Panorama
 
 
 

CLASSE ALTA BRASILEIRA CONSOME TRÊS PLANETAS TERRA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2008

05 Jun 2008 - Se todos no mundo adotassem o mesmo padrão de consumo das classes A e B brasileiras, seriam necessários três planetas Terra para repor os recursos naturais utilizados. Atualmente, segundo o relatório Planeta Vivo, da Rede WWF, a população mundial já consome em média 25% a mais do que a terra é capaz de repor.

No Dia Mundial do Meio Ambiente (5/6), a ONG ambientalista WWF-Brasil divulgou uma pesquisa realizada pela organização em parceria com o Ibope, que reúne dados sobre os hábitos de consumo do brasileiro.

A pesquisa nacional tem por objetivo identificar tendências de comportamento e qualidade de consumo do brasileiro e os impactos que esses padrões geram sobre o meio ambiente e, também, identificar avanços para um consumo consciente da sociedade brasileira.

A reunião destes dados gera, ainda que não de forma exata, o que se chama de Pegada Ecológica, ou seja: os rastros que os humanos deixam sobre o meio ambiente (veja link ao lado).

A pesquisa traz informações valiosas, inclusive para orientar as políticas públicas (de transportes, tratamento de resíduos sólidos, energia, por exemplo).

Perguntas envolvendo o comportamento do brasileiro em casa com relação à destinação do lixo, uso de energia elétrica, água, além de hábitos de consumo em supermercados e alimentação, e tipo de domicílio, número de pessoas vivendo sob o mesmo teto, etc. são dicas importantes para o planejamento das cidades e dos modelos de produção e desenvolvimento adotados no país.

Sinal amarelo
A secretária geral do WWF-Brasil, Denise Hamú, avalia não somente os governos, mas as organizações não-governamentais, iniciativa privada e os cidadãos individualmente têm papel fundamental no equilíbrio necessário entre o consumo e a reposição de recursos pela natureza. Entretanto, Hamú destacou que campanhas como a do ‘apagão’ levam a resultados positivos de longo prazo, dado que se verificou nesta pesquisa.

“Todos estes indicadores podem ser melhorados com campanhas governamentais. Entretanto, é preciso que elas não sejam espasmódicas nem reativas, mas propositivas e cadenciadas, para obter resultados permanentes”.

Dentro de um outro escopo, Irineu Tamaio, coordenador do Programa Educação para Sociedades Sustentáveis, do WWF-Brasil, destaca aspectos positivos na mudança de comportamento do brasileiro em relação às questões ambientais. “Vinte e cinco por cento dos entrevistados afirmam que separam seu lixo para reciclagem, mas percebe-se deficiência por parte dos serviços públicos na infra-estrutura adotada nas cidades para implementar a coleta seletiva, já que estes entrevistados não indicam destinação para o material”, pondera.

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Brasília: Moradores do Córrego Urubu lançam Eco-Bacia em festa para o meio ambiente no Portal das Águas

06 Jun 2008 - Moradores do Núcleo Rural Córrego do Urubu, localizado no início do Setor de Mansões do Lago Norte, lançam no próximo sábado (07/06), em grande evento comunitário em comemoração à Semana do Meio Ambiente, a Eco-Bacia do Urubu, um projeto de ocupação sustentável das terras da microbacia formada pelos córregos Urubu, Olhos D’Água e Sagüi, tributários do Lago Paranoá. Além de lançar o conceito de Eco-bacia, a comunidade irá propor parceria junto aos órgãos do governo para implementar esta proposta de ocupação sustentável da região.

Eco-bacia é, por definição, uma área de ocupação humana delimitada por uma bacia hidrográfica onde as pessoas buscam uma convivência harmoniosa com a natureza por meio da gestão participativa dos recursos naturais e da adoção de tecnologias que viabilizem a ocupação sustentável do solo. Sua implementação na microbacia do Urubu - de topografia acidentada, com mananciais e corredores ecológicos para a fauna e flora nativas - está sendo facilitada pelas características da região, especialmente a baixa densidade populacional e o alto grau de sensibilidade ambiental dos moradores.

