12 de
Junho de 2008 Ativistas estendem faixas em frente
à embaixada do Suriname, em Brasília,
para protestar contra a posição pró-caça
de baleias do país. As mensagens foram escritas
em português e em holandês - língua
falada no Suriname, uma ex-colônia da Holanda.
Brasília (DF), Brasil — Protesto realizado
em Brasília e Santiago, no Chile, critica
apoio do país à caça. O Suriname
pretende votar contra a moratória e o Santuário
do Atlântico Sul na próxima reunião
da Comissão Internacional Baleeira (CIB).
Por ser o único país
na América do Sul a apoiar a caça
de baleias, o Suriname se tornou alvo de protestos
nesta quinta-feira de ativistas do Greenpeace, que
pediram no Brasil e no Chile que o país reflita
sobre sua posição e não vote
contra a moratória à caça comercial
e a criação do Santuário de
Baleias do Atlântico Sul na próxima
reunião da Comissão Internacional
Baleeira (CIB), que será realizada entre
os dias 23 e 27 deste mês em Santiago, do
Chile.
Ativistas do Greenpeace Brasil
estenderam faixas em frente à embaixada do
Suriname, em Brasília, contra esse posicionamento
pró-caça do país, e entregaram
uma carta à embaixadora Mavie Demon-Belfraf
com um pedido para que a posição do
país seja revista na reunião da CIB.
"Nosso alvo não é
a população do Suriname, mas o governo,
que parece representar mais os interesses do Japão
do que de seu próprio país”, afirma
Leandra Gonçalves, coordenadora da campanha
de baleias do Greenpeace Brasil.
O governo do Suriname iniciou
sua participação na CIB em 2003 e
sempre se posicionou a favor de todas as propostas
apresentadas pelo Japão, apesar de não
estar envolvido em nenhum tipo de atividade de caça
nem contar com a carne de baleia como item de sua
dieta. A maior parte da população
se opõe à caça e o único
órgão favorável no país
à atividade é o Ministério
da Agricultura e da Pesca, que nunca apresentou
justificativas científicas para esse posicionamento.
Os demais países da América
do Sul não praticam a caça de baleias
e têm sido internacionalmente reconhecidos
pelos esforços voltados à pesquisa
e uso não-letal, como o turismo de observação
- que rende um bilhão de dólares por
ano no mundo todo.
"O Suriname deveria buscar
reconhecimento pelas suas ações de
preservação do meio ambiente e não
por ser uma ameaça à conservação",
diz Samuel Leiva, ativista do Greenpeace Chile.
"“Sua política na CIB é uma vergonha
para todos nós e esperamos que essa postura
seja mudada."
+ Mais
Escândalo de contrabando
e G8 adiam caça de baleias no Pacífico
Norte
02 de Junho de 2008 Tóquio,
Japão — Enquanto o governo japonês
gasta dinheiro público com a matança
de baleias, país sofre com alta no preço
de alimentos.
Todos os anos, em maio, a frota
baleeira parte para o norte do Oceano Pacífico
para mais uma sangrenta e inútil temporada
de caça de baleias. Mas depois de um escândalo
revelado pelo Greenpeace e o medo de ser pressionado
pelos países-membros do G8 na próxima
reunião do grupo, o Japão resolveu
adiar a caça este ano.
Segundo informações
obtidas pelo Greenpeace, a tripulação
da frota baleeira japonesa, que já deveria
ter deixado o porto, recebeu ordens para ficar em
casa.
Há duas semanas, investigações
do Greenpeace revelaram um grande escândalo
sobre um esquema de contrabando de carne de baleia
trazida pelo navio-fábrica Nisshin Maru do
Oceano Antártico. O caso está sendo
investigado agora pela promotoria pública
de Tóquio.
"Tanto o programa de caça
às baleias do Pacífico Norte como
da Antártica têm que ser encerrados.
Nenhuma nova permissão à caça
deveria ser dada à empresa Kyodo Senpaku,
que opera a frota baleeira, ou ao Instituto de Pesquisa
Cetácea", afirma Junichi Sato, coordenador
da campanha de Baleias do Greenpeace Japão.
"O governo está desperdiçando
dinheiro público num programa que não
rende resultados científicos e não
tem mercado consumidor."
O primeiro-ministro japonês
Yasuo Fukuda visitará a Europa na próxima
semana, quando participará do encontro da
FAO para discutir segurança alimentar, em
Roma.
"A ironia é que dinheiro
público japonês está sendo gasto
com caça às baleias, que apenas uma
pequena porcentagem dos japoneses ainda considera
como 'comida', quando as atenções
deveriam estar voltadas para os impactos das mudanças
climáticas no suprimento de alimentos, especialmente
levando-se em conta que o Japão é
um grande importador de comida", diz Sato.
“O primeiro-ministro Fukuda deveria pensar mais
em resolver esses problemas do que gastar dinheiro
público caçando baleias."
+ Mais
Exportação suspeita
de carne de baleia islandesa 'encalha' no Japão
04 de Junho de 2008 A Islândia
retomou a caça de baleias e tenta exportar
sua carne para o Japão.
