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PROGRAMA “NÃO TIRE AS PENAS DA VIDA” TRANSFORMAM INDÍGENAS INFRATORES EM PARCEIROS AMBIENTAIS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2008

Manaus (20/06/2008) - Servidores do Ibama do Amazonas em parceria com a FUNAI, reuniram 11 índios Saterê-Maué com outros 30 líderes dos Hixkaryana na aldeia Riozinho da etnia Hixkaryana. Durante 10 dias, indígenas, servidores do Ibama e da FUNAI trocaram experiências e participaram do Curso de Agente Ambiental Voluntário, que contou com tradução simultânea para a língua Hiskaryana. Entre as atividades, os índigenas tiveram a chance de ver, pela primeira, seções de cinema, montadas na maloca central, onde assistiram filmes educativos com foco na questão ambiental.Durante os dez dias de convivência com os indígenas, a equipe do Ibama realizou um diagnóstico simplificado da fauna da Terra Indígena Nhamundá-Mapuera. O biólogo Agenor Vicente realizou diversas incursões na selva e constatou a redução drástica de populações de macacos e diversas aves.

Segundo a coordenadora do Núcleo de Agentes Ambientais Voluntários do Ibama, Ante Barroso, durante todo o curso, incluindo dois dias de viagem até as aldeias, nenhuma arara, papagaio ou mesmo o gavião-real, muito comuns naquela região, foram vistos. “Nossos indígenas sabem que se não acharmos alternativas econômicas, esses animais vão acabar sumindo da região. Quando não existe cuidado com o meio ambiente, o primeiro que sofre é quem convive com ele”, afirmou Anete.

Ao final da oficina de capacitação (13/06), as lideranças indígenas reconheceram que a caça para fins comerciais gera impactos negativos sobre a fauna da Terra Indígena e se mostraram dispostos a encontrar alternativas econômicas que não representem ameaças. Diversos Tuchauas (líderes das etnias) declaram que as tribos vão trabalhar projetos sustentáveis, como criação de peixes e extração de essências e óleos naturais, deixando de depender do comércio de partes de animais silvestres e colaborando com o órgão federal de meio ambiente no combate a esses ilícitos.

Para o Superintendente do Ibama no Amazonas, Henrique Pereira, a conscientização desses indígenas mostra que a educação ambiental é o maior aliado do projeto Não Tire as Penas da Vida. “Fica o exemplo. Resta agora aos turistas, tanto de Manaus quanto de outros locais que vão ao Festival de Parintins que façam a sua parte. Não adianta cantar a natureza se não ajudar nessa luta. Não comprem artesanato com penas de animais silvestres. A vida agradece”, disse o Superintendente.

Por incrível que pareça o Festival Folclórico de Parintins já foi considerado a “festa da morte”. Isso porque enquanto toadas cantavam a preservação da Amazônia, com letras que protestavam contra o desmatamento, a caça de animais silvestres, o aquecimento, a fumaça, e por aí afora, dezenas de milhares de animais eram abatidos para enfeitar peças tanto dos bumbás, quanto das alegorias vendidas aos turistas pouco interessados na preservação decantada da festa. Só pra se ter uma idéia, em 2002, o Ibama e a FUNAI catalogaram em Parintins no período do festival, cerca de 30 mil peças artesanais com partes da fauna local, o que representa cerca de 3400 araras abatidas entre quase 7000 animais silvestres mortos. Em 2003, esses números subiram para algo em torno de 50 mil peças, representando outros 12 mil animais abatidos, mais da metade araras e papagaios.

A parceria pela preservação nasceu com a campanha “Não Tire as Penas da Vida”, em 2002. Os primeiros a abolir o uso de penas, ossos, couros e peles de animais silvestres foram os bumbas Garantido e Caprichoso, que passaram a utilizar materiais sintéticos e penas de galinhas nas suas alegorias. As empresas de turismo também aderiram à campanha pela vida. Faltava envolver definitivamente as comunidades indígenas da região, principalmente Hixkaryana, Sateré e Waiwai, que permaneceram no comércio ilícito. Para os indígenas, a campanha havia surtido pouco efeito, pois ainda foram registradas vendas de artesanato no ano passado. Nos anos de 2004 a 2006, com as operações de fiscalização, o número de peças com partes de animais silvestres foi reduzido em mais de 80%. Mas apesar da queda, milhares de animais continuaram sendo abatidos para esse mercado ilegal.

A primeira tentativa de sensibilizar os indígenas foi realizada em 2007, quando uma equipe do escritório regional do Ibama em Parintins realizou um encontro com as lideranças indígenas na Terra Indígen Namundá-Mapuera. Na semana passada o Ibama do Amazonas utilizou sua melhor arma para buscar a solução do problema.
Marcelo Dutra
Ascom/Ibama/AM

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Fiscalização do Ibama multa fazendeiro em R$ 20 milhões por desmatar Terra Indígena

Barra do Garça/MT (17/06/08) - Uma ação dos fiscais do Ibama na Terra Indígena marãwatséde, da etnia xavante, município de Alto da Boa Vista, sudeste do estado do Mato Grosso, resultou na aplicação de uma multa de mais de R$ 20 milhões. Um fazendeiro foi autuado por desmatar a corte mais de 4 mil hectares de vegatação de floresta em área de preservação permanente.

Imagens de satélite detectaram e vistorias de campo constataram a derrubada. O desmatamento ocorreu entre 2003 e 2005. A ação de fiscalização ambiental, que foi coordenada pela Gerência Executiva do Ibama em Barra do Garça, ocorreu no âmbito do Plano de Ação para a Prevenção e Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal PPCDAM) do Governo Federal e da campanha Guardiões da Amazônia do Ibama.
Ascom Fiscalização Ibama
Fonte: Gerex Barra do Garça/MT

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STJ garante a técnico ambiental o poder de multar

Brasília (17/06/08) – A 1ª Turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu hoje, por unanimidade, que fiscais do Ibama de nível médio têm competência para lavrar autos de infração relativos a crimes contra o meio ambiente, como o desmatamento ilegal da Amazônia, falta de licenciamento ambiental e ilícitos contra fauna e flora.

Entre 2002 e 2006, o percentual de contestação de autos de infração lavrados pelos técnicos de nível médio chegou a 80%. Argüia-se a competência desses fiscais com base em interpretações da Lei 10.410 que trata das atribuições dos analistas ambientais, que são servidores de nível superior.

A Justiça em vários estados tomou decisões desfavoráveis ao Ibama. A decisão da Justiça Federal da 4ª Região, por exemplo, determinou a nulidade da multa de R$ 43 mil aplicada por um técnico, em 2005, devido uso de agrotóxico importado do Paraguai. Foi justamente esse caso que o STJ analisou hoje.

“A decisão do STJ significa manter o poder de polícia de todos os agentes do Ibama”, comentou a procuradora-chefe da Procuradoria do Ibama e do Instituto Chico Mendes, Andréa Vulcanis, logo após o julgamento. A procuradora avalia que a decisão formará jurisprudência garantindo poder de polícia aos servidores de nível médio indicados por portaria a desempenharem função de fiscal do Ibama.
Sandra Sato

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
Ascom

 
 
 
 

 

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