Panorama
 
 
 

OPERAÇÕES DO IBAMA APREENDEM PALMITO, MINÉRIO E AGROTÓXICO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2008

Gethal recebe mais de 380 milhões de reais em multas do Ibama por descumprir Termo de Ajustamento de Conduta

Manaus (06/06/2008) - A empresa Gethal Amazonas Indústria de Madeiras Compensadas, que chegou a acumular a propriedade de mais de 150 mil hectares de floresta, com autorização de manejo em 1999 de mais de 90 mil hectares, vem acumulando diversos problemas com a legislação ambiental, como falta de cadastro da propriedade junto ao sistema nacional rural (CCIR), comprovação de averbação dos contratos de arrendamento ou comodatos nas matrículas dos imóveis entre outros. Em novembro de 2005 o superintendente do Ibama no Amazonas, Henrique Pereira, e o sócio-proprietário da empresa, Marcelo Vizotto, assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta - TAC, que abriu prazos de até um ano para que a empresa regularizasse as infrações, buscando sanar todos os problemas com a legislação, podendo, ao fim, voltar a operar regularmente.

Um ano e meio depois do vencimento de todos os prazos, a empresa ainda não cumpriu os principais pontos acordados no TAC, o que levou o Ibama no Amazonas a lavrar nove autos de infração, que somados, chegam a R$ 274.282.500,00 todos por cortar (o que inclui os crimes de transporte e comercialização) 699.809 metros cúbicos de madeira, em desacordo com as determinações legais. Multa de R$ 106.1000.000,00 referente à 21.398 hectares de floresta explorada em desacordo com autorização do órgão ambiental competente, mais um Auto de Infração no valor de R$ 5.400,00 por falta de pagamento de parcelas da Taxa de Cobrança de Fiscalização Ambiental, decorrente do registro obrigatório no Cadastro Técnico Federal. Como a empresa tem ainda outros 9 processos referentes a Autos de Infração lavrados em 2002, que juntos somam R$ 4.146.892,15, o total da dívida da Gethal com o Ibama chega hoje a ultrapassar a casa dos 380 milhões de reais.

Quanto à propriedade das terras da Gethal, os técnicos do Ibama tomaram por base a Lei 10.267, de 28 de agosto de 2001, que determina o recadastramento de todas as terras. Mas no Termo de Ajustamento de Conduta a cláusula que determinava que a empresa apresentasse comprovantes dos verdadeiros proprietários das terras e os instrumentos de venda, arrendamento ou comodato, não foi cumprida. Com isso, o Ibama não pode reconhecer nem a propriedade das terras, pela falta de cadastro da propriedade junto ao sistema nacional rural (CCIR), no INCRA. Toda a área de manejo florestal da empresa Gethal foi embargada pelo Termo de Embargo número 420316-C do Ibama.

De acordo com levantamentos feitos no banco de dados da Superintendência do Ibama no Amazonas, a multa aplicada pelo descumprimento do TAC, somada aos Autos de Infração lavrados hoje, resultam na maior multa já aplicada a um infrator ambiental no estado.
Marcelo Dutra
Ascom/Ibama/AM

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Operação Estreito apreende 34 mil kg de palmito no litoral paraense

Belém (10/06/08) - Foram apreendidos cerca de 34,8 mil kg de palmito no litoral paraense. A maior parte deste produto foi encontrado pelos fiscais do Ibama na Ilha do Marajó e em municípios do nordeste paraense. A multa totaliza mais de R$ 5,8 milhões.De acordo com o coordenador da operação, Givanildo Lima, durante os 50 dias em campo, a equipe também fez outras apreensões. “Apreendemos mil estirpes de palmito in natura, 23 embarcações, 4 balsas, 480 estacas de Acapu (madeira dura, que se adapta facilmente com a água e terra), 15 m³ de cipó-ceboleira, um gerador, 356 MDC de carvão vegetal, 27 serras circulares, uma bomba hidráulica, um empurrador, uma bomba centrífuga, dois injetores, sete bombas injetoras, um motor de serraria modular Tobata e uma motosserra

Ainda segundo Givanildo, houve o embargo de duas indústrias de palmito, por funcionarem sem licença ambiental e 10 serrarias por funcionamento sem licença ou por terem em depósito madeira sem origem legal comprovada. Além disso, a equipe destruiu 38 fornos de carvão irregulares e embargou uma área de desmatamento.
A operação Estreito, coordenada pelo Ibama e apoiada pelo Batalhão de Polícia Ambiental do Pará (BPA) tem por objetivo combater o transporte irregular de madeiras e subprodutos da floresta amazônica nos rios da região. Durante os dois meses de atuação, vistoriou a capital paraense, Ananindeua, Santa Bárbara, Abaetetuba, Barcarena, Breves, Bagre, Muaná, Oeiras do Pará, Portel, Cametá, Porto de Moz, Curralinho, Bujarú, Limoeiro do Ajuru, Afuá e São Sebastião da Boa Vista.
Luciana Almeida
Ascom/Ibama/PA

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Ibama multa 60 siderúrgicas em R$ 414 milhões

Brasília (12/06/2008) - Uma operação de cruzamento de dados do Sistema-DOF (Documento de Origem Florestal) identificou um consumo de 800 mil metros cúbicos de carvão ilegal por 55 siderúrgicas de Minas Gerais, quatro de Mato Grosso do Sul e uma do Espírito Santo, somente no ano de 2007.

