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BRASIL COMEÇA ARTICULAR AÇÕES COMO PRESIDENTE DOS PAÍSES MEGADIVERSOS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2008

07/07/2008 - Gisele Teixeira - O Brasil começou a definir as ações que irá adotar como presidente do Grupo de Países Megadiversos Afins, articulação que reúne as 17 nações mais ricas em biodiversidade no mundo. A estratégia deve estar delineada nos próximos meses, segundo informa Bráulio Dias, diretor de Conservação da Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente. O Brasil foi eleito para um mandato de dois anos durante a 9ª Conferência das Partes (COP-9) da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) da ONU, realizada em maio passado, em Bonn, na Alemanha.

"O grupo dos megadiversos é a Opep da biodiversidade", compara Bráulio. Criado em 1992, tem o objetivo de atuar em defesa dos interesses comuns dessas nações em fóruns internacionais de biodiversidade, em especial na convenção. México, Índia e Kênia foram os presidentes anteriores. A função do país que está no comando é a costura política e técnica entre os componentes do grupo.

Um dos pontos positivos dessa articulação dos megadiversos é o fato de ela ser pluri-regional e estar integrada pelos países mais atuantes de três continentes - América, África e Ásia. Tradicionalmente, as questões de biodiversidade sempre foram tratadas de forma individual por cada país ou pelos blocos políticos da ONU, divididos de forma geográfica: América Latina e Caribe; Países Africanos; Ásia e Pacífico; Leste Europeu e Países Desenvolvidos (oeste europeu, América do Norte, Austrália, Nova Zelândia e Japão). "O grupo dos megadiversos tem um recorte diferente, que inclui os três continentes, o que empresta um peso diferenciado às suas posições".

Nesse momento, de acordo com Bráulio, o principal desafio é fazer andar as negociações em torno da criação de um regime internacional sobre Acesso e Repartição de Benefícios (ABS). "O esforço do momento é influenciar nas negociações para fazer que os interesses dos países ricos em biodiversidade sejam adequadamente refletidos nesse regime", explica. A expectativa é que as negociações estejam concluídas até 2010 para adoção na COP-10, em Nagóia, no Japão.

O regime internacional tem como objetivo a distribuição justa e eqüitativa dos lucros obtidos com a exploração da biodiversidade e do conhecimento de populações indígenas e tradicionais. O mecanismo está previsto na Convenção sobre Diversidade Biológica, assinada na Cúpula Mundial sobre Meio Ambiente realizada no Rio de Janeiro em 1992 (Rio-92).

Atualmente, fazem parte do grupo de megadiversos os seguintes países: África do Sul, Bolívia, Brasil, China, Colômbia, Congo, Costa Rica, Equador, Filipinas, Índia, Indonésia, Madagascar, Malásia, México, Peru, Quênia e Venezuela. Essas nações reúnem mais de 70% de toda a biodiversidade do planeta e cerca de 45% da população mundial.

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Oficina capacita técnicos sobre rerrefino de óleos lubrificantes

08/07/2008 - Suelene Gusmão - Técnicos das secretarias estaduais e municipais de Meio Ambiente e do setor empresarial da região Nordeste estarão reunidos a partir desta quarta-feira (9) em Natal (RN) para receber orientação sobre a Resolução do Conama que trata do recolhimento e destinação final ao rerrefino dos óleos lubrificantes usados ou contaminados (olucs). Os técnicos serão orientados nas particularidades da Resolução e suas interfaces com o processo de licenciamento ambiental. Também serão atualizados sobre a capacidade de produção e importação de óleos lubrificantes e sobre a capacidade de recolhimento e rerrefino instalada no País.

Durante a oficina, que vai até o dia 11, será também debatida a Portaria Interministerial que trata da exigência do recolhimento compulsório de olucs. De acordo com a Portaria, até 2011 será obrigatório o recolhimento de 35,9% de olucs. Atualmente, a exigência é de 33,4%.

O evento de Natal é coordenado pelo Grupo de Monitoramento Permanente (GMP) da Resolução Conama, sendo coordenado pelo MMA. Fazem parte do GMP Ibama, ministérios das Cidades, Minas e Energia, Agência Nacional de Petróleo (ANP), Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema), Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (Anamma), Ongs e setor empresarial da cadeia produtiva de olucs.

O óleo lubrificante usado ou contaminado é considerado um resíduo tóxico persistente e perigoso para o meio ambiente e para a saúde humana se não for gerenciado de forma adequada. A prática tecnicamente recomendada para evitar a contaminação química é o envio do resíduo para a regeneração e recuperação por meio do processo industrial de rerrefino.

A Resolução do Conama que trata do assunto determina que produtores e importadores são obrigados a coletar o óleo lubrificante usado, segundo as metas estabelecidas pela portaria Ministerial que dispõe sobre o tema. A Resolução Conama determina ainda que a única destinação possível para o óleo usado é o rerrefino, técnica que permite a reutilização do óleo lubrificante usado com as mesmas características do original.

O rerrefino é um exemplo de sustentabilidade, pois reduz a importação de petróleo leve, geralmente utilizado pelas indústrias para produzir óleo lubrificante. Permite ainda o desenvolvimento econômico e recolhimento de impostos e traz benefícios à saúde e ao meio ambiente.

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MMA debate com empresários cadeia produtiva de produtos extrativistas

07/07/2008 - Lucia Leão - O Ministério dos Meio Ambiente, em parceria com os ministérios da Reforma Agrária e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, realiza nesta terça-feira (08), em São Paulo, o Fórum "Cadeias de Produtos da Sociobiodiversidade: Desafios e Oportunidades - Um Diálogo com a Classe Empresarial", que objetiva integrar o setor na Estratégia Nacional para a Promoção dos Produtos da Sociobiodiversidade e na discussão sobre o Plano Nacional para a Promoção de Produtos da Sociobiodiversidade.

Participam do Fórum empresários dos setores químico, farmacêutico, de cosméticos, de alimentação, de turismo, de embalagens e de tecnologia, além de representantes de entidades como as associações brasileiras de Supermercados e de Atacadistas e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas.

Eles já haviam sido ouvidos por técnicos do MMA, que aplicaram questionários para eles opinarem sobre a viabilidade econômica dos produtos da sociobiodiversidade - açaí, babaçu, castanha, borracha, óleo de copaíba, entre outros coletados por comunidades tradicionais -, apontarem o que consideram os principais entraves do setor e sugerirem ações do governo com vistas ao desenvolvimento de cadeias produtivas a partir desses produtos.

Entre os principais problemas identificados pelos empresários - e que será apresentado durante o Fórum - está a falta de uma lei de acesso a recursos genéticos. Hoje o tema é regulado por medida provisória.

Os empresários reclamam também incentivos para que possam fazer investimentos e cobram do governo mais apoio à organização da produção nas comunidades para que elas garantam qualidade, regularidade e volume aos produtos que abastecerão as indústrias.

Os resultados do Fórum serão trazidos para o Seminário Nacional das Cadeias de Produtos da Sociobiodiversidade, que será realizado em Brasília nos dias 15 e 16, para debater a agregação de valor e a consolidação de mercados sustentáveis.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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