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MINC DIZ QUE COMBATE AO “BOI PIRATA” NA AMAZÔNIA SERÁ PRIORIDADE DO GOVERNO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2008

2 de Junho de 2008 - Marco Antônio Soalheiro - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Uma das apostas do governo federal para conter o desmatamento na Amazônia é a apreensão de gado em propriedades ilegais. De acordo com o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, a iniciativa será adotada a partir de 15 de junho por agentes ambientais apoiados por forças policiais.

“Nós vamos começar a apreender gado, o boi pirata, o que não foi feito ainda. Faremos isso em área ilegal, que não está regularizada do ponto de vista ambiental ou fundiário”, explicou Minc.

A idéia é que os animais apreendidos sejam encaminhados a frigoríficos para destinação ao Programa Fome Zero. “Existe um acordo de cooperação. Vai servir para diminuir o desmatamento e alimentar alguém que precisa”, frisou.

Minc disse ter recebido do ministro da Justiça, Tarso Genro, a confirmação de que 500 homens especializados em ações ambientais serão disponibilizados para atuar em parceria com os fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Outra medida anunciada por Minc é uma determinação para que o Ibama faça o monitoramento das cadeias produtivas. O órgão vai notificar siderúrgicas, frigoríficos, madeireiras e agropecuárias que terão de entregar ao Ibama uma relação com todos os seus fornecedores, conforme previsto na Lei 10.650 de 2003. Empresas que compram material de área embargada ou ilegal devem ser responsabilizadas. “Hoje os grandes compram de pequenos na ilegalidade e lavam as mãos em águas poluídas. A partir de agora, também vão ter que ser fiscais”, ressaltou Minc.

O ministro também avaliou que os indícios de aumento do desmatamento na Amazônia, identificados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espacias (Inpe), se devem em parte ao fato de medidas de combate anunciadas anteriormente pelo governo ainda não terem surtido efeito. Um exemplo é o embargo de áreas em 36 municípios prioritários, que começou a ser feito apenas em maio, enquanto os dados mais recentes do Inpe são de abril.

Minc lembrou que partir de 1º de julho estará proibida a concessão de financiamento agrícola para quem não cumpre critérios ambientais, conforme resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN). Citou também incentivos que o governo pretende oferecer para estimular a preservação e recuperação de áreas. Serão R$ 136 milhões para apoio ao extrativismo, somados à garantia de preço mínimo para produtos florestais, e R$ 1 bilhão para recomposição de reservas legais na Amazônia.

Produtores que desmataram além do permitido terão acesso a crédito, a juros de 4% ao ano, para recomporem a floresta.

“Não basta dizer para o sujeito: legalize, ponha a estrutura em dia e faça a reserva legal, sem dar os instrumentos para isso”, afirmou Minc, ao ressaltar também a necessidade de ampliar os esforços para regularização fundiária, definida por ele como “calcanhar de aquiles” da Amazônia.

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Grupo de elite da Força Nacional vai prevenir crimes ambientais

14 de Junho de 2008 - Marco Antônio Soalheiro - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Pelo menos cem agentes de segurança pública do Batalhão Especial de Pronto Emprego (Bepe) – criado pelo governo federal, nesta semana, para formar 550 profissionais que atuarão de imediato em situações de risco – vão passar por treinamento específico a fim de prevenir crimes ambientais. A medida foi determinada pelo Ministro da Justiça, Tarso Genro, em atendimento, ao menos em parte, à reivindicação do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que pretendia a formação de uma Guarda Nacional Ambiental.

“Atuaremos para que entre cem e cento e cinqüenta homens do Bepe sejam formados especificamente em repressão qualificada e prevenção de crimes ambientais. Dentro do Bepe teremos uma subunidade altamente especializada nestes crimes e disposta a uma convocação para atuação imediata”, afirmou à Agência Brasil o secretário nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça (MJ), Ricardo Balestreri.

O governo federal vai investir, ainda este ano, R$ 27 milhões para viabilizar a implantação do Bepe. Os treinamentos para a primeira turma devem começar em meados de agosto, em um quartel a ser definido no Entorno do Distrito Federal. Já está sendo avaliada pelo Ministério da Justiça a sede do 10º Batalhão de Polícia Militar de Goiás, em Luziânia, cidade a 56 km de Brasília.

