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DEPUTADO PROPÕE DESMATAMENTO ZERO NA AMAZÔNIA EM AUDIÊNCIA COM MAGGI E CASSOL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2008

19 de Junho de 2008 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Marcello Casal Jr./Abr - Brasília - Os governadores de Mato Grosso, Blairo Maggi, e de Rondônia, Ivo Cassol, chegam para audiência pública sobre desmatamento na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados
Brasília - O deputado Sarney Filho (PV-MA), defendeu hoje (18) uma “moratória do desmatamento” na Amazônia até que o zoneamento ecológico-econômico (ZEE) da região seja concluído. O zoneamento define a destinação de áreas para preservação, produção agrícola, ocupação por rebanhos, entre outras.

Atualmente, apenas os estados do Acre e Rondônia concluíram o mapeamento. A expectativa do governo, de acordo com anúncios recentes do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, é que o ZEE de toda a região amazônica esteja pronto até o fim de 2009.
Sarney Filho era o único representante da Frente Parlamentar Ambientalista na audiência que recebeu os governadores de Mato Grosso, Blairo Maggi e de Rondônia, Ivo Cassol, para debater os altos índices de desmatamento dos dois estados. Representantes da bancada ruralista garantiram o quórum da audiência.

Contrário à proposta de desmatamento zero, Maggi defendeu a articulação entre pecuária e agricultura, para que os produtores possam alternar as duas atividades e expandir os níveis de produção. O governador disse que está finalizando a proposta e deve apresentá-la durante o Fórum de Governadores da Amazônia Legal, que Mato Grosso vai sediar em agosto.

Durante a audiência, Cassol propôs a criação de um tributo nos moldes da Contribuição Social para a Saúde (CSS) em tramitação no Congresso: a Contribuição Social Sustentável. O governador defendeu a taxação “em 0,01% ou 0,02%” sobre as movimentações financeiras para financiar ações de preservação da Amazônia.

Os governadores afirmaram ainda, que “não são vilões do desmatamento da Amazônia” e contestaram os índices de desmatamento calculados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que apontam Mato Grosso e Rondônia como alguns dos campeões de devastação da floresta.

Ao deixar a audiência, Sarney Filho disse que não se convenceu com os dados apresentados pelos governadores sobre possíveis divergências com os índices do Inpe. “Prefiro acreditar nos dados oficiais”, apontou.

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Empresas se comprometem a não comprar soja produzida em áreas desmatadas

17 de Junho de 2008 - Danilo Macedo - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e representantes de duas associações que agregam empresas responsáveis por 94% da soja comercializada pelo país e de organizações não-governamentais assinaram hoje (17) um termo de compromisso prorrogando a chamada moratória da soja.

Em julho de 2006, essas empresas se comprometeram a não comprar soja produzida em áreas desmatadas a partir daquela data. O acordo se encerraria no final de julho e, com a assinatura do termo de compromisso, vale por mais um ano.

O ministro Carlos Minc anunciou que a experiência será expandida para madeireiras, grandes frigoríficos exportadores e siderúrgicas situadas no bioma amazônico. Essas indústrias começaram hoje a ser notificadas para que qualifiquem todos os seus fornecedores, no prazo de 60 dias.

“Sem regularização fundiária, não há zoneamento econômico na Amazônia”, destacou o ministro, ao acrescentar que a expectativa é concluir o trabalho de regularização em 2009.

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Medidas do Plano Amazônia Sustentável vão começar por microrregiões

17 de Junho de 2008 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O governo pretende começar a implementar o Plano Amazônia Sustentável (PAS) em microrregiões, que serão definidas em parceria com os governos dos nove estados da Amazônia Legal. A estratégia foi definida hoje (17) pela Comissão Gestora do Plano, que reúne nove ministérios, coordenados pelo ministro extraordinário de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger.

Mais de um mês após o lançamento oficial do PAS, Mangabeira convocou os ministros da Defesa, do Meio Ambiente, de Minas e Energia, do Desenvolvimento Agrário, da Agricultura, além de representantes da Casa Civil e dos ministérios da Justiça e da Integração Nacional para apresentar os sete eixos principais do plano e discutir a implementação das medidas, que, segundo ele, pretendem “dar conteúdo à tese do desenvolvimento sustentável”, que alia crescimento e preservação.

“Se nós tentarmos fazer tudo ao mesmo tempo em toda a Amazônia é grande o perigo de não conseguirmos alcançar, no tempo politicamente disponível, o grau de densidade das iniciativas. Vamos selecionar algumas microrregiões, nas quais procuraremos avançar e coordenar essas iniciativas do PAS numa primeira etapa para surtir efeito transformador, numa função sinalizadora”, detalhou Mangabeira Unger.

Segundo ele, houve consenso entre os ministros de que a maior prioridade do PAS é a regularização fundiária da Amazônia, o que pode, inclusive, demandar mudanças na atual legislação que regulamenta a propriedade de terra na região.

“Temos que tirar a Amazônia do caldeirão de insegurança jurídica em que se encontra. Para isso, muito provavelmente, não bastarão apenas medidas administrativas, o reforço do Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária] e das outras organizações responsáveis, teremos também que simplificar as leis para organizar uma trajetória acelerada da posse insegura para a propriedade plena”, disse.

Apesar de defender a “simplificação” da legislação fundiária, Mangabeira Unger disse que, por enquanto, o governo não pretende flexibilizar a área de reserva legal, que prevê a manutenção de 80% da floresta em propriedades na Amazônia. “Não estamos discutindo agora qualquer ajuste na reservas, mas não não há nenhum assunto para o futuro que seja tabu para discussão; é essencial que não tenhamos medo das idéias”, comentou.

Os ministros também discutiram a implementação de medidas de combate ao desmatamento, a necessidade de aperfeiçoar o transporte na região amazônica – inclusive para facilitar o escoamento da produção agrícola – e a criação de mecanismos de pagamento por serviços ambientais a pequenos agricultores e extrativistas para formar “um cinturão verde de proteção da floresta”.

Mangabeira evitou definir prazos para ações do PAS, mas afirmou que “está aflito com a passagem de cada dia e cada hora” para chegar aos resultados. Segundo o ministro, a Comissão Gestora deverá se reunir novamente nas próximas semanas, dessa vez com a participação dos governadores da Amazônia.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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