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MINC DEFENDE INCENTIVOS ECONÔMICOS PARA CONTER DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2008

15/07/2008 - Daniela Mendes - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse nesta terça-feira (15) que não é possível comemorar a redução dos índices de desmatamento na Amazônia Legal divulgados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). "É melhor cair do que aumentar, mas não é motivo de júbilo", afirmou, referindo-se aos 1.096Km² de desmatamento registrados pelo sistema Deter durante o último mês de maio. Esta área é pouco menor que a verificada em abril, quando foram detectados 1.123 km² desmatados.

Do total verificado pelo Deter em maio, 646 km² correspondem ao Mato Grosso, número 19% menor ao verificado em abril, que mostrou 794 km². Também foram identificados 262 km² no Pará, ante apenas 1,3 km² no mês anterior. O aumento no Pará se explica pela área coberta por nuvens - enquanto em abril apenas 11% do Pará pôde ser visto pelos satélites, em maio a observação aumentou para 41% da área do estado. Além do Pará e Mato Grosso, líderes em desmatamento, foram analisadas imagens do Acre, Maranhão, Amazonas, Rondônia e Tocantins.

Segundo Minc, hoje o avanço predatório sobre a floresta permanece porque é mais barato desmatar do que recuperar uma área degradada para pasto ou para a agricultura. "Não se resolve questão econômica com polícia. É preciso tornar cara a ilegalidade e criar mecanismos econômicos para que seja mais interessante não destruir a Amazônia", defendeu.

Para ele, tão efetivo quanto o trabalho de fiscalização e repressão que vem sendo conduzido com êxito pelo Ibama e pela Polícia Federal é a co-responsabilização da cadeia produtiva pelo desmatamento. "Eles vão fiscalizar de quem estão comprando, senão serão responsabilizados. Só repressão não resolve o problema", acredita Minc.

Durante coletiva à imprensa no Ministério do Meio Ambiente, Minc destacou uma novidade na divulgação dos dados do Deter. Agora eles vêm desagregados, com informações separadas sobre quanto do total desmatado é corte raso (perda completa da vegetação) e o que é degradação alta, moderada, leve e falso desmatamento. "Com isso acaba a cobrança dos governadores sobre a exatidão dos dados do Inpe", afirmou o ministro.

Outra novidade é um convênio firmado entre os governos brasileiro e japonês para a utilização do satélite ALOS, desde janeiro de 2008, como apoio ao sistema Deter. A vantagem desse satélite japonês, segundo o ministro, é que ele permite a visualização de áreas por imagens de radar "que driblam" as nuvens, o que não ocorre com o Deter que usa imagens ópticas.

O ministro afirmou ainda que vai intensificar as operações de fiscalização em áreas prioritárias da Amazônia, sendo que para os meses de julho e agosto estão previstas 45 novas operações do Ibama com a Polícia Federal.

Ele adiantou ainda que no dia 22 de julho o presidente Lula assinará dois decretos: um criando a figura do guarda-parques e outro que regulamentará a Lei de Crimes Ambientais. "Vai acabar a história de protelar pagamento de multas. Agora os infratores terão no máximo quatro meses".

Outro reforço para as ações de combate ao desmatamento anunciado pelo ministro será a criação de dois fundos para captar recursos privados no Brasil e no exterior. A assinatura dos decretos será feita em uma solenidade prevista para o dia 1º de agosto, no Rio de Janeiro, com a presença do presidente Lula. "A criação desses fundos complementa as ações de fiscalização, pois traz incentivos econômicos para mitigar as mudanças climáticas e o desmatamento na Amazônia", acredita Minc.

Sobre o Deter - Em operação desde 2004, o Deter foi concebido pelo Inpe como um sistema de alerta para suporte à fiscalização e controle de desmatamento. São mapeadas tanto áreas de corte raso quanto áreas em processo de desmatamento por degradação florestal. É possível detectar apenas polígonos de desmatamento com área maior que 25 hectares por conta da resolução dos sensores espaciais (o Deter utiliza dados do sensor MODIS do satélite Terra e do sensor WFI do satélite sino-brasileiro CBERS, com resolução espacial de 250 metros). Devido à cobertura de nuvens, nem todos os desmatamentos maiores que 25 hectares são identificados pelo sistema.