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Siderúrgicas são multadas em R$ 414 milhões por irregularidades na extração de carvão vegetal

12 de Junho de 2008 - Morillo Carvalho - Repórter da Agência Brasil - Valter Campanato/Abr - Brasília - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, anuncia os resultados de operação que resultou na aplicação de multas a 60 siderúrgicas, por uso ilegal de carvão vegetal em três estados
Brasília - O Ministério do Meio Ambiente e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) multaram 60 siderúrgicas dos estados de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo em mais de R$ 414 milhões, por irregularidades na extração de carvão vegetal. As empresas foram rastreadas por meio do sistema Documento de Origem Florestal (DOF), num trabalho desenvolvido em parceria com institutos ambientais estaduais.

Além do dinheiro, as siderúrgicas terão que plantar cerca de 2,6 milhões de árvores nativas no Cerrado e no Pantanal – principais áreas atingidas pelas irregularidades ambientais. Outros R$ 70 milhões também deverão ser pagos em multas aplicadas às carvoarias – responsáveis pela extração do produto. Os anúncios foram feitos pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e por diretores do Ibama, no fim da manhã de hoje (12).

Para tirar a multa do papel, etapa mais difícil, segundo Minc, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve assinar em duas semanas um decreto que pode diminuir para quatro meses o prazo máximo para que as empresas autuadas paguem as multas. Hoje, de acordo com o ministro, os infratores demoram até quatro anos para pagá-las.

“A impunidade ambiental é generalizada no Brasil inteiro. No Rio, as indústrias também não pagam as multas – pagam de 5% a 10%. É a mesma coisa. Além desse decreto, que, de um modo geral tem algumas novidades como o depósito de uma parte para recorrer, nós também estamos enviando ao presidente Lula um projeto para modificar a própria lei de crimes ambientais”, disse o ministro.

O depósito a que Minc se refere é uma das modificações propostas pelo decreto. O infrator deverá depositar 70% do valor da multa para recorrer da decisão. A alteração, no entanto, não é relativa a decisões judiciais, mas à instância administrativa. “Isso não vai contra o direito constitucional do contraditório e ampla defesa. Essa preocupação é para coibir os 'profissionais da enrolação' que cometem crimes ambientais”, ponderou Minc.

A negociação do ministério, depois que o decreto for assinado, será para a destinação dos recursos arrecadados com as multas. A idéia de Minc é que o montante seja depositado na conta do Fundo Nacional do Meio Ambiente, para equipar Ibama, bombeiros, batalhões florestais e “criar a figura do guarda-parque”, que será responsável por cuidar de áreas protegidas.

Das 60 siderúrgicas multadas, 55 são de Minas Gerais. De acordo com o ministro, naquele estado, cerca de 55% do carvão utilizado pelas siderúrgicas é de áreas plantadas para este fim. Outros 40% são de áreas de manejo florestal e apenas 5% é ilegal. Exemplo que não se repete em Carajás, no Pará, onde 50% do carvão usado nas siderúrgicas é ilegal – acrescentou Minc.

As principais irregularidades encontradas foram: transportadores que carregam mais carvão que o autorizado, carregamento de carvão ilegal em caminhões autorizados e o chamado “carvão paraguaio” – quando a siderúrgica tem autorização para importar carvão de países vizinhos, mas em vez de fazê-lo, utiliza carvão ilegal.

Como os principais biomas atingidos – foram explorados cerca de 11 mil hectares de modo irregular – são Cerrado e Pantanal, Minc fez questão de dizer que esta é uma resposta à crítica de que só se preocuparia com a Amazônia. “Se não abrirmos o olho com os biomas Cerrado e Pantanal, eles viram carvão”, salientou.

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Minc quer apoio de governadores para combater crimes ambientais

11 de Junho de 2008 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, vai buscar apoio dos governadores para articular a participação de bombeiros e policiais militares de batalhões florestais na prevenção a crimes ambientais e incêndios florestais. A idéia, discutida hoje (11) entre Minc e o ministro da Justiça, Tarso Genro, é uma alternativa à criação de uma Guarda Nacional Ambiental, descartada pelo Ministério da Justiça.

Segundo Minc, ao contrário de uma corporação nos moldes da Força Nacional de Segurança, “que atua em situações de emergência”, o objetivo é articular agentes para trabalhar em ações de prevenção.

“Será uma nova articulação com estados, envolvendo bombeiros e os batalhões florestais. No Brasil existem 9,6 mil homens e mulheres nos batalhões florestais e existem dezenas e dezenas de milhares de bombeiros. Delineamos um caminho para incorporar alguns deles na prevenção articulada também com o nível federal”, detalhou.

O ministro afirmou que o primeiro passo para organizar a proposta, que chamou de “Guarda Parque”, é ouvir os governadores para definir que estados assinarão o convênio e os detalhes da atuação do grupo na prevenção. “Acho que vai ser uma notícia bem recebida [pelos governadores]. É muito mais barato trabalhar notificando o proprietário, prevenindo a queimada, reforçando a defesa das unidades de conservação do que chorar atrás das floresta queimada, da seiva derramada”, comparou.

