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MMA VAI RECORRER DE DECISÃO DO STF SOBRE COMPENSAÇÃO AMBIENTAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2008

16/06/2008 - Daniela Mendes - Temendo a paralisação total dos processos de licenciamento ambiental no País, o ministro Carlos Minc, do Meio Ambiente, esteve nesta segunda-feira (16) com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto, para solicitar que sejam esclarecidos pontos da decisão tomada pelo colegiado que alterou critérios para a compensação ambiental no Brasil. Atualmente, somente na esfera federal essa decisão atinge cerca de 600 licenciamentos que podem gerar até R$ 600 milhões em recursos para as Unidades de Conservação.

Assim que sair publicado o acórdão do julgamento - o que deve acontecer até a próxima semana - o MMA entrará com um pedido de Embargo Declaratório com o objetivo de esclarecer a decisão e garantir que os licenciamentos já autorizados e os em andamento não sejam paralisados.

"Da forma como está a decisão corre-se o risco de termos de parar todos os licenciamentos", disse Minc, elogiando a compreensão do magistrado sobre a necessidade de se definirem alguns pontos da decisão e possibilitar uma segurança jurídica aos processos de licenciamento e de compensação ambiental.

Durante a conversa, Carlos Minc solicitou a Ayres Britto que a decisão não seja retroativa; que se estabeleça um prazo de seis meses para adequação dos órgãos ambientais e empresariais; e que a gradação do cálculo sobre o impacto seja sobre o montante do investimento que efetivamente gera impacto negativo ao ambiente, excluindo-se, por exemplo, investimentos feitos no próprio empreendimento para controle de poluição, uso sustentável de energia, etc.

"Fui muito bem recebido. A gente não trouxe somente uma preocupação, trouxemos também uma solução. Uma luz tanto para os ambientalistas quanto para os empresários", acredita Carlos Minc. Ele afirmou que já conversou com o presidente do STF, Gilmar Mendes, e com o advogado-geral da União, José Antonio Dias Toffoli; e que procurará a Confederação Nacional da Indústria (CNI) para tentar acordar a interpretação da decisão do STF.

Ayres Britto foi relator da Adin 3378 (Ação Direta de Inconstitucionalidade) impetrada em 2004 pela Confederação Nacional da Indústria. A entidade queria derrubar o dispositivo da compensação ambiental questionando o artigo 36 da Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Lei 9985/2000).

Em julgamento no dia 9 de abril, o Supremo Tribunal Federal aboliu o piso de 0,5% sobre o valor de obras danosas ao meio ambiente, dinheiro esse que é investido na manutenção ou na criação de parques, reservas biológicas e outras áreas protegidas federais, estaduais e municipais.

No entanto, a decisão reconheceu que a compensação ambiental deve continuar a existir, mas sem uma relação com o valor total da obra e sem a determinação de um piso. "A compensação ambiental é um instituto jurídico", esclareceu o ministro Ayres Britto após o encontro.

Ele afirmou ainda que "quando se trata de meio ambiente eu que sou descomplicado fico mais ainda no que favorecer o meio ambiente". Numa clara referência ao recurso que será apresentado pelo MMA.

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Seminário discute destinação final de refrigeradores domésticos

16/06/2008 - Gisele Teixeira - O Ministério do Meio Ambiente e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) promovem, nos dias 18 e 19 de junho, em São Paulo, um seminário sobre Destinação Final de Refrigeradores Domésticos. O evento visa discutir os avanços e desafios da substituição de refrigeradores antigos por aparelhos mais eficientes, bem como a destinação final das Substâncias Destruidoras da Camada de Ozônio (SDOs) contidas nesses equipamentos.

A iniciativa reunirá técnicos dos governos dos países da América do Sul, Central, Caribe e México, bem como representantes de agências implementadoras e consultores. Também participam empresas relacionadas ao segmento, como fabricantes de geladeiras e distribuidoras de energia, entre outras.

O Brasil possui hoje cerca de 50 milhões de refrigeradores. Desse total, estima-se que 11 milhões ainda dependam de um gás altamente poluente para funcionar: o CFC, clorofluorcarbono, que destrói a camada de ozônio e agrava o efeito estufa ao mesmo tempo. O Protocolo de Montreal, em 1987, determinou a substituição do CFC por outros gases menos danosos ao meio ambiente.

Para atender ao Protocolo, o Brasil lançou, em 2002, o Plano Nacional de Eliminação de CFC. Entre as ações já desenvolvidas estão o treinamento de 18 mil refrigeristas, a implantação de três centrais de recuperação de gás e a distribuição de 2 mil máquinas de recolhimento de CFC. Os recursos necessários para essa troca dos refrigeradores são garantidos pelo Fundo de Eficiência Energética, instituído a partir da lei 9.991, que obriga as empresas distribuidoras de energia a destinarem 0,5% de suas receitas a ações voltadas para o uso eficiente da energia elétrica.

