Panorama
 
 
 

ASSESSORIA DA FUNASA NEGA FALTA DE AMBULÂNCIA PARA ATENDIMENTO DE ÍNDIOS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2008

1 de Julho de 2008 - Morillo Carvalho - Repórter da Agência Brasil - Elza Fiúza/Abr - Brasília - Conjunto da Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai), vistoriado por integrantes da Comissão de Direitos Humanos da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil
Brasília - A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) só deve responder às críticas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) sobre as condições de atendimento da Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai), onde foi morta a adolescente Jayia Xavante há seis dias, depois que receber formalmente um relatório da OAB. A informação é da assessoria de imprensa da entidade.

Hoje (1º) pela manhã, a Comissão de Direitos Humanos da OAB vistoriou o local e constatou que o abrigo está em condições precárias. Algumas irregularidades apontadas foram a ausência de um médico plantonista, embora a Casai abrigue cerca de 50 indígenas com doenças graves, e de ambulância.

Mesmo sem resposta oficial, a assessoria informou que a denúncia de falta de ambulância não procede. Segundo a Funasa, existe uma unidade, que no entanto não fica na Casai permanentemente, mas no posto de saúde da Funasa em Brasília, estando sempre à disposição dos indígenas abrigados.

A Funasa também considera inadequada a recomendação da OAB de transferir as atividades da Casai para uma propriedade da Fundação Nacional do Índio (Funai), na cidade de Sobradinho, devido à sua proximidade com a área urbana. Segundo a assessoria, em outra oportunidade a Funai já utilizou o local, sem sucesso.

Estas manifestações, no entanto, são preliminares, com base no que a imprensa divulgou sobre a visita da OAB à Casai. Portanto, podem mudar, caso as recomendações da OAB sejam diferentes.

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Comissão da OAB constata precariedade em local que abrigava xavante morta

1 de Julho de 2008 - Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A ausência de um médico plantonista e a presença de uma única enfermeira que auxilia os doentes apenas durante o dia são algumas das precariedades constatadas hoje (1) pela Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil do Distrito Federal (OAB-DF) durante vistoria na Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai).

O local pertence à Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e é onde estava a adolescente Jaiya Xavante, morta na última quarta-feira (25), em decorrência de violência sexual.

A menina tinha lesão neurológica – não falava e se locomovia apenas por meio de cadeira de rodas – e morava na aldeia São Pedro, no município de Campinápolis (MT). Ela estava em Brasília para tratamento médico.

O presidente da comissão, Jomar Moreno, constatou que a Casai abriga cerca de 50 indígenas diagnosticados com doenças graves, e que “dentro do possível” o atendimento é prestado aos pacientes.

Segundo foi informado, um médico visita o local apenas algumas vezes durante a semana, e na enfermaria não há medicamentos para atendimento de emergência.

“As instalações não são adequadas porque é uma chácara onde foi feita uma adaptação provisória, embora já esteja lá há alguns anos. Não é um local próprio para um atendimento médico”, denunciou.

Quanto à segurança do local, Moreno foi informado que uma empresa de vigilância presta assistência às dependências da Casai, e por isso ele acredita que a violência contra a adolescente Jaiya não foi praticada por alguém de fora.

“O ataque à vítima não foi externo. Não acredito. Mas são apenas hipóteses levantadas”, disse.

De acordo com Moreno, a Funasa já tem planos de transferir o local para um hotel-fazenda próximo à cidade do Paranoá, em um prazo de até dois meses. O aluguel pago pelo órgão, que atualmente é de R$ 10.600, passaria para R$ 18 mil com a mudança de endereço.

A recomendação da OAB-DF é que a transferência seja para um local de propriedade da Fundação Nacional do Índio (Funai) na cidade de Sobradinho.

Segundo Moreno, as instalações já estão prontas, mas o prédio não está sendo utilizado.

“A OAB vai encaminhar um comunicado para a Funai. Não justifica a Funasa pagar um aluguel de R$ 18 mil tendo a Funai um local apropriado para esse atendimento e que está desativado”, disse.

Moreno disse que a comissão ainda não tem como avaliar se a precariedade da Casai teria contribuído para a morte da adolescente xavante, uma vez que não recebeu a cópia do inquérito policial.

“Se for constatado, é um problema grave, que inclusive caracteriza o crime de omissão ao socorro”, disse.

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Funasa diz que não reconhece fonte que acusou tia de matar adolescente xavante

30 de Junho de 2008 - Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) informou hoje (30), por meio da assessoria de imprensa, que não reconhece a fonte que acusou a tia da adolescente Jaiya Xavante – morta na última quarta-feira (25) no Hospital Universitário de Brasília – como autora do crime.

Ela é uma das três irmãs casadas com o pai de Jaiya e, segundo a fonte da Funasa, em um acesso de ciúme do marido, teria introduzido um vergalhão de ferro de aproximadamente 40 centímetros no órgão sexual da sobrinha.

A assessoria reforçou que o posicionamento oficial da Funasa foi divulgado à imprensa em uma entrevista coletiva na última sexta-feira (27) e que caberia à polícia, e não à alguém vinculado ao órgão, realizar a investigação e apontar suspeitos.

Ainda de acordo com a assessoria, a Funasa não pretende fechar a Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai) – onde, segundo a polícia, ocorreu o crime – mas transferir o abrigo para outro local, melhor adaptado e que possa receber um número maior de indígenas .

A contratação de licitação para a obra, segundo o órgão, já foi feita, mas não há ainda um endereço definido. A assessoria informou que a Casai permanece em funcionamento no mesmo local – que, atualmente, atende cerca de 50 indígenas – e só deve cessar o atendimento quando as novas obras forem concluídas.

A assessoria ressaltou que a transferência e a ampliação do local não têm ligação com a morte de Jaiya já que, segundo a Funasa, a adolescente morreu em conseqüência dos ferimentos sofridos e não por causa das instalações da Casai.

O titular da 2ª Delegacia Policial do Distrito Federal, Antônio José Romeiro, também contestou hoje (30) a hipótese de que a tia da adolescente seja suspeita no caso. “Não temos nenhum suspeito. Falam sobre a tia da vítima, porque ela é quem ficava o tempo todo ao lado da menina. É só por isso que ela foi indicada como suspeita. Nesse momento, não há nada que demonstre que a tia possa ter sido autora.”

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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