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AUMENTO DA ADIÇÃO DE BIODIESEL BENEFICIA AGRICULTORES E MAIS...

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2008

17/06/2008 - O óleo diesel comercializado no Brasil passará a conter obrigatoriamente, a partir de 1º de julho, 3% de biodiesel, mistura chamada B3. Combustível renovável produzido por meio de óleos vegetais, o biodiesel é menos poluente que o diesel tradicional. Sua produção também traz vantagens econômicas, como a redução das importações do diesel e a geração de renda na indústria e no campo, por meio do cultivo de matérias-primas.

Segundo o coordenador do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Arnoldo de Campos, a economia em 2008 com a diminuição das importações de diesel é estimada em US$ 600 milhões. “Essa renda, que iria para o exterior, acabará nos pequenos e médios municípios onde a atividade agrícola e as indústrias de biodiesel estão ajudando a dinamizar as economias locais, levando desenvolvimento com distribuição de renda e justiça social”.

É o que já está acontecendo no assentamento Santa Terezinha, em Itatira (CE), a 173 quilômetros de Fortaleza. Ali, quase todas as 46 famílias fecharam contrato com usinas produtoras de biodiesel para fornecimento de mamona. O agricultor João Batista dos Santos, 41 anos, é um deles. Apenas na primeira venda, ele recebeu R$ 224,00 da Brasil Ecodiesel, uma empresa com Selo Combustível Social, concedido pelo MDA àquelas que compram matéria-prima de agricultores familiares. A empresa adquire a mamona por R$ 0,75 o quilo. Já os atravessadores não pagam mais de R$ 0,25.

Consórcio com alimentos

A família de José Diogo Morais, 34 anos, também está satisfeita com a venda da matéria-prima. “A gente pensava que nem comércio tinha para a mamona, e hoje ela é um grande complemento para a família”, diz. “Nós já plantamos mamona no passado, mas achávamos que não dava muito certo porque ganhávamos pouco dinheiro dos atravessadores. Hoje, a gente sente que vale a pena investir na mamona porque há um incentivo do governo”, concorda a esposa, Rita de Oliveira, de 29 anos.

Tanto João quanto José cultivam a mamona em consórcio com o milho e o feijão. Em todo o País, a maioria dos agricultores faz desse jeito: planta biodiesel em consórcio ou rotação de cultura com alimentos. “Essa é uma virtude do biodiesel brasileiro. Ele não compete com alimento, pelo contrário, ele depende da sua relação direta com a produção de alimentos. Quanto mais forte a ligação do biodiesel com a produção de alimentos, mais competitivo será o biodiesel brasileiro”, diz Arnoldo de Campos.

Política Nacional

Os assentados de Santa Terezinha não estão sozinhos no PNPB. Cerca 100 mil famílias já participaram pelo Programa. A inclusão dessas famílias já foi garantida logo no início do Programa, com a criação do Selo Combustível Social. As usinas que possuem o Selo assumem compromissos de responsabilidade social com agricultores familiares e suas organizações. “Isso mostra que as grandes empresas estão acreditando, apostando e reconhecendo a importante contribuição da agricultura familiar em um setor tão estratégico para o País, como o setor energético”, diz Campos.

Por meio do Selo, o produtor de biodiesel tem acesso a alíquotas de PIS/Pasep e Cofins com coeficientes de redução diferenciados, acesso às melhores condições de financiamentos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e suas instituições financeiras credenciadas, ao Banco da Amazônia (Basa), ao Banco do Nordeste do Brasil (BNB), ao Banco do Brasil (BB) e instituições financeiras que possuam condições especiais de financiamento para projetos com Selo.