Mesmo com avanços, Brasil e outros países se debruçam para encontrar alternativas para acelerar a substituição desses equipamentos, bem como para dar uma finalização mais adequada às geladeiras velhas, para que estas não acabem nos lixões. O objetivo do encontro, nesse sentido, é trocar informações sobre o que vem sendo feito nessa área, assim como discutir os avanços no uso de tecnologias, certificações e legislações.

No primeiro dia do encontro, que ocorrerá no Hotel Excelsior, representantes dos governos Colômbia, Cuba e México apresentarão seus programas de substituição de refrigeradores e destinação final desses. Esses países possuem iniciativas semelhantes à brasileira, que também será exposta aos participantes pelo diretor do Departamento de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente, Ruy de Góes.

O diretor fará, ainda, a abertura do segundo dia do seminário, cujas discussões terão como meta identificar oportunidades e desafios na destinação final de refrigeradores e estimular o mercado de manufatura reversa no Brasil.

O tema é de interesse de empresas do setor de desmontagem de resíduos eletroeletrônicos e recicladores; fabricantes de equipamento de refrigeração doméstica e comercial e aparelhos de ar- condicionado e distribuidoras de energia que desenvolvem projetos de substituição de refrigeradores e ar-condicionado ou que tenham interesse no assunto.

Silvano da Costa, diretor do Departamento de Ambiente Urbano da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do MMA, abordará a Legislação Nacional sobre destinação de eletroeletrônicos no Brasil - Política Nacional de Resíduos Sólidos.

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Brasil apresenta Política de Recursos Hídricos em Zaragoza

16/06/2008 - A participação do Brasil na Expo Zaragoza 2008 - a grande feira internacional que reúne representantes de 107 países e nesta edição tem como tema central Água e Desenvolvimento Sustentável - deve garantir o acesso do País a mais recursos de fundos europeus destinados a incentivar o uso racional e a melhoria na gestão dos recursos hídricos na América Latina. Nesse domingo (15), a Expo dedicou o dia ao Brasil, abrindo espaço para apresentações artísticas e culturais que culminaram com show comandado pelo músico-ministro Gilberto Gil, e para debates sobre A Política de Recursos Hídricos do Brasil e a Implementação de seus Instrumento. Ela foi apresentada pelo diretor-presidente da Agência Nacional das Águas (ANA), José Machado, que representou o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.

Entre as iniciativas do Ministério do Meio Ambiente que estão sendo apresentadas na Expo estão as de abastecimento de água em comunidades indígenas e em escolas e assentamentos rurais e o projeto Água Doce, de instalação de poços e dessalinização de água para abastecimento de comunidades rurais dispersas no semi-árido nordestino.

"Mostrar essas experiências de sucesso, esse esforço que o governo vem fazendo, será decisivo para que o Brasil possa ter uma participação maior nos recursos destinados a esse tipo de projeto", acredita o comissário-geral do Brasil na Expo Zaragoza, o diretor de Recursos Hídricos da SRH João Bosco Senra. Ele estima que só este ano serão investidos 1,5 bilhão de euros, a fundo perdido, em projetos de abastecimento de água para a zona rural de países sul-americanos.

Senra comentou os avanços proporcionados pelo Plano Nacional de Recursos Hídricos editado há 11 anos. Entre eles, o comissário destacou a participação social na gestão, que hoje já envolve mais de 10 mil pessoas atuantes nos comitês de bacias hidrográficas e nos conselhos estaduais e nacional de recursos hídricos, instituídos como instâncias de decisão sobre a destinação da água. Aliada à condição de 12% de toda a água doce do planeta, a prática do Plano Nacional faz do País criou uma grande expectativa em torno da participação brasileira na Expo.

"O Brasil é referência na política de gestão de águas. Foi o primeiro país da América a ter a um Plano Nacional de Recursos Hídricos. Uma medida que está nas Metas do Milênio da tecnologias para o desenvolvimento sustentável e inovações na gestão de recursos hídricos", afirmou.

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Ministro participa da festa de 200 anos do Jardim Botânico do Rio

13/06/2008 - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, elogiou nesta sexta-feira (13) a forma de gestão e administração conduzida no Jardim Botânico do Rio Janeiro. A observação foi feita durante a solenidade de aniversário de 200 anos da instituição.

Ele comparou o tempo de existência do jardim a um "rapaz de 200 anos que ainda tem pique e vitalidade" e desejou o mesmo perfil para todos os parques brasileiros - embora sabendo que eles não tenham os atributos do Jardim Botânico. "Além de parque, o jardim é um acervo, uma instituição de pesquisa e um local onde se pode acessar uma quantidade enorme de informações ambientais e pedagógicas", destacou.

