Panorama
 
 
 

ANA AFIRMA QUE ATUAÇÃO DOS ESTADOS É O MAIOR DESAFIO NA GESTÃO DAS ÁGUAS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2008

15 de Junho de 2008 - Adriana Brendler - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O maior desafio para a implantação da Política Nacional de Recursos Hídricos é o pacto federativo, de acordo com o diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), José Machado. Segundo ele, compete aos estados gerir os recursos hídricos que estão dentro de seus territórios.

“Não podemos imaginar que vamos conseguir fazer gestão de águas apenas com a União fazendo política de recursos hídricos. Cada estado precisa cuidar também das águas do seu domínio. Temos que buscar cada vez mais uma política integrada, articulando a área de recursos hídricos com outras: agricultura irrigada, navegação, geração de energia elétrica, saneamento público. Mas essa integração é muito complicada e exige uma visão estratégica, que ainda deixa muito a desejar”, afirmou.

Em entrevista à Agência Brasil, Machado afirmou que, embora a política nacional institua a descentralização da gestão hídrica, poucos estados possuem órgãos e gestores preparados para tratar do assunto. Segundo ele, enquanto São Paulo, Ceará, Minas Gerais e Bahia já estão em fases adiantadas de implantação da gestão hídrica, muitos estados avançaram pouco e outros apenas começaram o processo.

Entre os desafios para a gestão dos recursos hídricos no país, o diretor apontou ainda os problemas do Semi-Árido e das regiões metropolitanas. Segundo ele, no caso do Semi-Árido, o problema é a escassez severa de água, que deve se agravar ainda mais com as mudanças climáticas. Nas grandes regiões metropolitanas a preocupação é a recuperação das bacias hidrográficas, pois a maioria dos rios que abastecem os grandes conglomerados urbanos estão poluídos, exigindo investimentos de grande porte para reverter esse quadro.

De acordo com Machado, na Amazônia, a situação é menos preocupante, exigindo apenas o monitoramento permanente e sistemático das águas e atuação no sentido de induzir os países vizinhos, onde estão as nascentes dos principais rios amazônicos, a adotarem também políticas de gestão de recursos hídricos.

O gestor participou hoje (15) do Dia do Brasil na Exposição Internacional Água e Desenvolvimento Sustentável, aberta ontem (14) na cidade espanhola de Zaragoza, apresentando as principais ações dessa proposta.

+ Mais

Pressão internacional sobre Amazônia desvia foco da sustentabilidade, diz diretor da ANA

15 de Junho de 2008 - Adriana Brendler - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O desmatamento e a floresta amazônica têm uma grande visibilidade global que acaba pressionando, muitas vezes, o governo a dar uma atenção exagerada a essas temáticas em detrimento de outros assuntos importantes para a sustentabilidade do país, como o uso dos recursos hídricos.

A opinião é do diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), José Machado, que apresentou hoje (14) na Exposição Internacional Água e Desenvolvimento Sustentável, na cidade espanhola de Zaragoza, as principais ações da Política Brasileira de Recursos Hídricos.

“A priorização da preservação amazônica é necessária, não há dúvidas sobre isso, mas também acho importante ter uma pauta mais diversificada, e a questão da água me parece que precisa ter uma proeminência maior na agenda nacional”, afirmou o diretor , em entrevista à Agência Brasil.

Para Machado, o país poderia obter ganhos substanciais se usasse estrategicamente a grande disponibilidade de água, com a gestão do recurso de forma sustentável.

“O Brasil tem de fazer uma gestão eficiente da água e com isso calcar o desenvolvimento em função da sua disponibilidade do recurso. Essa é uma vantagem comparativa que o Brasil tem e precisa ver isso como oportunidade”, defendeu.

O diretor apontou como exemplo o uso da irrigação. O Brasil usa atualmente apenas 10% da potencialidade dessa técnica. De acordo com Machado, a aplicação moderna e inteligente da prática irrigatória poderia aumentar a produção agrícola em várias regiões do país, pois permitiria a colheita de duas safras anuais, em vez de uma.

Ele destacou também que a Política Nacional de Irrigação já tramita no Congresso Nacional e há tecnologias e instituições de pesquisa suficientes para uma gestão eficiente das águas, mas o assunto precisa ser incluído em um planejamento estratégico do país.

