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MINC ASSINA, EM BELÉM, PACTO PELA MADEIRA LEGAL E SUSTENTÁVEL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2008

18/07/2008 - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, assinou nesta sexta-feira (18), em Belém (PA), o Pacto pela Madeira Legal e Sustentável. Essa é a terceira ação acordada nos últimos meses pelo MMA no estabelecimento de acordos voluntários com os setores econômicos, para assegurar o consumo responsável e as bases para os investimentos em negócios sustentáveis. Já foram contemplados os setores da soja e do minério.

O ministro disse que as próximas ações a serem acordadas serão com os setores exportadores de carne e das indústrias paulistas, representadas pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp).

Durante o evento, Minc anunciou para o início de agosto o lançamento do Fundo Amazônia, uma ação de crescimento e fortalecimento da produção sustentável. Segundo ele, a previsão é que já no primeiro ano o Fundo tenha um orçamento de US$ 900 milhões de fonte de captação estrangeira. O recurso será empregado na gestão das florestas públicas e áreas protegidas, no manejo florestal sustentável, na conclusão do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) da Amazônia, no ordenamento da regularização fundiária, e na conservação das áreas desmatadas, disse.

Em Belém, as medidas anunciadas foram bem recebidas pelos presentes. Assinaram o pacto a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), José Conrado de Azevedo Santos, o presidente da Associação das Indústrias Exportadoras de Madeiras do Estado do Pará (Aimex), Manoel Pereira Dias, e o presidente do Grupo de Produtores Florestais Certificados da Amazônia (PFCA), Leandro dos Mártires Guerra.

Pelo acordo, a iniciativa privada se compromete a não comprar madeira oriunda de áreas desmatadas e a aumentar o rastreamento de suas matérias-primas, chegando inclusive na ponta de cadeias importantes, como a moveleira. Em contrapartida, o governo ajudará o setor a resolver gargalos que hoje comprometem o aumento dos investimentos industriais na região.

Como exemplo, Minc citou o pacote de medidas - chamado "destrava Ibama" - anunciado na quinta-feira, em Brasília, para agilizar, simplificar e ordenar o processo de licenciamento ambiental. A morosidade na liberação das licenças era uma das reclamações das empresas do Pará. Contudo, Minc afirmou que não haverá complacência para criminosos ambientais. "É possível ser mais ágil e mais rigoroso", defendeu.

O acordo prevê o compromisso entre os governos federal e do estado do Pará de estabelecerem como meta a realização de quatro milhões de hectares de concessões florestais, em florestas públicas federais ou estaduais até o final de 2009. Além disso, se responsabilizarão pelo desenvolvimento de esforços e articulações relacionados com a regularização ambiental e de gerenciamento dos assentamentos e das áreas de várzea, para viabilizar o manejo florestal comunitário tendo como objetivo a produção de madeira sustentável.

Os governos federal e estadual vão assumir ainda o compromisso de apresentar a regulamentação para a exploração de florestas plantadas nas áreas de reserva legal das propriedades situadas na Amazônia, no prazo de até 60 dias a contar da assinatura do acordo, e também garantir eficiência, transparência e agilidade no licenciamento ambiental, criando, no prazo de 60 dias, câmaras técnicas que, de forma participativa, trabalhem para a simplificação dos instrumentos de gestão ambiental.

Pelo pacto, as entidades empresariais assumem a responsabilidade de só adquirir produtos de origem florestal de fontes legais e sustentáveis, verificando a fonte de suprimento dos fornecedores.

Os produtos adquiridos devem vir de fontes legalizadas pelos órgãos ambientais competentes, acompanhados da Guia Florestal (GF) ou Documento de Origem Florestal (DOF). Se comprometem também a informar aos órgãos competente sobre eventuais irregularidades que possam comprometer a segurança dos sistemas de controle de produtos florestais ou ameacem as atividades na áreas de manejo.


As entidades não-governamentais e instituições de pesquisa participarão do acordo auxiliando no seu cumprimento por meio de atividades de monitoramento e de apoio às iniciativas de manejo florestal sustentável ou reflorestamento.

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Ministro do Meio Ambiente discute redução do nível de enxofre no diesel

21/07/2008 - Aida Feitosa - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, garantiu que o Ministério do Meio Ambiente trabalhará para o cumprimento da resolução do Conama 315/02, que estabelece para janeiro de 2009 prazo para redução de emissões causados por veículos automotores. Para cumprir os níveis de emissão do Conama, o diesel consumido no Brasil terá o teor de enxofre reduzido a 50 ppm (partes por milhão). Os níveis atuais vão de 500 ppm, nas regiões metropolitanas, e 2000 ppm, no interior. Em alguns países europeus, a taxa é de 10 ppm.

"O governo não provocará o plenário do Conama para mudar o prazo e o Ibama se comprometeu com o Ministério Público a não licenciar fora do padrão de emissão determinados", disse o ministro nesta segunda-feira durante reunião com com representantes da Petrobras, da Anfavea, ANP, MME, MDIC, MS, Sindicom e Fecombustíveis, no MMA.

Durante a reunião, o ministro destacou que o compromisso da resolução é reduzir emissões e que os agentes devem buscar alternativas. De acordo com a secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do MMA, Suzana Kahn, a principal preocupação do ministério é manter os ganhos ambientais conquistados nos 22 anos do Proconve (Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores).

Segundo a secretária, as principais dificuldades apresentadas pelos agentes, como distribuição de diesel com baixo teor de enxofre assim como a fabricação de motores aptos a receber o novo combustível, serão discutidos com mais detalhes em duas semanas. "Com as propostas formais apresentadas, tomaremos decisões para que a qualidade do ar não seja prejudicada", explicou.

