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LULA AUTORIZA MAIS AUTONOMIA PARA DISTRITOS INDÍGENAS, DIZ FUNAI

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2008

19 de Junho de 2008 - Marco Antônio Soalheiro* - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já tomou a decisão de autorizar a autonomia administrativa e financeira para os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis).

Foi o que afirmaram o diretor de saúde da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Wanderley Guenka, e o presidente da Fundação Nacional do Indio (Funai), Márcio Meira, após reunião da Comissão Nacional de Política Indigenista (CNPI).

“O próprio Ministério da Saúde e a Funasa estão empenhados nesse sentido de que haja um fortalecimento dos distritos. Esse é um ponto muito importante para a melhoria da qualidade do serviço de assistência à saúde indígena”, afirmou Meira.

Segundo Meira, os distritos vão receber recursos do Fundo Nacional de Saúde e poderão aplicá-los com maior eficácia na estrutura de atendimento. Essa mudança na gestão dos distritos era uma das principais reividições das comunidades indígenas.

O guarani Anastácio Peralta, representante de comunidades do Mato Grosso do Sul na CNPI, espera que a autonomia para os distritos resulte em gastos mais eficientes. "Na verdade, há recursos, mas é preciso administrar melhor e priorizar coisas que necessitam mais como o combate à desnutrição e a falta de remédios."

Outra demanda dos índios era o fortalecimento da Funai. Márcio Meira informou que o projeto de reestruturação da entidade, que teve maior orçamento em 2008, já foi encaminhado ao Congresso Nacional. Além disso, um novo plano de cargos e salários já se encontra no Ministério do Planejamento para ser analisado e, segundo Meira, o presidente Lula recomendou que se avance nessa questão.

O dirigente disse ainda ter sido criado no Plano Plurianual (PPA) um projeto para garantir o desenvolvimento sustentável das terras indígenas.

"Os povos indígenas têm capacidade, habilidade e competência para promover o desenvolvimento de suas terras de uma forma rica e protetora do meio ambiente. As terras indígenas representam hoje as áreas mais protegidas de floresta e cerrado no Brasil. Pouco mais de 1% das terras indígenas foi desmatada", disse Meira.

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Demarcação de terras indígenas não é assistencialismo, defende Tarso Genro

10 de Junho de 2008 - Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou hoje (10) que são falsos os argumentos de que a demarcação de terras indígenas de forma contínua, próximo às áreas de fronteira, representa risco à soberania nacional.

Segundo Genro, demarcação de terras indígenas não é assistencialismo, mas sim proteção civilizatória de povos originários.

Para o ministro, que participa de audiência no Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, o que está em jogo em relação à Terra Indígena Raposa Serra do Sol é como se dá a formação dos direitos dos povos indígenas no país.

“Estamos num momento crucial de [enfrentar] paradigmas, de análise da Constituição brasileira”, lembrou.

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Marina Silva volta a defender legalidade da demarcação da Raposa Serra do Sol

10 de Junho de 2008 - Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A ex-ministra do Meio Ambiente senadora Marina Silva (PT-AC) defendeu hoje (10) a manutenção da área da Terra Indígena Raposa Serra do Sol. Segundo ela, o Brasil está diante de uma interpelação étnica sobre qual postura adotar em relação aos povos indígenas.

“O nosso futuro deve comportar civilizadamente a possibilidade de que esses povos possam se reproduzir de acordo com suas condições sociais e materiais”.

Marina afirmou ainda, durante discurso na audiência do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, que os arrozeiros têm a garantia legal de ser indenizados pelas terras. Por outro lado, não há como recuperar a herança cultural dos povos indígenas.
“Podemos plantar arroz em qualquer terra fértil. Agora uma cultura que acha que o mundo foi criado a partir do Monte Roraima só existe ali”.

Segundo ela, em 500 anos de história, o Brasil dizimou um milhão de índios por século. Hoje, de acordo a parlamentar, restam um pouco mais de 500 mil índios espalhados pelo país. “Nem o povo judeu sofreu genocídio dessa magnitude”, comparou.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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