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IBAMA REDUZIRÁ EM AMAIS DE 50% PRAZO PARA CONCESSÃO DE LICENÇA AMBIENTAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2008

17/07/2008 - Daniela Mendes e Aida Feitosa - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, anunciou nesta quinta-feira (17) um pacote de medidas para agilizar a concessão do licenciamento ambiental pelo Ibama. A expectativa é que com as novas medidas o órgão reduza para até 13 meses o prazo de concessão das licenças para os empreendimentos. Atualmente, ele varia entre 21 e 37 meses. Participaram do anúncio o presidente do Ibama Roberto Messias e a presidente interina do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Silvana Canuto.

"É possível ser mais ágil e mais rigoroso", defendeu o ministro. Segundo ele, as ações vão simplificar, agilizar e ordenar o processo de licenciamento reduzindo os focos de tensão com o segmento empresarial e mantendo o princípio do licenciamento ambiental como instrumento para garantir a qualidade de vida.

Todas as propostas foram sugeridas por um grupo de trabalho formado para fazer um diagnóstico da situação dos licenciamentos ambientais que apontou como alguns dos gargalos do processo a falta de clareza de procedimentos e de definição de prazos, além da capacitação de pessoal e reduzido quadro de funcionários.

Outro ponto foi a baixa qualidade dos estudos apresentados pelos empreendedores, além do atraso na entrega de documentos e no atendimento a condicionantes impostas pelo órgão ambiental.

Para corrigir essas distorções, uma das medidas anunciadas foi a criação do portal de Licenciamento Ambiental (SisLic) que disponibilizará todas as informações sobre o licenciamento no site do Ibama, dando transparência e agilidade ao processo. A entrada de informações para o licenciamento ambiental federal terá protocolo único, com um intercâmbio eletrônico de comunicações, desburocratizando a tramitação dos processos entre os órgãos do Ministério do Meio Ambiente.

Também serão criados núcleos de licenciamento ambiental nas superintendências estaduais do Ibama, para desconcentrar as atividades e facilitar o acompanhamento e a vistoria dos empreendimentos. O ministro afirmou ainda que até o final do ano será realizado concurso público com 400 vagas, sendo 175 para o ICMBio e 225 para o Ibama.

Minc destacou, no entanto, que as exigências para o licenciamento serão maiores e que os estudos apresentados pelos empreendedores serão rejeitados no início do processo se não atenderem aos padrões de qualidade. "Não vamos deixar no colo do Ibama o que é responsabilidade do empreendedor. Da mesma forma que somos avaliados, daremos ao estudo que for ruim", garantiu o ministro.

Ele também espera que até o início de setembro o Congresso Nacional aprove o decreto que regulamenta o artigo 23 da Constituição Federal que vai definir claramente as atribuições dos estados, municípios e da União. "Com isso, vários empreendimentos de pequeno e médio porte passarão a ser licenciados por estado e município que tenham condições, o que significa que o Ibama vai poder se concentrar nos grandes empreendimentos", afirmou.

Câmara de Compensação - O ministro Carlos Minc também assinou nesta quinta-feira portaria que cria a Câmara Federal de Compensação Ambiental (CFCA) que entre outras atribuições será responsável por propor critérios de graduação de impactos ambientais para cálculo do valor da compensação ambiental, além de decidir a aplicação dos recursos.

Essa câmara será composta por representantes do MMA, Ibama, ICMBio e da sociedade civil como: Abema, Anamma, CNI e o Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras. "A Câmara vai garantir mais transparência, mais participação e mais agilidade. Com isso, vamos cobrar mais compensação das empresas que irá reforçar nossas unidades de conservação", esclareceu.

Governo e sociedade vão se reunir mensalmente para deliberar sobre a utilização dos recursos da compensação ambiental, aqueles pagos pelo empreendedor para compensar o impacto ambiental causado pela obra.

A iniciativa da participação social já vem ocorrendo em nível estadual no Rio de Janeiro e sua escala nacional vai permitir que tanto os gestores de unidades de conservação quanto os empreendedores tenham mais clareza na aplicação dos recursos da compensação ambiental, aqueles

Para este ano, a câmara terá que deliberar sobre R$ 200 milhões que serão destinados às unidades de conservação.

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MMA lança pela internet banco de informações sobre educação ambiental

17/07/2008 - Grace Perpetuo - Está disponível pela internet desde o dia 7 de julho o Coleciona: fichário do educador ambiental - um material a princípio eletrônico, especializado em informações sobre educação ambiental (EA). O fichário, que será enviado bimestralmente a quem se cadastrar, pode ser consultado gratuitamente no site do MMA (www.mma.gov.br) e pode ser baixado em formato pdf.

