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CONSUMO CONSCIENTE: ÁGUA DESPERDIÇADA NAS CAPITAIS DARIA PARA ABASTECER 38 MILHÕES DE PESSOAS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2008

Água desperdiçada nas capitais daria para abastecer 38 milhões de pessoas, diz ONG

6 de Junho de 2008 - Da Agência Brasil - Brasília - Em várias cidades do Brasil, os mananciais apresentam problemas de poluição e de desperdício de água nas redes de distribuição. A observação é da coordenadora do Instituto Socioambiental (ISA), Marússia Whately.

No final do ano passado, o instituto constatou por meio de uma pesquisa que o desperdício de água diário de todas as capitais brasileiras, juntas, seria suficiente para abastecer uma população de 38 milhões de pessoas, por dia. “É praticamente a população da Argentina inteira. Ou seja, a gente perde por dia, antes de chegar à casa dos consumidores, uma quantidade de água muito grande”, disse Marússia Whately, em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional.

Ela ressaltou que, embora o Brasil seja um dos países com maior quantidade de água – cerca de 12% de água potável –, a distribuição no território nacional não é adequada. “Tem locais que têm muita gente e pouca água, é o caso de São Paulo, por exemplo.”

De acordo com a coordenadora do ISA, a capital paulista é uma das cidades brasileiras que já vivem chamado “estresse hídrico”. “Nós já temos uma produção de água muito próxima do que se precisa tirar dos mananciais para consumo. Mas, apesar disso, nós temos uma perda de água muito grande”, disse, ao destacar que em São Paulo, por exemplo, o desperdício chega a 30%. Esse volume daria para abastecer mais de 4 milhões de pessoas.

No ano passado, o ISA lançou a campanha De Olho nos Mananciais, que trabalha pela preservação das fontes de água que abastecem as grandes cidades.

Marússia Whately alertou que tanto a população como as concessionárias de serviços públicos têm um papel fundamental na conservação de água.

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Metade de população prefere embalagens recicláveis, indica pesquisa

5 de Junho de 2008 - Ana Luiza Zenker - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Metade dos brasileiros leva em consideração o fato de um produto ter embalagens recicláveis e respeita critérios ambientais e sociais na hora de fazer suas compras. O dado faz parte de uma pesquisa realizada pela organização não-governamental WWF Brasil em parceria com o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) e divulgada hoje (5), em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente.

Por outro lado, 31% da população leva em consideração apenas o preço, sobretudo nas classes sociais D e E, onde esse número chega a 46%. Além disso, apenas 6% das pessoas prestam atenção se a marca do produto que levam para casa é ligada a uma empresa que respeita o meio ambiente e questões sociais, como a inclusão.

Outro dado da pesquisa, que analisou as tendências e comportamentos de consumo dos brasileiros é que 54% das pessoas costuma comprar poucos alimentos preparados (como os congelados), embalados ou importados. Pelo contrário, essas pessoas afirmaram que dão preferência aos alimentos crus, orgânicos e produzidos na mesma região onde elas vivem. Entre as classes D e E, o percentual é de 61%.

“Por que isso é importante? Porque um produto congelado e embalado tem um impacto maior na natureza, quanto mais lixo você produz, ou quanto mais energia você gastou para poder congelar aquele produto, naturalmente aquele produto teve um impacto maior”, explica Irineu Tamaio, coordenador do Programa de Educação Ambiental do WWF Brasil.

Ele destaca que boa parte dessa população faz suas compras em feiras, ou pequenas mercearias, padarias próximas.

Ainda no quesito alimentação, 51% dos entrevistados disseram que comem carne vermelha uma ou duas vezes por semana e 34%, todos os dias. Desse número, os grupos sociais A e B são 49% e os grupos D e E, 19%. Entre as regiões, as Sul, Centro-Oeste e Norte são as que mais consomem carne.

Quando se fala em leite, ovos, laticínios e derivados, 59% disseram que consomem uma ou duas vezes por semana e 23%, que consomem esses produtos todos os dias.