A decisão do Conama tem por base inúmeros estudos que constataram que o enxofre é um dos principais componentes que provocam a poluição do ar. Também foi comprovado que o enxofre é um dos responsável pelas altas taxas de mortalidade precoce.

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MMA define data para o terceiro leilão do boi pirata

21/07/2008 - A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizará no dia 28 de julho novo leilão para vender o gado apreendido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em área de preservação da Amazônia. Será a terceira tentativa de comercializar 3.046 bovinos, cotados a R$ 3,151 milhões no leilão realizado hoje.

Na avaliação do Ministério do Meio Ambiente e do Ibama, três fatores contribuíram para a não comercialização do gado: o preço, o custo do transporte do rebanho devido à localização e o anúncio, feito por políticos da região, de que a retirada do gado não seria pacífica. "Toda a segurança necessária à retirada dos animais será dada ao ganhador do leilão", afirma o diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Flávio Montiel. O gado continua sob a guarda do governo federal e se encontra em boas condições de saúde, inclusive com a vacinação em dia.

O boi levado a leilão foi apreendido durante a Operação Boi Pirata. Essa operação vem forçando pecuaristas a retirarem mais de 10 mil cabeças de gado da Estação Ecológica da Terra do Meio, no município de Altamira (PA), por receio de também serem punidos pela criação ilegal de gado na unidade de conservação. Esse movimento causou aumento da oferta e conseqüente queda do preço do gado na região.

O Ministério do Meio Ambiente e Ibama reavaliarão o preço, considerando as circunstâncias de venda e o valor praticado na região. O novo preço será anunciado nesta quinta-feira e deverá cair substancialmente.

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Carta da Sociobiodiversidade reafirma compromissos com o setor

18/07/2008 - Lucia Leão - Os 230 participantes do "Seminário Nacional das Cadeias de Produtos da Sociobiodiversidade: Agregação de valor e consolidação de mercados sustentáveis" aprovaram nesta sexta-feira (18), no encerramento do evento, a "Carta da Sociobiodiversidade", que reafirma a importância de produtos da sociobiodiversidade tanto para a preservação socioeconômico-cultural das comunidades tradicionais e agricultores familiares que os manejam, como para a conservação da biodiversidade, para a segurança alimentar e nutricional de uma grande parcela de brasileiros e para o desenvolvimento econômico sustentável local, regional e nacional.

Na noite de quinta-feira (17) o ministro Carlos Minc foi ao evento e falou aos participantes do seminário sobre as iniciativas que já vêm sendo adotadas pelo ministério para valorizar os produtos e serviços da biodiversidade. Ele destacou a iniciativa do presidente Lula de incluir produtos extrativistas na política nacional de preço mínimo, mas lembrou que a medida ainda não ganhou efetividade porque falta estabelecer qual será esse preço, tarefa que cabe aos técnicos dos órgãos envolvidos com o tema - MMA, MDA, MDS e Conab - todos representados no evento.

O seminário reuniu comunidades tradicionais extrativistas de todo o País, empresários, técnicos dos governos federal, estaduais e municipais e representantes da comunidade acadêmica para finalizar a elaboração do Plano Nacional de Promoção das Cadeias da Biodiversidade, que deve ser oficializado por decreto do presidente Lula já no próximo mês de agosto. Ele estará organizado em eixos transversais e eixos finalísticos. Os primeiros compõem-se de linhas de ação e atividades relacionadas aos diferentes meios necessários para o fortalecimento e estruturação das cadeias produtivas. Os segundos estão relacionados à estruturação de cadeias e arranjos produtivos, considerando todas as etapas.

"Se conseguirmos colocar em prática 10% deste plano vamos fazer uma revolução", avaliou o empresário João Matos, um dos participantes do seminário. Proprietário da empresa Peraca, ele compra óleos essenciais de comunidades tradicionais da Amazônia para abastecer a indústria farmacêutica e cosmética.

"Empresários como ele já se sentem parte da cadeia tanto quanto as comunidades tradicionais de coletadores. Essa já é uma enorme conquista. Avançando em ações como de pesquisa e desenvolvimento tecnológico para melhorar a qualidade e produtividade, criação de linhas de crédito e outros incentivos oficiais que estão previstos no Plano os demais atores do mercado também começam a assumir seus papéis", acredita a diretora de Agroextrativismo da Secretaria de Desenvolvimento Rural Sustentável, Muriel Saragoussi.

São considerados produtos da sociobiodiversidade os gerados a partir de recursos da biodiversidade, voltados à formação de cadeias produtivas de interesse dos povos e comunidades tradicionais e de agricultores familiares, que promovam a manutenção e valorização de suas práticas e saberes, e assegurem os direitos decorrentes, gerando renda e promovendo a melhoria de sua qualidade de vida e do ambiente em que vivem.

O Plano Nacional de Promoção das Cadeias de Produtos da Sociobiodiversidade traça dez diretrizes estratégicas para nortear o desenvolvimento do setor:

- conservação e o uso sustentável da biodiversidade; o reconhecimento do direito de acesso dos povos e comunidades tradicionais e agricultores familiares aos recursos da biodiversidade e à repartição justa e eqüitativa de benefícios; a valorização e respeito da diversidade cultural e conhecimento tradicional; a promoção da segurança alimentar e nutricional a partir da alimentação diversificada; a agregação de valor socioambiental, com geração de emprego, renda e inclusão social; a criação de mercados regidos por valores de cooperação, solidariedade e ética; a abordagem de cadeias e arranjos produtivos com enfoque participativo, territorial e sistêmico como elementos de concepção e implementação do Plano; a promoção do empoderamento e controle social; a articulação intra e interinstitucional, e intersetorial; e o compartilhamento de responsabilidades entre os setores público, privado e a sociedade civil organizada.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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