Panorama
 
 
 

DECRETO LEGISLATIVO DO AGRONEGÓCIO TENTA DERRUBAR COMBATE AO DESMATAMENTO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2008

09/06/2008 - Proposta de decreto legislativo, que busca anular regras federais contra o desmatamento, pode ser votada esta semana na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. A medida suspende pontos do Decreto Federal nº 6.321, de 2007.

O Projeto de Decreto Legislativo nº 13 de 2008, da senadora Kátia Abreu (DEM/TO), propõe, em dois artigos, o fim de medidas de combate ao desmatamento na Amazônia divulgadas no final do ano passado, com o Decreto Federal nº 6.321, assinado pelo Presidente Lula em dezembro. A preocupação quanto à aprovação do projeto foi manifestada durante a Comissão Geral promovida no dia Mundial do Meio Ambiente (5/6),no plenário da Câmara.

O projeto - que não tem possibilidade de veto pelo Presidente, por ser iniciativa exclusiva do Congresso - quer acabar com o bloqueio de crédito rural aos produtores que desmataram ilegalmente e com o embargo às propriedades e à produção em áreas devastadas. Além disso, tenta cancelar a obrigatoriedade de georreferenciamento e a pena para quem não recadastrar os imóveis, que seria a inibição do cadastro no Sistema Nacional de Cadastro Rural.

Para o consultor do ISA, Nilo D'Ávila, os impactos do projeto de decreto legislativo – que anula importantes mecanismos de controle - significam perda para o país, principalmente com o fim do recadastramento: “Novamente, o governo vai ficar sem uma ferramenta que obrigue os proprietários de terra a se cadastrar, o que, acaba favorecendo os ilegais, que ficam sem punição. Além disso, há a possibilidade do dinheiro público acabar financiando a destruição da Amazônia”.

O estudo “Quem é Dono da Amazônia: Uma análise do recadastramento de imóveis rurais”, do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), registra que no final de 2006 ainda estavam em trâmite ou sem informação processos referentes a 56 milhões de hectares e havia 20,6 milhões de hectares de casos arquivados sem a verificação da documentação estadual apresentada pelos detentores de grandes imóveis, assim como 40 milhões de hectares de posses permaneciam irregulares na Amazônia.

Outros assuntos discutidos na Comissão Geral

Na Comissão Geral da semana passada, para discutir meio ambiente e Amazônia, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse que Lula garantiu não haver possibilidade de redução da área de Reserva Legal da Amazônia de 80% para 50%, como visa o Projeto de Lei nº 6.424/05, do senador Flexa Ribeiro(PSDB/PA).

Durante a ssesão extraordinária, Minc anunciou, também, que no próximo dia 18 de junho a Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (Abiove) assina acordo para ampliar a moratória da soja, compromisso de indústrias e exportadores em não comercializar soja oriunda de áreas desflorestadas dentro do Bioma Amazônia, previsto para terminar em julho de 2008.

Na mesma solenidade, Antonio Manzi, pesquisador do INPA, falou sobre a iniciativa brasileira do LBA - Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia -, o maior programa de pesquisas ambientais em regiões tropicais já realizado no mundo: “Nos últimos 10 anos, esse programa gerou uma quantidade muito grande de conhecimento sobre o funcionamento integrado dos ecossistemas amazônicos — mas funcionamento integrado do ponto de vista físico, químico e biológico, e de como esses ecossistemas interagem com o sistema climático. Os resultados do LBA são hoje a referência que a gente tem para discutir a questão da Amazônia no contexto das mudanças climáticas globais”.

O ministro Antônio Herman de Vasconcellos e Benjamin, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) abordou a necessidade de implementação do Código Florestal. “Temos uma medida provisória que trata de reserva e de áreas de preservação permanente, temas diários no cotidiano do Judiciário brasileiro, e seria importante que a Câmara dos Deputados e o Senado Federal aprovassem o mais rápido possível esse texto, para que nós juízes tenhamos segurança jurídica ao decidir sobre temas afeitos ao desmatamento e à manutenção da flora em nosso País".

