10/06/2008
- A educação ambiental é uma
das principais ferramentas disponíveis para
a preservação do meio ambiente. Um
bom exemplo disso é o Programa de Jovens
– Meio Ambiente e Integração Social
(PJ – MAIS) da Reserva da Biosfera do Cinturão
Verde de São Paulo, coordenado pelo Instituto
Florestal (IF). “O programa existe desde 1996 e
já envolveu mais de 1.500 jovens”, explica
gerente do PJ – MAIS, Vanessa Cordeiro de Souza.
O programa tem como objetivo a
formação ecoprofissional de adolescentes
e jovens, entre 15 e 21 anos de idade, que estudam
na Rede Pública de Ensino e moram em zonas
periurbanas do Cinturão Verde de São
Paulo. Além de despertar a consciência
e preocupação ambiental dos jovens,
a proposta é gerar renda por meio da preservação
de meio ambiente.
As atividades são desenvolvidas
em Núcleos de Educação Ecoprofissional
(NEE). Nesses, são realizadas quatro oficinas
temáticas: Agroindústria Artesanal
e Consumo, Lixo e Arte, Produção e
Manejo Agrícola, e Florestal Sustentável
e Turismo Sustentável. O treinamento ecoprofissional
tem duração de dois anos e é
feito durante o Ensino Médio. As atividades
geralmente ocorrem de três a cinco dias por
semana, com duração média de
quatro horas por dia.
Hoje, o programa já possui
16 Núcleos de Educação Ecoprofissional,
em 14 municípios da Reserva da Biosfera do
Cinturão Verde, que atuam em rede. Os núcleos
são: Caieiras, Cajamar, Cotia (Caucaia do
Alto e Morro Grande), Diadema, Embu-Guaçu,
Francisco Morato, Guarulhos (Região do Cabuçu),
Itapecerica da Serra, Paraibuna, Santo André
(Vila de Paranapiacaba e Parque do Pedroso), São
Bernardo do Campo (Riacho Grande), São Paulo
(Horto Florestal/ Parque Estadual da Cantareira)
e São Roque. Este ano, serão inaugurados
os núcleos de Cubatão e Embu.
A manutenção de
viveiros de mudas para a compensação
ambiental de emissões de CO2 se tornou um
dos focos do PJ – MAIS. O Termo de Ajustamento de
Conduta (TAC) do Centro de Convenções
Santa Mônica, por meio de um acordo com a
Secretaria de Meio Ambiente de Guarulhos e a promotoria
ambiental, contratou sete estudantes do Núcleo
Cabuçu, para recuperar áreas no Parque
Estadual da Cantareira. Os jovens, seguindo orientações
de técnicos, puderam colaborar diretamente
com a preservação ambiental em sua
comunidade.
Outra ação importante
desenvolvida pelos alunos é a neutralização
de parte das emissões de CO2 para eventos
e empresas. O primeiro deles foi o “IT Service Managemente
Fórum” que aconteceu esse ano. Os jovens
calcularam a média de emissão do evento
e plantaram 250 mudas nativas no Parque Estadual
da Várzea de Embu-Guaçu. “O programa
vai continuar com essas ações e estamos
incentivando os Núcleos a criarem seus próprios
bancos de terra para que essa compensação
possa ser feita”, explica a gerente do PJ – MAIS.
O programa recebeu R$ 150 mil
como recurso financeiro do Banco Mundial para investir
no desenvolvimento de atividades agroflorestais.
Foi um dos escolhidos entre 2.700 projetos do mundo
todo para receber a verba - apenas duas propostas
na área de educação ambiental
foram selecionadas. O dinheiro foi investido na
produção de 22.933 mudas nativas,
7.587 produtos orgânicos e recuperação
de 8.53 há. de áreas degradadas e
foram geradas 233 oportunidades remuneradas para
os jovens.
Texto: Ludmilla Fregonesi Fotografia: Chico Honda
+ Mais
Livro publicado pelo Instituto
Geológico enfoca o tema das “Mudanças
Ambientais da Terra”
13/06/2008 - “Mudanças
Ambientais da Terra” é o nome do livro que
o Instituto Geológico (IG) lança neste
sábado (14/06), durante o Simpósio
Brasil-Japão em Economia, Ciência e
Inovação Tecnológica, que acontece
até segunda-feira (16/06) no Parque Anhembi,
em São Paulo. A publicação,
de autoria do professor Kenitiro Suguio, tem comentários
sobre 25 temas ambientais ligados à terra.
O livro, que será editado
em português e japonês, objetiva alertar
a comunidade brasileira e japonesa moradora no Brasil
sobre assuntos que na maioria das vezes passam desapercebidos
no cotidiano. Os temas abordados foram desenvolvidos
com base científica e linguagem acessível,
e a publicação conta com um glossário
de termos ambientais. O autor possui trabalhos em
periódicos nacionais e estrangeiros, e a
sua bibliografia já ultrapassa 400 títulos,
incluindo 10 livros e um prêmio Jabuti, da
Câmara Brasileira do Livro.
O Simpósio Brasil-Japão
2008, que acontece de 14 a 16 de junho, no Auditório
Elis Regina, no Parque Anhembi, foi organizado pela
Associação Brasil-Japão de
Pesquisadores e integra as comemorações
do Centenário da Imigração
Japonesa no Brasil. Após o lançamento,
a publicação estará disponível
no site do Instituto Geológico – www.igeologico.sp.gov.br.
Texto: Cris Couto
Fotografia: Instituto Geológico