+ Mais

Desperdício ameaça abastecimento de água no Brasil, aponta pesquisa da WWF

6 de Junho de 2008 - Cilene Figueredo - Da Agência Brasil - Brasília - O desperdício é a principal ameaça ao abastecimento de água no país. Essa foi uma das conclusões de pesquisa feita pela organização não-governamental WWF Brasil, em parceria com o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope).
Pelo levantamento, verificou-se que são as residências que consomem mais água e que, em sua maioria, essas casas pertencem a famílias da maior nível social.

Em entrevista concedida hoje (6) ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, o coordenador da Agência Nacional de Águas (ANA), Antonio Félix Domingos, atribuiu esse alto consumo à ineficiência da administração das companhias de abastecimento e ao valor que é cobrado pelos serviços de manutenção.

“Infelizmente os estudos apontam que a água no Brasil ainda é muito barata, por isso as classes mais favorecidas não valorizam. As próprias instituições desperdiçam 40%, esse gasto compromete a água do mundo, que é um recurso muito limitado e isso desfavorece cada vez mais as pessoas de baixa renda para adquirir água”, afirmou.

Segundo o coordenador, baseado nos dados da pesquisa da WWF Brasil, as famílias ricas costumam lavar seus automóveis com a mangueira aberta e o tempo mínimo para finalizar o serviço chega a ser de, aproximadamente, meia hora. A torneira aberta costuma gastar 70 litros de água por minuto.

Segundo Domingos, nos últimos anos, o setor industrial apresentou o maior registro de economia de água, devido as companhias cobrarem valores mais alto por metro cúbico nesse segmento. Diante disso, muitos empresários realizaram grandes investimentos em equipamentos, que controlam o consumo de água.

O coordenador recomenda que as pessoas que utilizam poços artesianos não esbanjem água em piscinas ou em irrigações, pois o líquido subterrâneo pertence aos rios e o uso incorreto do equipamento interfere no nível das reservas naturais.

As pessoas que usam poços artesianos e ainda não comunicaram as companhias de abastecimento devem efetuar o registro o quanto antes, pois o uso ilegal acarreta multa.

+ Mais

Petrobras vai financiar despoluição na Baía de Guanabara, diz ministro

8 de Junho de 2008 - Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse hoje (8) que as obras de despoluição do Canal do Cunha, na Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro, serão iniciadas em breve pela Petrobras.

Minc participou da cerimônia de posse da nova diretoria da Superintendência Estadual de Rios e Lagoas (Serla), quando informou já ter conversado sobre a questão com o presidente da estatal, José Sergio Gabrielli.

“Agora o Canal do Cunha virou uma questão nacional. Não é mais um problema do Rio de Janeiro. É um problema do país. Portanto, eu espero brevemente que essas obras comecem”.

Em maio passado, quando ainda era secretário estadual do Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc informou que a versão final das obras de engenharia estava em análise pela Petrobras, que financiaria a execução do projeto. Naquela ocasião, o atual ministro disse que as obras de recuperação e revitalização dos canais do Fundão e do Cunha e do seu entorno, na Baía da Guanabara, começariam em julho, devido ao aumento do custo do projeto, avaliado inicialmente em R$ 70 milhões, para cerca de R$ 280 milhões.

O Canal do Fundão e o Canal do Cunha encontram-se assoreados e poluídos, impedindo a circulação das águas da baía. Serão dragados e desassoreados cerca de 6,5 quilômetros de extensão dos canais. Posteriormente, a região receberá tratamento urbanístico e paisagístico, de acordo com informação da secretaria do Ambiente do estado.

+ Mais

Entidades lançam projeto da Eco-Bacia do Córrego Urubu em Brasília

7 de Junho de 2008 - Iolando Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Elza Fiuza/Abr - Brasília - Sérgio Ribeiro, representante da WWF, fala à imprensa durante lançamento da Eco-Bacia do Urubu, um projeto de ocupação sustentável na região
Brasília - Recuperar nascentes e margens de rios e córregos do Distrito Federal e promover ocupações sustentáveis são propostas dos moradores, de órgãos do governo local e de organizações não-governamentais (ONGs) como a WWF. Projeto nesse sentido foi lançado hoje (7) com a criação da Eco-Bacia do Córrego do Urubu, em Brasília.