O mexicano Lorenzo Carrasco, autor do livro "Máfia Verde", também se manifestou na tribuna da Câmara e insinuou que o governo federal estaria sucumbindo à pressão de ambientalistas internacionais: “O País perdeu presença institucional ao entregar funções de Estado a uma rede internacional de ONGs, que vêm financiadas por governos estrangeiros. Quer dizer que se impõe uma agenda ambiental ao País”, afirmou, sem mencionar a que organizações se referia.

Em resposta, Sérgio Leitão, do Greenpeace, pediu respeito à legítima soberania do povo brasileiro: “Parece-me profundamente ofensivo da tribuna deste Parlamento, que sempre se exerceu em nome do povo brasileiro (...), dizer-se que esta Casa vota alguma coisa por pressão de quem quer que seja. Ela sempre votou por decisão do povo brasileiro, porque os parlamentares que aqui estão são investidos da soberania popular do nosso voto democrático, livre e espontâneo”.

Leitão lembrou ainda que é preciso evidenciar em nome de que interesses nos manifestamos: “É preciso ficar claro que a Bandeira Nacional não é mortalha de povos indígenas, dos interesses de seringueiros, de povos tradicionais e não será urna mortuária das cinzas das nossas florestas para justificar os interesses mais espúrios que muitas vezes se agitam de forma frenética para significar e representar interesses ilegítimos que ocorrem na região amazônica”.

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Lixão de Itapecerica é fechado no dia seguinte à expedição fotográfica

12/06/2008 Após pressão da sociedade civil local e longo histórico de impactos ambientais, o lixão de Itapecerica da Serra, município inteiramente localizado em área de manancial, foi finalmente fechado. Coincidentemente, o fechamento ocorreu no dia seguinte à visita feito pelo grupo de fotógrafos participantes da Expedição Fotográfica De Olho nos Mananciais, organizada pelo ISA e Estúdio Madalena.

Desde abril o Instituto Socioambiental (ISA) aguardava a adoção de providências decorrentes de denuncia feita à Secretaria do Estado do Meio Ambiente de São Paulo (SMA) e Ministério Público Estadual (MPE) sobre irregularidades no lixão localizado no bairro Putuverá, no município de Itapecerica, dentro da Bacia Hidrográfica da Guarapiranga. Mas somente na segunda feira 2 de junho, coincidentemente um dia após a realização da Expedição Fotográfica De Olho nos Mananciais, o lixão foi fechado.

A contaminação das águas e solo do entorno por chorume e lixo, desmatamento e assoreamento de córregos são alguns dos impactos ambientais do lixão.

O fechamento vinha sendo pedido há muito tempo também por entidades da sociedade civil local. A Associação dos Amigos do Bairro Ferradura dos Manacás, bairro próximo ao lixão, presenciou em março de 2006 o deslizamento de parte do maciço do lixo e pressionou para que, em 2007, a Cetesb notificasse a prefeitura a assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), mediado pelo MPE, para que as irregularidades fossem corrigidas. No entanto, não houve qualquer solução para o problema.

Em março de 2008 o secretário de estado de meio ambiente, Xico Graziano, visitou o lixão e declarou que, em até 90 dias, o problema estaria resolvido. A promessa foi cumprida antes do fim do prazo, que se esgotaria em 7 de junho. Agora, com o lixão fechado, os moradores do bairro vizinho, lançam uma plataforma de campanha sobre o lixo e cidadania para Itapecerica da Serra, para envolver os candidatos à prefeitura e à câmara municipal e fomentar o debate na região sobre as áreas de disposição de resíduos.

Antes desta mobilização, contudo, o lixão fora objeto de intervenção do Programa Guarapiranga e permanecera funcionando de forma irregular por anos, gerando diversos problemas ambientais e sociais na região, dentre os quais vale destacar a contaminação das águas e solo do entorno por chorume e lixo, desmatamento, assoreamento de córregos, além de incentivar a situação degradante vivida pelos catadores, muitos dos quais crianças. Em abril de 2008 o ISA chegou a apresentar ofício à Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo (veja abaixo) denunciando a situação irregular.

