Panorama
 
 
 

MMA PREPARA NOVA ETAPA CONTRA O DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2008

04/06/2008 - Lucia Leão - O Ministério do Meio Ambiente deflagrará, a partir deste mês, uma grande operação de fiscalização em madeireiras, frigoríficos, siderúrgicas e agroindústrias para verificar a origem dos produtos processados nas unidades. Essas novas etapas da operação serão discutidas nos próximos dias com o diretor da Polícia Federal, Luís Fernando Correia, e com o ministro da Justiça, Tasso Genro.

Os estabelecimentos em que for constatada a utilização de matérias-primas provenientes das áreas embargadas na Amazônia poderão ter seus registros cassados e perderão o direito a crédito em instituições oficiais, entre outras sanções previstas no decreto assinado pelo presidente Lula em dezembro de 2007. O anúncio da operação foi feito nesta quarta-feira (4) pelo ministro Carlos Minc na solenidade de posse do novo presidente do Ibama, Roberto Messias Franco. Ele também informou que as associações de compradores e processadores de soja, que em 2006 suspenderam as compras de grãos produzidos no bioma Amazônia, concordaram em prorrogar a moratória por mais um ano.

Para uma platéia composta por funcionários do Ibama, MMA, e de órgãos e instituições ambientalistas de todo o País, Minc iniciou seu pronunciamento prestando um tributo à ex-ministra Marina Silva que, segundo ele, "se sacrificou para recolocar a política ambiental e o Ministério do Meio Ambiente no patamar que ele deve ter dentro da estrutura do governo". O ministro reafirmou que dará continuidade a todos os projetos iniciados na gestão que o antecedeu e trabalhará para aumentar a capacidade de ingerência do ministério em áreas onde ele ainda tem pouca participação, como saneamento e políticas industrial e tecnológica.

Numa espécie de retrospectiva de sua primeira semana frente à pasta, Minc repetiu que não pretende flexibilizar o licenciamento ambiental, mas agilizá-lo, eliminando etapas e procedimentos dispensáveis e orientando as empresas na elaboração dos EIA-Rimas, de forma que eles já atendam da melhor forma possível as exigências técnicas e legais e possam ser mais aprovados mais rapidamente, como ele vinha fazendo frente à Secretaria do Ambiente do Rio de Janeiro.

Minc também prometeu trabalhar para recompor o orçamento do MMA e órgãos vinculados e anunciou um reforço institucional significativo para a área de fiscalização do Ibama: um decreto, que está sendo finalizado dará mais efetividade à Lei de Crimes Ambientais, reduzindo prazos e limitando as possibilidades de recursos dos infratores. Hoje, o Ibama tem 15 milhões de processos de autuação pendentes por conta de recursos judiciais. Eles representam algo em torno de R$ 40 bilhões em multas que não podem ser recolhidos.

O mesmo decreto ampliará os poderes fiscais do Ibama que, como já acontece com os fiscais da Receita Federal, poderão dar destinação imediata - doar a instituições, por exemplo - aos produtos ilegais apreendidos.

O ministro também aproveitou a solenidade no Ibama, onde também foi empossada a secretária-executiva do MMA, Izabela Teixeira, para dizer que vai propor ao Banco Central ampliar as restrições de crédito rural para os biomas Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal e Caatinga. Enquanto as restrições valem apenas para a Amazônia, caberá aos órgãos estaduais de Meio Ambiente atestar quais propriedades rurais estão fora do bioma como prevê a Resolução 3.545, que vigora a partir de 1º de julho.

O ministro reagiu aos questionamentos sobre a lisura do processo com essa transferência de responsabilidade. Ele informou que a delimitação do bioma é feita pelo IBGE, por meio de mapas georreferenciados, e os estados - Maranhão, Tocantins e Mato Grosso, que têm parte de seus territórios no bioma Cerrado - têm responsabilidades legais. A não observância dos mapas do IBGE caracteriza crime de falsidade, que pode ser punido com prisão. "Nós instruiremos os estados e depois fiscalizaremos por amostragem", explicou.

Chico Mendes - O novo presidente do Instituto Chico Mende de Biodiversidade, único cargo a ser preenchido para concluir a transição nos órgãos vinculados do MMA, será feito por indicação de uma comissão de notáveis, que Minc chamou de "comitê de busca", que será nomeado nos próximos dias. O grupo indicará cinco nomes, que apresentarão seus planos de trabalho para o ICMBio. Um deles comandará o Instituto.

