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QUATRO LIXÕES MUNICIPAIS SÃO INTERDITADOS PELA CETESB

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Junho de 2008

03/06/2008 - Em função das péssimas condições em que têm operado, consideradas ambientalmente inadequadas, e de forma persistente, os aterros de lixo municipais de Mongaguá, Itanhaém, Itapecerica da Serra e Araras foram interditados nesta segunda-feira (02/06) pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental - CETESB. Os quatro lixões eram reincidentes em não atender às determinações do órgão ambiental do Estado de São Paulo, para melhorar as condições de recebimento dos resíduos domésticos.

Os quatro municípios apresentavam histórico de autuações e, no Inventário de Resíduos Sólidos de 2006, foram avaliados como “Inadequados”, com notas 2,4; 3,5; 2,8 e 4,7, respectivamente, situação que persistiu em 2007. Além das notas baixas, cada um dos lixões interditados apresentava agravantes. Itapecerica da Serra está localizada em área de manancial, enquanto Mongaguá e Itanhaém são estâncias balneárias, e Araras despeja chorume diretamente em manancial.

A nota mínima para deixar a condição de inadequado é 6. Há outras duas faixas de classificação dos aterros sanitários, que são Controlado, com nota de 6,1 até 8, e o Adequado, com nota de 8,1 a 10, padrão ideal para os aterros sanitários que seguem procedimentos de engenharia.

Segundo os dados de 2006, havia no Estado 143 aterros inadequados. Destes, 29 foram considerados críticos, situação que levou a Secretaria Estadual do Meio Ambiente a editar a resolução 50, na qual concede prazo aos municípios para adotarem medidas contra o estado crítico dos aterros. Entre os municípios que estão atendendo a resolução 50, destacam-se Lucélia, Eldorado, Miracatu, Itapevi, Pinhalzinho e Piracaia.

Autuações

No decorrer dos últimos anos, a Prefeitura de Mongaguá sofreu 12 autuações, totalizando 21.100 UFESPs – Unidade Fiscal do Estado de São Paulo, equivalente a R$ 313.868,00 pela disposição inadequada de resíduos sólidos domiciliares no seu aterro. Já a Prefeitura de Itanhaém sofreu 06 autuações da CETESB, pela disposição inadequada (em 2000, 2002, 2005, 2006 e duas em 2007), totalizando multas com valor de 9.007 UFESPs, equivalente a R$ 134.024,16.

A Prefeitura de Araras teve seu empreendimento autuado com 05 penalidades por disposição inadequada de resíduos (duas em 2002, duas em 2006 e uma em 2007) e três penalidades por funcionamento ilegal (em 2003, 2005 e 2007), além de um processo por não apresentar à CETESB informações e documentos referentes à disposição de resíduos de serviços de saúde no município. E a Prefeitura de Itapecerica da Serra acumulou um total de multas no valor de 46.701 UFESPs, Unidade Fiscal do Estado de São Paulo que representam R$ 694.919,88.

Projeto Ambiental Estratégico Lixo Mínimo

Visando a eliminação da disposição inadequada de resíduos domiciliares no Estado de SP, extinguindo os lixões a céu aberto, aprimorar a gestão de resíduos domiciliares, com a redução do seu volume e estímulo à reciclagem, a Secretaria do Meio Ambiente implantou o Projeto Ambiental Estratégico Lixo Mínimo. Este tem como meta a readequação dos aterros em situação inadequada e melhoria dos aterros em situação controlada, além da busca de soluções regionalizadas e integradas no Estado. A normatização para readequação dos aterros inadequados foi iniciada com publicado da Resolução SMA 50, que obriga os municípios que se encontram em situação inadequada a apresentaram um plano de recuperação para seus aterros.

A redução dos aterros inadequados, os lixões, é de fundamental importância para a melhoria da qualidade de vida dos municípios. Os lixões, por não contarem com projetos e planejamento adequado, são responsáveis por perdas de recursos naturais, contaminação das águas subterrâneas e do solo, além dos incômodos que causam pela emissão de odores. Não bastassem os problemas ambientais, por disporem de farto material alimentar, água abundante e propiciar abrigo seguro para roedores e outros animais nocivos à saúde, causam desequilíbrio na cadeia alimentar, ocasionando a expansão de vetores de doenças. Daí, a importância do município contar com aterros adequados, que, quando bem projetados e operados, tornam-se unidades de negócio como qualquer outro empreendimento. Os resultados de um aterro sanitário operado adequadamente refletem diretamente na qualidade de vida da população.