A visita do grupo da expedição à Itapecerica da Serra, coordenada pela fotógrafa Mônica Zarattini, consistiu em um dos roteiros realizados em 1° de junho pela Expedição Fotográfica, um projeto da Campanha De Olho nos Mananciais do ISA. A Expedição, que contou com 30 grupos coordenados por alguns dos melhores profissionais da fotografia brasileira, mobilizou mais de 2.300 pessoas para conhecer e fotografar diversos roteiros em locais específicos na região das represas Billings e Guarapiranga.

Ofício ISAMM-013/08
São Paulo, 8 de abril de 2008.

Sr. Xico Graziano Secretário do Meio Ambiente Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 05489-900 – São Paulo - SP

c/c: Ministério Público do Estado de São Paulo Rua Riachuelo, 115, 7°andar, Centro São Paulo – SP

Referente: Aterro de lixo na Guarapiranga - Itapecerica

Prezado Sr. Secretário,

O Instituto Socioambiental (ISA), organização da sociedade civil de interesse público e sem fins lucrativos, inscrito no CNPJ/MF sob o n. 00.081.906/0001-88, recebeu denúncias de irregularidades no aterro sanitário de Itapecerica da Serra, localizado no bairro Putuverá, no Município de Itapecerica, na Bacia Hidrográfica da Guarapiranga (imagem satélite anexa).

Este aterro foi área objeto de intervenção do Programa Guarapiranga, contudo permanece funcionando de forma irregular e tem gerado diversos problemas ambientais e sociais na região, dentre os quais vale destacar a contaminação das águas e solo por chorume e lixo, desmatamentos, assoreamentos, e a presença freqüente de de catadores, conforme ilustrado nas imagens anexas recebidas via e-mail por denuncia feita ao ISA em 3 de abril de 2008.

Deste modo, solicitamos à Secretaria de Meio Ambiente que adote as providências necessárias para cessar de imediato as irregularidades e informe o ISA e o Ministério Público Estadual sobre as providências adotadas.

Colocamo-nos à disposição para eventuais esclarecimentos necessários.

Atenciosamente,

Enrique Svirsky Secretário Executivo Adjunto Instituto Socioambiental
ISA, Instituto Socioambiental.

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Universitários quilombolas participam de oficina de elaboração de projetos

06/06/2008 ISA realiza a I Oficina de Elaboração de Projetos voltada aos estudantes quilombolas. A atividade integra o Projeto Superação da pobreza e valorização cultural: novas perspectivas para os jovens quilombolas no Brasil, financiado pela Ajuda da Igreja da Noruega (AIN). A idéia foi capacitar os participantes a fazer projetos, desde o conteúdo de uma apresentação até a definição de um cronograma físico-orçamentário.

Doze estudantes universitários quilombolas representando as comunidades de Pedro Cubas, Pedro Cubas de Cima, São Pedro, Poça e Ivaporunduva, participaram da oficina de elaboração de projetos na sede do ISA em Eldorado, no Vale do Ribeira, nos dias 31 de maio e 1º de junho. O objetivo principal foi capacitar os estudantes para elaborar projetos tanto para suas atividades acadêmicas quanto para captar recursos para suas comunidades nas áreas de cultura, educação, atividades de geração de renda e meio ambiente, entre outros. O grupo contou ainda com a participação de um estudante apoiado pelo projeto, que se graduou e cursa mestrado na Pontifícia Universidade Católica (PUC).

A atividade faz parte do Projeto Superação da pobreza e valorização cultural: novas perspectivas para os jovens quilombolas no Brasil, financiado desde 2006 pela Ajuda da Igreja da Noruega (AIN) e pretende promover alternativas de desenvolvimento, sustentabilidade sócio-econômica, cultural e educacional com o objetivo de fixá-los em suas comunidades e assim diminuir os riscos de exclusão e marginalização aos quais estão expostos se migrarem para outras regiões. O projeto da AIN insere-se na fase II do Projeto Fortalecimento das Associações Quilombolas do Vale do Ribeira para a Gestão de Projetos e Empreendimentos Comunitários, do ISA, financiado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário.

