Panorama
 
 
 

NÚMERO DE EMPRESAS DO SETOR SUCROALCOOLEIRO NA LISTA SUJA DEVE AUMENTAR, DIZ MINISTÉRIO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2008

8 de Julho de 2008 - Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Atualmente com 172 nomes, a Lista Suja do Trabalho Escravo do Ministério do Trabalho deverá ser ampliada. A principal razão é o crescimento do número de fiscalizações em empresas do setor sucroalcooleiro, que continuam submetendo trabalhadores a situação semelhante à escravidão e degradante.

Segundo o coordenador nacional do Grupo Especial de Fiscalização Móvel do Ministério do Trabalho, Marcelo Campos, o órgão deve divulgar amanhã (9) a nova versão da lista das empresas que usam mão-de-obra escrava.

De acordo com ele, sempre que a lista foi atualizada houve aumento do número de empresas cadastradas. “Desde 2004, sempre que é atualizada, a lista possou a ter um número maior de infratores. Essa será a tendência da próxima atualização”, afirmou à Agência Brasil.

E o setor sucroalcooleiro deve ser o principal responsável pelo inchaço da "lista suja". “Tem crescido nossa fiscalização no setor sucoralcooleiro. No ano passado, o número de trabalhadores libertados [no setor] foi 40% do total. E isso deve significar, no curto prazo, um maior número de empresas desse setor no cadastro”, disse Campos.

“Isso é facilmente explicável porque em uma usina de álcool trabalham centenas, milhares de pessoas no mesmo local, enquanto em outras atividades do meio rural o número é sempre muito menor. Então, basta flagrar uma usina para inflacionar esse número [de trabalhadores libertados da condição análoga à escravidão]", argumentou ele.

Campos explicou que outra razão para o crescimento da “lista suja” ocorre em virtude do tempo para desfecho dos processos de inclusão ou não das empresas. De acordo com o coordenador, tem havido um número maior de fiscalizações, o que tem resultado em mais trabalhadores libertados.

“Entre o momento da fiscalização e a inclusão na lista há um prazo de dois anos. Com o acúmulo de casos que estão sendo analisados [ao final dos processos] acaba aumentando o número de empresas no cadastro”, afirmou.

As empresas incluídas na "lista suja" são impedidas de obter novos contratos com os Fundos Constitucionais de Financiamento administrados pelo Banco do Nordeste, Banco da Amazônia e Banco do Brasil. Além disso, o BB impede os relacionados de obterem novos contratos de qualquer modalidade de crédito.

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Ibama concede licença de instalação para mais um trecho da Ferrovia Norte-Sul

10 de Julho de 2008 - Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A construção da Ferrovia Norte-Sul, entre os municípios de Porto Nacional, no Tocantins, e Uruaçu, em Goiás, já pode ser iniciada. O trecho de 556,5 quilômetros recebeu a licença de instalação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com validade de quatro anos.

Para que a empresa responsável pela obra receba a licença de operação para esse trecho, que autoriza o início do funcionamento do empreendimento, ela deverá cumprir 18 condições impostas pelo Ibama na licença de instalação. Uma delas é a avaliação dos corredores ecológicos já existentes ao longo do traçado da ferrovia, e a apresentação de propostas de locais para passagem de fauna no local, antes do início das obras.

O empreendedor também deverá apresentar propostas sobre as reservas legais e para a desapropriação das propriedades que serão afetadas pela obra. Outras exigências são programas para o gerenciamento de resíduos sólidos, o monitoramento da água para os cursos interceptados e o controle de erosão das áreas por onde passará a ferrovia.

A empresa também deverá oferecer recursos técnicos e financeiros para a elaboração dos planos diretores dos municípios que serão cortados pela ferrovia.

Até agora, o Ibama já concedeu licença de instalação para outros sete trechos da ferrovia. Dois trechos já receberam a licença de operação: entre Açailândia e Estreito, no Maranhão, e entre Aguiarnópolis e Araguaína, no Tocantins.

O traçado inicial da Ferrovia Norte-Sul previa a construção de 1,5 mil quilômetros, passando pelos estados do Maranhão, Tocantins e Goiás. Uma lei de 2006 ampliou o traçado para 1,9 mil quilômetros, com a inclusão do trecho entre Açailândia e Belém.

Na semana passada, a Câmara dos Deputados aprovou uma medida provisória, que prevê uma nova ampliação da ferrovia até o município de Panorama, no oeste do estado de São Paulo. Com isso, a extensão total da ferrovia será de 3,1 mil quilômetros. A proposta ainda deverá ser aprovada pelo Senado.

