Atividades
de pesquisa com zoneamento edafoclimático,
ou seja, a relação planta-solo-clima,
para plantio de espécies florestais de rápido
crescimento na Amazônia, visando estabelecer
banco de dados informatizado para a seleção
de sítios, ou seja, de locais ou regiões
mais adequados a este plantios atividades fazem
parte do projeto “Zoneamento edafoclimático
para plantios de espécies florestais na Amazônia
conduzido pela Embrapa Amazônia Ocidental
(Manaus/AM), , nos estados de Rondônia, Roraima,
Amapá, Pará e Amazonas.
Em Rondônia inicialmente
foram estudadas 16 espécies destacando-se
Andiroba, Bandarra, Pinho Cuiabano, Sumaúma,
Táxi Branco, Eucaliptus e Teca. Os resultados
possibilitaram conhecer o desempenho inicial das
espécies florestais e as que apresentam potencial
para plantios em florestamento ou reflorestamento
na região, diz o pesquisador da Embrapa Rondônia,
Abadio Hermes Vieira, responsável por estas
atividades.
O plantio de espécies florestais
adaptadas pode reduzir a pressão de exploração
sobre as florestas nativas, o que contribui para
a preservação da biodiversidade, sendo
uma excelente opção ecológica
de utilização da terra, em função
do papel da árvore na melhoria e recuperação
da qualidade do solo e proteção contra
a erosão.
Na Amazônia ainda são
poucos os plantios comerciais, devido à falta
de conhecimento cientifico sobre o comportamento
das espécies nativas e exóticas na
região e a pouca disponibilidade de sementes
de boa qualidade. Em função disso,
ressalta Abadio, cresceu a importância dos
plantios florestais na Amazônia, que surgem
agora em função, da necessidade de
recuperar áreas degradadas e da crescente
escassez de matéria-prima.
Vários plantios estão
sendo executados no Estado, entretanto, salienta
o pesquisador, ainda existem poucas informações
sobre as espécies mais adequadas para cada
área implantada.
Para isso a Embrapa Rondônia,
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária,
vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento, desenvolve atividades de pesquisa
na área florestal visando atender a grande
demanda da região amazônica.
Daniela Garcia Collares
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Simpósio aborda Etanol
e Biodiesel
As Redes de PD&I e Embrapa
Agroenergia são assuntos do IV Simpósio
sobre Biotecnologia em Etanol e Biodiesel (Simbio)
que teve início nesta quarta-feira (2) e
segue até quinta-feira (3) em Piracicaba/SP.
O tema do Simpósio é
“Coordenação de Redes de Inovação
em Biotecnologia para a Produção de
Etanol e Biodiesel', e tem como objetivo refletir
sobre os cenários, políticas de estado,
estratégias empresariais e avanços
da biotecnologia para o desenvolvimento da produção
de bioetanol e biodiesel, no contexto de expansão
da Agroenergia na matriz energética nacional
e mundial.
O pesquisador Hugo Molinari, da
Embrapa Agroenegia, participa do evento apresentando
o papel da Unidade sobre a coordenação
das redes de pesquisa e sobre a pesquisa em agroenergia.
A idéia e ressaltar alguns pontos como o
Plano Nacional de Agroenergia (PNA) e o Programa
de Pesquisa em Agroenergia; a criação
da Embrapa Agroenergia; e as plataformas de pesquisa
da Embrapa.
O pesquisador abordará,
ainda, os projetos que tratam de grandes temas de
pesquisa, executados em redes que envolvem centenas
de pesquisadores da Embrapa e de diversas instituições
parceiras. São eles: Tecnologias de obtenção
de biodiesel; Fontes alternativas de agroenergia;
Produção sustentável de cana-de-açúcar
para fins energéticos; Pesquisa, desenvolvimento
e inovação em pinhão manso
para a produção de biodiesel, entre
outros.
