Panorama
 
 
 

FÓRUM DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS EXPÕE IMPACTOS NA SAÚDE E NA BIODIVERSIDADE

Panorama Ambiental
Porto Alegre (RS) – Brasil
Julho de 2008

(07/07/2008) “Em um Estado agrícola como o Rio Grande do Sul, o Fórum Gaúcho de Mudanças Climáticas tem que contemplar esse cenário para oferecer à sociedade e ao próprio governo informações que permitam a adoção de políticas vinculadas ao setor, mediante as alterações do clima.” A afirmação foi feita pelo Secretário Estadual do Meio Ambiente, Otaviano Moraes, ao participar da 3ª reunião ordinária do Fórum Gaúcho de Mudanças Climáticas (FGMC), ocorrida na sexta-feira (04).

Conforme a secretária executiva do FGMC, Ana Cruzat, além da agricultura, outros focos de atuação prioritária para condução dos encaminhamentos do Fórum são energia e florestas. Cruzat também comentou que por meio de projeto de lei do Deputado Estadual Alberto Oliveira, surge, no Estado, a primeira proposta de uma legislação para a política de mudanças climáticas e que o FGMC será importante nas discussões.

Como convidada da reunião, compareceu a pesquisadora Camila Cossetin do Núcleo de Pesquisa e Aplicação de Geotecnologias em Desastres Naturais e Eventos Extremos (Geodesastres-Sul) do Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais, localizado em Santa Maria, em substituição à Drª Tânia Maria Sausen. Camila Cossetin explicou que o objetivo do Geodesastres é criar banco de dados sobre ciclones, vendavais, inundações, furacões, estiagens e desabamentos e outros. Entre os levantamentos feitos, estão informações veiculadas na imprensa, formulários de Avaliação de Danos da Defesa Civil, dados geoambientais e de campo, entre outros. Outra proposta é a publicação de materiais didáticos. “O mapeamento dos dados são de fácil verificação, por exemplo, pela Defesa Civil, para saber onde os desastres naturais estão acontecendo”, falou Cossetin. Informações podem ser acessadas em www.inpebr/crs/geodesastres.

O advogado Eduardo Wendling, membro da Comissão Especial de Relações Internacionais e Integração do Mercosul da OAB/RS, foi outro convidado da reunião. Ele apresentou um pré-projeto, que deverá ser finalizado em conjunto com o FGMC para implantação de programa de redução das emissões no Rio Grande do Sul. Wendling falou sobre os sistemas de redução de emissões existentes em alguns países, com suas modalidades, que prevêem geração e comercialização de créditos de carbono. Ele afirmou que a melhor forma para o RS criar banco de dados e fomentar programas de mecanismos de desenvolvimento limpo é por meio de programas de governo.

Atendendo a uma proposta do próprio Fórum de nivelamento das informações entre seus membros, a reunião também serviu para encerrar o ciclo de explanações sobre os efeitos das alterações do clima em algumas áreas. O diretor do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), da Secretaria da Saúde, Francisco Paz, falou sobre a intensidade e a ocorrência de novas doenças no Rs, a partir das mudanças climáticas, e as medidas preventivas em projeção. “Os impactos das mudanças climáticas na saúde é um estresse adicional aos problemas já existentes”, disse Francisco Paz. Ele alertou para o problema da dengue. “É a maior epidemia do mundo, com 500 milhões de doentes por ano”, afirmou. Disse, ainda, que um aumento de 2ºC na temperatura mundial, provocaria a expansão da dengue em latitude e altitude, aumento do período de transmissão do vírus e diminuição do tempo de incubação. Com as alterações do clima, segundo Paz, as perspectivas para o RS são de ocorrência de doenças como leishmaniose visceral, febre do Nilo Ocidental,encefalites silvestres, malária, filariose, febre amarela urbana, dengue, entre outras.

