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OPERAÇÃO OURO NEGRO MANTÉM FISCALIZAÇÃO NA ZONA DA MATA

Panorama Ambiental
Belo Horizonte (MG) – Brasil
Junho de 2008

O Instituto Estadual de Florestas (IEF), Polícia Militar de Meio Ambiente, Polícia Civil e Ministério Público Estadual prosseguem nesta quarta-feira (18/06) a Operação Ouro Negro na região do município de Porto Firme, na Zona da Mata de Minas Gerais. A ação, que deve ser mantida até sexta-feira (20/06), busca combater o uso indevido de documentos ambientais para acobertar o transporte e venda de carvão proveniente de outras regiões do Estado e do país. As equipes concluíram, na manhã desta quarta-feira, 54 autuações o que gerou quase R$ 4 milhões em multas.

Na maior parte dos casos, as multas aplicadas referem-se à produção de carvão superior à declarada ao IEF. As irregularidades foram detectadas durante a checagem de informações obtidas no Sistema Integrado de Informação Ambiental (Siam) que registra as cargas de carvão recebidas pelas empresas consumidoras. As multas emitidas na operação referem-se a um total de 41 mil m³ de carvão produzidos além do declarado.

Uma das propriedades rurais foi multada em R$ 86 mil por produzir um excedente de 1,1 mil m³ de carvão. "O produtor obteve a Declaração de Corte e Colheita (DCC) no dia 23 de maio de 2005 e, no mesmo dia, retirou seis notas fiscais junto à Coletoria Estadual, realizando o transporte das cargas. Dois dias depois, outras três notas foram retiradas pelo mesmo produtor", afirma o gerente do Núcleo Operacional de Florestas, Pesca e Biodiversidade de Viçosa (IEF), Fernando Antônio de Souza Rodrigues. "É impossível que o produtor plante, corte e produza o carvão no mesmo dia", observa.

Nas DCCs são declaradas a quantidade de árvores a serem exploradas e o volume de carvão a ser produzido na propriedade. O produtor deve fazer a declaração antes do plantio. De posse do documento, obtém nota fiscal para venda de produtos rurais junto às Coletorias Estaduais de cada município e a guia para o transporte das cargas.

Outra propriedade recebeu três multas referentes a três DCCs, uma vez que a produção superou largamente o declarado. Na maior delas, o produtor foi multado em R$ 190 mil por vender 2,4 mil m³ de carvão, após ter informado a produção de apenas 360 m³. As outras duas multas foram de R$ 47 mil e R$ 30 mil. "Alguns autuados fazem plantios em diferentes áreas e, por isso, receberam mais de uma multa", explica Fernando Rodrigues.

Investigação

A ação em Porto Firme faz parte de um trabalho de investigação que vem sendo executado pelo IEF, Polícias Militar Ambiental e Civil e o Ministério Público Estadual. O cruzamento de dados das declarações de colheita e comercialização de florestas plantadas prestadas ao IEF com as informações prestadas pelas empresas consumidoras de carvão, que declaram cada carga de carvão recebida, revelaram casos em que o comércio de carvão chegou a superar em até 20 vezes o declarado ao órgão ambiental.

Segundo o diretor de Monitoramento e Fiscalização Ambiental do IEF, Eduardo Martins, os produtores autuados podem estar envolvidos no esquema ilegal responsável pela produção e venda de carvão ilegal a partir de desmates clandestinos em outras regiões. "A participação desses produtores pode ser intencional ou não, o que está sendo objeto das investigações que vêm sendo realizadas", explica.

O diretor do IEF afirma que os desmates ilegais estão acontecendo principalmente nas regiões do Alto Jequitinhonha e na bacia do Rio Doce. "O Mapa da Cobertura Vegetal de 2008 apontou a região do município do Serro como um dos que mais sofrem com os desmates ilegais e ações específicas para a região já estão sendo preparadas", completa Eduardo Martins.

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Diretoria de licenciamento de Santa Catarina conhece regularização ambiental em Minas

O Sistema Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais (Sisema) recebeu na última semana (12 e 13 de junho) a diretoria de licenciamento ambiental da Fundação de Meio Ambiente (Fatma) de Santa Catarina. O objetivo da visita foi conhecer o processo de regularização ambiental de Minas Gerais.

Segundo o diretor de licenciamento ambiental, Luiz Antônio Garcia Correia, o estado de Santa Catarina está elaborando um manual de licenciamento ambiental por meio do Projeto de Proteção da Mata Atlântica (PPMA) e com o apoio do Banco Kreditanstalt für Wiederaufbau (KfW), agente financiador do Ministério de Cooperação Internacional da Alemanha (BMZ). "Queríamos conhecer o processo de licenciamento de Minas Gerais por ser o estado do Brasil que está mais avançado nesse aspecto", frisou.

A equipe pôde conhecer o processo de regionalização e descentralização da regularização ambiental e seu fluxo, a formação de competências, o Sistema Integrado de Informação Ambiental (Siam) e sua funcionalidade, a estrutura do Conselho de Política Ambiental (Copam), como são realizadas as auditorias nos processos de regularização ambiental, além de realizar uma visita técnica à Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Supram Central). "Pudemos fazer um apanhado geral no processo de licenciamento e conhecer a forma como Minas Gerais está organizado", ressaltou Garcia.

O estado de Santa Catarina está organizado em oito coordenadorias regionais, com um Sistema parecido com o de Minas Gerais. "A visita nos possibilitou conhecer detalhes do processo de licenciamento e irá contribuir muito na melhoria e implantação desse sistema também em Santa Catarina", observou o diretor de licenciamento.
16/06/2008
Ascom/ Sisema

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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