelo armazenamento
de 4,6 bilhões de toneladas, o que representa
um décimo do total de carbono armazenado
na Amazônia brasileira.
“A Amazônia tem um papel
fundamental na regulação do clima
do planeta e o Arpa é um instrumento importante
para reduzir as emissões do desmatamento
e degradação.”, diz Denise Hamú,
secretária-geral do WWF-Brasil. “O relatório
mostra que é possível quantificar
claramente os benefícios das unidades de
conservação no contexto brasileiro
e como é importante continuar e implementar
completamente o Arpa.”
“O Brasil tem um papel de liderança a exercer
tanto na conservação da biodiversidade
quanto do clima, pois 65% da floresta amazônica
está no país. É importante
que este modelo seja seguido: conservar, monitorar
e mensurar estes resultados”, avalia Hamú.
ARPA
Coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente,
o Arpa é implementado em conjunto pelo Instituto
Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
(ICMBio) e sete governos estaduais da Amazônia
brasileira - Acre, Amapá, Amazonas, Mato
Grosso, Pará, Rondônia e Tocantins.
A parte dos sSeus recursos, provenientes de doações
é , são gerenciadaos pelo Fundo Brasileiro
para a Biodiversidade (Funbio).
O apoio financeiro é dado
pelo Fundo para o Meio Ambiente Global (GEF), por
meio do Banco Mundial, pelo KfW (Banco de Cooperação
do Governo da Alemanha) e pela Rede WWF, por meio
do WWF-Brasil. Além disso, existe uma cooperação
técnica ao programa fornecida pelo WWF-Brasil
e pela GTZ (Agência de Cooperação
Técnica Alemã), além da colaboração
técnica do WWF-Brasil e potencial parceria
com organizações representativas da
sociedade social.
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WWF-Brasil discute áreas
prioritárias de conservação
na Amazônia na COP9 da CDB
26 May 2008 - A visão ecológica
desenvolvida pelo WWF-Brasil, em conjunto com a
Rede WWF, para definição de áreas
prioritárias para todo o bioma amazônico,
que abrange 6,7 milhões de quilômetros
quadrados, em nove países - Brasil, Bolívia,
Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Suriname
e Guianas – foi apresentada no evento paralelo “Áreas
prioritárias para conservação
no bioma amazônico: experiências e metodologias”.
O estudo concluiu ser necessário que ao menos
30% de todos os ecossistemas terrestres e aquáticos
amazônicos sejam conservados.
Promovido pelo Arpa (Programa
Áreas Protegidas da Amazônia)/Ministério
do Meio Ambiente, o evento aconteceu na última
sexta-feira, 23, em Bonn (Alemanha), durante a 9ª
Conferência das Partes (COP9) da Convenção
sobre Diversidade Biológica (CDB). Com mediação
do diretor de Conservação da Biodiversidade
do Ministério do Meio Ambiente, Bráulio
Dias, o evento paralelo contou com a participação
do coordenador do Laboratório de Ecologia
da Paisagem do WWF-Brasil, Sidney Rodrigues, e da
pesquisadora do Instituto Emilio Goeldi, Ana Luisa
Albernaz.
“O bioma amazônico tem sistemas
ecológicos muito diversos e complexos. A
definição de áreas prioritárias
de conservação busca garantir uma
representatividade de espécies para o futuro,
de forma eficiente, ao longo do tempo”, afirma Rodrigues,
explicando que a visão ecológica é
basicamente uma ferramenta de suporte para a tomada
de decisão.
Segundo ele, o trabalho envolveu
a compilação de dados disponíveis
sobre o bioma, avaliação das áreas
protegidas existentes e identificação
de objetivos e metas de conservação.
O estudo, feito em conjunto com representações
da Rede WWF em outros países do bioma amazônico,
identificou áreas priotitárias que
se protegidas, por meio de ações de
conservação, podem garantir a persistência
de pelos menos 30% de todos os ecossistemas amazônicos,
terrestres e aquáticos. “Só assim
serão mantidas características do
bioma, e teremos garantida a proteção
de espécies, habitats, paisagens e processos
ecológicos existentes na Amazônia”,
concluiu Rodrigues.
Efetividade de gestão –
O WWF-Brasil também apoiou o Arpa na realização
do evento paralelo “Avaliação da efetividade
de gestão de áreas protegidas: metodologia,
aplicação e resultados”, realizado
na sexta-feira, 23, durante a COP9 da CDB. No evento,
que contou com a participação da técnica
do Centro Mundial de Monitoramento da Conservação
do Programa das Nações Unidas para
Meio Ambiente (UNEP), Helena Pavese, e do diretor
do Departamento de Articulação de
Ações da Amazônia, Ronaldo Weigand,
foram apresentadas diferentes experiências
de avaliação de efetividade de gestão
em áreas protegidas.
Entre elas a metodologia RAPPAM
(Rapid Assessment and Priorization of Protected
Area Management/ Avaliação Rápida
e Priorização da Gestão de
Unidades de Conservação), desenvolvida
pela Rede WWF, que permite a avaliação
rápida e priorização do manejo
em unidades de conservação. Em parceria
com o WWF-Brasil, o Ibama (Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis)
aplicou a metodologia para avaliar 246 unidades
de conservação federais. O processo,
realizado entre 2005 e 2007, permitiu rever procedimentos
inadequados e enxergar possíveis ajustes
e avanços na gestão dessas áreas.
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WWF-Brasil participa como jurado
da final brasileira da Imagine Cup 2008
27 May 2008 - Oito equipes disputam
uma vaga na etapa mundial da competição,
que será realizada na França em julho.
O tema desta edição é o meio
ambiente sustentável. O projeto vencedor
da etapa brasileira da Imagine Cup 2008 será
conhecido nesta quarta-feira, dia 28 de maio, em
evento que será realizado no Parque da Juventude,
em São Paulo, a partir das 14h.
O melhor trabalho entre os oito
finalistas na categoria Projeto de Software será
escolhido por uma banca composta por 15 jurados,
formada por professores de renomadas universidades,
técnicos da Microsoft, representante do WWF-Brasil,
jornalistas e representantes da indústria
para representar o País na etapa mundial,
que acontece em Paris, de 3 a 8 de julho.
A final será transmitida
ao vivo pela internet, por meio do link: www.tvweb.unip.br/imaginecup.
O WWF-Brasil foi convidado a participar
e apoiar a iniciativa. O objetivo é estimular
os candidatos a desenvolverem programas e sofwares
na área de redução da pegada
ecológica.
Estarão presentes à
solenidade o superintendente de Conservação
de Programas Temáticos do WWF-Brasil, Carlos
Alberto Scaramuzza, o presidente da Microsoft, Michel
Levy, o presidente do Bradesco, Márcio Cypriano;
José Carlos Maldonado, presidente da Sociedade
Brasileira de Computação; Eduardo
Sakemi, diretor do CIEE; e, que apóiam o
evento.