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NOVO SISTEMA VAI ACOMPANHAR O CRESCIMENTO DAS FLORESTAS PÚBLICAS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2008

25/06/2008 - O crescimento das florestas públicas brasileiras começa a ser monitorado cada vez mais de perto. O Serviço Florestal Brasileiro, órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente, criou nesta quarta-feira (25) uma nova ferramenta para obter informações sobre estas áreas - o Sistema Nacional de Parcelas Permanentes (Sispp) e a rede de monitoramento da dinâmica das florestas brasileiras. Os mecanismos têm objetivo de contribuir para a produção de informações sobre o crescimento e a produção das florestas, além de auxiliar a definição de normas técnicas e a elaboração de políticas públicas que promovam o manejo florestal sustentável.

Parcelas permanentes são áreas demarcadas na floresta e periodicamente remedidas. A instalação e o acompanhamento destas parcelas são uma importante ferramenta para a obtenção de informações espaciais e temporais sobre crescimento e evolução das áreas, de forma a possibilitar o planejamento florestal.

"A gente agora tem um método para acompanhar como se desenvolvem as florestas no Brasil, envolvendo mais de 70 instituições de pesquisa, coordenados pelo Serviço Florestal e tendo a Embrapa Florestas como braço executor na parte de reunião de banco de dados", explica Tasso Azevedo, diretor do Serviço Florestal Brasileiro.

O sistema reunirá informações sobre a Amazônia, Mata Atlântica, Pantanal, Cerrado e Caatinga. E fornecerá elementos sobre quanto cresce uma floresta, quanto tempo ela leva para se regenerar, como se dá a frutificação e floração das espécies e qual a diversidade de espécies por florestas, entre outras informações.

O SisPP vai ser coordenado pelo Serviço Florestal com a finalidade de contribuir para a consolidação, manutenção, comunicação e integração das redes de monitoramento da dinâmica das florestas públicas brasileiras, por meio de reuniões técnicas, discussões temáticas e disseminação de informações sobre o tema. O Modelo Metodológico para o SisPP, foi desenvolvido por pesquisadores da Embrapa Florestas, em parceria com técnicos do Programa Nacional de Florestas (PNF), e de outras instituições. Esse modelo convergiu para uma estrutura em rede, buscando a interligação entre iniciativas já existentes e compostas por instituições diversas como órgãos governamentais e universidades, além das redes já existentes como a Rede de Monitoramento da Dinâmica de Florestas da Amazônia Brasileira, a Rede de Manejo Florestal da Caatinga, a Rede de Parcelas Permanentes no Cerrado e Pantanal e a Rede de Parcelas Permanentes na Mata Atlântica e Pampa, e também a Rede de Parcelas Permanentes em Florestas Plantadas.

Ao Serviço Florestal cabe a tarefa de organizar as informações provenientes das redes, em nível nacional, disponibilizando-as por meio do Sistema Nacional de Informações Florestais. Outro intuito do SisPP é contribuir para a identificação de linhas de pesquisa relevantes, fontes de financiamento e áreas prioritárias para a instalação de novas parcelas permanentes.

Outra função das redes de monitoramento é proporcionar a integração entre instituições de cada rede, bem como o intercâmbio com outras redes nacionais ou internacionais que apresentem interesses comuns, além de promover fóruns de discussão sobre o monitoramento de florestas tropicais.

De acordo com a última atualização do Cadastro Nacional de Florestas Públicas, feita dia 20, o Brasil tem 210 milhões de hectares de florestas públicas. A maior parte dessa área é federal, pois o Serviço Florestal ainda não recebeu dados sobre as florestas estaduais. A expectativa é que, com essas informações, a área de mata chegue a 300 milhões de hectares.

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Liberação de crédito com exigências ambientais começa a partir de 1º de julho

26/06/2008 - Gisele Teixeira - No dia 1º de julho começará a liberação de crédito para a safra 2008/2009 que, este ano, traz como novidade a inclusão de critérios ambientais para contratação de financiamento no bioma Amazônia, conforme aprovado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em fevereiro passado. A medida vale para instituições financeiras públicas e privadas e faz parte de uma série de ações que estão sendo implementadas para reduzir tendência de aumento do desmatamento na Amazônia, detectada desde o segundo semestre de 2007.