Matriz diversificada

Além de beneficiar o trabalhador rural, o B3 também coloca o Brasil como uma das potências mundiais em energia renovável. Segundo Campos, com essa nova adição, o consumo de biodiesel – que foi de pouco mais de 400 milhões de litros em 2007 – deverá ultrapassar pela primeira vez a barreira de 1 bilhão de litros. Ser um dos países com a matriz energética mais diversificada do planeta é vantajoso para o Brasil. “Estamos assistindo a elevação diária dos preços do petróleo. Para os países que dependem excessivamente dessa fonte, isso significa inflação, aumento de custo dos insumos, do transporte”, explica o coordenador.

A obrigatoriedade de mistura de biodiesel ao óleo diesel foi estabelecida pela Lei nº 11.097/2005 como parte do PNPB. O Governo Federal tem como meta implantar o biodiesel no Brasil gradativamente, de forma sustentável, promovendo inclusão social e com garantia de preços competitivos. A expectativa é que, até 2013, o percentual de mistura de biodiesel chegue a 5% (B5), prazo que pode ser antecipado para 2010. Com o B5, a economia com a diminuição da importação de diesel deve superar US$ 1 bilhão. O PNPB foi organizado em etapas para que o governo, os agricultores e as indústrias pudessem se organizar e planejar a expansão e consolidação do biodiesel no Brasil. Atualmente, o percentual de mistura obrigatória é de 2%.

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Ação do PAA estimula produção sustentável em RO

17/06/2008 - Em Nova Califórnia, Rondônia, está a sede do Projeto Reca, uma organização de agricultores familiares e extrativistas. São mais de mil famílias envolvidas, direta e indiretamente, na produção de palmito de pupunha, derivados de cupuaçu e outras espécies típicas, muitas já ameaçadas de extinção, todas cultivadas de forma sustentável. Em 2006, o Projeto Reca recebeu recursos do PAA no valor de R$ 402,5 mil, na modalidade Formação de Estoque, para compra de cupuaçu. O dinheiro garantiu o capital de giro para compra de mais produtos in natura para beneficiamento.

Considerada uma das principais matérias-primas dos produtos comercializados pelo Reca, a polpa de cupuaçu é altamente perecível. Por isso, o apoio do PAA foi ainda mais importante. O recurso liberado aumentou a capacidade de formação de estoque do produto, permitindo o beneficiamento no momento certo para a comercialização e garantindo mais renda aos produtores.

A safra deste ano foi muito boa, avalia o presidente do Reca, Arnoldo Berkenbrock. Foram 20 toneladas de palmito-pupunha beneficiadas na fábrica do Reca, 84 toneladas de açaí em polpa e 1,3 mil toneladas de frutos de cupuaçu, sendo que, deste total 350 toneladas foram destinadas à para produção de polpa. Em 2007, um novo projeto, no valor de R$ 360 mil, foi encaminhado para a modalidade Formação de Estoques, que irá novamente garantir o estoque da polpa de cupuaçu.

Floresta de alimentos

Os itens produzidos pelas famílias associadas ao Projeto Reca são cultivados em Sistemas Agroflorestais, os chamados SAFs. “Nós formamos aqui uma floresta de alimentos, e os recursos do PAA contribuem para isso. Se não fossem práticas como esta, a região estaria cada vez mais degradada”, afirma o presidente do Reca. Arnoldo destaca que a produção diversificada tem transformado a vida de muitas famílias e garantido a preservação das espécies que estavam ameaçadas pela devastação da floresta na região.

Um exemplo é o da família do agricultor Selvino Sordi, que plantava cacau em sistema de monocultura. Um dia veio o fogo, consumiu tudo e tornou a área totalmente degradada e improdutiva. Hoje, associado ao Reca, Selvino e a esposa Zenilda Sordi cultivam café, cupuaçu, jaboticaba, açaí, banana, abacaba, castanheira, cumaru, palmito, jatobá, graviola, feijão de porco, pequi, samauma e copaíba. Uma diversidade de espécies, a maioria com destino certo para comercialização no Projeto Reca, agora apoiado com recursos do PAA.