A festa de lançamento começa às nove horas da manhã e entra pela tarde, com atividades para pessoas de todas as idades interessadas em cuidar do planeta começando, literalmente, pelo seu quintal. O centro do evento será o Portal das Águas, no quilômetro três da DF 005, a estrada-parque Lago Norte-Paranoá. Não vai ser difícil achar o lugar: um gigantesco filtro do WWF-Brasil – ONG parceira do projeto – estará lá, na beira da pista, para sinalizar e lembrar que a vida depende da água pura.

Como toda festa que se preza, o lançamento da Eco-Bacia acontecerá em torno de uma mesa farta de frutas, ao som do berimbau de Aladim e dos capoeiristas do Grito da Liberdade e a animação do Circo Teatro Payassu. Uma exposição fotográfica e um documentário produzido pelo WWF-Brasil contará a trajetória do Movimento Permanente de Preservação do Córrego Urubu – Salve o Urubu!

Embrião da Eco-Bacia, o Movimento é formado por moradores que há muitos anos atuam como guardiões do ecossistema da região e já têm resultados significativos para apresentar. Quem quiser conferir pode acompanhar a expedição que sairá do Portal às 09:30 horas e seguirá até a cachoeira do Urubu.

Como água limpa depende da destinação correta do lixo, o lançamento da Eco-Bacia dará atenção especial à coleta seletiva e reciclagem, o Movimento estará inaugurando ali o primeiro quiosque de coleta seletiva na região. Quem quiser poderá aprender a transformar garrafas pet em bancos bem resistentes, a combater o fogo na seca que vem aí e a fazer compostagem para transformar o lixo orgânico em adubo.
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Grupo de trabalho Água e Floresta quer harmonia entre políticas de água, solo e florestas

02 Jun 2008 - Embora pareça lógico que águas, florestas e solos são dependentes entre si, as políticas públicas brasileiras que regem o uso destes recursos naturais ainda são isoladas, ou seja, não se integram como ocorre na natureza. Este paradoxo produz, em algumas situações, decisões conflitantes quanto ao uso destes recursos, duplicando ou, até mesmo, impactando negativamente os esforços de conservação ambiental.

Em resposta à ação iniciada pelo WWF-Brasil, Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, Fundação SOS Mata Atlântica e SRHU/MMA, na busca de soluções para este dilema, foi criado, no âmbito do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, o Grupo de Trabalho Água e Floresta, cujo principal objetivo é promover a integração dos conceitos de água, solo e floresta no âmbito das políticas pública brasileiras.

Nos dias 27 e 28 de maio, o GT promoveu uma Oficina com os objetivos de homogeneizar o conhecimento sobre o tema Água, Floresta e Solos; demonstrar como a conservação ambiental contribui para promover os usos múltiplos da água; destacar a conservação dos recursos naturais como prerrogativa para o desenvolvimento econômico e gerar subsídios para uma proposta de resolução, visando integrar as políticas de Recursos Hídricos, Florestais e de Uso dos Solos.

Nessa reunião, além de nivelar e atualizar os conhecimentos de todos os participantes sobre o andamento dos trabalhos o GT discutiu de que maneira suas ações podem ser intensificadas e sobre como monitorar a moção número 35, proposta pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos, e que entre outras questões, recomenda ações de fomento à integração das políticas públicas de recursos hídricos, florestais e de conservação no Plano Nacional de Recursos Hídricos.

Para o coordenador do Programa Água para a Vida, do WWF-Brasil, Samuel Barrêto, os trabalhos desenvolvidos semana passada contribuirão na identificação de medidas concretas que permitam amplificar as ações que já integrem tais políticas e ações, assim como fomentar outras que ainda ocorram de forma isolada.
“Damos mais um passo concreto no aprimoramento das políticas publicas que permitam combinar desenvolvimento econômico e social com proteção dos recursos naturais, especialmente a água”, avalia Barrêto.

