Panorama
 
 
 

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA DESCARTA CRIAÇÃO DE GUARDA NACIONAL AMBIENTAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2008

11 de Junho de 2008 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Valter Campanato/Abr - Brasília - Os ministros do Meio Ambiente, Carlos Minc e da Justiça, Tarso Genro, reúnem-se para discutir a formação da Força Nacional Ambiental, que fiscalizará a região amazônica
Brasília - O Ministério da Justiça não vai criar uma força de segurança específica para atuar na proteção ambiental, contrariando a idéia defendida pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que previa a criação de uma Guarda Nacional Ambiental, nos moldes da Força Nacional de Segurança (FNS). Minc reuniu-se hoje (11) com o ministro da Justiça, Tarso Genro.

“A idéia da guarda, pelo menos com o Ministério da Justiça, não está sendo discutida. O ministério está discutindo com o ministro Minc uma especialização de parte do efetivo da FNS e a continuidade das operações ordinárias da Força em operações em diversas frentes de proteção ao meio ambiente”, apontou o secretário nacional de Segurança Pública, Ricardo Balestreri, que também participou da reunião.

A alternativa do Ministério da Justiça, apresentada a Minc, é destinar para ações ambientais um grupo de 50 a 100 homens de um contingente especializado que o ministério pretende formar para reforçar a FNS. Cerca de 250 homens da Força já atuam em ações ambientais, segundo o ministério.

“Vamos formar 550 homens, com capacitação especializada e equipamentos modernos, o Batalhão Especial de Pronta Entrega (Bepe). Dentro do Bepe, teremos um segmento altamente especializado na preservação do meio ambiente. Não haverá uma força nacional ambiental; talvez isso seja parte de alguma negociação do ministro Minc diretamente com a Presidência, com o MJ, não”, detalhou Balestreri.

O Ministério da Justiça também avalia, segundo o secretário, realocar recursos do orçamento da pasta para fortalecer a atuação de bombeiros e policiais militares de batalhões florestais na repressão de crimes ambientais.

“Vamos estudar a realocação de parte do orçamento para que injetemos nos bombeiros recursos muito significativos e peçamos aos entes federados uma contrapartida de que esses recursos e esses efetivos serão necessariamente utilizados na preservação do meio ambiente.”

Ao deixar a reunião, Minc afirmou que vai apresentar e discutir a proposta com os 27 governadores do país para firmar convênios. Sem a criação de uma corporação específica, o ministro espera contar com os cerca de 9 mil policiais militares que atuam em batalhões florestais e “dezenas de milhares de bombeiros” para ações policiais de preservação ambiental.

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Presidente Lula assina decreto que cria três unidades de conservação

5 de Junho de 2008 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Depois de mais de um ano parada na Casa Civil, a criação da Reserva Extrativista (Resex) do Médio Xingu, no Pará, saiu do papel. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou hoje (5) o decreto de criação da Resex e de outras duas unidades de conservação: a Reserva Extrativista de Ituxi e o Parque Nacional Manpiguari, ambos no Amazonas.

“A gente reclamou muito até conseguir a criação da reserva. Nossa população sofreu ameaças”, disse o líder comunitário Herculano Costa, lembrando que chegou a ser ameaçado de morte por setores contrários à criação da reserva na região do Médio Xingu.

Com a criação das novas reservas extrativistas, que somam cerca de 1 milhão de hectares, o governo pretende fechar o chamado “paredão verde” para conter o avanço do desmatamento na região. Os decretos foram assinados em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou que a expansão das unidades de conservação na Amazônia responde aos críticos internacionais que contestam a soberania brasileira sobre a floresta. “Estamos mostrando que a Amazônia pertence aos brasileiros, às comunidades que vivem na região. Pertence ao povo brasileiro e às políticas de conservação”, defendeu.

Apesar de “ver com bons olhos” o avanço de unidades de conservação, o coordenador de áreas protegidas da organização não-governamental (ONG) WWF Brasil, Cláudio Maretti, criticou a demora do governo para analisar os processos e consolidar novas áreas de preservação.

“Há unidades que deveriam estar nesta lista e não foram criadas hoje, como, por exemplo, a Resex Renascer [no Pará], áreas na Mata Atlântica e mais uma lista enorme de áreas. A responsabilidade de fazer as coisas com cuidado é correta, mas a demora exagerada pode gerar prejuízos para conservação, emissões [de gases de efeito estufa] que geram mudanças climáticas e prejuízos às comunidades”, apontou.