Já o pesquisador do Museu de Ciências Naturais da FZB, Glayson Bencke, falou sobre os impactos das mudanças climáticas na biodiversidade. Conforme Bencke, os ambientes gaúchos mais suscetíveis às alterações do clima são os campos de cima da serra (onde há várias espécies endêmicas), a Lagoa do Peixe, as florestas com pinheiros e as regiões de marismas (sendo que 86% delas seriam perdidas com um metro de elevação do nível do mar). “No RS, a maioria das espécies estão muito próximas do limite de sua área de ocorrência, então os impactos serão menos severos. Em cenário mais otimista, as espécies vão evoluir e se adaptar”, afirmou o pesquisador.
ASSECOM SEMA
Texto: Jornalista Jussara Pelissoli

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Dom Pedrito avalia impactos ambientais da Barragem de Taquarembó

(09/07/2008) Cerca de 500 pessoas lotaram as dependências do Clube do Comércio de Dom Pedrito nessa terça-feira (08) para a audiência pública promovida pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler – Fepam para iniciar o processo de licenciamento ambiental da Barragem de Usos Múltiplos do Arroio Taquarembó, empreendimento do Governo do Estado, através das Secretarias Extraordinária de Irrigação e Usos Múltiplos da Água e de Obras Públicas. Somada à Barragem de Jaguari, este é o maior investimento em recursos hídricos no Estado, no valor de R$ 80 milhões.

O Estudo de Impacto Ambiental com Relatório de Impacto Ambiental (EIA-RIMA) foi apresentado pelo secretário Rogério Porto, que ressaltou a importância da Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria para o Estado e a necessidade da construção da barragem para a região para minimizar o abastecimento de água na região geográfica compreendendo os municípios de Cacequi, Dom Pedrito, Lavras do Sul, Rosário do Sul e São Gabriel.

O secretário adjunto do Meio Ambiente, Francisco Simões Pires, que representou o secretário Otaviano Moraes, dizendo que na audiência pública os técnicos da Fepam colhem todas as informações com a finalidade de fazer o crivo para chegar a uma posição em relação ao licenciamento. Segundo ele, "o Estado é competente para realizar determinadas obras, ganhando a comunidade com o enlace do órgão ambiental, Brigada Militar, Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria e Secretarias de Estado integradas".

A diretora-presidente da Fepam, Ana Pellini destacou a importância do empreendimento para a Metade Sul, salientando a necessidade da busca de soluções para o equilíbrio do meio ambiente com a ação do homem, uma equação difícil de ser resolvida.

O investimento é coberto com verbas do Tesouro do Estado e do governo federal, por intermédio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Em dezembro de 2009, os sistemas já deverão estar implantados.

A barragem de Jaguari vai abranger os municípios de Lavras do Sul, Rosário do Sul e São Gabriel, localizando-se na sub-bacia do Arroio Jaguari, na bacia hidrográfica do rio Santa Maria. Terá volume acumulado de 152 milhões de metros cúbicos (m3) e receberá investimento aproximado de R$ 85 milhões. A de Taquarembó, a ser construída na sub-bacia do Arroio Taquarembó, também na bacia hidrográfica do rio Santa Maria, compreenderá os municípios de Dom Pedrito, Lavras do Sul e Rosário do Sul. O volume acumulado será de 155 milhões de m3 e o investimento, de cerca de R$ 80 milhões.

Barragem de Jaguari
Abrangência - Lavras do Sul, Rosário do Sul e São Gabriel
Localização Sub-bacia do Arroio Jaguari, na bacia hidrográfica do rio Santa Maria
Área de drenagem - 53.200 hectares (ha)
Volume acumulado - 152.000.000 m3
Área beneficiada - 45.000 ha
Benefícios - Controle das cheias e abastecimento da população de Rosário do Sul

Barragem de Taquarembó
Abrangência - Dom Pedrito, Lavras do Sul e Rosário do Sul
Localização – Sub-bacia do Arroio Taquarembó, na bacia hidrográfica do rio Santa Maria
Área de drenagem - 62.267 ha
Volume acumulado - 155.000.000 m3
Área beneficiada - 35.000 ha
Benefícios - Controle das cheias e abastecimento da população de Dom Pedrito

Dom Pedrito tem um problema histórico relacionado à falta de água na época do plantio de arroz e cerca de 15 mil hectares poderão ser irrigados a partir da barragem.. A construção, na sub-bacia do Arroio Taquarembó e também na bacia hidrográfica do rio Santa Maria, compreenderá os municípios de Dom Pedrito, Lavras do Sul e Rosário do Sul.