A metodologia da oficina esteve direcionada à construção de um projeto hipotético, cujo tema, definido pelo grupo, centrou-se na educação quilombola. A partir daí, os estudantes definiram seu objetivo geral dentro do tema, assim como alguns objetivos específicos (veja quadro no final do texto), os quais passam a nortear a elaboração de futuras propostas de atuação, bem como geram reflexões acerca de seu papel como universitários quilombolas. Com este resultado, eles têm em mãos a base para qualquer projeto que queiram empreender, bastando recortar os objetivos específicos a serem submetidos à determinado financiador.

A construção de objetivos foi precedida por um debate sobre os principais desafios a serem enfrentados pelas comunidades quilombolas no tema educação. Como subsídio às reflexões, os estudantes foram incentivados a viajar pelas páginas da “Agenda Socioambiental de Comunidades Quilombolas do Vale do Ribeira”, publicada em março deste ano pelo ISA. A publicação reúne os resultados de um projeto de pesquisa desenvolvido em parceria entre o ISA e 14 comunidades quilombolas do Vale do Ribeira, à luz dos princípios da Agenda-21, estabelecidos durante a Conferência Mundial do Meio Ambinete, no Rio de Janeiro, 1992 (Eco-92). A agenda das comunidades quilombolas é um instrumento político para o encaminhamento de suas demandas, entre elas, algumas referentes à educação, que merecem ser recuperadas.

Objetivos

Objetivo Geral

Capacitar-se e retornar o conhecimento aprendido às comunidades quilombolas, de acordo com as diversas áreas de formação dos estudantes deste grupo, para o desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida das comunidades quilombolas do Vale do Ribeira.

Alguns objetivos específicos do grupo, definidos a partir do geral

:: Desenvolver oficinas com os estudantes universitários, para que estes possam executar atividades educativas com os jovens das comunidades quilombolas.

:: Capacitar professores das escolas públicas do município de Eldorado na educação quilombola, fomentando uma pedagogia quilombola, com embasamento na lei 10.639/03;

:: Fomentar a participação dos pais na escola;

:: Promover a capacitação de moradores das comunidades quilombolas para momentos recreativos voltados a educação ambiental, visando o desenvolvimento sustentável;

:: Realizar cursos pré-vestibular, para que outros estudantes quilombolas possam ter maiores chances de acesso ao Ensino Superior;

:: Promover palestras proferidas pelos moradores mais antigos das comunidades, com o intuito de transferir o conhecimento tradicional para os mais jovens;
ISA, Carolina Born Toffoli e João Paulo Santos Lima.

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Criação da Resex do Médio Xingu marca Dia Mundial do Meio Ambiente

05/06/2008 – Depois de muita expectativa e alguns 'recuos', Presidente Lula assina, enfim, a criação da Reserva Extrativista (Resex) Médio Xingu. O anúncio estava previsto para a cerimônia de lançamento do Plano Amazônia Sustentável (PAS), em maio. Mas o decreto acabou entrando no 'pacote de medidas ambientais' divulgado na solenidade do Dia Mundial do Meio Ambiente.

Ribeirinhos constantemente ameaçados de morte por jagunços a mando de grileiros. Violência e intimidação acompanhadas de desmatamento ilegal e entrada de gado na área proposta para a Reserva Extrativista do Médio Xingu. Essas foram as consequências do atraso na decretação de Unidades de Conservação como a Reserva Extrativista Médio Xingu, no Pará, além de agressões e conflitos agrários. Hoje, 5 de junho, finalmente, o decreto foi assinado.

O processo estava paralisado na Casa Civil da Presidência da República, a pedido do Ministério de Minas e Energia, há mais de um ano (desde maio de 2007). Uma das justificativas do governo para não criar as Reservas Extrativistas seria o potencial hidrelétrico ou petrolífero de algumas áreas.