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Pesquisa mostra que 80% dos brasileiros economizam energia

5 de Junho de 2008 - Ana Luiza Zenker - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Você costuma desligar luzes e aparelhos eletrônicos quando eles não estão sendo utilizados? Essa foi uma das perguntas feitas a 2002 brasileiros ouvidos em uma pesquisa realizada pela organização não-governamental (ONG) WWF Brasil e pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope). O levantamento, divulgado hoje (5), foi feito para descobrir os hábitos de consumo no país e qual o impacto que isso tem no meio ambiente. O resultado mostra que 80% das pessoas sempre desligam aparelhos e lâmpadas e somente 6% deixam tudo ligado mesmo quando eles não estão usados ou não há ninguém no local.

De acordo com o coordenador do Programa de Educação Ambiental do WWF Brasil, Irineu Tamaio, esse índice pode ser considerado alto e é observado em todas as classes sociais. Ele diz que uma das causas para esse comportamento generalizado “talvez seja aquela questão do apagão, em 2001, que teve uma campanha publicitária do governo, para redução do consumo de energia".

A pesquisa mostra também 48% dos brasileiros só compram lâmpadas e eletrodomésticos que consomem menos energia elétrica. Entre as classes A e B esse índice é de 55%. Ainda assim, uma em cada cinco pessoas não leva em consideração qualquer informação sobre a eficiência energética dos aparelhos que compra, ou seja, quanto de energia eles gastam. Isso se agrava nas classes D e E, chegando a 29% das pessoas.

“Às vezes, a classe A/B tem mais informações. Na hora de adquirir um eletrodomésticos e utilizar o critério de eficiência energética, é muito importante que se tenha informações”, destaca Tamaio.

Entre os aparelhos mais utilizados pelos brasileiros, destaca-se a geladeira. Todos os entrevistados afirmaram ter uma em casa - 34% só têm ela. Caso essa população tenha acesso a outros eletrodomésticos, a tendência é que haja aumento de consumo de energia, diz o coordenador do programa do WWF.

A pesquisa mostra também que 37% das pessoas têm uma geladeira e uma máquina de lavar ou um tanquinho. Outros 26% disseram que têm esses dois aparelhos e também microondas. Quando o assunto é o uso de condicionador de ar, 91% dos entrevistados afirmaram que não têm um aparelho nem em casa e nem no trabalho. Na outra ponta, 5% dos entrevistados disseram que usam o ar-condicionado todos os dias.

“Por que estamos falando de eletrodomésticos? Porque é um dos grandes consumidores de energia e quanto mais energia nós consumimos, mais impacto ambiental nós teremos”, assinalou Tamaio.

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Consumo das classes A e B no Brasil equivale à produção de dois planetas Terra, diz ONG

5 de Junho de 2008 - Ana Luiza Zenker - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Se o mundo todo consumisse água, energia, alimentos e serviços da mesma forma que as classes A e B brasileiras, seriam necessários três planetas Terra produzindo ininterruptamente para fornecer os produtos e serviços em quantidade suficiente para abastecer esse consumo. É o que mostra uma pesquisa divulgada hoje (5) pela organização não-governamental ambientalista WWF Brasil.

A pesquisa, realizada em parceria com o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), mostra que 45% da população segue esse padrão de consumo. Todo o restante, ou seja, 55% dos brasileiros, consomem de uma forma que demandaria dois planetas Terra para ser abastecida.

Em comparação, os hábitos de consumo da população dos Estados Unidos, se fossem adotados em todo o mundo, demandariam a produção de bens e serviços de mais de cinco planetas Terra.

Esses dados “acendem a luz amarela, para que a gente possa ter um consumo sustentado”, diz a secretária-geral do WWF Brasil, Denise Hamú. “[Isso] significa que temos que repensar nossos hábitos”, destaca Irineu Tamaio, coordenador do Programa de Educação Ambiental do WWF Brasil. Ele ressalta que 67% da população não sabe qual o destino dado ao lixo produzido em casa – as pessoas apenas colocam o lixo em sacos que vão ser recolhidos pelos serviços de limpeza urbana.