Segundo o representante da WWF Brasil, Sérgio Ribeiro, o projeto da Eco-Bacia do Urubu é pioneiro na recuperação e conservação da bacia do córrego e visa envolver a comunidade na preservação do meio ambiente, na recuperação e manutenção dos córregos e criação de estação de reciclagem de lixo.

Uma das primeiras medidas foi a instalação de um quiosque de coleta de lixo na entrada do Núcleo Rural Córrego do Urubu para que os moradores da área depositem separadamente os lixos de suas casas. O objetivo é fazer com que esse material seja reaproveitado. É o caso, por exemplo, das garrafas pet que podem ser recicladas para fabricação de bancos e artesanatos.

O projeto da Eco-Bacia, segundo o presidente da Federação Ambientalista do Urubu (FAU), José Roberto Furquim, visa recuperar as três nascentes, a bacia do córrego Urubu (que desagua no Lago Paranoá), realizar projetos ambientalistas na região e trabalhar com a comunidade e o governo local para promover a recuperação e manutenção ambiental da região.

Furquim disse que a comunidade já vem trabalhando na recuperação das nascentes do córrego, na preservação da região e que com a criação da Eco-Bacia serão realizados cursos de compostagem (transformação de lixo em fertilizante), de reciclagem, de métodos para recuperação ambiental, de conscientização da população sobre a importância de preservação da área e ocupação regular.

“A proposta objetiva levar as pessoas a uma convivência mais participativa com a natureza, sua preservação e recuperação”, garantiu Furquim.

A comunidade do Núcleo Rural do Córrego do Urubu é formada por cerca de mil pessoas. Segundo Furquim, além desses moradores, há outras comunidades próximas da região que também podem ajudar na preservação da área.

+ Mais

Jobim defende participação da Petrobras no financiamento de navios de patrulha oceânica

4 de Junho de 2008 - Ana Luiza Zenker - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O Ministério da Defesa está propondo à Petrobras que participe do financiamento de cerca de 50 navios de patrulha oceânicos para serem utilizados na defesa das águas territoriais brasileiras, onde estão concentrados as principais bacias de petróleo exploradas pelo Brasil.

O anúncio foi feito hoje (4) pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, que discutiu a proteção dos poços de petróleo brasileiros.

“Os valores de mercado das ações da Petrobras têm ou não têm um elemento indicador da proteção e estabilidade do seu patrimônio? Se o patrimônio nacional, no caso as nossas riquezas petrolíferas, valorizam, a valorização também decorre da capacidade de proteção deste ativo”, argumentou Jobim, justificando a proposta.

O ministro disse que o aumento do número de navios para patrulhar as águas territoriais, que podem, inclusive, servir de base para helicópteros de ataque, faz parte do Plano Estratégico Nacional de Defesa.

Jobim informou aos parlamentares que também estão sendo desenvolvidos submarinos de defesa, de propulsão nuclear, para garantir a segurança das águas territoriais.

Segundo o ministro, o Brasil já domina o controle e o enriquecimento do combustível nuclear para esses submarinos, mas falta ainda dominar a fabricação dos componentes não-nucleares, como a carcaça do submarino.

O ministro defendeu a extensão das águas territoriais brasileiras, para “internalizar” os poços de petróleo da costa. “Isso é completamente vital, e essa decisão já foi aceita pela ONU [Organização das Nações Unidas]”, afirmou.

O ministro da Defesa disse que o aumento das chamadas águas jurisdicionais brasileiras é uma questão de proteção jurídica do petróleo costeiro. Normalmente, de acordo com Jobim, essas águas, que são zona econômica exclusiva, têm extensão de 200 milhas a partir da costa, mas é possível aumentá-las até 350 milhas, desde que esteja sobre a plataforma continental.

Com esse aumento, que está sendo negociado na ONU, o mar territorial brasileiro passaria dos atuais 3,5 milhões de quilômetros quadrados para cerca de 4,5 milhões.