Seminário Nacional

Desde 2003, quando foi criado, o Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA) já investiu R$ 1,5 bilhão. Os recursos foram destinados a 432,8 mil agricultores, e os produtos adquiridos chegaram a 24,4 milhões de pessoas. Os resultados desta iniciativa estão sendo avaliados no Seminário PAA-Balanço e Perspectivas, que será realizado em Brasília até esta quarta-feira (18).

O PAA é uma ação conjunta entre os ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA), do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e da Educação e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Por meio do Programa, alimentos adquiridos de agricultores familiares são destinados a pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional, atendidas por programas sociais locais ou a estoques estratégicos do governo.

Entre 2003 e 2005, o PAA foi operado, exclusivamente, com recursos disponibilizados para o MDS. A partir de 2006, o MDA passou a operar as modalidades de Formação de Estoques e Compra Direta da Agricultura Familiar, com dotação orçamentária própria.

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Parceria para agilizar licenciamentos ambientais na Bahia

18/06/2008 - Até 27 de junho, o Incra assina com o governo da Bahia um termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para resolver a questão ambiental dos 450 assentamentos existentes no estado. A decisão saiu de uma reunião, nesta quarta-feira (18), em Salvador, entre o presidente do Incra, Rolf Hackbart, e o governador da Bahia, Jaques Wagner.

O cronograma de ações ainda será fechado. Para os novos assentamentos, foi criada outra modalidade de licenciamento ambiental, também emitida pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA): haverá licenciamento prévio, logo no requerimento de criação.

Além da questão ambiental, o presidente e o governador anunciaram parceria de assistência técnica e social para o desenvolvimento dos assentamentos e obtenção de terras. “Até 2011, serão investidos R$ 63 milhões”, disse Hackbart. Os investimentos serão divididos entre Incra e o governo.


O acordo vai permitir a universalização do Programa de Assessoria Técnica, Social e Ambiental à Reforma Agrária (Ates) no estado. O Incra vai dispor de 420 técnicos, durante quatro anos, para prestar serviços de assessoria técnica, social e ambiental para a reforma agrária. Além disso, outros 100 técnicos serão direcionados à obtenção de terras, o que pode significar, no mesmo período, o assentamento de 22 mil famílias no estado.

Hackbart ainda destacou o investimento de R$ 25 milhões do Incra na recuperação e na construção de casas nos assentamentos. “Assumiremos a recuperação de cinco mil casas e a construção de mais três mil”, ressaltou. A recuperação das casas é uma antiga reivindicação dos movimentos sociais junto ao governo estadual.Também participaram da reunião o Diretor de Programas do Incra, Raimundo João, o superintendente regional do Incra/BA Luiz Gugé Santos Fernandes, a Secretária da Casa Civil do estado, Eva Chiavon, o secretário da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri) Geraldo Simões e o secretário do Meio Ambiente (Sema), Juliano Matos.

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Agricultores familiares participam do Salão do Turismo

18/06/2008 - Os doces regionais, as polpas de frutas como cajá e cupuaçu, a castanha do Brasil, o mel e a goiabada cascão são alguns dos produtos que podem ser apreciados a partir de hoje (18) no 3º Salão do Turismo: Roteiro do Brasil, que segue até domingo (22), no parque de exposições do Anhembi, em São Paulo. Agroindústrias familiares de 21 estados participam por mais um ano do evento, com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

O Ministério fará parte do espaço Vitrine Brasil, em um estande de 560 metros quadrados, no qual os empreendimentos familiares estarão apresentando seus produtos para a comercialização direta aos que visitarem o salão e, também, para negociações com empresas, supermercados, lojas, entre outros.

Para a coordenadora de Turismo Rural da Secretaria de Agricultura Familiar (SAF/MDA), Camila Silva, o evento é uma oportunidade para que os agricultores familiares comercializem seus produtos, façam contatos e negócios futuros. No último salão, os agricultores saíram do evento com mais de R$ 700 mil negociados e muito otimismo.