De acordo com o texto, a partir da próxima safra, a concessão de financiamentos para atividades agropecuárias nos municípios que integram o bioma, ficará condicionada à apresentação, pelos produtores, dos seguintes documentos: Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR) vigente e certificado, certidão ou licença ambiental vigente do imóvel onde será implantado o projeto a ser financiado e declaração de que inexistem embargos vigentes de uso econômico de áreas desmatadas ilegalmente no imóvel. A liberação do crédito deverá observar, ainda, as recomendações e restrições do zoneamento ecológico-econômico (Decreto 4.297/02).

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, esclareceu que os produtores que estiverem irregulares do ponto de vista ambiental não precisam recuperar toda a área legal este ano, e sim georreferenciar a propriedade e apresentar um plano de recuperação que pode ser a médio prazo. Ele lembrou que o MMA vai garantir 30% dos recursos para regularização ambiental e cerca de R$ 1 bilhão para recompor as reservas legais na Amazônia, além de R$ 136 milhões para apoio às reservas extrativistas. Vamos simplificar e ajudar a fazer a coisa certa , disse.

Os beneficiários enquadrados no Pronaf e produtores rurais que disponham de área não superior a quatro módulos fiscais devem apresentar - no lugar do CCIR e da licença ambiental - uma declaração individual atestando a existência física de reserva legal e área de preservação permanente, conforme previsto no Código Florestal. Devem atender, no entanto, às demais exigências da legislação ambiental e não podem estar com áreas incluídas nos embargos. Produtores enquadrados no Grupo "B" (famílias com renda anual até R$ 4 mil), estão isentos de apresentação desses documentos.

Minc ressaltou, por fim, que o aperto aos produtores que não cumprem com as regras ambientais chega ao lado de outras medidas de apoio ao setor, como as duas linhas de crédito criadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes), anunciadas nesta quinta-feira (26), no Rio de Janeiro. Uma delas, chamada de "Empresa Âncora", irá financiar a modernização e adequação às exigências ambientais dos pequenos produtores da Amazônia por meio de empresas-âncoras das cadeias produtivas. A segunda linha, chamada de Programa de Modernização das Administrações Estaduais (PMAE), irá garantir recursos aos órgãos ambientais para estruturação e agilização das licenças nos estados.

O crédito rural para custeio ou investimento, independentemente do porte do tomador e das atividades a serem desenvolvidas, ficará restrito ao limite do financiamento do respectivo programa ou linha de crédito e ao valor compatível com a área passível de exploração, conforme definido pelo Código Florestal para a respectiva localidade. No caso de imóvel em processo de regularização, o potencial de uso será aquele definido no cronograma do projeto de recuperação de área degradada aprovado pelo órgão estadual de meio ambiente.

Excluem-se da restrição de área passível de exploração, para efeitos do valor do financiamento: exploração extrativista ecologicamente sustentável, e plano de manejo florestal sustentável, incluindo-se os custos relativos à implantação e manutenção do empreendimento; e adequação ambiental, mediante recomposição, regeneração e manutenção de áreas de preservação permanente e reserva legal e recuperação de áreas degradadas, para o cumprimento de legislação ambiental.

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Seminário mostra a experiência bem-sucedida de revitalização do Velho Chico

26/06/2008 - A experiência do município de Luz, em Minas Gerais, é referência na revitalização do Velho Chico. Com investimentos do Ministério do Meio Ambiente, por meio do Programa de Revitalização do Rio São Francisco, a cidade promoveu uma campanha de conscientização para a conservação do Córrego da Velha com a distribuição de mil cartilhas educativas, o plantio de 40 mil mudas de plantas nativas em 20 nascentes e a construção de 140 bacias de contenção de água da chuva (barraginhas). Estes e outros resultados serão apresentados no seminário que será realizado nesta sexta-feira (27), no Clube Social de Luz.

O Projeto de Revitalização do Córrego da Velha foi desenvolvido em Luz (MG) pela Agência Nacional de Águas (ANA) e pela Prefeitura Municipal de Luz. Realizado desde 2006 com o apoio da Emater-MG e da Ruralminas, o projeto investiu em recuperação, conservação e manejo do solo e da água; e - com vistas à sustentabilidade - envolveu a mobilização de produtores, estudantes, entre outros, em torno da necessidade de se cuidar melhor do Velho Chico.

"O projeto provocou grande movimentação no município em torno da questão ambiental, sensibilizando, gerando nova consciência e mudança de hábitos", explica o prefeito de Luz, Agostinho Carlos Oliveira. Ele ressalta ainda que a iniciativa vai aumentar a quantidade e melhorar a qualidade de água para o abastecimento da cidade.

