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DOF, “OLHO ELETRÔNICO” CONTRA INFRATORES

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2008

O Ibama implantou o Documento de Origem Florestal - DOF que é o documento eletrônico de controle do transporte de produtos e subprodutos florestais. Com base nas informações do Sistema-DOF os órgãos de meio ambiente têm acesso à informação sobre o transporte florestal oriundo de florestas nativas em tempo real. O sistema é operado pelos usuários responsáveis pelo transporte da origem ao destino dos produtos e subprodutos florestais e configura a licença válida para acobertamento do transporte e armazenamento dos mesmos. As informações geradas pelos sistemas de controle eletrônico subsidiaram as ações de fiscalização do transporte e produtos e subprodutos florestais. Com o DOF, os trabalhos de fiscalização em campo também passaram a direcionar as análises dos dados gerados pelo sistema no intuito de identificar os ilícitos ambientais relacionados à exploração, transporte e consumo de produtos florestais provenientes de exploração ilegal.

O resultado das autuações das siderúrgicas foi obtido a partir de uma parceria entre a Diretoria de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas do Ibama, da Superintendência do Ibama no Mato Grosso do Sul e do Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais.

O Diretor de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas do Ibama, Antônio Carlos Hummel (à direita na foto), diz que essa é a primeira grande operação de cruzamento de dados do Sistema-DOF. “Estamos colhendo os frutos do esforço de modernização do Ibama. Os resultados são surpreendentes e sugere o cenário futuro de atuação do padrão de fiscalização ambiental. Estamos responsabilizando a cadeia produtiva e a sociedade de estar ciente que boa parte do carvão utilizado na produção do ferro e aço do País vem do desmatamento ilegal, principalmente do Pantanal e Cerrado”.

O diretor de Proteção Ambiental, Flavio Montiel, disse que o uso do Sistema DOF é o perfil da fiscalização ambiental do futuro, em que os sistemas eletrônicos trabalham para aumentar e tornar mais eficaz a capacidade de controle de crimes ambientais. Ele observa que o apurado pelo Sistema DOF é apenas a ponta do iceberg de um passivo ambiental. “O Ibama está fazendo levantamento também na origem”, diz Montiel.

Segundo o analista ambiental do Ibama Ignacio Santos, que participou ativamente da operação, os principais ilícitos observados no mercado carvoeiro são “transporte de carvão com volume de carga superior ao acobertado pelo documento de transporte, exploração ilegal de carvão em áreas não autorizadas, transporte utilizando um mesmo documento de transporte mais de uma vez, declaração falsa sobre importação de carvão vegetal pelos países vizinhos, não cumprimento da reposição florestal por parte das indústrias siderúrgicas, falsificação de documentos e fabricação de carvão vegetal sem licença ambiental válida”.

De acordo com o Coordenador-Geral de Recursos Florestais do Ibama, José Humberto Chaves, a metodologia adotada se mostrou extremamente eficiente e de baixíssimo custo. “É possível comprovar na análise alguns fatos detectados nas fiscalizações de campo. Um exemplo disso é o transporte de carvão com volume da carga superior ao volume declarado no documento de transporte. Essa prática é muito comum, pois mantém o saldo na origem para acobertar novos transportes e reduz o volume de reposição florestal a ser cumprida. Prova disso é que, no ano de 2007, uma das empresas adquiriu uma única carga de carvão vegetal nativo e o cruzamento dos dados apontou uma diferença de 21 MDC recebidos sem cobertura”.

Para Hummel, o levantamento está apenas começando. “Os dados terão desdobramentos com a exigência do cumprimento da Reposição Florestal. São cerca de 10 mil hectares de florestas que deixaram de ser plantadas e que o Ibama vai exigir o plantio. Outras multas poderão ser aplicadas aos fornecedores de carvão”.

Para o Coordenador de Monitoramento e Controle Florestal do Ibama, Carlos Fabiano Cardoso, o Sistema-DOF permitiu identificar irregularidades nos mais diversos biomas, principalmente no Pantanal. “Identificamos informações falsas sobre importação de cavão vegetal do Paraguai. O dado refere-se apenas ao ano de 2007 e os novos sistemas de controle permitiram qualificar e quantificar a real dimensão das irregularidades do setor siderúrgico. Depreende-se da análise que essas irregularidades perduram há décadas, quando não havia ferramentas que possibilitassem explicitar a real magnitude dos ilícitos. Com esse olho eletrônico os predadores e criminosos ambientais que se cuidem”, avisa.
José Humberto Chaves
DBFLO/Ibama
Foto: Jefferson Rudy/MMA

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Uso social de madeiras ilegais apreendidas pelo Ibama/GO

Goiânia (11/06/08) - Amanhã (12) a Superintendência do Ibama em Goiás fará a doação de 385,77 m³ de madeira apreendida em fiscalizações ambientais, para as entidades contempladas no Edital de Doação 001/2008, durante a solenidade para assinatura do Termo de Doação. O evento será às 9 horas no Auditório do Ibama/GO (Rua 229, 95, Setor Universitário).