Atualmente, o combate aos crimes ambientais é feito por órgãos federais, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Polícia Federal, e por polícias ambientais estaduais, que não atuam, necessariamente, de forma conjunta.

Ao deixar a reunião com Tarso Genro, Minc também anunciou a entrada da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na terceira etapa da Operação Arco de Fogo. A PRF vai atuar no controle da movimentação de material ilegal, principalmente em entroncamentos de rodovias federais.

Os dois ministros também discutiram a possibilidade de garantir que parte dos recursos obtidos em leilões de material apreendido pelas operações de controle de desmatamento sejam revertidos diretamente para o financiamento de ações ambientais. Atualmente, o dinheiro dos leilões vai para os cofres públicos sem destinação orçamentária pré-definida.

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Contratos de concessão de floresta devem ser assinados em agosto, prevê diretor

11 de Junho de 2008 - Da Agência Brasil - Brasília - Até agosto devem ser assinados os contratos de concessões florestal da Floresta Nacional do Jamari, em Rondônia, informou o diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Tasso Rezende de Azevedo.

Hoje (11) foi realizada a segunda etapa da licitação para as três unidades disponíveis para manejo florestal da área, que possui cerca de 220 mil hectares. Nesta etapa, as propostas das cinco empresas que disputam a licitação foram classificadas segundo os critérios técnicos. No entanto, os vencedores só serão conhecidos após a a última fase, quando haverá a classificação de acordo com a proposta de preço das empresas pela área.

As empresas vencedoras da licitação poderão realizar exploração de madeira, com manejo florestal, óleos, resinas e frutos da floresta. Além disso, poderão utilizar o potencial turístico e de visitação das áreas por 40 anos, tempo de duração do contrato de concessão.

Segundo Tasso Rezende, “quem se propõe a trabalhar com mais produtos e serviços da floresta ganha mais pontos [na licitação]. Porque isso faz com que dilua o impacto, além de gerar maior benefício social e econômico com a floresta em pé.”

O cumprimento dos planos de manejo e dos compromissos dos contratos serão fiscalizados pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente, pelo Instituto Chico Mendes e pelo Serviço Florestal Brasileiro.

O diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro explicou que o descumprimento de qualquer um dos compromissos firmados pode extinguir o contrato. Os compromisssos estão relacionados a questões ambientais, benefícios sociais ou ao pagamento pelo uso da floresta.

A Floresta Nacional do Saracataquera, no Pará, está sendo preparada para ser a próxima área licitada no sistema de manejo florestal, segundo Tasso Rezende.

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PF vai investigar possíveis irregularidades em licenças ambientais em Mato Grosso

9 de Junho de 2008 - Sabrina Craide Repórter da Agência Brasil - Brasília - A Polícia Federal de Mato Grosso instaurou no início do mês inquérito para investigar supostas irregularidades na concessão de licenças ambientais para a construção de linhas de transmissão no estado. O inquérito foi instaurado com base em um ofício encaminhado no dia 20 de dezembro de 2007 pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso e o Ministério Público Federal.

De acordo com promotor de Meio Ambiente, Gerson Barbosa, e o procurador da República em Mato Grosso, Mário Lúcio de Avelar, “o relatório apresentado pelos técnicos da Secretaria Estadual do Meio Ambiente no processo de licenciamento ambiental apresenta fortes indícios de ser total ou parcialmente falso ou enganoso, inclusive por omissão”.

O ofício encaminhado à Polícia Federal sustenta que o decreto que prevê as linhas de transmissão foi concluído depois da realização dos trabalhos do Estudo de Impacto Ambiental (EIA/Rima) para a obra e da finalização do parecer técnico, o que, segundo o Ministério Público, constitui um conflito. “Assim, evidencia-se que a informação do Parecer Técnico foi desprovida de qualquer aparato legal e idôneo, fato que demonstra indício de falsidade no relatório”, diz o ofício.

Outro indício de irregularidade, segundo os requerentes, é a presença, no parecer, de uma solicitação para que a limpeza do reservatório seja feita com autorização do órgão ambiental, sendo que a obra de linha de transmissão não prevê a construção de reservatório. O promotor e o procurador pedem que todos os responsáveis pelo parecer sejam ouvidos.

A Secretaria Estadual do Meio Ambiente disse, por meio de sua assessoria, que não foi informada oficialmente da investigação, e que só irá se manifestar depois que tiver informações oficiais.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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