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Governo cria novas UCs e envia projeto ao Congresso sobre mudança do clima

04/06/2008 - O ministro Carlos Minc participa nesta quinta-feira (5), às 12h, no Palácio do Planalto, da solenidade de comemoração do Dia Mundial do Meio Ambiente com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Entre os atos do presidente Lula, estão o envio da mensagem ao Congresso Nacional do projeto de lei que institui a Política Nacional sobre Mudanças do Clima e assinatura dos decretos de criação de três Unidades de Conservação: a Reserva Extrativista do Médio Xingu, a Reserva Extrativista de Ituxi e o Parque Nacional do Mapinguari, todas na Amazônia. O projeto de lei sobre mudanças do clima fixa objetivos, princípios, diretrizes e instrumentos e norteará o Plano Nacional sobre Mudança do Clima, bem como outros planos, programas, projetos e ações relacionados, direta ou indiretamente, à mudança do clima, que sejam implementados nos três níveis da federação.

O texto é resultado do trabalho do Grupo Executivo, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e composto por outros seis ministérios, além do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas e da Casa Civil. Esse grupo realizou dez reuniões para elaborar o documento que foi, posteriormente, enviado e aprovado pelo Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM), formado por 16 ministérios e pelo Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, coordenados pela Casa Civil. Tanto o Grupo de Trabalho quanto o Comitê Interministerial foram criados por decreto presidencial em novembro de 2007.

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Comissão de desenvolvimento sustentável se reúne em Fortaleza

13/06/2008 - A Comissão de Políticas para Desenvolvimento Sustentável (CPDS) realizou nesta sexta-feira (13), em Fortaleza (CE), a sua 10ª reunião - que teve entre seus principais objetivos debater e planejar estratégias para que a Comissão funcione em interlocução permanente com a Rede Brasileira de Agendas 21 locais. Para tanto, membros da CPDS participaram do II Encontro Nacional da Rede Brasileira de Agendas 21 locais que aconteceu entre 10 e 12 de junho, também em Fortaleza.

Criada em 1997 para construir a Agenda 21 Brasileira, a CPDS tem por finalidade propor estratégias para o desenvolvimento sustentável no País. Entre o conjunto de suas atribuições está o apoio às Agendas 21 locais e o acompanhamento da implementação da Agenda 21 Brasileira. Composta por 17 representantes da sociedade civil e 17 do governo, a Comissão é presidida pelo ministro de Meio Ambiente, Carlos Minc, e tem na vice-presidência o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

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ICMBio e Ibama montam sala de situação para monitorar incêndios florestais

16/06/2008 - Com o início do funcionamento nesta segunda-feira em Brasília da "sala de situação", o Instituto Chico Mendes e o Ibama começaram a pôr em prática o monitoramento conjunto de queimadas e incêndios florestais nas unidades de conservação (UCs). A ação visa a evitar ou a amenizar os efeitos dos muitos focos de calor que normalmente são registrados nesta época do ano. A "sala" funcionará durante o período de seca na maior parte do País, que vai até outubro, e emitirá boletins diários, que podem ser conferidos pela imprensa ou qualquer pessoa na internet, no endereço http://www.ibama.gov.br/emergencias/areas-tematicas/boletins-diarios. No boletim emitido às 11h, há a confirmação de fogo na Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins.

De acordo com o boletim, o fogo começou no final de semana e ainda persistia na manhã desta segunda-feira. Brigadistas do PrevFogo estão local combatendo as chamas. Não se tem notícia ainda da dimensão dos estragos. O boletim indicava ainda alerta amarelo (sem confirmação de incêndio) em unidades de conservação nos estados do Acre (Floresta Nacional de Santa Rosa do Purus e Parque Nacional da Serra do Divisor), do Amazonas (Floresta Nacional do Purus), do Espírito Santo (Reserva Biológica de Sooretama) e de Minas (Parque Nacional da Serra da Canastra). As direções estaduais do PrevFogo e das UCs foram acionadas para checar as informações.

Além de técnicos do PrevFogo, a "sala de situação" é formada por representantes do Monitoramento, das diretorias de Proteção e Planejamento do Ibama e das diretorias de Unidades de Conservação de Proteção Integral, de Uso Sustentável e de Planejamento do Instituto Chico Mendes. As assessorias de comunicação dos dois órgãos dão suporte ao grupo, que trabalha em sintonia direta com a Coordenação de Emergências Ambientais.

