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TCU DIVULGA RELATÓRIO DE AUDITORIA SOBRE ONGs E OSCIPs

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Julho de 2008

15/07/2008 - Documento aponta dificuldades para definir o universo das ONGs no Brasil e encerra lições para esclarecer melhor quem são e o que fazem as organizações de cidadania ativa no Brasil

A auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) examinou a regularidade dos repasses de recursos pelo governo federal, autarquias e fundações para Organizações Não-Governamentais (ONGS) e Organizações de Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs), realizados no período de 2003 a 2006. Foi realizada a partir de requerimento de informações do senador Heráclito Fortes, em uma amostra de 26 organizações, a partir de uma série de critérios previamente estabelecidos, tais como: existência de possível emenda parlamentar destinada à organização e Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (Cebas), emitido pelo Conselho Nacional de Assistência Social, entre outros. A amostragem excluiu do universo analisado organizações classificadas como entidades de educação, de assistência e previdência de servidores, fundações de apoio credenciadas pelo MEC e cooperativas, entre outras.

A dificuldade em definir o universo das ONGs é um dos destaques do relatório. Segundo o TCU estima-se que haja cerca de 300 mil ONGs no Brasil, mas como o termo não existe juridicamente essas instituições adotam o formato de associações ou fundações por não possuírem fins lucrativos. Na amostra auditada pelo TCU estão, por exemplo, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes e a Associação Brasileira das Empresas de Turismo de Aventura, ambas associações corporativas de Minas Gerais.

O TCU reconhece que o conceito de Organização Não- Governamental “vem sendo construído pela sociedade para designar um conjunto de entidades com características próprias, (...) constituídas com determinados objetivos que têm sempre como ponto central o interesse público”. Segundo a Associação Brasileira de Organizações Não-Governamentais (Abong) essas instituições se distinguem das demais entidades civis sem fins lucrativos, porque exercem atividades de benefício público, excluindo as organizações civis sem fins lucrativos de benefício mútuo, ou seja, aquelas "que se dirigem apenas para seus associados, de natureza endógena, de interesses coletivos, mas não públicos."

O universo das filiadas à Abong também pode ser definido como organizações de cidadania ativa, que realizam um trabalho de promoção da cidadania e defesa dos direitos coletivos e contribuem para o fortalecimento dos movimentos sociais visando o pleno exercício de novos direitos sociais.

Oscip é opção, não obrigação

O TCU reconhece que a qualificação de Oscip pode ser considerada um marco legal na definição e regulação das ONGs, mas que o universo qualificado como tal é ainda muito pequeno confrontado com o total de organizações não-governamentais, haja vista que a obtenção do título de OSCIP não é uma obrigação, mas uma opção da instituição.

As recomendações do relatório complementam o Acórdão nº 2066/2006 que determinou uma série de medidas ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, com vistas a dar maior transparência na transferência e aplicação de recursos públicos federais, e recomendou à Secretaria do Tesouro Nacional, o aperfeiçoamento nas normas que regem os convênios.

Entre as novas recomendações estão a alteração da Instrução Normativa da Secretaria do Tesouro Nacional IN STN 01/97, que disciplina a celebração de convênios, para que inclua a obrigatoriedade de estabelecer nos termos de convênio, os indicadores que deverão ser utilizados para a avaliação dos resultados efetivamente alcançados; a divulgação pela internet aos possíveis interessados da disponibilidade de recursos orçamentários a serem executados por meio de descentralização; e a obrigatoriedade de verificação in loco da execução física dos ajustes firmados nos casos de maior valor.

Os resultados da auditoria do TCU contém lições que podem qualificar melhor o debate público sobre a atuação das entidades não filantrópicas, esclarecendo melhor quem são e o que fazem as organizações de cidadania ativa no Brasil.

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Reservas de Desenvolvimento Sustentável do Mosaico Juréia-Itatins (SP) terão plano de manejo

16/07/2008 - Oficinas realizadas nas reservas de Barra do Una e Despraiado, no litoral sul de São Paulo, desde o final de junho, estão traçando, com a participação das comunidades caiçaras, um diagnóstico socioambiental para formular ações de gestão dessas áreas de conservação

O ISA, a Unicamp e a Fundação Florestal do Estado de São Paulo estão fazendo o diagnóstico sócio-econômico e cultural de duas reservas de desenvolvimento sustentável (RDS) que integram o Mosaico de Unidades de Conservação Juréia-Itatins, no litoral sul e Vale do Ribeira, em SP. Para tanto, estão realizando um ciclo de três oficinas. A primeira delas, denominada "Retrato da Comunidade", aconteceu de 30 de junho a 2 de julho, na RDS Barra do Una, com a presença de 50 pessoas e entre 4 e 6 de julho, na RDS Despraiado, com 40 participantes.

Informações sobre as populações de cada reserva, suas atividades produtivas e relações sociais foram os itens abordados pelos participantes. Além dos moradores, também participaram representantes de ONGs locais (Mongue, Pogoçá-Juréia, União dos Moradores da Juréia, Grupo Ecológico do Guaraú e Keep da Ocean Clean), dos conselhos deliberativos de cada RDS, veranistas, representantes da Secretaria de Meio Ambiente de Peruíbe, da Casa de Agricultura de Peruíbe, da prefeitura de Pedro de Toledo e técnicos dos organizadores das oficinas. A coordenação do plano de manejo ficará a cargo da Fundação Florestal e da Unicamp.

As áreas das atuais RDS integraram a Estação Ecológica de Juréia-Itatins por quase 20 anos. Nesse período, as comunidades caiçaras viveram em conflito com a estação, que por ser uma unidade de conservação impunha restrições de uso e ocupação. Além disso, a não concretização de processos de desapropriação previstos em lei agravavam os conflitos.

Com a criação das RDS e a ampliação da área da Estação Ecológica formando um grande mosaico de áreas protegidas com 110.813 hectares, graças à aprovação do PL nº 613/2004, em novembro de 2006, o grande desafio é desenvolver ações que permitam compatibilizar o desenvolvimento sócio-econômico e a qualidade de vida das populações com a conservação dos ecossistemas e recursos naturais. As oficinas têm por objetivo retratar a situação atual das comunidades, o uso dos recursos e do território e a partir daí fazer o planejamento futuro das ações para a gestão das RDS. (Saiba mais sobre o mosaico).

A segunda oficina, chamada "Território", deverá acontecer entre agosto e setembro próximos e a terceira, denominada "O futuro e a gestão da RDS" entre outubro e novembro.

 
 

Fonte: ISA – Instituto Socioambiental
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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