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FNMA comemora 19 anos como principal fundo de fomento ambiental do país

15/07/2008 - O Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) completou em 10 de julho 19 anos de existência. O principal fundo público de fomento ambiental do país lembrou a data comemorando a aplicação de mais de R$ 170 milhões em 1.300 projetos socioambientais por todo o País, no apoio à conservação e uso sustentável dos recursos naturais e às comunidades. "Ao longo desses 19 anos, o FNMA tem procurado, com insistência, viabilizar recursos, assistência técnica e um olhar integrado, solidário, onde os três entes da Federação possam trabalhar juntos, de forma correta", disse Elias Araújo, diretor do FNMA.

Entre as atividades que o Fundo tem aplicado recursos destacam-se a agrobiodiversidade, onde apóia a implementação de centros irradiadores de manejo, com a produção de variedades crioulas, estimulando a criação de bancos de sementes tradicionais e nativas de espécies madeiráveis, frutíferas e leguminosas. Na Política Nacional de Resíduos Sólidos fomentando, em conjunto com a Caixa Econômica Federal, a Gestão Integrada de Resíduos Sólidos e financiando a construção de aterros sanitários.

Na questão da produção familiar rural e gestão ambiental rural, a ênfase é o Pronaf, com formação de agentes multiplicadores e assistência técnica em extensão rural em atividades florestais. O objetivo é promover o aumento da capacidade produtiva sustentável, gerando emprego e melhoria de renda.

O Fundo apóia ainda o fortalecimento do Sisnama, como forma de garantir ações articuladas dos órgãos do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama). O Fundo tem também como prioridade o fomento à gestão compartilhada dos fundos socioambientais brasileiros. O objetivo desse tipo de gestão é o fortalecimento dos processos de controle social exercido por colegiados, que devem participar da tomada de decisão a cerca da agenda de fomentos dos fundos públicos da área ambiental.

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Seminário debate estratégia para produtos da sociobiodiversidade

16/07/2008 - Lúcia Leão - O secretário Egon Krakhecke abriu ontem(15), em nome do ministro Carlos Minc, o Seminário Nacional das Cadeias de Produtos da Sociobiodiversidade: Agregação de Valor e Consolidação de Mercados Sustentáveis.

O evento acontece no Instituto Israel Pinheiro, em Brasília, e reúne mais de 200 representantes de comunidades tradicionais extrativistas de todas as regiões do país, empresários, representantes da comunidade acadêmica e científica e técnicos de governos envolvidos na formulação de uma estratégia nacional para a promoção desses produtos e o fortalecimentos das suas respectivas cadeias produtivas.

Num breve discurso de boas vindas, Krakhecke afirmou que o presidente Lula assumiu, desde o início do Governo, o compromisso com a agenda da sociobiodiversidade e já adotou medidas importantes, como a inclusão de produtos extrativistas na política nacional de preços mínimos. "Essa medida é um avanço que vai alavancar os produtos da sociobiodiversidade e melhorar as condições de vida e trabalho das comunidades tradicionais, além de promover a qualidade dos produtos", afirmou o Secretário.

O evento de Brasília encerra uma série de encontros que acontecem desde setembro do ano passado para discutir a estratégia e o Plano Nacional para Promoção dos Produtos da Sociobiodiversidade (PNPSB), que vai estabelecer acordos políticos e arranjos institucionais para garantir o fortalecimento dessas novas cadeias produtivas em vários segmentos econômicos nos mercados nacional e internacional.

Estiveram também presentes à abertura do Seminário - que prossegue até a próxima sexta-feira (18) - o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, e a secretária-executiva do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Arlete Sampaio, parceiros do MMA no projeto.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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