De acordo com o cronograma do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o trecho entre Aguiarnópolis e Palmas, no Tocantins, deve estar pronto no final de 2009, e custará R$ 1,6 bilhão. Já o trecho entre Palmas e Panorama está previsto para ser concluído em 2011, com custo estimado em R$ 4,6 bilhões.

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Conab vai leiloar "bois piratas" no próximo dia 14

7 de Julho de 2008 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) anunciou para o próximo dia 14 o leilão das 3,5 mil cabeças de gado apreendidos na Operação Boi Pirata, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O rebanho era criado em uma fazenda instalada dentro de uma estação ecológica na Terra do Meio, no estado do Pará.

Ao anunciar a operação, há duas semanas, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou que o leilão dos chamados “bois piratas” deverá sinalizar “que acabou a moleza” para os produtores irregulares. “Quem não respeitar [as leis ambientais], o boi vai virar churrasquinho ecológico do Fome Zero.”

O leilão vai ser realizado por meio do Sistema Eletrônico de Comercialização (SEC) da Conab, via internet. Segundo a assessoria da estatal, os lances deverão ser intermediados por bolsas de mercadorias. O preço mínimo será divulgado na próxima quinta-feira (10).

Os lotes incluem 3.500 bovinos da raça nelore: 45 touros, 2,1 mil vacas, 800 novilhos e 555 bezerros. Após o leilão e confirmação de pagamento, os compradores terão até 30 dias para retirada dos bovinos arrematados e deverão arcar com as despesas de transporte e manutenção do rebanho.

Na ocasião do anúncio da apreensão, fiscais do Ibama afirmaram que o gado encontra-se em boas condições sanitárias, com vacinação recente, inclusive.

A Conab ainda não tem previsão do valor a ser arrecadado com o leilão. O dinheiro, segundo o edital, será transferido para o Ministério do Desenvolvimento Social, e revertido para a estratégia Fome Zero. O ministro Minc afirmou que, além do Fome Zero, parte do dinheiro será empregada no custeio das operações de fiscalização e financiamento de ações de saúde indígena.

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Meio Ambiente divulga diagnóstico de problemas em unidades de conservação

8 de Julho de 2008 - Agência Brasil - Brasília - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, dá entrevista coletiva às hoje (8), 10h, para divulgar diagnóstico inédito que revela problemas na defesa e gestão das cerca de 300 Unidades de Conservação (UCs) federais do país.

O levantamento foi elaborado pelo ministério e pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. De acordo com os dados, pelo menos 60 UCs não dispõem de gestores e 50 Reservas Extrativistas (Resex) não têm plano de manejo.

Além disso, 50 Florestas Nacionais não estão preparadas para fornecer madeira certificada e o ecoturismo não é explorado na maior parte delas. Para resolver essas questões, uma série de medidas também será anunciada.

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Mais da metade das unidades de conservação do país não tem fiscais, revela levantamento

8 de Julho de 2008 - Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Das 299 unidades de conservação do país 82 não têm gestor responsável, 173 não contam com fiscais e 53 não seguem planos de manejo. Os dados fazem parte de um diagnóstico das unidades de conservação elaborado pelo Ministério do Meio Ambiente e pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

Ao divulgar os dados, o ministro Carlos Minc afirmou que a situação dessas unidades é reflexo da falta de investimentos, tanto financeiros quanto de humanos nessa área.

“Com esse quadro, não cumprimos a nossa missão”, disse Minc.

Segundo ele, para tentar reverter a situação, Minc disse que até o final deste mês vai tentar nomear gestores para as unidades de conservação. Ele informou que pretende contratar mil brigadistas para a fiscalização dessas unidades.

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Compensação por serviços ambientais é tema de seminário na Câmara

10 de Julho de 2008 - Agência Brasil - Brasília - A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara, a Frente Parlamentar Ambientalista, a Fundação SOS Mata Atlântica e a organização Conservação Internacional no Brasil promovem hoje (10) seminário para discutir a compensação por serviços ambientais.

A compensação por serviços ambientais é o pagamento, com dinheiro ou outros meios, para aqueles que ajudam a conservar ou produzir esses serviços mediante a adoção de práticas, técnicas e sistemas que beneficiem a todos os envolvidos em determinada área geográfica.

A secretária-executiva do Ministério do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, deve participar da abertura das mesas de trabalho. O secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável, Egon Krakhecke, e o diretor do Serviço Florestal Brasileiro, Tasso Azevedo, devem participar do painel Pagamento sobre Serviços Ambientais no Brasil: Visão Governamental.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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