Juliana Freire
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Livro ensina técnicas de
controle biológico de gafanhotos no Brasil
(03/07/2008) A Embrapa Recursos
Genéticos e Biotecnologia, unidade da Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária, e o
Instituto Francês de Pesquisa Agronômica
(CIRAD) lançaram o livro “Bioinseticida e
Gafanhotos-Praga”, que apresenta o relatório
final do projeto de pesquisa conduzido em parceria
entre as duas instituições para desenvolvimento
de bioinseticida capaz de controlar os gafanhotos
que atuam como pragas no Brasil. A impressão
e o acabamento da obra ficaram a cargo da Embrapa
Informação Tecnológica.
Editado pelos pesquisadores Bonifácio
Magalhães (Embrapa) e Michel Lecoq (CIRAD),
o livro é resultado de um projeto de pesquisa
iniciado pela Embrapa Recursos Genéticos
e Biotecnologia em 1993 com o objetivo específico
que chegar a um inseticida biológico eficaz
no controle de gafanhotos, que não causa
danos à saúde humana, de animais e
ao meio-ambiente.
Depois de anos de pesquisa, as
equipes de cientistas da Embrapa e do CIRAD conseguiram
desenvolver um bioinseticida à base do fungo
Metarhizium anisopliae eficaz no combate ao gafanhoto
da espécie Rhammatocerus schistocercoides,
de maior incidência no estado do Mato Grosso,
região mais prejudicada pelos ataques desse
inseto no Brasil. Esse fungo é entomopatogênico,
ou seja, específico para o inseto-alvo e,
portanto, inofensivo à saúde humana,
de animais e a outros insetos não-alvo.
A estirpe do fungo utilizada pela
Embrapa para o desenvolvimento do inseticida biológico
é brasileira, o que torna o seu processo
de produção mais rápido e barato.
O livro apresenta os resultados
dos testes de campo realizados com o produto entre
os anos de 1998 a 2002 e que comprovaram a eficiência
do bioinseticida no Mato Grosso. O objetivo, segundo
o chefe-geral da Embrapa Recursos Genéticos
e Biotecnologia, José Manuel Cabral, é
“colocar à disposição da sociedade
os métodos de aplicação do
produto biológico, esperando que possam ser
úteis para controlar populações
de gafanhotos naquele estado e em outras regiões
brasileiras”.
Mesmo não sendo um problema
tão sério no Brasil quanto na África,
os gafanhotos representam uma preocupação
no país, já que frequentemente causam
danos a culturas agrícolas em diferentes
regiões brasileiras. Os ataques ocorrem com
maior freqüência no nordeste e no estado
do Mato Grosso, por isso, foram escolhidas para
as pesquisas da Embrapa e do CIRAD, mas outros estados
não estão livres da praga, como Rio
Grande do Sul, Rondônia e Minas Gerais, entre
outros.
A união entre as duas instituições
teve como objetivo principal diminuir a utilização
de produtos químicos no controle dos gafanhotos.
Segundo o pesquisador da Embrapa
Recursos Genéticos e Biotecnologia, Francisco
Schmidt, que é um dos autores, além
de divulgar os métodos de aplicação
do inseticida fúngico, o livro apresenta
dados sobre os gafanhotos que permitem aos produtores
e cientistas conhecerem melhor o comportamento da
praga. Uma das informações contidas
na publicação é de que existem
no Brasil, pelo menos, 23 espécies de gafanhotos
capazes de causar danos econômicos.
O importante, na visão
de Schmidt, é divulgar para a população
técnicas integradas de manejo agrícola,
como cuidados na introdução de novas
culturas, uso do solo, utilização
de inseticidas biológicos ou químicos
de pouco impacto sobre inimigos naturais e monitoramento
das populações de pragas alvo, entre
outras, de modo que permitam conviver da melhor
maneira possível com esses insetos ou combatê-los
,se necessário, com eficiência. “O
controle biológico é uma importante
ferramenta, mas é necessário que os
produtores saibam como manipular as culturas e o
meio-ambiente, de forma a reduzir ou mesmo evitar
os impactos econômicos dos ataques de pragas
às culturas agrícolas. E é
isso o que o livro pretende”, finaliza.
O livro pode ser adquirido na
Livraria Virtual da Embrapa, pelo endereço:
www.sct.embrapa.br/liv; pelo e-mail: vendas@sct.embrapa.br,
ou pelo telefone: (61) 3340-9999.
Fernanda Diniz