Trata-se de madeira serrada da espécie castanheira (Bertholletia excelsa), proveniente da Amazônia, cuja exploração para fins madeireiros em florestas naturais, primitivas ou regeneradas é proibida pelo artigo 29 do Decreto 5975/06. Este volume de madeira corresponde a, aproximadamente, 10 grandes carretas lotadas.

A apreensão foi realizada em Goiânia durante operação de fiscalização de checagem de pátios das madeireiras após a implantação do DOF - Documento de Origem Florestal, em substituição à antiga ATPF (Autorização de Transporte de Produtos Florestais).

Para chegar a este momento de doação a Comissão de Bens Aprendidos da Supes/GO fez o levantamento e avaliação dos bens apreendidos com base na Instrução Normativa do Ibama nº. 57, de 13/12/2004, elaborou um Edital de Doação contendo todas as informações sobre os bens disponíveis e condições para doação e publicou o Aviso de Doação no Diário Oficial da União (DOU) em um jornal de grande circulação no Estado de Goiás.

Providenciou, também, a divulgação integral das informações na página eletrônica da Supes/GO (www.ibama.gov.br/go), bem como nos murais de aviso da Sede em Goiás e de suas Unidades Avançadas.

Cumpre ressaltar que, antes da publicação do Edital de Doação, a Comissão encaminhou cerca de 170 Ofícios Circulares para todas as instituições que apresentaram nos últimos anos interesse no recebimento de bens apreendidos, informando-as sobre as normas, critérios e procedimentos adotados para a efetivação das doações, inclusive sobre a divulgação periódica de editais que a Supes/GO pretende realizar.

Nove instituições serão, neste momento, contempladas com a doação e as madeiras serão utilizadas para: construção de casas populares pelo Movimento das Donas de Casa, de um abrigo para idosos pela Associação das Pensionistas da Polícia e Corpo de Bombeiros Militares de Goiás, de uma escola pela Casa de Eurípedes, de uma sala de fisioterapia para tratamento de pessoas excepcionais pela APAE de Silvânia, de um posto de assistência a pessoas carentes pela Casa da Sopa Orondina Luz e Vida, e de uma sala verde pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Nerópolis.

A Escola de Veterinária da UFG, parceira e colaboradora do Ibama no tratamento de animais silvestres aplicará as madeiras na reforma e ampliação de suas instalações de forma a melhorar a qualidade das aulas práticas, o desenvolvimento de pesquisas, o atendimento hospitalar e os cursos de extensão.

A Secretaria de Segurança Pública de Goiás, que prestou grande apoio ao Ibama, ficando como fiel depositária das madeiras desde a apreensão, realizará a confecção de móveis no âmbito do programa de ressocialização dos reeducandos das unidades prisionais, beneficiando tanto suas próprias unidades quanto outras instituições, dentre elas a Prefeitura Municipal de São Francisco de Goiás, também contemplada neste Edital de Doação, que destinará os móveis a serem confeccionados a creches e asilos mantidos pelo município.

Com a assinatura do Termo de Doação, as instituições se comprometem a utilizar os bens recebidos conforme os projetos apresentados e aprovados pelo Ibama, apresentando posteriormente os respectivos relatórios.
Mirza Nóbrega
Ibama/GO

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Tartaruga de 400 kg resgatada em Mosqueiro é solta no mar da praia do Atalaia, no Pará

Belém (16/06/08) - Na tarde de ontem, uma tartaruga-marinha de 400 kg foi solta no mar da praia do Atalaia, no município de Salinópolis, nordeste do Pará. O quelônio foi encontrado na última sexta-feira por moradores da região, quando encalhou na Baía do Sol, em Mosqueiro e na manhã de sábado foi levado para o Bosque Rodrigues Alves.

De acordo com o chefe da Divisão de Fauna e Pesca do Ibama, Alex Lacerda, o animal foi encontrado com algumas lesões, mas que não eram graves. “A tartaruga foi avaliada pelos veterinários do Bosque, que constataram que os ferimentos eram leves, mas que a recuperação seria mais rápida com a devolução do quelônio ao seu habitat natural”, afirma Alex.

Ainda segundo Alex, a tartaruga-marinha é conhecida como tartaruga-de-couro ou tartaruga gigante. “Elas vivem em alto-mar. São encontradas em todos os oceanos da terra, e por isso, não há como saber exatamente como ela chegou à praia de Mosqueiro”, explica Alex.

Para fazer a soltura da tartaruga, uma mega-operação formada por 20 homens foi montada pelo Ibama em parceria com a Delegacia de Meio Ambiente (Dema), Polícia Ambiental (BPA), Bombeiros e Secretaria Municipal do Meio Ambiente. O animal foi transportado até a praia do Atalaia por meio de uma carreta de transporte de animais vivos da Dema. Na praia, a tartaruga foi colocada em um bote de borracha rebocado por um jet-ski até passar a zona de Arrebentação.

Alex Lacerda explica que a tartaruga foi conduzida para uma área após a Zona de Arrebentação, que é onde quebram as ondas provocadas pela maré, para não haver riscos de o animal ser jogado, novamente, pelas ondas para a praia.
Luciana Almeida

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
Ascom

 
 
 
 

 

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