Esse número é ainda maior nas Regiões Norte e Centro-Oeste (80%) e Nordeste (84%). Na Região Sul é que as pessoas estão mais acostumadas a separar o lixo reciclável – cerca de 42% da população faz essa separação ainda em casa, enquanto 44% somente colocam o lixo em sacos.

“Chama a atenção que, às vezes, o Sudeste e o Sul tenham política públicas ou campanhas de esclarecimento ou divulgação a respeito do destino do lixo, e que talvez nas Regiões Norte e Centro-Oeste, ou talvez no Nordeste, não existam políticas de aperfeiçoamento, preocupação ou destinação do lixo”, acrescenta Tamaio.

Segundo ele, um dado positivo merece ser destacado: o percentual de pessoas que sempre desligam lâmpadas e aparelhos eletrônicos quando não os estão usando: 80% fazem isso. “É um índice que a gente considera alto.”

“O que nós queremos é despertar na sociedade brasileira uma forma de pensar e agir para propor algumas mudanças, ou seja, o consumo gera um impacto”, diz Tamaio. Ele aponta uma tendência de aumento do consumo no Brasil, mas ressalta que isso precisa ser planejado, pois a pressão sobre os recursos naturais é muito grande quando se confirma essa tendência.

“O fato é que a gente só tem um planeta, e hoje consumimos mais do que se tem disponibilidade”, completa Samuel Barrêto, coordenador do Programa Água para a Vida, do WWF Brasil. Essa é uma orientação, ele conclui, “que indica sinais preocupantes de como vivemos no país”.

A pesquisa ouviu 2002 pessoas em 142 municípios de todo o Brasil, entre os dias 13 e 18 de maio deste ano. De acordo com o WWF Brasil, foi a primeira vez que se fez um trabalho desse tipo no país.

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Levantamento aponta que um em cada quatro brasileiros separa lixo reciclável

5 de Junho de 2008 - Ana Luiza Zenker - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Um em cada quatro brasileiros separa o lixo reciclável em casa. Esse é um dos dados apresentados por uma pesquisa realizada pela organização não-governamental ambientalista WWF Brasil, junto com o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), sobre os hábitos de consumo dos brasileiros.

“É um dado de mudança muito importante”, afirma Irineu Tamaio, coordenador do Programa de Educação Ambiental do WWF Brasil. No sul do país, o número de pessoas que separa o lixo reciclável chegou a 42% dos entrevistados.

No entanto, 67% dos 2002 entrevistados afirmaram que colocam todo o lixo em sacos plásticos, para que sejam levados pelo lixeiro, sem separar o que é reciclável do chamado lixo orgânico. Na Região Nordeste o percentual é de 84%, enquanto no Norte e Centro-Oeste, é de 80%.

Além disso, só 5% das pessoas se preocupam em enviar o lixo seco diretamente para a reciclagem e o lixo orgânico para a produção de adubo.

“No Sudeste e no Sul há políticas públicas ou campanhas de esclarecimento ou divulgação a respeito do destino do lixo. Talveze na Região Norte e Centro-Oeste, ou talvez no Nordeste, você não tenha políticas de aperfeiçoamento, preocupação ou destinação do lixo”, diz Tamaio.

A pesquisa teve como objetivo avaliar a “pegada ecológica” do brasileiro, ou seja, qual o impacto que o consumo tem no meio ambiente e quantos planetas seriam necessários para gerar produtos, bens e serviços suficientes para sustentar o estilo de vida e consumo no país, caso esse padrão fosse adotado em todo o mundo.

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Pesquisa revela que 87% dos brasileiros não desperdiçam água quando escovam os dentes

5 de Junho de 2008 - Ana Luiza Zenker - Repórter da Agência Brasil - Brasília - De acordo com pesquisa divulgada hoje (5) pela organização não-governamental WWF Brasil, realizada em parceria com o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), 87% dos brasileiros deixam a torneira da pia fechada enquanto escovam os dentes, abrindo somente para molhar a escova e enxaguar a boca.