As siderúrgicas foram multadas em R$ 414,7 milhões. O volume de carvão vegetal explorado ilegalmente no Cerrado e no Pantanal soma 10 mil caminhões carregados, que se enfileirados ocupariam 200 km de extensão, equivalente à distância entre Brasília e Goiânia. Além disso, foram aplicados R$ 70 milhões em multas em diversos fornecedores de carvão do Mato Grosso do Sul. No total, as multas chegaram a R$ 484,7 milhões.

Ao anunciar hoje as multas, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, avisou: “tremei carvoeiros ilegais”. Entre os “truques” feitos pelas siderúrgicas autuadas na tentativa de burlar a fiscalização estão volume de carvão maior do que o declarado no DOF, falsa importação de carvão do Paraguai para cobrir exploração no Pantanal e Cerrado e uso do mesmo DOF para transportar várias cargas.

O trabalho de identificação das siderúrgicas começou em Mato Grosso do Sul com a operação Rastro Negro Pantanal. Os dados dessa operação subsidiaram a análise do consumo de carvão vegetal pelas siderúrgicas de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo. A análise das 60 siderúrgicas foi feita pelo Ibama em parceria com o Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais.

O ministro observou que a “pancada” nas siderúrgicas não afetará o sistema produtivo em Minas Gerais, pois apenas 5% do carvão consumido são ilegais. Ele informou ainda que 55% do carvão provêem de áreas plantadas e outros 40% são de plano de manejo florestal de áreas com árvores nativas.

A análise do consumo de carvão pelas siderúrgicas será permanente. A idéia é produzir relatórios, como este que resultou na autuação das 60 siderúrgicas, a cada seis meses. “Quem está trabalhando na legalidade não tem motivo para se preocupar”, tranqüilizou o presidente do Ibama, Roberto Messias (à esquerda na foto acima).

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Ibama apreende nove mil toneladas de minério de ferro no Pará

Belém (11/06/08) - Fiscais do Ibama apreenderam nove mil toneladas de minério de ferro, além de embargar dois portos por apresentarem irregularidades, no município de Breu Branco, sudeste paraense. A multa aplicada à Siderúrgica responsável pela infração foi de R$3 milhões.

De acordo com o chefe do Escritório do Ibama em Tucuruí, Cláudio Haydemar, os dois portos não possuíam duas das três licenças necessárias para o funcionamento legal. “Além disso, a licença de instalação dos portos estava vencida”, acrescenta Cláudio.

O Ibama também apreendeu 15 balsas que faziam o transporte de minério de ferro e três empurradores. Os portos permanecerão embargados até que a empresa seja regularizada junto ao Ibama.
Luciana Almeida

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Operação de fiscalização encontra agrotóxicos contrabandeados no RS

Porto Alegre (16/06/2008) - Uma operação de investigação de contrabando de agrotóxicos coordenada pela Polícia Federal teve a colaboração do Escritório Regional do Ibama de Passo Fundo (dias 10/06 e 11/06) quando foram confirmadas denúncias de venda do produto contrabandeado nos municípios de Fortaleza dos Valos, Espumoso e Lagoa dos Três Cantos (localizados no Planalto Médio do Estado).

Segundo o analista ambiental Márcio Lucca, chefe do Escritório do Ibama, foram apreendidos 405 envelopes (de 10 gramas cada) do Herbicida Herbex e 200 gramas do Inseticida Biogard 70 WS. O Herbex é utilizado nas culturas de arroz, soja e trigo. Os agrotóxicos clandestinos são procedentes de Canelones (Uruguai) e estavam escondidos dentro de um sofá com encosto removível, em uma empresa de comércio de insumos agrícola e calcário, localizada no centro do Município de Fortaleza dos Valos (distante 329 quilômetros da Capital).

Márcio Lucca ressalta que a apreensão foi efetuada com o comerciante, isto é, com o distribuidor, o que é difícil, pois normalmente os agrotóxicos contrabandeados são encontrados com agricultores, e não no ponto de venda.

O proprietário foi multado em R$ 35 mil e conduzido pela Policia Federal à Delegacia Regional da Policia Federal em Passo Fundo. Também foram vistoriados outros pontos de venda de agrotóxicos na Região. A operação faz parte de um trabalho de cooperação do Escritório do Ibama de Passo Fundo com a Delegacia Regional da Polícia Federal naquela cidade.
Maria Helena Annes

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
Ascom

 
 
 
 

 

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