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BALEIAS: ONG FAZ AÇÃO POR SANTUÁRIO DO ATLÂNTICO SUL

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Maio de 2008

Por Santuário, encalhamos uma baleia em frente ao Palácio do Planalto

26 de Maio de 2008 Uma baleia inflável de 15 metros foi 'encalhada' em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, para pressionar o governo brasileiro a assumir a liderança na próxima reunião da Comissão Internacional Baleeira (CIB), no Chile, em defesa da criação do Santuário do Atlântico Sul.
Brasília (DF), Brasil — Ativistas do Greenpeace levaram inflável de 15 metros a Brasília para pedir apoio à criação do Santuário do Atlântico Sul.

Uma baleia inflável de 15 metros de comprimento encalhou nesta segunda-feira no lago em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, para cobrar do governo brasileiro um apoio maior à criação do Santuário do Atlântico Sul. O protesto pacífico foi organizado pelo Greenpeace e marcou a entrega de uma petição com mais de 14 mil assinaturas ao secretário-adjunto da presidência da República, João Bosco Calais Filho. Cópias do documento também foram entregues nos ministérios do Meio Ambiente e de Relações Exteriores.

Anos atrás o Brasil caçava baleias mas há anos que adotou uma postura conservacionista e sempre vota contra a caça comercial nas reuniões da Comissão Internacional Baleeira (CIB). Em 1999, o governo brasileiro propôs a criação do Santuário de Baleias do Atlântico Sul. No entanto, o documento ainda não saiu do papel. O Brasil conta com o apoio de países como África do Sul e Argentina, mas são necessários ¾ dos votos na CIB para a criação da área de proteção, quantidade que não foi alcançada em nenhuma das reuniões até aqui. Chegou a hora de mudar essa história.

Atualmente existem dois santuários no mundo: no Oceano Índico e na Antártica. Para bloquear a aprovação de novos santuários, países como o Japão têm subsidiado atividades pesqueiras de pequenos países da África, o que na prática resulta na compra de seus votos na CIB.

"Contamos com o presidente Lula para garantir a gestão diplomática com países africanos para que eles não cedam às pressões do governo japonês", afirma Leandra Gonçalves, coordenadora da Campanha de Baleias do Greenpeace.

A próxima reunião da CIB será em junho, no Chile, e essa será uma boa oportunidade para que o governo brasileiro e dos demais países latino-americanos contrários à caça reafirmem sua posição conservacionista, defendendo a criação da área protegida no Atlântico Sul e atuando de forma mais ativa para convencer outras nações a apoiar a causa.

"Esperamos que o novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, compareça à reunião e assuma o papel de porta-voz da vontade da população brasileira para a conservação das baleias. O Brasil pode e deve ter uma atuação positiva e diferenciada na CIB”, diz Leandra.

Nosso continente não pratica e nem promove a caça de baleias e tem sido internacionalmente reconhecido pelos esforços voltados à pesquisa e uso não-letal, como o turismo de observação de baleias - que rende um bilhão de dólares por ano no mundo todo.

Japão é indicado ao Prêmio Motosserra de Ouro do Greenpeace26 de Maio de 2008Imprimir Enviar Depois do Brasil e do Canadá, foi a vez do Japão ser indicado para receber o prêmio Motosserra de Ouro, por trabalhar contra a biodiversidade durante encontro em Bonn.
Aumentar a ImagemBonn, Alemanha — País foi o que mais bloqueou as negociações para se aumentar a proteção da biodiversidade durante Convenção da ONU na Alemanha.

"E o vencedor de hoje é... o Japão." Foi assim que o Greenpeace anunciou, na manhã desta segunda-feira em Bonn, a terceira nomeação para o prêmio Motosserra de Ouro. A indicação foi dada à delegação que mais bloqueou as negociações até agora para aumentar a proteção da biodiversidade durante a 9ª Conferência das Partes (COP9) da Convenção da ONU sobre Diversidade Biológica que está sendo realizada na Alemanha.

No momento em que a COP9 se encontra em um beco sem saída para mobilizar mais recursos para proteger a biodiversidade global, o Japão – que é o atual presidente do G8 (o grupo dos sete países mais ricos do mundo, mais a Rússia) e é o próximo presidente da CBD em 2010 – está minando todos os esforços para estabelecer uma iniciativa financeira por parte do G8 para assegurar uma rede de áreas protegidas em julho, no Japão.

