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ÁREAS DE FLORESTAS PÚBLICAS CHEGAM A 25% DO TERRITÓRIO NACIONAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2008

20 de Junho de 2008 - Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil - Marcello Casal JR/Abr - Brasília - O diretor do Serviço Florestal Brasileiro, Tasso Azevedo, fala sobre o Cadastro Nacional de Florestas Públicas. Segundo o cadastro, o Brasil tem 211 milhões de hectares de florestas, dos quais 185 milhões são florestas protegidas em unidades de conservação federais e terras indígenas
Brasília - Duzentos e onze milhões de hectares, ou 25% do território nacional, é o tamanho do total de florestas públicas cadastradas no Brasil, em 2008. O dado foi divulgado hoje (20) pelo Sistema Florestal Brasileiro, órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente, e representa um crescimento de 11,26% em relação ao ano passado, quando foram catalogados 194 milhões de hectares.

Do total de áreas pertencentes ao Cadastro Nacional de Florestas Públicas, 185 milhões de hectares são florestas protegidas em Unidades de Conservação Federal e terras indígenas. Outros 25 milhões de hectares são florestas localizadas em terras sem destinação, ou seja, em áreas que não tiveram nenhuma destinação pública ou privada estabelecida legalmente. A idéia do governo é que todas as áreas de florestas públicas estejam inseridas em planos de conservação.

A maior parte das florestas públicas, cerca de 94%, está na Região Norte. Isso porque, apesar de a Lei de Gestão de Florestas ter sido sancionada em 2006 e obrigado os estados a fazer o cadastro, até o momento, apenas Amapá, Amazonas, Pará e Acre catalogaram suas florestas públicas.

Segundo o diretor-geral do Sistema Florestal Brasileiro, Tasso Azevedo, o principal benefício para que os estados cadastrem suas florestas que estão em áreas públicas é o fato de que elas serão permanentes. Com isso, não podem ser desmatadas e só poderão ser exploradas seguindo cronogramas de manejo florestal.

“É do interesse do estado cadastrar suas florestas públicas, porque essa é a única forma de garantir que as florestas pertencem ao estado e só poderão fazer uso dessas áreas se estiverem cadastradas”, explicou Azevedo.

Segundo ele, a meta é que até 2010 todas as áreas de florestas públicas, estimadas 300 milhões de hectares, estejam cadastradas. Azevedo afirma que a principal dificuldade é encontrar a documentação das áreas. “Precisamos encontrar a documentação das áreas públicas federais e estaduais, porque é com base nelas que vamos fazer o cruzamento de informações das florestas”, afirmou.

Das áreas que ainda não estão protegidas em Unidades de Conservação, o Amazonas detém a maior parte, com 13,6 milhões de hectares, seguido do Pará (5,9 milhões de hectares) e de Roraima (4,7 milhões de hectares).

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Governo estuda alternativa para que Forças Armadas atuem em defesa das florestas

22 de Junho de 2008 - Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - O governo estuda formas de resolver os entraves constitucionais que inviabilizam a participação das Forças Armadas na defesa da Floresta Amazônica. A afirmação é do ministro do Meio Ambiente, Calos Minc, que tem discutido o assunto com o minitro com o Ministro da Defesa, Nelson Jobim.

Segundo Minc, os trabalhos estão sendo desenvolvidos em três frentes: a primeira diz respeito à questão constitucional que deverá ser solucionada com a instituição do conceito de Soberania Ambiental, que atribuiria às Forças Armadas esse papel constitucional. A segundo seria viabilizar os recursos necessários para a atuação dos militares em defesa do meio ambiente, “porque as Forças Armadas vivem sem recursos paras essas e outras de suas atribuições".

A terceira frente a que se referiu Minc seria criar nas Forças Armadas batalhões ou regimentos florestais, específicos para esse fim. “Seria nos moldes do que já acontece aqui no estado do Rio, onde a Polícia Militar já possui o seus batalhões florestais”, disse o ministro, em entrevista concedida na última sexta-feira.

Minc ressaltou que, de certa maneira, as Forças Armadas já ajudam a combater o desmatamento ilegal e, portanto, na preservação da floresta, ao dar apoio logístico a diversas operações realizadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Ele citou a Operação Boi Pirata, que já apreendeu mais de 3 mil cabeças de gado e que contou com o apoio de aviões da Força Área Brasileira (FAB).