Endereços dos “lixões”

Itanhaém - Sítio Vergara, na Estrada Joaquim Branco;
Araras - Estrada Municipal ARR – 030;
Mongaguá - Vila Seabra;
Itapecerica da Serra - Estrada Baltazar M.F. Almeida (km294 BR116) bairro Potuverá.
Texto: Assessoria de Imprensa Secretaria Estadual do Meio Ambiente
Foto: Pedro Calado

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Encontro internacional discute eliminação e uso energético de biogás de aterro

10/06/2008 - No workshop “Eliminação e Uso Energético de Biogás de Aterro”, realizado nesta terça-feira (10/06), no Centro Brasileiro Britânico, no bairro de Pinheiros, em São Paulo, especialistas brasileiros e americanos apresentaram e discutiram os benefícios da eliminação e uso energético do biogás emitido nos aterros sanitários de resíduos sólidos. “Hoje, no que se refere à demanda energética do Estado, já não dependemos exclusivamente do petróleo e seus derivados. Em cada dez projetos energéticos apresentados em São Paulo, três derivam do uso do biogás”, destacou Marcelo Minelli, diretor de Engenharia, Tecnologia e Qualidade Ambiental da CETESB, que participou da abertura do encontro.
Os especialistas presentes acreditam que o biogás seja efetivamente convertido em benefício energético. “Destruir o biogás implica em um ganho ambiental, todavia, mais benefícios podem e devem ser obtidos”, enfatizou João Wagner Silva Alves, gerente da Divisão de Questões Globais da CETESB. Em 2004, foi estabelecida uma parceria entre os Estados Unidos, o Brasil e mais 24 países, que concluíram que o gás metano é um poderoso contribuinte ao efeito estufa e reduzir suas emissões minimiza os impactos das mudanças climáticas globais. A CETESB integra este grupo, representando o Estado de São Paulo, com estudos relativos ao uso do metano.

Como exemplos de experiências bem-sucedidas, o representante da agência ambiental paulista citou o aterro Bandeirantes, seguido do São João, que hoje empregam o biogás para a adequação de suas demandas energéticas, aumentando a rentabilidade do empreendimento e contribuindo para a melhoria ambiental. Por sua vez, Victoria Ludwig, da US Environmental Protection Agency (agência ambiental americana), afirmou que “os aterros são a terceira maior fonte de emissões de metano”.

Além dos dois aterros de São Paulo, outros 17 no Brasil, sendo 50% no Estado de São Paulo, submeteram seus projetos ao Painel Executivo no âmbito do Protocolo de Quioto. “Somados, todos os aterros brasileiros poderiam estar gerando 160 MWe. Não queremos fábricas de biogás, mas sim novos padrões de consumo”, ponderou João Wagner. Segundo ele, hoje apenas 40 MWe estão sendo gerados e os empreendimentos, na sua maioria, apenas queimam o biogás, auferindo os benefícios dos créditos de carbono, sem contudo, gerar calor, eletricidade ou outro benefício energético.

Deve-se destacar também a contribuição da agência ambiental americana nesse contexto, que expôs a experiência dos Estados Unidos, onde mais de 400 projetos de uso de biogás estão implantados sem que um único crédito de carbono seja pago aos empreendedores. “A parceria incentivou a criação de uma Rede de Projetos Grátis, onde universidades, ONGs e empresas podem participar. Já contamos com 700 entidades e 90 projetos em 2008”, lembrou Victoria.

Um alerta feito aos presentes foi a questão sanitária dos aterros. “Não podemos discutir a utilização do biogás sem a operação adequada do aterro. Deve existir uma mudança nos padrões de consumo, como a adoção da produção + limpa, o reúso, a reciclagem, a incineração, a compostagem e outras evoluções tecnológicas”, concluiu João Wagner.

No período da tarde, o encontro contou com a explanação de representantes do Ministério de Ciência e Tecnologia, do Ministério do Meio Ambiente, de representantes de empreendimentos que já utilizam o biogás como fonte energética e com um tempo dedicado para o debate entre os presentes. Amanhã (11/06), para marcar o encerramento, os participantes realizarão uma visita ao aterro Bandeirantes.
Texto: Cris Couto
Foto: José Jorge

 
 

Fonte: Cetesb – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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