Panorama
 
 
 

MANGABEIRA DIZ QUE BRASIL FALHA NA TAREFA DE PRESERVAR A FLORESTA AMAZÔNICA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2008

28 de Maio de 2008 - Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O ministro de Assuntos Estratégicos e coordenador do Projeto Amazônia Sustentável (PAS), Mangabeira Unger, admitiu hoje (28) que o Brasil tem falhado na tarefa de preservar a floresta. Segundo o ministro, o país não fez o bastante “nem em matéria de desenvolvimento, nem de preservação da Amazônia”.

Para Unger, a defesa da Amazônia deve ser desenvolvida levando em consideração dois aspectos: monitoramento e mobilidade. “A combinação desses dois imperativos começará a assegurar, de fato, a defesa militar da Amazônia. A defesa militar da Amazônia é uma condição necessária, mas não suficiente para afirmação da nossa soberania”, disse.

Durante reunião conjunta das comissões da Amazônia e das Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, para discutir o conflito na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, o ministro argumentou que o PAS não tratará “apenas” da floresta amazônica, mas desenvolverá ações nas regiões do cerrado e savanas tropicais existentes na área da Amazônia Legal.

“Nossa tarefa na Amazônia não se reduz à proteção da floresta e à organização do manejo florestal sustentável”, ressaltou Unger afirmando que a defesa da Amazônia não estará completa enquanto não forem colocados em prática projetos de desenvolvimento sustentável. “Sem projeto econômico, consequentemente, não haverá estruturas sociais produtivas e organizadas [na Amazônia]”, afirmou.

Questionado sobre iniciativas internacionais que visariam a comprar a Amazônia, o ministro afirmou que a proteção da floresta é uma questão de soberania nacional. “Qualquer discussão nossa com o mundo a respeito da Amazônia é a reafirmação inequívoca e incondicional de nossa soberania. Quem cuida da Amazônia Brasileira é o Brasil e mais ninguém”, disse.

+ Mais

Regras para restrição de crédito na Amazônia serão alteradas

29 de Maio de 2008 - Luana Lourenço - Enviada especial - Belém (PA) - O governo vai alterar as regras de aplicação da resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) que restringirá, a partir de 1º de julho, a concessão de financiamento agrícola para quem não cumpre critérios ambientais.

Nem todas as propriedades localizadas em municípios do bioma amazônico serão punidas, pois a restrição de crédito vai valer apenas para aquelas que ficam em áreas de floresta. A regra está prevista em portaria que será assinada amanhã (30) pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, durante o 1º Fórum de Governadores da Amazônia Legal.

“Isso vai esclarecer a questão para os municípios que estão na franja da Amazônia (áreas de transição com cerrado). Havia algumas dúvidas e a portaria vai definir isso [a restrição]. Dependerá da localização da propriedade”, afirmou o secretário de extrativismo e desenvolvimento rural sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Egon Krakhecke.

“Mesmo as propriedades que estiverem incluídas nos 36 municípios críticos [que mais desmataram a Amazônia em 2007], mas cumprem as exigências, estão legais, não terão problemas para ter acesso ao crédito”, afirmou.

De acordo com o governo, o esclarecimento já estava combinado com a equipe da ex-ministra Marina Silva. A mudança atende a uma reivindicação apresentada por governadores da Amazônia Legal durante o lançamento do Plano Amazônia Sustentável (PAS), no último dia 8 de maio.

Antes de tomar posse, Carlos Minc afirmou que a resolução do CMN estava mantida e que os critérios não seriam alterados.

+ Mais

AGU analisa compra de áreas rurais por estrangeiros, diz Toffoli

29 de Maio de 2008 - Da Agência Brasil - Brasília - A Advocacia-Geral da União (AGU) está analisando a compra de áreas rurais por estrangeiros, revelou hoje (29) à Agência Brasil o advogado-geral da União, José Antonio Dias Toffoli.

“Há 10 anos, a AGU se manifestou no sentido de que essa lei não era mais valida e estamos reanalisando esse posicionamento. Nós não estamos estudando a limitação de vendas. Estamos estudando uma lei que foi aprovada pelo Congresso Nacional em 1971 e a validade dela”, disse Toffoli.

Ele também afirmou que a AGU tem se manifestado no Supremo Tribunal Federal (STF) em defesa da manutenção da demarcação contínua da Terra Indígena Raposa Serra do Sol.

“Nesse sentido, estamos visitando os ministros do Supremo e apresentando os argumentos da União a respeito dessa demarcação”, disse Toffoli. Ele espera que o Supremo seja favorável ao decreto que homologou a reserva indígena.