Iniciativa do Departamento de Educação Ambiental (DEA) do MMA, a idéia foi criar um material em formato de fácil impressão e arquivamento, para que instituições, órgãos, empresas, escolas e educadores interessados possam ter em mãos, ao fim de um ano, um rico banco de informações sobre a EA no País, para consulta pública.

Para acessar o fichário, é preciso entrar no site do MMA, clicar no link Educação Ambiental e, em seguida, sobre a figura do Coleciona: fichário do educador ambiental, que se encontra logo abaixo do texto de apresentação.

A cada dois meses, o DEA reunirá materiais enviados por educadores ambientais - com base em ações, experiências e projetos sobre educação ambiental - para compor as nove seções do Coleciona: textos para se pensar a EA, composta por artigos; SisNEA; espaços e estruturas educadoras; educomunicação; cooperação internacional em EA; agenda do educador ambiental; recomenda-se; documentos; e financiadores.

Os materiais podem ser enviados por quaisquer educadores ambientais que estiverem interessados em fazê-lo, no endereço eletrônico educambiental@mma.gov.br. Uma vez organizado o conteúdo, o material é repassado aos e-mails cadastrados, além de atualizado na página do MMA, para acesso livre.

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MMA assina acordo com a Vale para tornar sustentável a cadeia do carvão vegetal

11/07/2008 - Aida Feitosa - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e o presidente da Vale, Roger Agnelli, assinaram, nesta sexta-feira (11), no Rio de Janeiro, termo de compromisso pelo qual a companhia se compromete a fornecer minério de ferro apenas para seus clientes que comprovem a legalidade da madeira e do carvão vegetal utilizados em sua cadeia produtiva.

Durante a cerimônia de assinatura, realizada na sede da Academia Brasileira de Letras (ABL), no Rio de Janeiro, o ministro do Meio Ambiente destacou que essa é uma das ações do ministério para o envolvimento de diferentes setores produtivos na fiscalização de práticas ilegais e no incentivo de ações sustentáveis.

Segundo Carlos Minc, a legalidade ambiental não é inimiga da produção e do emprego. "Quem quiser se ajustar terá nosso apoio e crédito, quem insistir na ilegalidade faz concorrência desleal e suas atividades serão embargadas", disse o ministro, lembrando que já assinou acordo semelhante com a Associação Brasileira de Produtores de Óleos Vegetais.

Mais outros três acordos estão previstos. No próximo dia 18, em Belém, o MMA vai firmar termo de compromisso com a Associação das Indústrias Exportadoras de Madeira do Estado do Pará. E nos próximos meses, os frigoríficos e a Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo) também se comprometem. Por esses instrumentos, os produtores, compradores e fornecedores garantem que não vão comprar matéria-prima oriunda de área desmatada na Amazônia.

E para terem condições de fiscalizar a cadeia produtiva, o ministro anunciou que os sites do Ibama e do Ministério do Meio Ambiente vão disponibilizar os dados das empresas legalizadas e das embargadas. "As empresas, não só a Vale, as da soja, do gado, da madeira não vão poder dizer que não sabem quem é legal e quem não é", ressaltou.

Com esses acordos, o Ministério do Meio Ambiente se compromete a apoiar e a promover o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) de diferentes biomas, especialmente o da Amazônia. O MMA também se propõe a trabalhar para a implementação do cadastro e licenciamento ambiental das propriedades rurais, em conjunto com os órgãos estaduais, além de apoiar projetos de reflorestamento de áreas degradadas

Também pelo acordo, a Vale se compromete a suspender o fornecimento de produtos ou prestação de serviços para empresas que não forem caracterizadas como "ambientalmente legais". Para receberem minério de ferro, os produtores de ferro-gusa deverão apresentar licença ambiental, plano de suprimento sustentável e documentação da origem do carvão vegetal.

Segundo o presidente da Vale, Roger Agnelli, a iniciativa vai estimular os guzeiros a se regularizarem e não mais retirar carvão de mata nativa. "Os guzeiros têm que plantar floresta. A Vale como um importante elo na cadeia produtiva pode induzi-los a se regularizar", afirmou Agnelli. Ele ressaltou que as grandes empresas precisam liderar o processo.

O documento assinado reconhece que o uso responsável da madeira e do carvão vegetal é necessário para o desenvolvimento sustentável e para a redução das emissões de gases de efeito estufa. Reconhece também que tanto as esferas governamentais como a iniciativa privada têm papel relevante para resolver o problema do desmatamento das florestas brasileiras.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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