Panorama
 
 
 

EX-MINISTRA FAZ ALERTA SOBRE TENDÊNCIA DE EXPANSÃO DO DESMATAMENTO NO PAÍS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2008

27 de Maio de 2008 - Mylena Fiori - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A ex-ministra do Meio Ambiente, a senadora Marina Silva, afirmou hoje (27) que há uma tendência de aumento do desmatamento no país. “Isso é motivo de preocupação. As medidas a serem tomadas devem ser fortes e precisam ser implementadas urgentemente", disse, ao final de cerimônia de posse do novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, no Palácio do Planalto.

Como exemplo de tais medidas, citou a adoção de critérios ambientais para concessão de crédito agrícola. Segundo ambientalistas, uma das razões da saída de Marina teria sido justamente as pressões do agronegócio, especialmente dos produtores de soja do Mato Grosso para que o governo recuasse nas novas regras.

Marina também mencionou as decisões do governo federal de embargar os 36 municípios que mais desmatam e de criminalizar a cadeira produtiva. Ela citou ainda a atuação conjunta do Ibama e da Polícia Federal. "São as medidas mais fortes que se tem conhecimento na história", destacou.

A ex-ministra revelou que há outras medidas "em processo de maturação", mas que não poderiam ser antecipadas por ela.

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Marina Silva defende novo acordo para que agenda ambiental avance

27 de Maio de 2008 - Mylena Fiori - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva defendeu hoje (27) um "novo acordo político" dentro do governo e entre este e sociedade para consolidar e fazer avançar agenda ambiental. Em sua carta de demissão, Marina já havia mencionado a necessidade de uma reconstrução de alianças. "Não tenho mágoa, o meu gesto foi para constituir um novo acordo", afirmou, após cerimônia de posse do novo ministro, Carlos Minc, no Palácio do Planalto.

Marina Silva, que agora volta ao Congresso como senadora, disse que pretende atuar de forma articulada com governos, empresários, sociedade e academia. "A sociedade brasileira diz muito claramente que quer o crescimento econômico, mas com a proteção de todos os biomas brasileiros. Essa é uma equação que vai atravessar o século, para a qual temos que reunir os nossos maiores e melhores esforços", afirmou.

Ela ainda defendeu a implementação imediata da resolução do Conselho Monetário Nacional que impede a concessão de crédito agrícola para produtores que promovemm o desmatamento. "Também é preciso trabalhar numa agenda de desenvolvimento sustentável que já está elaborada no contexto do PAC", disse.

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Pressão política não adiou divulgação de dados sobre desmatamento, garante Capobianco

27 de Maio de 2008 - Mylena Fiori - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O ministro interino do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, nega que o adiamento da divulgação dos dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) sobre desmatamento na Amazônia Legal no mês de abril se deva a pressões políticas. Segundo ele, o governo federal apenas quer que os números sejam anunciados pelo novo ministro, Carlos Minc, que tomou posse hoje (27).

"Os dados sempre foram disponibilizados. O que ocorreu agora foi uma transição. O ministro Carlos Minc assume a partir de hoje e era natural que o Inpe, assim como fez com a ministra Marina Silva e os ministros anteriores, dê oportunidade ao ministro de participar do anúncio dos dados, interpretando corretamente e informando à sociedade", justificou Capobianco, antes da cerimônia de posse de Carlos Minc, no Palácio do Planalto.

A expectativa era de que os dados fossem divulgados ontem (26). Apesar do atraso, Capobianco confirma que as estatísticas apontam para um preocupante crescimento do desmatamento. "Tanto é preocupante que já em dezembro o Presidente da República assinou quatro decretos, sendo um deles extremamente rigoroso, condicionando o crédito agrícola e pecuário na Amazônia, obrigando a checagem da adimplência ambiental", lembrou. "Que os números são preocupantes já foi informado há um bom tempo e os dados recentes só confirmam essa preocupação", reiterou.

Capobianco disse ser normal a preocupação internacional com o aumento do desmatamento, mas reafirmou a soberania brasileira sobre a Amazônia. "Não há dúvidas de que o Brasil é o responsável pela região. Temos que ver as preocupações como um sentimento internacional de cooperação", afirmou, frisando que tal cooperação interessa ao Brasil.

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Inpe só vai divulgar dados de desmatamento na Amazônia após posse de Minc

26 de Maio de 2008 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Os números do desmatamento na Amazônia Legal registrados no mês de abril pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) não serão divulgados até que o novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, assuma oficialmente o ministério, o que ocorrerá amanhã (27). A previsão era que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apresentasse esses dados hoje (26).

Na última quarta-feira (21), Minc antecipou números do Inpe e afirmou que os dados indicam um avanço significativo da derrubada de florestas na região, principalmente no Mato Grosso, que seria responsável por 60% do desmatamento, em abril.

