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BOI PIRATA VAI VIRAR “CHURRASQUINHO DO FOME ZERO”, AFIRMA MINC

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2008

24 de Junho de 2008 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Marcello Casal Jr./Abr - Brasilia - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, fala sobre as ações da Operação Boi Pirata, que resultou na apreensão de 3.100 cabeças de gado criadas ilegalmente na Estação Ecológica Terra do Meio, no município de Altamira (PA)
Brasília - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, detalhou hoje (24) a apreensão de 3,1 mil cabeças de gado em uma fazenda instalada dentro de uma estação ecológica na Terra do Meio, na região próxima ao município de São Félix do Xingu (PA).

O leilão ainda depende de procedimentos judiciais, e, segundo Minc, deve ser realizado em três semanas. A apreensão ocorreu no último dia 7 e foi a primeira da chamada Operação Boi Pirata, que pretende coibir a criação de gado em áreas de preservação na Amazônia.

O proprietário da Fazenda Lourislândia, Lourival Medrado Novaes dos Santos, havia sido notificado desde 2006 para retirar o rebanho da unidade de conservação.

“Acabou a moleza. Quem não respeitar [as leis ambientais] vai ter o boi tranformado em churrasquinho ecológico do Fome Zero”, afirmou Minc.

Segundo o ministro, além do Fome Zero, os recursos serão utilizados para custear as operações de fiscalização e financiar ações de saúde indígena. De acordo com Minc, a apreensão do gado e a tomada da sede da Fazenda Lourilândia já começou a provocar um “êxodo da boiada” criada irregularmente na região.

Segundo o diretor de Proteção Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Flávio Montiel, há ainda cerca de 40 mil cabeças de gado ilegais em 14 propriedades na Terra do Meio.

Na avaliação do ministro, o leilão dos chamados bois piratas não deverá interferir no mercado ou pressionar o aumento do preço da carne. “Alguns adversários insinuam que isso vai criar uma incerteza, ou provocar desabastecimento. Nós não vemos dessa forma. O Brasil tem mais de 200 milhões de cabeças, estamos fazendo operações com 9, 10 mil, e que são concorrência ilegal”, argumentou.

Na última quinta-feira (19), em audiência pública na Câmara dos Deputados, o governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, afirmou que a caça aos bois piratas poderá provocar diminuição da oferta de carne para os supermercados. “É muito fácil o discurso do transgressor de dizer 'não me reprima porque isso vai aumentar o preço'”, afirmou Minc sem citar o governador de Mato Grosso.

Outras 10 mil cabeças de gado criadas irregularmente em uma fazenda do município de Costa Marques (RO) deverão seguir para leilão, segundo Minc. O Ibama embargou a propriedade hoje de manhã, de acordo com o diretor Flávio Montiel, e notificou o proprietário, Jair Fernando Simonato, que tem prazo de 15 dias para retirar o rebanho da área.

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Governo vai alterar Lei dos Crimes Ambientais em dois meses, afirma Minc

20 de Junho de 2008 - Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou hoje (20) que o governo vai alterar a Lei de Crimes Ambientais para torná-la mais eficiente e ágil. Segundo ele, mais de 95% das multas não são pagas, atualmente, o que “desmoraliza” a política ambiental. Dois dias atrás, o ministro afirmou que a mudança deveria ocorrer em duas semanas.

“É um decreto que regulamenta a Lei de Crimes Ambientais, que será assinado em dois meses. A norma já está com mais de 100 artigos, vai reduzir os prazos, de três, quatro anos de duração, para quatro meses. Para recorrer [a pessoa], terá que pagar 70% e o Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis] vai ter o poder que a Receita [Federal] já tem de dispor e leiloar imediatamente os bens apreendidos”, descreveu o ministro.

Ele explicou que o “endurecimento” da lei é um complemento a várias políticas adotadas para fortalecer o setor. “Recursos, manejo florestal, preços mínimos, crédito para a agricultura familiar, intensificar a produção de alimentos. As medidas puramente repressivas são ineficazes se não são se estabelece a legalização das cadeias produtivas da soja, madeira e da carne”, argumentou.

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Dinheiro de leilão de "bois piratas" vai para o Fome Zero

20 de Junho de 2008 - Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O governo vai anunciar, na próxima terça-feira (24), as regras para o leilão das 3,1 mil cabeças de gado apreendidas este ano em áreas de preservação ambiental da Amazônia. O dinheiro arrecadado com o leilão dos “bois piratas” será destinado ao Programa Fome Zero.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou hoje (20) que na ocasião serão exibidos filmes e fotos das operações, além das ordens judiciais que permitiram a apreensão do gado. “Faremos um verdadeiro churrasco ecológico para o Fome Zero”, brincou Minc.

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Zoneamento deve restringir plantio de cana-de-açúcar em áreas amazônicas, diz ministro

16 de Junho de 2008 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Fabio Rodrigues Pozzebom/Abr - Brasília - O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, durante reunião com técnicos do ministério sobre o zoneamento agrícola da cana-de-açúcar
Brasília - O bioma amazônico deverá ser uma das áreas de restrição total para expansão da cana-de-açúcar, que serão definidas pelo zoneamento agroecológico da cultura. A informação foi dada hoje (16) pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, que anunciou para 31 de julho a apresentação do mapeamento.

“Como princípio inicial, a Amazônia está fora”, afirmou Stephanes, após participar de reunião para discutir o zoneamento. No entanto, disse ele, o acordo final sobre a possibilidade de utilização de áreas de floresta para plantio de cana-de-açúcar será “uma decisão de governo”, e não só do ministério.

O zoneamento agroecológico definirá em que áreas a cana-de-açúcar poderá ser produzida. O mapa valerá apenas para expansão da cultura, sem afetar os atuais produtores.

O Ministério da Agricultura já concluiu o mapeamento das áreas aptas a produzir cana-de-açúcar, o das áreas proibidas, como unidades de conservação e reservas indígenas, e o das áreas degradas e de pastagem, que, de acordo com Stephanes, serão utilizadas preferencialmente. Somente na Região Centro-Oeste, foram identificadas mais de 50 milhões de hectares de áreas aptas.

“Falta definir os critérios para estabelecer outras áreas de restrição. Por exemplo, se o bioma amazônico será todo ou não-todo [restrito], definir eventuais exceções”, afirmou.

Atualmente, a produção de cana-de-açúcar no bioma amazônico (que não inclui estados como Mato Grosso e Maranhão, que fazem parte da Amazônia Legal) está restrita a poucos núcleos – cerca de cinco – segundo Stephanes, entre eles áreas de usinas já desativadas no Amazonas e no Acre.

O ministro ressaltou que outras culturas poderão ser substituídas pela da cana-de-açúcar “se o planejamento envolver essa necessidade”. “Em principio, não se deseja a substituição de cultura. Mas se você tem uma usina com uma área de pastagem ao lado, e logo em seguida, uma de [outra] cultura e novamente uma de pastagem, não se poderá ‘pular’ a área de cultura [diferente da cana].”

Após a apresentação em julho, o zoneamento da cana-de-açúcar “vai ser entregue ao governo, que vai tomar decisões de governo”, afirmou Stephanes. Depois de finalizada pelo Executivo, a proposta deverá ser encaminhada ao Congresso Nacional.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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