Nesta quarta-feira (09) ocorre a audiência da Barragem de Jaguari a partir das 18 horas, no Clube Comercial de Rosário do Sul (Rua Marechal Floriano, 2422).
ASSECOM SEMA/ FEPAM
Coordenação e Texto: Eliane do Canto

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Palmeira das Missões terá Agência Florestal da Sema

(10/07/2008) A Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) e a prefeitura de Palmeira das Missões vão assinar Protocolo de Intenções para a instalação de Agência Florestal no município. O ato de assinatura do documento acontece nesta sexta-feira (11), às 14 horas, no gabinete do prefeito Celso Augustinho Valduga, em Palmeira das Missões, com a presença do Secretário do Meio Ambiente, Otaviano Moraes.

Pelo Protocolo de Intenções, a prefeitura cederá ao Estado uma sala no centro da cidade, com 120m², para a instalação da Agência Florestal da Sema. As instalações deverão estar adequadas para a inauguração da Agência em até 60 dias, conforme informações da prefeitura. O técnico para atuar na Agência será de responsabilidade da Sema e a prefeitura ainda participará com a cedência de dois estagiários.

As Agências Florestais da Sema, vinculadas ao Departamento de Florestas e Áreas Protegidas (Defap), são unidades descentralizadas, que atuam por regiões, na fiscalização e controle das atividades florestais. Atualmente, a Sema mantém 25 Agências Florestais, incluindo a de Porto Alegre.

Palmeira das Missões localiza-se no centro geográfico da região norte do Rio Grande do Sul. São 77 municípios na região, que juntos somam 600 mil habitantes. O destaque econômico da região é a produção de cereais, oleaginosas, pecuária de corte e de leite, suinocultura e avicultura.
ASSECOM SEMA
Texto: Jornalista Jussara Pelissoli

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Semana da Água vai tratar sobre saneamento

(10/07/2008) Em 2008 a Semana Interamericana da Água completará 15 anos de trajetória. E a Semana Estadual da Água, que acontece junto, oito anos. Nesta quinta-feira (10) a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES/RS) e a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) realizaram a primeira reunião preparatória a XV Semana Interamericana e VIII Semana Estadual da Água, que acontecerão de 27 de setembro a 04 de outubro.

A ABES /RS e a Sema conduzem a organização da Semana da Água, que apresenta uma programação com seminários, palestras, mostras, exposições, ações de educação ambiental, entre outras atividades, realizadas por aproximadamente uma centena de entidades, em praticamente todos os municípios gaúchos.

A Coordenadora da Semana da Água e Diretora de Comunicação da ABES/RS, Maria de Lourdes Wolff; a representante da Sema na comissão organizadora, Ana Maria Cruzat, e o chefe da Divisão de Planejamento do Departamento de Recursos Hídricos da Sema, Paulo Renato Paim, destacam que a sugestão do tema deste ano é saneamento. “Pela ONU , 2008 é o Ano Internacional do Saneamento e é um excelente tema a ser tratado no RS durante a Semana da Água”, enfatizou Lourdes Wolff.

Conforme dados da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), dos 496 municípios gaúchos, somente 12% deles possuem algum tipo de licença ambiental (prévia, operação ou instalação) para a instalação de estações de tratamento de esgotos. Do total de tratamento de efluentes previsto nas licenças, somente 10% são, de fato, tratados.

“Esgoto não é problema somente dos órgãos públicos. É problema de cada cidadão, pois é gerado dentro de cada residência”, alertou Paulo Paim “O discurso de que a situação tem que melhorara tem que evoluir para ações práticas”, acrescentou. Ele ainda disse que é alto o nível de desinformação em geral no País sobre a questão do saneamento básico, e que no RS, ao contrário, há muito conhecimento, mas ainda faltam ações pragmáticas.

A temática do saneamento na Semana da Água estará focada nas áreas urbana, rural e industrial e fará link com os recursos hídricos, a saúde e a questão ambiental como um todo.

O cronograma de preparação da Semana da Água é de reuniões semanais e a próxima acontecerá no dia 15 de julho (terça-feira). Os encontros acontecerão no auditório da Sema (Rua Carlos Chagas, 55, 11º andar), às 9h30min, e qualquer entidade pode participar para fazer parte da programação da Semana da Água. Mais informações pelo telefone 51. 3212. 1375, na ABES/RS.
ASSECOM SEMA
Texto: Jornalista Jussara Pelissoli

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Rio Grande do Sul
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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