De acordo com a assessoria do Inpe, após a posse de Minc, representantes do Ministério da Ciência e Tecnologia, ao qual o Inpe é vinculado, vão discutir com técnicos do MMA se mantêm ou modificam a estratégia de divulgação dos dados do Deter. O objetivo do adiamento da apresentação dos números é evitar que a divulgação de dados científicos seja influenciada pelo momento político, em referência à posse do novo ministro Meio Ambiente.

Atualmente, o Inpe coloca à disposição os números ao acesso público na internet, cerca de quinze dias após o fechamento dos dados e depois de análise do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

O Deter fornece dados sobre a cobertura vegetal da região, para alertar as autoridades e orientar a fiscalização. A consolidação dos dados de desmatamento é feita por outra metodologia, o Programa de Cálculo de Desflorestamento da Amazônia (Prodes), que define as taxas de desmatamento e é divulgado no segundo semestre de cada ano.

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Minc quer linha de crédito para modernizar exploração de madeira na Amazônia

27 de Maio de 2008 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Ao tomar posse hoje (27), o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, definiu-se como um “ecodesenvolvimentista” e afirmou, durante a cerimônia de transmissão de cargo, que pretende negociar com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) uma linha de financiamento para “modernizar o setor madeireiro”.

Segundo Minc, de cada 10 metros cúbicos de madeira extraída da Amazônia, apenas três chegam ao mercado. “É preciso modernizar o setor para evitar o desperdício. O setor tem que capacitar profissionais, melhorar as práticas e promover o manejo sustentável da floresta”, listou, ao comentar que conversou hoje sobre o assunto com representantes das indústrias madeireiras.

O ministro anunciou para o próximo dia 5 de junho a criação de um fundo voluntário internacional para preservação da Amazônia, que será regulamentado por decreto presidencial. A idéia do fundo é da equipe da ex-ministra Marina Silva, anunciada desde dezembro do ano passado. Segundo Minc, a reserva já tem US$ 100 milhões doados pela Noruega.

Minc também adiantou que pretende levar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva um decreto para dar ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) “poderes semelhantes” aos da Receita Federal “para que se possa, por exemplo, leiloar imediatamente os bens apreendidos de criminosos ambientais”.

Na próxima quinta-feira (29), Minc vai à Alemanha para uma reunião com ministros do Meio Ambiente durante a 9ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP-9). O ministro pretende voltar ao Brasil na sexta-feira (30), a tempo de participar de uma reunião com governadores de estados da Amazônia, em Belém (PA).

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Lula afirma que a Amazônia brasileira tem dono

26 de Maio de 2008 - Yara Aquino - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje (26) que a Amazônia brasileira tem dono, e pertence ao povo brasileiro.

“O mundo precisa entender que a Amazônia brasileira tem dono e que o dono da Amazônia é o povo brasileiro, são os índios, os seringueiros, os pescadores, somos nós, que somos brasileiros, e que temos consciência de que é preciso diminuir o desmatamento, é preciso diminuir as queimadas”, afirmou Lula no 20º Fórum do Instituto Nacional de Altos Estudos (Inae), no Rio de Janeiro.

Segundo Lula, os países responsáveis por 70% da poluição do planeta ficam de olho na Amazônia como se o Brasil não tivesse condições de cuidar bem da floresta.

“Temos consciência de que precisamos desenvolver a Amazônia, afinal de contas, lá moram quase 25 milhões de habitantes que querem ter acesso aos bens que nós temos no Rio de Janeiro, em São Paulo ou em qualquer outro lugar. Por que essas pessoas têm que ficar segregadas? Eu penso que esse será o debate das próximas duas décadas”, afirmou.

O presidente disse que o Protocolo de Quioto faliu, e aqueles que tinham que tomar as medidas para cumprir o protocolo não chegaram a referendar o documento.

“Fomos nós que referendamos, e somos nós, com a utilização de 100% de etanol, que reduzimos ou tiramos do ar 800 milhões de toneladas de CO2. Somos nós, com o etanol e com o biodiesel, que estamos oferecendo ao mundo a certeza de que é possível construir um combustível não-poluente, e que poderemos avançar na construção de um etanol de segunda, de terceira geração”.

O protocolo foi assinado em fevereiro de 2005 para combater a emissão de gases poluentes na atmosfera.

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Ministério do Meio Ambiente libera R$ 6 milhões para Instituto Chico Mendes

26 de Maio de 2008 - Da Agência Brasil - Brasília - O Ministério do Meio Ambiente liberou R$ 6,2 milhões para serem investidos na capacitação de populações tradicionais das Unidades de Conservação de Uso Sustentável Federais, de responsabilidade do Instituto Chico Mendes.

A finalidade é que os próprios moradores possam proteger os territórios e participar da implantação de políticas públicas nessas localidades.

A Portaria n.º 143 foi publicada na edição de hoje (26) do Diário Oficial da União. De acordo com a norma, o instituto deverá encaminhar ao ministério relatórios trimestrais da execução dos recursos e é vedado o uso do dinheiro para pagamento de despesas fora do objeto da descentralização.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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