Das 2.002 pessoas entrevistadas pelos pesquisadores, 43% afirmaram que não gastam mais do que dez minutos para tomar banho, enquanto 13% disseram que levam pelo menos 20 minutos. Os jovens são os que mais gastam tempo tomando banho. Entre as pessoas de 16 a 24 anos, 21% levam mais do que 20 minutos. “Quanto mais idosa é a pessoa, menos tempo ela gasta no banho”, diz o coordenador do Programa de Educação Ambiental do WWF Brasil, Irineu Tamaio.

“A gente acredita que tem que investir em processos de formação, de educação junto a esses jovens, eles teriam que mudar os seus hábitos e as suas posturas”, complementa.

“Se você fala 20 minutos e considera que para cada minuto você gasta pelo menos três litros de água, tem uma média de três a seis litros, você multiplica pela população, principalmente nas Regiões Sul e Sudeste, que têm grande concentração populacional, [diminuindo o tempo de banho] a economia seria o equivalente para abastecer uma população de quase dois milhões de habitantes, o que demonstra que essas ações individuais, quando colocadas em escala, têm impacto muito grande”, ressalta Samuel Barrêto, coordenador do Programa Água para a Vida, do WWF Brasil.

Ainda segundo os dados da pesquisa, 42% dos brasileiros não têm carro, utilizam transporte público, mas, sempre que possível, preferem se locomover a pé ou em bicicleta. Outros 26% também não têm carro e utilizam sempre o transporte coletivo. No entanto, o percentual das pessoas que andam somente de carro e quase sempre sozinhas anida é alto: 13%. Além disso, 87% das pessoas entrevistadas nunca andaram de avião.

Os brasileiros também não costumam morar sozinhos. Mais da metade dos 2.002 entrevistados, 55%, afirmaram que dividem a moradia com quatro pessoas ou mais.

A pesquisa teve como objetivo analisar os hábitos de consumo dos brasileiros e medir a “pegada ecológica”, ou seja, qual o impacto que esses hábitos têm sobre o meio ambiente e qual a área necessária para gerar os produtos e serviços necessários para manter esse estilo de vida.

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Consumo consciente exige participação do governo e da sociedade, diz WWF Brasil

5 de Junho de 2008 - Ana Luiza Zenker - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O governo tem o seu papel na conscientização da população para o consumo. No entanto, a redução dos impactos do consumo no meio ambiente não depende só do governo. Essa é a avaliação da organização não-governamental ambientalista WWF Brasil.

Pesquisa realizada pela WWF Brasil em parceria com o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) mostra que se o padrão de consumo do brasileiro em relação a alimentos, energia, água ou serviços fosse repetido por toda a população mundial, seria necessário ter dois e três planetas Terra produzindo continuamente para fornecer os produtos e serviços demandados.

Esse impacto é o que o WWF chama de “pegada ambiental”, ou seja, a marca que é deixada na natureza. “O que nós estamos observando é que o consumo do brasileiro, em geral, é muito diferente. Mesmo assim, a acende uma luz amarela, para que a gente tenha um consumo responsável, para que possamos perceber que os recursos naturais são finitos e para que a gente possa então começar a racionalizar, usar tecnologias limpas”, disse a secretária geral do WWF Brasil, Denise Hamú.

Para conseguir essa mudança de atitude, Denise diz que as campanhas do governo são necessárias e destaca que o poder público tem o seu papel, “mas isso é uma responsabilidade de todos, não podemos ficar esperando do governo todas as soluções”.

A secretária também ressalta que as campanhas governamentais, para produzir mudanças de atitude na população, precisam mudar a sua forma. “Essas campanhas têm que ser mais propositivas e também ter uma cadência, não podem ser esporádicas, ou reativas”, como foi o caso do apagão em 2001, lembra.