Durante as discussões do Grupo de Contato sobre áreas protegidas neste domingo, o Japão, com apoio do Reino Unido, quis apagar "imediatamente" um parágrafo que convida os países do G8 a implementar uma iniciativa financeira para aumentar a proteção da biodiversidade. De acordo com fontes das delegações, o Japão enviou cartas para diversos países antes do início da Conferência em Bonn pedindo que eles não apoiassem este pedido de ação.

Em outra manobra, o Japão também convidou os países africanos para uma reunião para discutir questões ambientais antes do encontro do G8, em uma clara tentativa para esvaziar as negociações da ONU.

Na semana passada, o Brasil ganhou a nomeação para receber a Motosserra de Ouro - juntamente com o Canadá - por tentar minimizar a importância da CBD ao ignorar o mandato da Convenção para discutir aumento da proteção para a biodiversidade e floresta. Brasil e Canadá defendem que estas questões devem ser discutidas no âmbito do Fórum da ONU para Florestas, cuja política para a conservação florestal é muito mais branda do que a CDB. Foi a segunda nomeação do Canadá, que já havia merecido o prêmio ao propor que “não-Partes”, principalmente as ONGs, fossem impedidas de participar das discussões da Convenção.

Ao final da CBD, o Greenpeace entregará o prêmio Motosserra de Ouro ao grande vencedor.

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Carro pré-histórico desfila contra lobby da indústria automobilística

26 de Maio de 2008 Ativistas dirigem carro dos Flintstones pelas ruas de Bruxelas numa crítica ao pensamento pré-histórico da indústria automobilística, que faz tudo o que pode para sabotar legislação européia para reduzir emissões de CO2 dos carros, em defesa do clima.
Bruxelas (Bélgica) — Principais fabricantes de carro da Europa têm dado mais atenção a lucros imediatos do que à proteção do clima de nosso planeta.

Por mais modernos e velozes que seus carros possam parecer, a indústria automobilística tem adotado cada vez mais um pensamento jurássico em relação à proteção do clima. Em vez de priorizar a questão das mudanças climáticas e produzir veículos que emitam menos CO2, os fabricantes pensam apenas nos lucros imediatos e no lobby político que têm que fazer para garanti-los.

Para expor essa situação ao público, ativistas do Greenpeace circularam pelas ruas da capital belga com um carro que parecia saído diretamente do desenho animado Flintstones. A idéia era ir da sede da Associação Européia de Fabricante de Automóveis (Acea, na sigla em inglês) até o Parlamento Europeu, onde estão sendo discutidas leis para impor a redução de emissões de CO2 nos veículos fabricados na União Européia. Mas a polícia belga não permitiu: deteve os ativistas e apreendeu o veículo flintstoniano. E era um carro totalmente livre de emissões.

"Nossos ativistas e seu veículo com zero de emissão de CO2 estão alertando sobre a má influência que a indústria está exercendo sobre a política climática da Europa", afirma Melanie Francis, da campanha de Transporte do Greenpeace Internacional.

Enquanto isso, fabricantes de carros poluidores como BMW, Mercedes-Benz e Volkswagen continuam livres para produzir carros que trazem altos custos ao planeta. É o que revela o relatório Dirigindo as Mudanças Climáticas: Como a Indústria Automobilística faz Lobby para Sabotar a Legislação Européia de Eficiência Energética, lançado pelo Greenpeace durante o protesto.

"Esse relatório mostra como a indústria de automóveis, liderada pelas empresas alemãs, manipulou a União Européia por 17 anos. Chegamos ao ponto dela agora pôr em risco a habilidade da União Européia de atingir suas obrigações dentro do Protocolo de Kyoto", afirma Agnes de Rooij, da campanha de Transportes do Greenpeace Internacional.

O relatório destaca como as empresas alemãs de automóveis venceram a "guerra de negócios" contra os fabricantes franceses e italianos, por exemplo, que têm demonstrado maior preocupação em relação às emissões de seus veículos. Também revela como a indústria costuma premiar políticos que apóiam suas idéias com carros e outros 'brindes', e como ela conseguiu atrasar por sete anos a adoção de novas leis para reduzir as emissões de CO2 dos carros.

Para o coordenador da campanha de clima do Greenpeace Brasil, Luis Piva, o protesto foi uma forma irreverente de chamar a atenção para um sério problema.

"O setor dos transportes é um dos grandes vetores da mudança climática no mundo. No Brasil, nossa primeira lição de casa é zerar o desmatamento da Amazônia e a segunda prioridade reduzir as emissões do setor de transporte e geração de energia", disse Piva.

 
 

Fonte: Greenpeace-Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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