Também encontra-se em elaboração junto com o Ministério da Justiça a criação do conceito de Força Preventiva Ambiental, que implicará a concessão de recursos da União para que bombeiros e batalhões florestais dos estados possam também participar da tarefa de preservar as florestas.

Para isso, segundo Minc, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve assinar um decreto destinando recursos para os bombeiros estaduais e batalhões florestais dos estados que se disponham a assinar convênios de cooperação na prevenção à degradação ambiental.

Segundo o ministro, até o momento 16 estados já se dispuseram a assinar os convênios com a União, inclusive o Mato Grosso do Sul, do governador Blairo Maggi.

“A gente vai dar recursos para os bombeiros e para os batalhões e, em troca, os estados vão colocar 20, 30 bombeiros em unidades federais do Instituto Chico Mendes. No caso dos batalhões florestais, serão colocados cerca de 80 a 120 homens para trabalhar em operações preventivas junto com o Ibama. Vale lembrar, ainda, que a Força Nacional de Segurança já está trabalhando junto com o Ibama e a Polícia Federal no chamado Arco de Fogo”.

O ministro do Meio Ambiente disse que o governo federal lançará até o dia 9 um pacote com medidas voltadas para a preservação do meio ambiente e ao combate ao desmatamento no país.

“Estarão sendo criados mais parques florestais, assinados os decretos regulamentando os crimes ambientais e criando a figura do guarda-parque e assinado o projeto de lei que cria o Fundo de Mudanças Climáticas. Enfim, será uma outra leva de medidas ecológicas a serem anunciadas pelo presidente Lula”, anunciou Minc.

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Justiça libera obras na Usina Hidrelétrica de Estreito

23 de Junho de 2008 - Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil - Brasília - As obras da Usina Hidrelétrica de Estreito, que fica na divisa entre o Tocantins e o Maranhão, poderão ter continuidade. Foi o que decidiu hoje (23) o desembargador federal Jirair Aram Meguerian, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, sediado em Brasília.

A decisão é fruto de uma suspensão de liminar pedida pelo Instituto Nacional do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O empreendimento havia sido paralisado no início do mês pela Justiça Federal do Maranhão, que anulou a licença de instalação da usina e determinou que os estudos de impacto ambiental da obra fossem complementados.

Em sua decisão, Meguerian diz que todos os passos foram cumpridos nos estudos de impacto ambiental e que a paralisação das obras poderá causar prejuízos econômicos. Para ele, o empreendimento tem vital importância para o desenvolvimento da infra-estrutura energética do país.

O desembargador explica, no seu despacho, que a anulação da licença de instalação da usina teve como base suspeitas de parcialidade do Ibama e de pressões do Poder Executivo para que essa licença fosse concedida. “Essas suspeitas não são suficientes para infirmar a presunção de validade desse ato administrativo”, disse.

Ele lembrou que qualquer atividade produtiva, principalmente as usinas hidrelétricas, causam impactos ambientais, mas ressalta que o Ibama já realizou os estudos e determinou as medidas necessárias para minimizar esses impactos.

A Usina Hidrelétrica de Estreito deverá gerar 1 mil megawatts e está prevista para ser finalizada em agosto de 2010. O investimento total previsto na obra é de R$ 3,2 milhões. De acordo com o último balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), as obras estão com 17% de realização.

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Ministério do Meio Ambiente cria banco de dados para monitorar florestas

25 de Junho de 2008 - Da Agência Brasil - Brasília - O Ministério do Meio Ambiente instituiu hoje (25) o Sistema Nacional de Parcelas Permanentes (SisPP) e as redes de monitoramento da dinâmica de florestas brasileiras para produzir informações sobre o crescimento e produção das florestas no país.

De acordo com a Resolução n.º 4, publicada no Diário Oficial da União, o sistema vai subsidiar a definição de normas técnicas e a elaboração de políticas públicas que promovam o manejo florestal sustentável.

O monitoramento da dinâmica de florestas brasileiras abrange todos os biomas e é feito pelas redes de monitoramento da Floresta Amazônica, da Mata Atlântica e Pampas, da Caatinga, do Cerrado-Pantanal e de florestas plantadas.

A norma prevê que o SisPP organize as informações provenientes das redes, em nível nacional, e disponibilize os dados no Sistema Nacional de Informações Florestais.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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