Na época, por causa da falta de energia para ser oferecida à população, o governo teve que fazer campanhas e adotar medidas restritivas para diminuir o consumo. No final, a movimentação deu certo. Um dos melhores índices da pesquisa do WWF Brasil com o Ibope é justamente o fato de que 80% dos entrevistados, independentemente de classe social, desligam lâmpadas e equipamentos eletrônicos quando não estão usando.

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ONGs, movimentos sociais e entidades públicas lançam Movimento PET Consciente

6 de Junho de 2008 - Da Agência Brasil - Rio de Janeiro - Representantes de movimentos sociais, de organizações não-governamentais e de entidades públicas lançam hoje (6), no Rio de Janeiro, o Movimento PET Consciente, a fim de alertar para os riscos do uso indiscriminado desse material em embalagens industriais e de sua liberação no meio ambiente.

Segundo o biólogo Marcelo Novaes, um dos organizadores do movimento, o objetivo é conscientizar a população sobre os riscos ao meio ambiente causados pelo consumo desenfreado de produtos com embalagens do tipo PET.

"O objetivo deste movimento é conscientizar as pessoas sobre os nossos hábitos do dia-a-dia em relação ao consumo de bebidas em garrafa PET. Apesar de haver reciclagem, ainda há uma grande quantidade que é jogada diretamente no meio ambiente."

De acordo com o biólogo, apesar de 53% do material ser reciclado, houve um aumento significativo de produção industrial utilizando as embalagens do tipo PET.

Novaes destacou que o Brasil produziu, em 2007, 432 mil toneladas de lixo de garrafas do tipo PET liberou no meio ambiente pelo menos 200 mil toneladas. Em relação ao ano anterior, foram produzidas pelo menos 25 mil toneladas a mais.

A engenheira Adriana Filipetto, diretora do Aterro Sanitário de Nova Iguaçu, também pretende contribuir com o movimento para compartilhar a experiência de tratamento de resíduos para a geração de energia limpa. Ela defende que o lixo deve ser pensado de forma integrada.

"No aterro de Nova Iguaçu a gente deixa de emitir o gás oriundo da decomposição do lixo para transformá-lo em energia limpa. O objetivo é tentar pensar a solução para o problema do lixo e o saneamento ambiental de forma integrada. Normalmente se discutem soluções isoladas e a questão do PET é um dos principais problemas."

O aterro bioenergético de Nova Iguaçu foi o primeiro projeto reconhecido pelo Protocolo de Quioto, em 2004, por transformar o gás em energia limpa e contribuir para o desenvolvimento sustentável da região.

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Fábrica de brinquedo testa uso do "plástico verde"

9 de Junho de 2008 - Bruno Bocchini - Repórter da Agência Brasil - São Paulo - A fábrica de brinquedos Estrela vai passar a utilizar em parte de seus produtos o “plástico verde”, polietileno produzido a partir de etanol proveniente da cana-de-açúcar. A empresa assinou na última semana com a petroquímica brasileira Braskem o fornecimento do novo material, que tem as mesmas propriedades físicas, químicas e mecânicas do polietileno feito a partir de petróleo.

“Não tivemos de adaptar nossa linha de produção. O polietileno verde tem as mesmas características do [produzido a partir do] petróleo. Ele é inovador, é o primeiro do mundo”, explica o diretor de Marketing da Estrela, Aires Leal Fernandes.

O “plástico verde” pode ser utilizado em todas as aplicações do polietileno produzido do petróleo: embalagens para produtos alimentícios, de higiene pessoal, xampus, embalagem para produtos de limpeza doméstica e brinquedos. Mas, apesar de capturar CO2 da atmosfera no seu processo de produção, o novo material não é biodegradável.

“Ele não é biodegradável. A gente está tirando CO2 (dióxido de carbono) da atmosfera e reduzindo o efeito estufa. E isso, no conceito da Braskem, além de o plástico poder ser reciclado, traz mais valor do que ele ser biodegradável”, explica o líder de desenvolvimento do plástico verde da Braskem, Luiz Nitschke.

