Panorama
 
 
 

DESMATAMENTO CONTRIBUI FORTEMENTE PARA O AQUECIMENTO GLOBAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2008

60ª Reunião da SBPC - 18/07/2008 - 17:53
Carlos Oiti avaliou de forma positiva os debates, e acrescentou que o tema foi tratado de maneira uniforme
O Ano Internacional do Planeta Terra também esteve em discussão na 60 ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que termina hoje (18), em Campinas (SP). O consultor do setor de energia e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), John Albuquerque Forman, atribui o aquecimento global a dois vetores importantes: um natural e outro a intervenção humana. "O aspecto natural se relaciona com a atividade solar, com o posicionamento do eixo da Terra em relação aos raios cósmicos. Nesse caso, o conhecimento ainda é bastante restrito", disse.

John Forman acrescenta que a atividade humana também é responsável pelo aquecimento da atmosfera, ao gerar os chamados gases de efeito estufa. "Frear a elevação da temperatura exigirá uma luta intensa. Temos um desafio muito difícil para superar", disse.

O diretor do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC/MCT), Pedro Leite, destaca que no Brasil o principal fator de preocupação é o desmatamento. De acordo com ele, 75% das emissões de gases está relacionado à derrubada de florestas. "Sabemos que se não houver alguma forma de compensar esse derrubada, com o crescimento da fixação de carbono em algum outro lugar, o dano, do ponto de vista do aquecimento global, é irreparável. Estamos numa fase em que é preciso colocar para a sociedade exatamente a questão: Ou tomamos atitude ou teremos que enfrentar uma elevação na temperatura que pode variar entre 3 e 4 graus dentro de alguns anos", advertiu.

Para Pedro Leite, uma das soluções para o problema passa pela mudança de hábito da população. "Não bastam só alternativas energéticas mais limpas. Temos que, seguramente, mudar paradigmas e valores da sociedade. Enquanto todos quiserem ter um ou dois carros, o problema não será resolvido. Mesmo que tenhamos uma fonte energética limpa, como a fusão nuclear, que só daqui a cem anos se tornará factível, ainda assim teremos o problema causado pelos equipamentos que serão utilizados pela sociedade", conclui.

O coordenador-geral de Unidades de Pesquisa do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Carlos Oiti, que coordenou a sessão, avaliou de forma positiva os debates e acrescentou que o tema foi tratado de maneira uniforme. "A questão climática foi debatida não como uma catástrofe, mas como uma oportunidade de aproveitamento e de troca de experiências", opinou.
Deográcia Pinto - Assessoria de Comunicação do MCT

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Desmatamento na Amazônia este ano será maior do que em 2007

60ª Reunião da SBPC - 18/07/2008 - 08:51
O diretor Inpe, Gilberto Câmara, conduziu os debates sobre o desmatamento da Amazônia
O desmatamento da região Amazônica este ano será maior do que o registrado nos anos de 2006 e 2007, segundo os dados do Deter. A afirmação foi feita pelo diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT), Gilberto Câmara, no simpósio Desmatamento na Amazônia: a visão dos diferentes setores da sociedade, realizado na tarde de ontem (17), na 60ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Campinas (SP).

Câmara disse que os dados ainda estão sendo coletados e analisados, “mas a queda na taxa de desmatamento verificada nos últimos três anos será interrompida este ano”. Ele explicou que essa taxa se refere ao denominado “corte raso”, que se refere “àquelas áreas nas quais a vegetação foi totalmente eliminada”.

O diretor do Inpe explicou que a polêmica em torno dos números do desmatamento gira em torno da metodologia de interpretação dos dados. As áreas florestais são monitoradas mensalmente. “Quando o satélite detecta o corte de árvores em alguma área, mas a floresta continua em pé, alertamos as autoridades do setor”, afirmou Câmara.

Ele pontuou que essa mesma área no monitoramento pode indicar a continuidade da ação devastadora ou não. Todavia, se a derruba prossegue chega à fase que o Inpe denomina de corte raso, ou seja, a degradação total da vegetação com dificuldade ou total possibilidade de reposição da cobertura vegetal. A taxa que apresenta esses números é apresentada uma vez por ano pelo Inpe.

A pesquisadora do Inpe Ana Paula Dutra apresentou no Simpósio as discussões e propostas para a questão do desmatamento resultantes de um encontro realizado em maio último, em Belém. “Lá estiveram os mais variados segmentos e instituições envolvidas na questão ambiental e o que podemos verificar é que as visões sobre essa problemática são tantas quantos são os atores envolvidos”. Para ela, porém, o problema de desmatamento, siga ele o caminho que seguir, desemboca na questão sócio-econômica.

O pesquisador Roberto Araújo Santos Júnior do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG/MCT) disse acompanhar a questão Amazônica há vários anos e acha também que a solução para o desmatamento é bastante complexa, “e passa pela construção de um novo modelo sócio-econômico”. Para ele, não basta reprimir a ação de madeireiros, pecuaristas, agricultores, industriais e outros atores. “A discussão é muito ampla e perpassa por muitos interesses, se ninguém concordar em ceder uma parte desses interesses não se irá a lugar algum”.
Ubirajara Jr - Assessoria de Comunicação do MCT

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Meio ambiente é destaque da reunião do Comitê Gestor da Rede de Pesquisas em Carvão Mineral

Desenvolvimento Sustentável - Membros do Comitê Gestor da Rede analisaram as prioridades para o setor - O secretário e Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência e Tecnologia (Setec/MCT), Guilherme Henrique Pereira, disse ontem (24), que o crescimento do setor de carvão mineral deve observar a sustentabilidade. "É preciso conservar a natureza, ser socialmente adequado e economicamente eficaz", disse o secretário, na abertura reunião do Comitê Gestor da Rede de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação em Carvão Mineral, realizada em Brasília.

"A mineração não pode poluir e isso ocorria em Santa Catarina", ressaltou o representante da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Carlos Hoffmann Sampaio. Ele destacou que a Rede de Pesquisa em Carvão Mineral deve dar atenção especial para o problema. "Temos que encontrar uma solução", pontuou Sampaio.

A reunião tem por objetivo avaliar o rendimento da Rede de Pesquisa em Carvão Mineral e planejar a agenda de ações e atividades para o período 2009-2010, previstas no programa Pró-Carvão. Esse programa visa desenvolver tecnologia para o setor carbonífero, que também é uma fonte energética. "Temos que trabalhar para que as empresas tenham competitividade, de maneira sustentável", ratificou o secretário da Setec.

O Comitê Gestor da Rede de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação em Carvão Mineral funciona como orientador das ações que deve ser implantadas pela Rede, que é a executora. "Esse comitê define as diretrizes e temos que fechar o Plano de Pesquisa da Rede para 2009 e 2010", acrescentou Guilherme Pereira.

Participam do encontro membros do Comitê Gestor da Rede, representantes do governo, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCT), do Centro de Tecnologia Mineral (Cetem/MCT), da Associação Brasileira do Carvão Mineral (ABCM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Também integram o Comitê, representantes do Grupo de Trabalho Interministerial de Integração de projetos federais de recuperação ambiental da Bacia Carbonífera do Sul do Estado de Santa Catarina, que é formado por ministérios das Minas e Energia, Meio Ambiente, Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e Advocacia Geral da União (AGU).
Fabio Lino - Assessoria de Comunicação do MCT

 
 

Fonte: Ministério da Ciência e Tecnologia
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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