Lula também assinou decreto que prorroga por tempo indeterminado a restrição para o corte ilegal de mogno na Amazônia e outro que cria um grupo de trabalho para acertar os detalhes de funcionamento do Fundo de Proteção e Conservação da Amazônia, que deverá ser lançado daqui a 30 dias.

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Governo cria unidades de conservação na Amazônia Legal

5 de Junho de 2008 - Agência Brasil - Brasília - Em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina hoje (5), no Palácio do Planalto, decreto criando três unidades de conservação na Amazônia Legal e mensagem encaminhando ao Congresso o projeto de lei que institui a Política Nacional sobre Mudanças do Clima.

A cerimônia ocorre às 12h, no Salão Leste, com a presença do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e parlamentares.

Outros compromissos estão previstos na agenda presidencial desta quinta-feira. Logo de manhã, Lula despacha com o ministro Franklin Martins, da Secretaria de Comunicação Social (9h), e Swedenberger Barbosa, chefe de gabinete adjunto de Gestão e Atendimento (10h), com quem deve discutir questões sobre a reforma do Palácio do Planalto.

À tarde, ele se reúne com os ministros José Múcio, da Secretaria de Relações Institucionais (15h); Hélio Costa, das Comunicações (16h30); e Dilma Rousseff, da Casa Civil (18h). Também vai se encontrar, às 15h30, com o senador Magno Malta (PR-ES) e membros da CPI da Pedofilia.

À noite (19h30), Lula será o principal convidado para a abertura da Conferência Nacional de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (GLBT). O encontro, que deve reunir cerca de mil pessoas, é o primeiro do gênero no mundo realizado por iniciativa governamental.

O ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência, Paulo Vannuchi, participa da cerimônia, que ocorre no Centro de Convenções Brasil 21. As discussões seguem até domingo (8), com o tema central Direitos Humanos e Políticas Públicas: O caminho para garantir a cidadania GLBT.

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Minc quer fortalecer combate ao desmatamento com ajuda de forças policiais e militares

6 de Junho de 2008 - Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O Ministério do Meio Ambiente quer intensificar o trabalho conjunto entre estados, as Polícias Federal (PF) e Rodoviária Federal, além do Exército para o combate ao desmatamento na Amazônia.

A idéia, segundo o ministro Carlos Minc é firmar acordos de cooperação com os estados da Amazônia para que os produtos apreendidos sejam leiloados e financiem as operações. Com isso, o trabalho de fiscalização não seria comprometido por uma eventual falta de recursos.

“Na verdade, não precisamos passar a conta para o contribuinte. A conta tem que ser paga por quem está cometendo o crime ambiental”. afirmou o ministro. “Cometeu o crime, o produto vai pagar a operação", completou Minc.

O ministro do Meio Ambiente citou o exemplo do Pará, que assinou um Termo de Cooperação com o governo que permitiu o leilão de uma grande quantidade de madeira apreendida. “Para se ter uma idéia, apenas em Tailândia, 10% da madeira apreendida leiloada foi suficiente para pagar toda a operação”, exemplificou Minc.

Carlos Minc quer ainda que as operações na Amazônia tenham o suporte logístico do Exército. Para o ministro, o trabalho de remoção e estoque dos produtos apreendidos poderiam ser feitos pelo Exército, por meio das bases militares situadas na região. Assim, argumentou, os homens da Força Nacional de Segurança e da PF ficariam concentrados na fiscalização e apreensão de produtos ilegais.

“Nessa segunda fase da Operação Arco de Fogo vamos estar nas estradas, nos entroncamentos e será necessário reforço no contingente”, explicou.

Minc também adiantou que a terceira etapa da Operação Arco de Fogo buscará o diálogo com a indústria frigorífica e de soja para que sejam cadastrados todos os que participam da cadeia de fornecedores. A idéia é criar, com isso, um selo de procedência dos produtos fabricados na Amazônia.

Hoje (6), o ministro do Meio Ambiente esteve reunido com o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, para atualizar as estratégias de combate à devastação no período de estiagem na Amazônia, que vai de junho a setembro. Esse é o momento em que mais se registra desmatamento na região.

Na próxima semana, ele irá se reunir com os ministro da Justiça, Tarso Genro, e da Defesa, Nelson Jobim, para acertar a cooperação entre os órgãos.

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Ipea prepara banco de dados sobre Amazônia Legal para subsidiar políticas para a região

3 de Junho de 2008 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Um em cada quatro grãos consumidos ou exportados pelo Brasil é produzido na Amazônia Legal, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A região que, na década de 1970, concentrava 7% da produção de grãos, chegou a 24,5% em 2006. Se considerada toda a produção agropecuária, a Amazônia é responsável por 21% do total brasileiro, além de abrigar 36% do rebanho de bovinos do país.