Guia

Nesta quarta-feira (18), o MDA e o Ministério do Turismo lançam o roteiro Caminhos do Brasil, um guia que traz um destino representativo do turismo na agricultura familiar por macrorregião. Do Norte, o destaque do Amazonas; do Nordeste, a Paraíba; do Centro-Oeste, o Mato Grosso; do Sudeste, o estado do Espírito Santo; e do Sul, Santa Catarina.

Núcleo do Conhecimento

Na sexta-feira (20), o diretor do Departamento de Geração de Renda e Agregação de Valor da SAF/MDA, Arnoldo de Campos, participa da palestra Produção Associada ao Turismo: Perspectivas para o Desenvolvimento Rural, no espaço Núcleo do Conhecimento.

O Núcleo é um ambiente de debates, reflexões, intercâmbio e integração entre governo, mercado, academia e parceiros por meio de palestras, apresentação de trabalhos, projetos e experiências que contribuem para compor e divulgar o conhecimento em turismo.

A expectativa do Ministério do Turismo é que essa edição supere o público de 109,4 mil visitantes registrado no segundo salão realizado em 2006. Para saber mais, acesse a programação do evento no site www.salao.turismo.gov.br.

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PA da Bahia preserva meio ambiente com sistema agroflorestal

25/06/2008 - O cuidado com o meio ambiente e a aplicação de conhecimentos ecológicos aprendidos com as gerações anteriores chama atenção no Projeto de Assentamento (PA) Santana (BA), situado no município de Morro do Chapéu, no território de identidade da Chapada Diamantina. Das 25 famílias assentadas, seis possuem sistemas de policulturas, cultivam plantas adubadeiras e repelentes de pragas, além de adotar o sistema agroflorestal.

Segundo a articuladora do Programa de Assessoria Técnica, Social e Ambiental à Reforma Agrária (Ates) na Bahia, Ana Cláudia Destefani, o sistema agroflorestal é adotado em alguns estados nos primeiros anos de assentamento, para recuperação de áreas degradadas. Já a policultura é importante para a recuperação do solo.

O PA Santana faz parte do Ates desde 2005, mas essas técnicas já eram praticadas por esses assentados antes da chegada do Programa. “Eles afirmam ter aprendido com os pais”, ressalta Destefani. Embora o PA Santana já possua uma reserva legal, os seis assentados também reservaram parte de seus lotes para preservação da mata.

“Eles dizem que a floresta ajuda as plantações contra as pragas”, explica a articuladora. Outra atividade de preservação encontrada no projeto de assentamento foi o corredor para os animais beberem água no rio. De acordo com Destefani, o Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) determina a criação de corredores para o acesso de animais em Áreas de Preservação Permanentes (APPs), como é o caso de margens de rios.

Diversidade de culturas
No PA Santana, são plantados mucuna (leguminosa utilizada como adubo verde), cana-de-açúcar, urucum, café, milho, leucena, girassol e maracujá. Tudo isso, rodeado por árvores nativas do bioma Mata Atlântica. Também há viveiros de nim (plantas asiáticas que atuam como repelentes naturais).

Para a articuladora, o perfil desses assentados demonstra seu potencial para recuperar a mata. Ela também afirma que as ações das famílias proporcionarão o surgimento de áreas chamadas de trampolim de biodiversidade, nas quais animais pousam para descanso e alimentação. Destefani salienta, ainda, que o exemplo do PA Santana demonstra a importância da interação entre os conhecimentos técnicos e a tradição agrícola do homem rural. “Nesse assentamento, o trabalho precisa ser voltado para o diálogo de conhecimentos entre os técnicos e os conhecimentos dos agricultores”, defende.

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Agroecologia desencadeia os debates na I Conferência Nacional

25/06/2008 - Propor ações para fortalecer a Agroecologia, com base nas experiências e necessidades da população do meio rural. Com esse desafio de dimensões compatíveis com a diversidade do País, um grupo de participantes da 1ª Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (CNDRSS) reuniu-se na manhã desta quarta-feira (25) no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda.