Em caso de registro de focos de calor, que podem ser detectados via satélite ou por vários outros meios, a primeira providência da "sala de situação" é acionar os "gerentes do fogo", que são técnicos treinados nas UCs para articular o primeiro combate às chamas. Cabe a eles, avaliar o quadro e pedir reforços, se for preciso.

Este ano, o PrevFogo montou três bases aéreas para a operação de aviões e helicópteros que vão auxiliar as brigadas no trabalho de combate ao fogo. As bases foram instaladas nos estados onde normalmente ocorrem o maior número de queimadas Minas, Goiás e Mato Grosso. Como são móveis, elas podem ser deslocadas para qualquer outro ponto do País, caso haja necessidade.

A "sala de situação" vai funcionar até o final de outubro, quando se prevê o final da seca. Os boletins com o quadro dos focos de calor em todo o território nacional serão divulgados diariamente, sempre no período da manhã. Eles podem ser acessados pela imprensa ou por qualquer outra pessoa no endereço http://www.ibama.gov.br/emergencias/areas-tematicas/boletins-diarios.

Os boletins trazem alertas sobre a ocorrência de focos de calor tanto dentro das Unidades de Conservação como na chamada zona tampão, que é a zona de amortecimento em torno das unidades. Nesse caso, o monitoramento é dividido em dois perímetros, de 0 a 5 quilômetros (buffer interno) e de 5 a dez quilômetros das UCs (buffer externo). Os alertas são de dois tipos - vermelho, em caso de confirmação de incêndio, e amarelo, quando o fogo ainda não foi confirmado
Fonte: ICMBio

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Entra em vigor resolução sobre poluição por óleo em águas brasileiras

11/06/2008 - Daniela Mendes - Entra em vigor a partir de hoje (12) a resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) que trata do conteúdo mínimo do Plano de Emergência Individual para incidentes de poluição por óleo em águas sob jurisdição nacional. A norma, publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira, revoga a de nº 293/2001.

Uma das novidades dessa nova resolução é que, além de portos organizados, terminais, dutos, plataformas e instalações de apoio, ela atingirá também sondas e terminais terrestres, refinarias, estaleiros, marinas, clubes náuticos e instalações similares.
A resolução também exige apresentação de cenários acidentais envolvendo navios quando esses se originam ou se destinam às instalações, ou estejam realizando manobras de atracação, desatracação ou docagem na bacia de evolução das instalações .

Em relação às mudanças referentes à gestão, a norma estabelece a figura do Plano de Emergência Simplificado para marinas, clubes náuticos e outros empreendimentos de menos porte e impacto e abre a possibilidade de elaboração de Planos de Emergência Compartilhados para instalações portuárias de um mesmo empreendedor, situadas dentro da mesma área geográfica.

Segundo Lorenza Alberici da Silva, técnica especializada da Gerência de Qualidade Costeira e do Ar do MMA, a resolução inova ao determinar que os empreendimentos tenham algum recurso próprio para o atendimento a incidentes de poluição por óleo, mas não determina nenhum valor ou percentual, podendo aumentar a participação de serviços terceirizados. Também não estabelece quantidades limites para o uso de dispersantes, mas observa que seu uso deve ser compatível com o tipo e a quantidade de óleo e seguir a legislação ambiental vigente (resolução Conama 269/00).

Quanto aos prazos de adequação às modificações da resolução, fica estabelecido o prazo de até um ano, após a data de entrada em vigor da resolução, Terminais aquaviários, dutos marítimos, plataformas, portos organizados, instalações portuárias e respectivas instalações de apoio terão prazo de um ano para adequação à norma, e até dois anos, para terminais, sondas e dutos terrestres, estaleiros, refinarias, marinas, clubes náuticos e instalações similares.

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Descarte de pilhas e baterias será pauta de reunião do Conama

13/06/2008 - Daniela Mendes - A proposta de resolução que dispõe sobre o descarte e gerenciamento ambientalmente adequado de pilhas e baterias usadas que contenham chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos será discutida na 90ª reunião ordinária do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), nos dias 17 e 18, na sede do Ibama, em Brasília. Se aprovada, ela revogará a Resolução 257/99, atualmente em vigor. O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, abrirá a reunião prevista para iniciar às 9 horas.
De acordo com Dominique Louette, coordenadora da área técnica do Conama, já há consenso em relação aos padrões, ao controle e à fiscalização desses produtos. "O Ibama propõe padrões da legislação européia e já há consenso com o setor produtivo", diz.