Os números, apresentados hoje (3) pelo presidente do Ipea, Marcio Pochmann, farão parte de um banco de dados com informações sobre a Amazônia Legal para subsidiar políticas públicas para região, a pedido do ministro de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, coordenador do Plano Amazônia Sustentável. A previsão é que o banco de dados seja concluído e colocado à disposição, para consulta, no segundo semestre deste ano.

“O objetivo é dar apoio à proposição de alternativas de desenvolvimento paras a região. Formamos um grupo técnico, para coordenar informações e fazer a gestão pública do conhecimento sobre a Amazônia”, apontou Pochmann, após participar de audiência pública na Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional da Câmara dos Deputados.

Além de reunir informações fundiárias e indicadores de expansão econômica e populacional, o levantamento do Ipea poderá subsidiar, segundo Pochmann, a formulação de novas estratégias de medição de desenvolvimento humano na Amazônia Legal, com a construção de novos indicadores, a partir de critérios adaptados à realidade socioeconômica dos estados da região.

Pochmann defendeu um “novo regionalismo”, que leve em conta as especificidades dos nove estados da Amazônia Legal que, além da região Norte, inclui parte do Maranhão e Mato Grosso.

O diretor-geral da Fundação France Libertés, André de Almeida, também defendeu indicadores diferenciados para a Amazônia, que não apenas repliquem os padrões utilizados em outras regiões do país. “Os indicadores sociais não podem ter parâmetros apenas monetários. É preciso ter uma visão qualitativa do crescimento”, argumentou durante a audiência pública.

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Marina diz que vai manter diálogo com todas as correntes para consolidar política ambiental

4 de Junho de 2008 - Marcos Chagas - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Em seu primeiro discurso no plenário depois que reassumiu a cadeira no Senado, Marina Silva (PT-AC) comunicou que pretende manter o diálogo com todas as correntes político-partidárias para consolidar as políticas de gestão ambiental.

A ex-ministra do Meio Ambiente afirmou que a sua saída do governo "não tem a pretensão de desconstituir”, mas a pretensão de contribuir na consolidação das conquistas que o setor vem obtendo ao longo dos anos.

Marina Silva revelou que quando negociava matérias polêmicas que aguardavam a aprovação do Congresso, avisava ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que conversaria com todos os partidos. "Se simbolicamente posso citar um, liguei várias vezes para o [ex] presidente Fernando Henrique Cardoso para pedir ajuda para aprovar o que é maior do que nós", disse.

A senadora, que ainda tem três anos de mandato, ressaltou que nos últimos anos, especialmente no governo Lula, a questão ambiental deixou de ser um assunto periférico para entrar na agenda nacional.

Marina Silva no entanto deixou claro que não pretende abrir mão "de nenhum centímetro a mais" de ações adotadas pelo atual governo para melhorar as políticas de controle e fiscalização ambientais.

"Nós temos que discutir como é que vamos ter crédito, assistência técnica, novos padrões tecnológicos para produzir em menos área", defendeu.

Sobre a saída da pasta do Meio Ambiente, Marina Silva disse que no momento em que sentiu que "o acolhimento [do governo]" não lhe dava mais as condições para permanecer no cargo, pediu a exoneração.

"Eu sempre tive uma compreensão. De que a causa é maior do que o cargo e que o cargo deve estar a serviço da causa, inclusive para ser disponibilizados se a sua disponibilização leva a um fortalecimento da causa", afirmou.

A senadora reconheceu o apoio que obteve do presidente Lula em momentos decisivos, como no ano passado quando o governo teve que tomar uma série de providências para conter o avanço do desmatamento.

"Um licenciamento que até 2003 era de 140 licenças por ano, com 45 hidrelétricas embargadas [na Justiça] eu saio agora deixando um balanço em 2007 de 302 licenciamentos, inclusive os de alta complexidade, sem que nenhum esteja na Justiça", lembrou a senadora.

Mais uma vez, Marina Silva questionou a postura do governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, um dos principais críticos das ações adotadas durante sua gestão no Ministério do Meio Ambiente. A senadora ressaltou que não cabia ao governador questionar as medidas adotadas pelo governo federal, em setembro do ano passado, entre elas a do Conselho Monetário Nacional (CMN) de proibir o crédito para quem desmata ilegalmente e o embargo das áreas desmatadas ilegalmente.

"O erro é combater o que está funcionando, combater o combate aos ilegais", afirmou, acrescentando que "não era para o governador Blairo Maggi questionar as medidas, era para continuarmos a trabalhar juntos, eu disse isso a ele".

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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