Localizado em região próxima à nascente do rio São Francisco, o município mineiro de Luz tem cerca de 17 mil habitantes, os quais vivem principalmente da agropecuária. Antes do projeto de manejo integrado, a cidade e o seu entorno sofriam com crescentes processos de erosão, desmatamento de matas ciliares e, por conseqüência, com o assoreamento dos mananciais.

"As práticas conservacionistas difundidas pela iniciativa servem para combater a degradação dos solos causada pelo escoamento superficial e pelas erosões - comuns nas microbacias do São Francisco em Minas, principalmente onde o relevo é mais ondulado", enfatiza Herbert Cardoso, assessor da ANA. Ele explica que essas ações ajudam a recuperar e a preservar as nascentes, evitar os carreamentos superficiais de solo e facilitar a infiltração da água.

O seminário conta com a participação do Ministério do Meio Ambiente representado pelo gerente do Departamento de Revitalização de Bacias Hidrográficas, Rogério Bigio Soares.

Mais números do projeto
- Adequação de 5km de estradas vicinais, criando as chamadas estradas ecológicas;
- Terraceamento em 358 hectares;
- Campanha educativa com a participação de 200 estudantes;
- Realização de oito reuniões de sensibilização e mobilização social.
Curiosidade
Cada barraginha construída ao longo do período de execução do projeto custou R$ 336,00. Cada uma delas foi construída em cerca de 4h.

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MMA promove seminário sobre equipamentos de refrigeração em supermercados

25/06/2008 - Daniela Mendes - Eficiência Energética e benefícios ambientais. Com esses argumentos, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) pretende convencer o setor supermercadista a trocar seus equipamentos de refrigeração e, assim, eliminar o uso do HCFC (hidroclorofluorcarbonos) - gás, da família do CFC (clorofluorcarbono), usado como fluido refrigerante em geladeiras e aparelhos de ar-condicionado, que destrói a camada de ozônio e tem efeito estufa.

Nesta quinta-feira (26), o MMA promove, no Hotel Excelsior, em São Paulo, a partir das 9h, seminário sobre refrigeração em supermercados com a participação da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), onde serão apresentadas alternativas ao uso do HCFC e do HFC (hidrofluorcabono), que, embora não agridam a camada de ozônio, também contribuem para o aumento do efeito estufa.

O seminário - que terá palestras proferidas pelo diretor do Departamento de Mudanças Climáticas do MMA, Ruy de Góes, e por especialistas do Brasil e do exterior - servirá também para difundir tecnologias específicas para a utilização dos chamados refrigerantes naturais.

Ruy de Góes explica que, no momento, os HFCs têm sido considerados uma boa opção para substituir os HCFCs, mas, por terem poderoso efeito estufa, o governo está promovendo como alternativa viável o uso de fluidos refrigerantes naturais como a amônia, o dióxido de carbono (CO2) e os hidrocarbonetos - que não afetam a camada de ozônio e têm baixíssimo efeito estufa.

O seminário integra as ações do Plano Nacional de Eliminação do CFC que é coordenado pelo MMA e implementado pelo Pnud e GTZ (Agência de Cooperação Alemã), e é parte do compromisso brasileiro com o Protocolo de Montreal.

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Grupo do Conama discute padronização de produtos e subprodutos florestais

24/06/2008 - Com o objetivo de permitir a integração dos sistemas eletrônicos de controle florestal e de facilitar o trabalho de fiscalização dos órgãos ambientais, será realizada nesta quarta e quinta-feira (25 e 26), em Brasília, a primeira reunião do Grupo de Trabalho sobre Procedimentos e Padronizações para o Setor Florestal da Câmara Técnica de Florestas do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

O GT tem como meta elaborar uma proposta de resolução que estabeleça padrões de nomenclatura e coeficientes de conversão para produtos e subprodutos florestais, além de regulamentar a inspeção técnica industrial e procedimentos do setor florestal.

Segundo o coordenador do grupo de trabalho, José Humberto Chaves, a idéia é elaborar um glossário técnico com a mesma denominação e classificação para produtos madeireiros como a tora, a prancha, a madeira serrada, a tábua; além de definir padrões de fiscalização para que a indústria possa saber o que exatamente o órgão ambiental vai fiscalizar em sua empresa e como ela deve estar para receber autorização ambiental.

"O caibro, por exemplo, no Amapá, é conhecido como perna-manca. Queremos acabar com isso e definir uma mesma nomenclatura para ser usada no país inteiro", esclareceu Chaves. Ele afirmou ainda que essa padronização melhorará a integração entre o DOF - Documento de Origem Florestal -, usado pelo Ibama, e os sistemas estaduais de fiscalização eletrônica.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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