O Conama apreciará, ainda, a solicitação de criação de um grupo de trabalho, no âmbito da Câmara Técnica de Controle e Qualidade Ambiental, para revisão da Resolução 344/04, que estabelece as diretrizes gerais e os procedimentos mínimos para a avaliação do material a ser dragado em águas jurisdicionais brasileiras, entre outros assuntos.

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Ministro cumpre agenda no Rio de Janeiro

12/06/2008 - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, cumpre agenda nesta sexta-feira (13), no Rio de Janeiro. Pela manhã, às 10h, participa, juntamente com o governador Sérgio Cabral, da posse da secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos, no Salão Nobre do Palácio Guanabara.

Depois, Minc participa da reunião do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas. O encontro tem por objetivo avaliar os dados relativos ao aumento da taxa de desmatamento da Amazônia, divulgada recentemente, além de discutir a expansão da produção de biocombustíveis no Brasil.

Durante a reunião, a secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Suzana Kahn, irá apresentar aos participantes do Fórum a proposta de Projeto de Lei que institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima, enviada pelo presidente Lula ao Congresso Nacional este mês.
Suzana também dará detalhes do processo de elaboração do Fundo Amazônico e do Plano Nacional sobre Mudança do Clima, que deverá ficar pronto em novembro, antes da próxima Convenção do Clima, na Polônia, em dezembro.

Encerrando as atividades do dia, o ministro estará na cerimônia oficial de comemoração dos 200 anos do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Na ocasião, serão lançados selo e medalha comemorativa ao bicentenário da instituição.

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Minc propõe criação de programa Rio de Janeiro Amigo da Amazônia

13/06/2008 - Suelene Gusmão - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse hoje, no Rio de Janeiro, que dentro de um mês estará anunciando o programa "Rio de Janeiro Amigo da Amazônia". A proposta é determinar que o estado não compre um produto sequer que seja originário do desmatamento da Floresta Amazônica.

O anúncio do ministro ocorreu durante a transmissão de cargo da Secretaria Estadual de Meio Ambiente. Carlos Minc foi substituído na função por Marilene Ramos, que antes era presidente da Superintendência Estadual de Rios e Lagoas (Serla). A transmissão de cargo foi prestigiada pelo governador do Rio Sérgio Cabral e pelo ministro das Cidades, Márcio Fortes, além de parlamentares federais e estaduais.Durante a transmissão de cargos foi assinado Decreto de criação do Parque Estadual do Cunhambebe

A nova secretária estadual do Meio Ambiente do Rio de Janeiro, Marilene Ramos, prometeu ao ministro Minc exercer o cargo antes ocupado por ele com energia, vigor e alegria. Segundo ela, alegria porque Minc mostrou ao mundo que meio ambiente não precisa ser uma tarefa pesada. "Por isso, o Minc não assume um cargo. Ele estréia no cargo", disse Marilene.

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Carlos Minc anuncia apoio da Fiesp contra desmatamento da Amazônia

10/06/2008 - Em evento hoje (10/6), na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, anunciou duas iniciativas para se diminuir o desmatamento na Amazônia:

Em breve será assinado termo de cooperação do ministério com a federação das indústrias paulistas para que o setor passe a só comprar produtos de fornecedores que não estão desmatando a floresta;

A partir de 15 de junho, grandes empresas do país - basicamente frigoríficos, siderúrgicas, madeireiras e agropecuárias - serão notificadas para que, em no máximo 60 dias, encaminhem ao governo a listagem dos seus fornecedores de produtos originários da Amazônia, para que seja fiscalizada sua procedência.

"Não estamos criando punições novas, mas dando prazos para o cumprimento de leis já existentes. As empresas serão co-responsáveis pelos crimes ambientais cometidos pelos seus fornecedores e arcarão com as penas da lei. É o 'cumpra-se' da fiscalização das cadeias produtivas", afirmou o ministro, referindo-se à campanha que desenvolve há anos no Rio de Janeiro, como deputado estadual, pelo cumprimento das leis.