“O objetivo do plano [Estratégico Nacional de Defesa], no que diz respeito exclusivamente às águas territoriais brasileiras, são conduzidas nessa linha, ou seja, negação do uso do mar, monitoramento na relação força de superfície com espaço [com o uso dos submarinos] e também a projeção de poder, via os grandes barcos, como os porta-aviões, e com isso nós teríamos um cálculo de dimensão importante, para atender-nos e reservar-nos os trabalhos em relação aos 4,5 milhões de quilômetros quadrados de águas jurisdicionais brasileiras, que é maior do que a amazônia legal”, concluiu Jobim.

+ Mais

Greenpeace busca apoio do Suriname para aprovação de santuário de baleias

12 de Junho de 2008 - Agência Brasil - Valter Campanato/Abr - Brasilia - Greenpeace faz manifestação, em frente à Embaixada do Suriname, para cobrar de países sul-americanos uma posição a favor da conservação das baleias
Brasília - Ativistas da organização não-governamental Greenpeace protestaram hoje (12) em frente à Embaixada do Suriname, em Brasília, contra o posicionamento favorável à caça de baleias daquele país.

A coordenadora da Campanha de Baleias do Greenpeace, Leandra Gonçalves, entregou à embaixada uma carta, pedindo a revisão da posição do Suriname, que, segundo ela, é o único país da América Latina que apóia as atividades dos baleeiros.

“Como a gente tem um bloco latino-americano para a conservação de baleias, o que a gente gostaria era que o Suriname não envergonhasse a América Latina nesse sentido, para que ele revisse as suas posições históricas, porque desde 2003 ele vota [a favor da caça às baleias]”, disse Leandra Gonçalves.

A coordenadora ressaltou que o voto a favor da conservação de baleias do Suriname é importante também para criação do Santuário de Baleias do Atlântico Sul, que será votada na reunião política da Comissão Internacional da Baleia (CIB), a ser realizada de 23 a 27 de junho, no Chile.

A reunião contará com a presença de 75 países, que vão decidir o futuro das baleias. Sengundo Leandra Gonçalves, para conseguir criar essa área protegida, é preciso que pelo menos três quartos dos países participantes da CIB votem a favor.

No último dia 26 de maio, os ativistas do Greenpeace realizaram uma manifestação em frente ao Palácio do Planalto, para pedir que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva faça uma gestão diplomática com os países que são favoráveis à caça das baleias.

 
 
 
 
 
 

 

Universo Ambiental  
 
 
 
 
     
SEJA UM PATROCINADOR
CORPORATIVO
A Agência Ambiental Pick-upau busca parcerias corporativas para ampliar sua rede de atuação e intensificar suas propostas de desenvolvimento sustentável e atividades que promovam a conservação e a preservação dos recursos naturais do planeta.

 
 
 
 
Doe Agora
Destaques
Biblioteca
     
Doar para a Agência Ambiental Pick-upau é uma forma de somar esforços para viabilizar esses projetos de conservação da natureza. A Agência Ambiental Pick-upau é uma organização sem fins lucrativos, que depende de contribuições de pessoas físicas e jurídicas.
Conheça um pouco mais sobre a história da Agência Ambiental Pick-upau por meio da cronologia de matérias e artigos.
O Projeto Outono tem como objetivo promover a educação, a manutenção e a preservação ambiental através da leitura e do conhecimento. Conheça a Biblioteca da Agência Ambiental Pick-upau e saiba como doar.
             
       
 
 
 
 
     
TORNE-SE UM VOLUNTÁRIO
DOE SEU TEMPO
Para doar algumas horas em prol da preservação da natureza, você não precisa, necessariamente, ser um especialista, basta ser solidário e desejar colaborar com a Agência Ambiental Pick-upau e suas atividades.

 
 
 
 
Compromissos
Fale Conosco
Pesquise
     
Conheça o Programa de Compliance e a Governança Institucional da Agência Ambiental Pick-upau sobre políticas de combate à corrupção, igualdade de gênero e racial, direito das mulheres e combate ao assédio no trabalho.
Entre em contato com a Agência Ambiental Pick-upau. Tire suas dúvidas e saiba como você pode apoiar nosso trabalho.
O Portal Pick-upau disponibiliza um banco de informações ambientais com mais de 35 mil páginas de conteúdo online gratuito.
             
       
 
 
 
 
 
Ajude a Organização na conservação ambiental.