Minc participou da solenidade ao lado do ministro interino da Cultura, Juca Ferreira; do presidente do JBRJ, Listz Vieira; e do prefeito do JBRJ, Guido Gelli. O lançamento do Selo e da Medalha Comemorativos dos 200 anos marcou o ponto alto da festa de aniversário. Antes da festa de lançamento, Carlos Minc, ao lado de Listz Vieira e do prefeito do JBRJ, plantou uma muda de Palmeira Imperial na entrada principal do parque. Listz informou que o JBRJ recebe por ano cerca de 600 mil visitantes, sendo um dos locais mais visitados do país.

O JBRJ foi fundado em 13 de junho de 1808 por Dom João, então príncipe regente, mais tarde Dom João VI. São 137 hectares de extensão, sendo 55 abertos à visitação. O parque abriga um acervo botânico da flora brasileira e exótica e um acervo histórico-cultural.

Cumprindo agenda no Rio de Janeiro, o ministro participou, ainda, da posse da secretária do Ambiente do Estado, Marilene Ramos, e da reunião do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas.

Na transmissão de cargo da secretária, Minc disse que dentro de um mês deverá anunciar o programa "Rio de Janeiro Amigo da Amazônia". A proposta é determinar que o estado não compre um produto sequer que seja originário do desmatamento da Floresta Amazônica.

Durante o fórum, lembrou que na segunda-feira (16) entrará em vigor mais uma medida do pacote de ações de combate ao desmatamento na Amazônia. A partir desta data, siderúrgicas, frigoríficos e madeireiras terão de cumprir a Lei de Informação Ambiental (Lei 10.650/2003), que permite acesso público aos dados e informações existentes nos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama). Isto é, o governo saberá se os produtores estão comprando matéria-prima de áreas legais ou não.

Minc anunciou que no início de julho será criado oficialmente o Fundo de Proteção e Conservação da Amazônia, que pretende captar contribuições voluntárias para investir na redução de desmatamento da floresta. A iniciativa já tem assegurados US$ 100 milhões do governo norueguês, que se comprometeu a doar igual valor por ano pelos próximos cinco anos.

Durante a reunião do Fórum, Minc anunciou que o Plano Nacional sobre Mudança do Clima será apresentado no dia 21 de setembro, e conterá ações e medidas para a mitigação da mudança do clima e a adaptação aos seus efeitos. O Plano deverá ser estruturado com base em quatro eixos: mitigação, vulnerabilidade, impacto e adaptação; pesquisa e desenvolvimento; e capacitação e divulgação.
A secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Suzana Kahn, também apresentou aos participantes a proposta que institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima, enviada pelo governo ao Congresso Nacional este mês, e que traz as diretrizes para elaboração do Plano.

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Coletivos Educadores e Salas Verdes discutem revitalização do Rio São Francisco

16/06/2008 - A Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente realiza de 17 a 19 em Penedo, Alagoas, I Oficina de Formação de Coletivos Educadores e Salas Verdes cujo tema em debate será a revitalização do Rio São Francisco. O objetivo é promover a formação no campo teórico-conceitual e metodológico, no âmbito das estratégias de atuação e no contexto das políticas públicas.

A atividade é destinada aos representantes dos Coletivos Educadores constituídos nos pólos do Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, que estão envolvidos com a proposta de formação de educadores e educadoras ambientais, bem como às Salas Verdes das quatro regiões do Alto, Médio, Sub-Médio e Baixo São Francisco, as Redes de Educação Ambiental e as Comissões Interinstitucionais de Educação Ambiental (CIEAs) localizadas na bacia.

A oficina busca a articulação das ações do Coletivo Educador e Sala Verde para a intervenção educacional, propiciando a aproximação com os demais projetos em andamento a exemplo do desenvolvimento de estudos e propostas relacionadas ao Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE), aos Centros de Recuperação de Áreas Degradadas, Turismo Ambiental Sustentável do Proecotur, entre outras ações pensadas também numa perspectiva transversal e integrada para o fortalecimento socioambiental, formação de educadoras e educadores, e estímulo à pesquisa na bacia do São Francisco.

O Programa de Revitalização São Francisco coordena a oficina em parceria com a Universidade Federal de Alagoas, por meio da Pró-Reitoria de Extensão; Prefeitura de Penedo; Fundação Raimundo Marinho; Companhia Siderúrgica Nacional; Caixa Econômica Federal; Superintendência de Qualidade Ambiental Desenvolvimento Sustentável e Educação Ambiental; e Codevasf/SE.
Fonte: PR-SF/MMA

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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