O ministro falou sobre a Amazônia e outros temas em palestra para integrantes do Conselho Superior de Meio Ambiente da Fiesp, na sede da entidade, na Cidade de São Paulo. A reunião foi aberta a jornalistas que, assim como os integrantes do conselho, puderam fazer perguntas a Minc.

Ao lado do presidente da Fiesp, Paulo Skaf, o ministro disse que "não adianta colocar um policial atrás de cada um para se evitar o desmatamento da Amazônia". Ao contrário, segundo ele, é preciso dar condições de renda para que os 25 milhões de habitantes da região possam produzir de forma sustentável, sem destruir a floresta.

Nessa linha de atuação, Minc defendeu o apoio dos empresários modernos que já perceberam a importância de se ter desenvolvimento econômico aliado à preservação do meio ambiente. Segundo o ministro, o apoio da Fiesp é fundamental nesse processo.

"Não há outra forma de qualificar e modernizar a cadeia produtiva. A própria indústria tem que fiscalizar a cadeia dos seus fornecedores. Tenho certeza de que a Fiesp será nossa parceira no sentido de resgatar a Amazônia, contra esse modelo predador", disse Minc.

O presidente da Fiesp deu apoio às declarações do novo ministro do Meio Ambiente, afirmando ser importante o combate a "eventuais empresas que estejam fora da lei, desmatando".

Em sua palestra, o ministro não falou apenas da Amazônia, defendendo também ações para o aumento do índice de saneamento no país, para a diminuição da poluição atmosféricas nos grandes centros urbanos e para investimentos em tecnologias limpas, entre outros temas.

Segundo Minc, serão adotados no Brasil padrões mais rigorosos de controle da poluição do ar, a exemplo do que ocorre em países desenvolvidos. Em relação ao combate aos crimes ambientais, o ministro anunciou que, em 15 dias, o presidente Lula deverá assinar decreto, com 50 artigos, regulamentando a Lei de Crimes Ambientais, tornando-a mais rigorosa.

Entre os pontos acordados com o presidente, os prazos para recursos dos supostos criminosos cairão de três a quatro anos para três a quatro meses. E o Ibama, a exemplo da Receita Federal, terá poder para leiloar imediatamente os bens apreendidos, para inclusive usar os recursos auferidos para financiar as ações de combate aos crimes ambientais.

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MMA define produtos extrativistas que terão preço mínimo

09/06/2008 - Lucia Leão - O Ministério do Meio Ambiente definiu os dez produtos de extrativismo que terão, já a partir deste ano, a garantia de preço mínimo prevista na Medida Provisória 432, assinada pelo presidente Lula dia 27 de maio. São eles castanha do Brasil, babaçu, andiroba, copaíba, buriti, seringa, piaçava, carnaúba, pequi e açaí. A diretoria de Extrativismo da Secretaria de Desenvolvimento Rural Sustentável conclui, junto com a Conab - Companhia Nacional de Abastecimento, os estudos para identificar os custos de produção de cada um deles e fixar, até o final de julho, os valores de aquisição que serão garantidos pelo governo.

A fixação do preço mínimo é a primeira de uma série de ações que serão deflagradas ainda este ano pelo MMA com o objetivo de melhorar a capacidade produtiva e de auto-sustentação dos Povos e Comunidades Tradicionais e apoiar a comercialização de produtos extrativistas. No dia 26 de junho representantes do MMA e das comunidades extrativistas se encontram, em São Paulo, com representantes de entidades empresariais comprometidas com as questões ambientais e sociais, como o Instituto Ethos e o Conselho Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável. Eles vão discutir a criação de novas cadeias produtivas e o fortalecimento das cadeias já existentes de produtos extrativistas, de forma a agregar valor, consolidar mercados e garantir o desenvolvimento sustentável das comunidades que vivem do extrativismo, uma população estimada em 5,2 milhões de pessoas em todo o País.

Essas são diretrizes da Agenda Social das Comunidades Tradicionais e do Plano Nacional Estratégico da Biodiversidade, propostas que o ministério apresentará ao presidente Lula para se transformarem em decreto e ganharem força de lei.

O Plano Nacional está sendo construído em encontros regionais - o sétimo e último, do Bioma Pantanal, acontecerá nos próximos dias 12 e 13 na Chapada dos Guimarães - e será debatido e aprovado em reunião nacional, entre os dias 15 e 18 de julho, em Brasília, com a participação de representantes de povos e comunidades tradicionais, produtores familiares, pesquisadores, empresários e governos federal e estaduais.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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