A coordenadora da Iniciativa Amazônia do ISA, Adriana Ramos, diz que o anúncio de hoje é motivo de comemoração na região do Médio Xingu: “Este é um caso exemplar da prioridade que o governo queria dar às obras de infra-estrutura em detrimento aos interesses das comunidades locais. Felizmente, o governo reconheceu o direito das comunidades do Médio Xingu, que tanto vêm sofrendo à espera desse decreto”.

Uma mostra desse sofrimento está nas ameaças de morte recebidas pelo presidente da Associação dos Moradores do Médio Xingu, Herculano Costa Silva, assim como outras lideranças da região. (Veja aqui).

Para Herculano, que discursou na cerimônia de oficialização da Resex, o ato é mais um passo na consolidação do Mosaico da Terra do Meio. Entretanto, ele chamou atenção para as ameaças que os líderes estavam sofrendo e para a demora na regularização da Resex do Médio Xingu, que acabou alimentando o argumento dos grileiros quanto à autorização da reserva: “A floresta é minha família e hoje sei que minha luta não ficou em vão. Meu medo agora é de que, com a assinatura da Resex, as ameaças aumentem em conseqüência da demora do governo em retirar os grileiros”.

No mês passado, a operação federal Arco de Fogo, para coibir o desmatamento ilegal, chegou ao Pará, onde continua. Pessoas já foram presas em Altamira, acusadas de crime ambiental, e meios utilizados na retirada e no transporte dos produtos (caminhões, tratores, caçambas e balsas) foram apreendidos. Antes, em março, o Procurador da República Marco Antonio Delfino de Almeida, de Altamira (PA), deu entrada em ação cautelar com a finalidade de garantir a imediata retirada de quem não possui títulos na área onde será criada a Reserva Extrativista Médio Xingu. A Polícia Federal também instaurou inquérito policial para apurar as ameaças feitas por pessoas que se dizem proprietárias das terras onde será criada a Resex.

Novas Unidades de Conservação

Além da Resex Médio Xingu o Presidente Lula assinou decretos que criam outras Unidades de Conservação, em um pacote de medidas ambientais, que inclui projeto de lei sobre mudanças climáticas, decreto sobre a exploração do mogno e criação de grupo de trabalho para estruturar o fundo de doações internacionais para a preservação da Amazônia.

Na solenidade de hoje o ministro Carlos Minc afirmou que vai seguir a lógica de avançar nos licenciamentos ao mesmo tempo em que avança nas criação de novas áreas protegidas. Foram criados a Resex Ituxi e o Parque Nacional de Mapinguari, na Amazônia, além da Resex Médio Xingu, totalizando mais de 2 ,6 milhões dee hectares. Ao contrário do esperado, porém, as Resex Renascer e Cassurubá ainda não saíram do papel. Ao que tudo indica, essas áreas também paralisadas há mais de um ano na Casa Civil tiveram os óbices superados no âmbito do governo federal. Entretanto, outras demandas surgiram impedindo sua criação. No caso da Renascer, área de 400 mil hectares no Pará, interesses na exploração mineral da região tem influenciado a decisão federal. Em Cassurubá, na Bahia, a questão esbarra no apoio do governo estadual à indústria do turismo. Mas isso não deveria impedir a criação da Resex, já que a atividade turística não é incompatível com os objetivos dessa categoria de unidade de conservação.

O que é a Resex do Médio Xingu

É uma faixa de terra que terá 303 mil hectares de área total e ocupa 100 quilômetros na margem esquerda de quem desce o Rio Xingu em direção a Altamira, na chamada Terra do Meio. É considerada estratégica para consolidar o mosaico de áreas protegidas projetado para a região, que inclui Terras Indígenas e Unidades de Conservação estaduais e federais. A criação da Resex do Médio Xingu representa a possibilidade de regularização fundiária da região, que beneficiará cerca de 59 famílias locais, que vivem atualmente em clima de total insegurança. O processo está paralisado na Casa Civil da Presidência da República desde maio do ano passado.

 
 

Fonte: ISA – Instituto Socioambiental
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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