+ Mais

Técnicos discutem ações de proteção ambiental no Amazonas

28 de Maio de 2008 - Amanda Mota - Repórter da Agência Brasil - Manaus - Técnicos do Centro Estadual das Unidades de Conservação do Amazonas (Ceuc) estiveram reunidos hoje (28), em Manaus, com representantes de instituições gestoras das Unidades de Conservação (UC) do estado para debater as ações realizadas na área proteção ambiental. Com isso, pretendem definir uma agenda prioritárias de trabalho. O evento é inédito e decorre do planejamento estratégico feita para 2008 pelo Ceuc, criado há apenas um ano.

Batizado de Oficina de Integração de Agendas das UC do Amazonas, o evento também busca oferecer aos participantes espaço para avaliação da criação dessas unidades no estado. O coordenador de Manejo e Geração de Renda do Ceuc, Guillermo Moisés, explica que será possível promover a aproximação dos gestores dessas unidades com os parceiros formais, que incluem prefeituras, organizações da sociedade civil e organizações não-governamentais.

"Esse encontro vai nos ajudar a nos conhecer melhor e a saber o que cada um está fazendo. Com isso, pretendemos maximizar os recursos financeiros e humanos que temos e melhorar os trabalhos realizados em cada uma dessas unidades, aproveitando para nos aproximar ainda mais dos parceiros", sinteniza Moisés, ao lembrar que o Amazonas possui atualmente 34 Unidades de Conservação estaduais.

"A partir de agora, vamos fazer um trabalho de análise das planilhas, dos relatórios e materiais apresentados. Com isso, identificarmos a necessidade de ajustes e vamos promover um novo diálogo, visando cumprir o planejamento das agendas", acrescentou Moisés.

Para a coordenadora de Pesquisas do Instituto Mamirauá, Mirian Marmontel, o diálogo com os parceiros e a troca de experiências com moradores e gestores de outras unidades de conservação vai contribuir para que não haja repetições de esforços desnecessários e para o aprendizado do uso racional dos recursos.

O Instituto Mamirauá é uma organização social que existe desde 1999 e é responsável, entre outras atividades, pelo desenvolvimento de projetos e atividades relacionadas ao manejo ambiental e a gestão participativa dos moradores das Reservas de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá e Amanã, que reúnem cerca de 14,5 mil moradores.

"Este é o momento para compatibilizarmos as agendas, programações, uso de recursos para atingir a maior quantidade de áreas e de população de forma mais racional. São muitos parceiros envolvidos e por isso todas as agendas têm de estar compatibilizadas. Percebemos que algumas unidades precisam ser melhores supridas com mão-de-obra e recursos e outras que estão com bastante dificuldade e aí entra a importância das parcerias para suprir essas lacunas", analisa Mirian.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

Universo Ambiental  
 
 
 
 
     
SEJA UM PATROCINADOR
CORPORATIVO
A Agência Ambiental Pick-upau busca parcerias corporativas para ampliar sua rede de atuação e intensificar suas propostas de desenvolvimento sustentável e atividades que promovam a conservação e a preservação dos recursos naturais do planeta.

 
 
 
 
Doe Agora
Destaques
Biblioteca
     
Doar para a Agência Ambiental Pick-upau é uma forma de somar esforços para viabilizar esses projetos de conservação da natureza. A Agência Ambiental Pick-upau é uma organização sem fins lucrativos, que depende de contribuições de pessoas físicas e jurídicas.
Conheça um pouco mais sobre a história da Agência Ambiental Pick-upau por meio da cronologia de matérias e artigos.
O Projeto Outono tem como objetivo promover a educação, a manutenção e a preservação ambiental através da leitura e do conhecimento. Conheça a Biblioteca da Agência Ambiental Pick-upau e saiba como doar.
             
       
 
 
 
 
     
TORNE-SE UM VOLUNTÁRIO
DOE SEU TEMPO
Para doar algumas horas em prol da preservação da natureza, você não precisa, necessariamente, ser um especialista, basta ser solidário e desejar colaborar com a Agência Ambiental Pick-upau e suas atividades.

 
 
 
 
Compromissos
Fale Conosco
Pesquise
     
Conheça o Programa de Compliance e a Governança Institucional da Agência Ambiental Pick-upau sobre políticas de combate à corrupção, igualdade de gênero e racial, direito das mulheres e combate ao assédio no trabalho.
Entre em contato com a Agência Ambiental Pick-upau. Tire suas dúvidas e saiba como você pode apoiar nosso trabalho.
O Portal Pick-upau disponibiliza um banco de informações ambientais com mais de 35 mil páginas de conteúdo online gratuito.
             
       
 
 
 
 
 
Ajude a Organização na conservação ambiental.