A reunião ocorreu antes mesmo da abertura oficial da CNDRSS, prevista para as 18h30. Promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o evento reúne mais de dois mil participantes. E a Agroecologia é um dos assuntos primordiais da Conferência, organizada em quatro eixos: Desenvolvimento Socioeconômico e Ambiental, Reforma Agrária e Acesso aos Recursos Ambientais, Qualidade de Vida no Meio Rural, Participação Política e Organização Social.

Ao propor o manejo sustentável da agricultura, com respeito aos recursos naturais, a Agroecologia contribui para a segurança alimentar, a preservação do meio ambiente e o fortalecimento da agricultura familiar. Da contenção do desmatamento na Amazônia ao aumento da produção de alimentos, passando por questões fundiárias e créditos agrícolas, as discussões desta manhã enfocaram inquietações dos agricultores familiares e assentados da reforma agrária relacionadas à Agroecologia.

Seus representantes na 1ª CNDRSS expuseram a necessidade de que as políticas públicas contemplem formas de garantir o sustento para as atuais e futuras gerações. O combate ao uso de agrotóxicos e à grilagem de terras também foi destacado.

Na opinião do representante da Articulação Nacional da Agroecologia (ANA) do Rio de Janeiro, Jean Marc Von der Weid, é fundamental se discutir esse tema com os representantes dos trabalhadores rurais para disseminar a noção de sustentabilidade. “É preciso que as políticas públicas promovam o fortalecimento da agricultura familiar frente ao agronegócio, um modelo que já mostrou não ter sustentabilidade”, defende.

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Incra reconhece populações tradicionais no Amazonas

26/06/2008 - Técnicos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária do Amazonas (Incra/AM) visitam, na próxima semana, a Floresta Nacional (Flona) de Balata-Tufari com o objetivo de reconhecer a população tradicional residente na área. A equipe, formada por um engenheiro florestal, um técnico agrícola e um auxiliar administrativo, será acompanhada por mais dois engenheiros florestais do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO) que farão o levantamento sócio-econômico dos moradores.

Com o reconhecimento, previsto na Portaria Interministerial 13, firmada entre o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e o Ministério do Meio Ambiente (MMA), em 2002, a população extrativista tradicional desta área terá acesso aos benefícios previstos no Programa Nacional de Reforma Agrária. “A importância principal desta ação é a Concessão de Direito Real de Uso (CDRU) que é a legitimação, pelo Estado, do direito dessas pessoas de permanecerem na área” explicou o engenheiro florestal do Incra, Pedro Penedo.

Além da CDRU, as pessoas reconhecidas terão acesso aos créditos da Reforma Agrária que totalizam R$9.400,00 por família. Terão, também, a possibilidade de acesso ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e direitos relativos à aposentadoria rural.

O levantamento sócio-econômico do ICMBIO visa o conhecimento detalhado sobre quem são os moradores da área. “O levantamento vai dar uma imagem real da população para conhecê-los de fato e integrá-los à região como uma Unidade de Conservação Ambiental”, acrescentou a engenheira florestal, chefe da Flona, Danielly Alexandra Santana. Ela explica, ainda, que as famílias reconhecidas participam, junto aos órgãos responsáveis, do Conselho Consultivo, responsável por apoiar ou rejeitar ações governamentais na Flona.

A Balata-Tufari, localizada no município de Canutama, à 555 Km de Manaus, foi criada, em 2005, com 802 mil hectares. Em maio de 2008, um decreto do Presidente Lula ampliou essa extensão de terra para 1,07 milhões de hectares.

Uma outra equipe do Incra reconheceu, durante o mês de junho, 250 famílias na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Juma e Rio Madeira. A comunidade fica localizada às margens dos rios Aripuanã, Mariepaua e Madeira, no município de Novo Aripuanã, à 227 Km de Manaus. A RDS é uma Unidade de Conservação estadual de 590 mil hectares e foi criada em 2006.

 
 

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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