A Oficina foi realizada pelo GT Água e Floresta da Câmara Técnica de Assuntos Legais e Institucionais – CTIL do Conselho Nacional de Recursos Hídricos – CNRH, teve o apoio da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente – SRHU/MMA, Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo – SMA/SP, WWF-Brasil, Reserva da Biosfera da Mata Atlântica – RBMA, The Nature Conservancy – TNC e da Coca-Cola Brasil.

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Não podemos deixar o clima entregue à própria sorte

02 Jun 2008 - Bonn, Alemanha - As conversas da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre clima, que começaram hoje em Bonn, na Alemanha, precisam produzir resultados concretos. Hoje, as equipes da Rede WWF e da Oxfam se vestiram de ursos polares e distribuíram biscoitos da sorte com 16 demandas para os resultados das reuniões, que terminam dia 13 de junho.

Delegados de mais de 100 países vão estar presentes nas reuniões. As conversas em Bonn são a segunda etapa da maratona de negociações que começou em Bali, em dezembro de 2007, quando os governos concordaram em chegar a um novo acordo climático até o final de 2009 na Convenção-Quadro da ONU sobre Mudanças Climáticas em Copenhagen. O acordo tem de cobrir assuntos relacionados às reduções de emissões para prevenir mudanças climáticas mais perigosas combinadas com mecanismos e recursos para mitigação, adaptação, finanças, tecnologia e florestas.

“Para chegar a um progresso na Copenhagen no ano que vem, os países precisam acordar sobre as opções e idéias básicas a serem negociadas mais profundamente ainda este ano, na próxima Convenção de Clima, na Polônia”, afirma Kim Carstensen, Diretor da Iniciativa Global de Clima da Rede WWF.

Na última reunião sobre o tema, em Bangcoc, os governantes falharam em colocar na mesa uma agenda de trabalho detalhada e não progrediram além das decisões já tomadas em Bali. Em Bonn, os negociadores devem identificar opções necessárias para a redução de emissões e para mobilizar os recursos necessários para isto. Vários representantes da Rede WWF estarão acompanhando as reuniões, inclusive uma representante do WWF-Brasil.

Na parte de financiamento de energia limpa e adaptação, os governos devem identificar e se comprometer a desenvolver ferramentas para financiar o esquema que garante os recursos previstos para um desenvolvimento de baixas emissões de carbono para os países em desenvolvimento. Financiamento para assuntos climáticos devem ser adicionais aos já existentes. Os recursos destinados à ajuda ao desenvolvimento são voltados para alívio da pobreza nos países mais pobres e não devem ser misturados com fundos para resolver a crise climática global. Todos os pagamentos, sejam para desenvolvimento ou para clima, devem ser mensuráveis, reportáveis e verificáveis. Em retorno, os países em desenvolvimento devem se comprometer a colocar as políticas de desenvolvimento nacionais em prática para permitir a adaptação efetiva e assegurar menos emissões.

"Países industrializados precisam respeitar suas obrigações e responsabilidades para liderar o combate às mudanças climáticas," afirma Kathrin Gutmann, coordenadora de Políticas Públicas para Mudanças Climáticas da Rede WWF. “Existe uma diferença clara entre os países em desenvolvimento e os industrializados e nenhum ‘clube dos maiores emissores’ pode se sobrepor a este fato."

Alguns países industrializados vão novamente tentar lançar dúvidas sobre os compromissos de médio prazo (entre 25% e 40% até 2020 foi acordado entre as partes do Protocolo de Quioto em Bali). Apesar de este assunto não estar explicitamente na agenda do encontro em Bonn, é politicamente importante que os governos confirmem este compromisso e não contem apenas com as metas de 2050.

 
 

Fonte: WWF-Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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