O novo polietileno foi desenvolvido pela própria Braskem nos últimos dois anos e meio, com investimento de aproximadamente US$ 5 milhões. O novo produto ainda é produzido a um custo superior ao do plástico convencional. Mas deve ter seu preço diminuído quando sua produção começar em larga escala.

O mercado mundial de polietileno é da ordem de 60 milhões de toneladas ao ano. A Braskem pretende produzir cerca de 200 mil toneladas utilizando o etanol da cana como matéria-prima.

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Material reciclado é a principal matéria-prima para os produtos do Pólo de São Gonçalo

11 de Junho de 2008 - Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - Seguindo o conceito de responsabilidade social e preservação ambiental, as empresas integrantes do Pólo de Moda de São Gonçalo, no estado do Rio de Janeiro, estão apresentando em seu estande na bolsa de negócios da moda Fashion Business produtos para a primavera e verão de 2009. A coleção se destaca, porém, por privilegiar, entre outros artigos de moda, o jeans ecológico e peças feitas de reciclagem de fibras de bambu e garrafas PET, por exemplo.

O presidente do Pólo de Moda de São Gonçalo, Aldeir de Carvalho, ressaltou hoje (11) à Agência Brasil a importância de se preservar a Mata Atlântica por intermédio de um trabalho de base para que a poluição possa ser reduzida e não crie um problema maior no futuro.

As bolsas produzidas pelas empresas do pólo têm como matéria-prima resíduos de garrafas PET e fibras de bambu e palha de bananeira, que antes eram jogados no lixo, salientou a consultora de moda Célia Martins. “Pode-se fazer qualquer coisa com esse tecido”, observou Aldeir de Carvalho. Célia Martins acrescentou que o objetivo é mostrar que “você, reciclando ou fazendo uma coleta de lixo seletiva, pode ganhar dinheiro”.

Carvalho explicou que o jeans ecológico é fabricado com fibras da natureza que não contribuem para a poluição. Os tingimentos do tecido são feitos à base de produtos naturais “que não trazem nenhuma agressão futura aos rios, lagos e também ao solo, enquanto os tecidos fabricados com pigmentos tradicionais são maléficos para as águas dos rios”.

As empresas do pólo produzem as peças cujos tecidos são industrializados a partir do material reciclável recolhido por catadores. Carvalho comentou que o homem precisa recuperar o solo que ele próprio destruiu. “Nós vamos partir, mas os nossos filhos e netos não vão ter como respirar se não houver a conscientização do homem”. Célia Martins enfatizou que, com o lixo reciclado, “pode-se fazer arte aliada à moda”.

A consultora do Pólo de São Gonçalo afirmou que, a partir de pesquisa de mercado realizada este ano, foi possível começar a trabalhar com tecidos ecológicos em nível industrial, registrando-se redução de até 30% no preço do produto. “Porque a tecnologia quando é descoberta é muito cara. Você não consegue. Mas depois, quando todos têm acesso, isso acaba barateando.”

Martins destacou ainda que o pólo não realiza apenas a parte ecológica, mas também um trabalho social. “A gente tem várias cooperativas que trabalham conosco. E a gente consegue dar trabalho para elas o ano inteiro e elas cobram para nós um preço bem inferior do que cobrariam para uma vez só por ano”. O objetivo principal é conciliar moda e meio ambiente com sustentabilidade.

O Pólo de Moda de São Gonçalo reúne cerca de 400 empresas cadastradas na prefeitura, que geram 12 mil empregos diretos para costureiras em máquinas e mais oito mil indiretos. São fabricados 1,5 milhão de peças por mês, ao preço médio de R$ 20,00 por peça. O pólo é apoiado pelo Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa do estado (Sebrae/RJ) e pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), entre outras entidades. No momento, o principal foco das empresas do pólo, em sua maioria micro e pequeno porte, é o mercado interno.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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