Tóquio, Japão — Não houve concessão
de licença de importação para
as toneladas de carne de baleias fin e minke que
estão armazenadas em frigoríficos.
Toneladas de carne de baleias
fin e minke, vindas da Islândia e da Noruega,
estão 'encalhadas' em um frigorífico
da alfândega de Tóquio por falta de
licenças de importação. E segundo
documento obtido pelo Greenpeace Japão, a
carne estava destinada para uma empresa comercial,
a Asian Trading Co. Ltd, que estava inativa há
quatro anos e foi reativada em maio agora para receber
a carga. O endereço que consta na licença
de exportação é de uma residência
privada.
A exportação de
carne de baleias tem sido condenada internacionalmente
e nenhuma licença de importação
tem sido concedida. O Greenpeace quer que o governo
japonês negue as permissões exigidas
e recuse a carga, que inclui carne da espécie
fin, ameaçada de extinção.
A Asian Trading Co. Ltd. citada
na licença de exportação foi
reativada como empresa apenas como "um favor
para um amigo na Islândia", segundo informou
o porta-voz da empresa ao Greenpeace Japão.
O exportador islandês, Kristjan Loftsson,
é o único baleeiro naquele país
com capacidade para caçar baleias em escala
industrial e processar grandes baleias, como as
da espécie fin.
A tentativa de exportação
de carne de baleia para o Japão acontece
no momento em que a Promotoria Pública de
Tóquio investiga o contrabando do produto
obtido na caça realizada no início
do ano no Santuário de Baleias da Antártica.
A denúncia foi feita pelo Greenpeace após
quatro meses de investigação. A carne
foi retirada do navio-fábrica Nisshin Maru
por seus tripulantes com o conhecimento do governo
e dos representantes da empresa que cuida da frota
baleeira, para ser vendida no mercado negro da capital
japonesa.
Duas semanas atrás, pequenos
barcos começaram a caçar baleias minke
fora da costa islandesa, apesar da oposição
de metade do governo do país e da condenação
da opinião pública nacional e internacional.
+ Mais
Dia Mundial dos Oceanos: data
para comemorar e também refletir
06 de Junho de 2008 Banner do
Greenpeace nos corais espanhóis de Menorca
pede a criação de uma rede de reservas
marinhas para proteger os oceanos do mundo.
São Paulo (SP), Brasil — Mares do mundo estão
sofrendo com poluição e pesca predatória,
e isso afeta a vida de milhões de pessoas
em todo o mundo.
Limpezas de praia, mergulhos subaquáticos
para conscientizar pessoas, palestras, exposições,
comer apenas peixes que não estão
ameaçados de extinção, não
jogar lixo nas praias, respeitar os seres marinhos.
São muitas as maneiras de se comemorar e
engajar as pessoas em em defesa de nossos oceanos.
E eles merecem. Que tal adotar uma ou mais dessas
práticas a partir deste domingo, quando se
comemora o Dia Mundial dos Oceanos? Não é
difícil e todos saem ganhando.
E nós, do Greenpeace, o
que estamos fazendo? Muita coisa, acredite. Nossos
barcos estão no Oceano Pacífico e
no Mar Mediterrâneo impedindo a pesca ilegal;
ativistas em terra pressionam fornecedores e consumidores
de frutos do mar e peixes a terem uma postura mais
sustentável; e no ar, com a ajuda do Google
Earth, damos às pessoas a visão de
como salvar nossos mares com a criação
de uma rede global de reservas marinhas.
Você também pode
fazer sua parte, participando de atividades em defesa
dos oceanos e engajando amigos, parentes, colegas
de escola e trabalho a fazerem o mesmo. Milhões
de pessoas dependem dos oceanos para sua sobrevivência.
Estima-se que os oceanos absorvam entre 30 e 50%
do CO2 emitido no mundo pela queima de combustíveis
fósseis. E os mares que cobrem cerca de 70%
do planeta produzem metade do oxigênio que
respiramos. Ou seja, literalmente, se os oceanos
morrerem, nosso planeta morre também.
E por incrível que pareça,
estamos envenenando esse grande pulmão do
planeta, com despejo de óleo e efluentes
tóxicos em suas águas. Ao usarmos
práticas de pesca destrutivas para raspar
o fundo oceânico e encontrar espécies
de alto valor comercial também destruímos
uma parte importante dele. Matamos ainda as baleias
em nome de uma falsa ciência. Cortamos as
nadadeiras dos tubarões para satisfazer o
desejo de poucos, mandamos cada vez mais barcos
para pescar cada vez menos peixe. E estamos ignorando
os avisos dos cientistas quando estes recomendam
que deveríamos deixar de pescar e até
de comer certas espécies ameaçadas,
como tubarões, atuns e outros.
Mas ainda há tempo de salvar
os oceanos. Faça a sua parte e divulgue a
todos que puder que precisamos agir agora para proteger
os mares e sua imensa biodiversidade. Assim poderemos
comemorar o Dia Mundial dos Oceanos com mais alegria
e menos preocupação nos próximos
anos.