Porto
Alegre (05/08/2008) - Prossegue agora pela manhã
o monitoramento da mancha de óleo, resultante
do vazamento ocorrido ontem à tarde (por
volta das 14h) em uma das monobóias da Transpetro,
em Tramandaí.
O chefe do escritório do
Ibama em Tramandaí, Kuriakin Toscan deve
se reunir agora pela manhã com técnicos
da empresa para verificar o deslocamento da mancha,
já que ventou muito durante a noite. Até
ontem à tarde ela não havia chegado
à praia, conforme observação
feita pelo analista ambiental do Ibama junto com
os técnicos da Transpetro depois de um sobrevôo
de helicóptero na região. O vazamento
foi resultado de uma operação de recuperação
de um mangote submarino de uma das monobóias.
O óleo encontrava-se retido no mangote.
O acidente ocorreu durante o mesmo procedimento
que causou o vazamento anterior de óleo na
monobóia em 22/05/2008, mas segundo Kuriakin
Toscan as proporções do acidente,
no entanto, são bem menores.
Imediatamente após o acidente
as equipes de emergência ambiental da Transpetro
comunicaram ao escritório do Ibama e iniciaram
as ações de controle e recolhimento
ao óleo que escapou. O Ibama é o responsável
pelo licenciamento do empreendimento.
Maria Helena Annes
Ascom/Ibama/RS
Foto: Kuriakin Toscan
+ Mais
Ibama multa proprietários
por barragem irregular
Vitória (01/08/08) - Fiscais
do Ibama atendendo a denúncias anônimas,
feitas através do Sistema Linha Verde, multaram
em R$ 20 mil dois proprietários de uma fazenda
que construíram uma barragem para irrigar
lavouras.A construção não possuía
Licenciamento Ambiental, o que caracteriza crime.
Cada um foi multado em R$ 10 mil. As autuações
ocorreram no Município de São Mateus,
no sul do Espírito Santo.
De acordo com os fiscais do Ibama,
a barragem estava desativada, mas com a falta de
chuva na região, os proprietários
multados, reativaram a represa, fazendo com que
o fluxo de água do rio diminuísse
consideravelmente deixando os demais agricultores
da região revoltados. Os impactos ambientais
desta ação ainda não foram
avaliados.
O agente do Ibama informou que
os proprietários podem regularizar a barragem
junto aos órgãos competentes. Um estudo
da região vai ser realizado e o pedido dos
mesmos analisado. O Ministério Público
Estadual também vai analisar a situação.
Porém, caso isso não ocorra a barragem
pode ser demolida.
Luciana Carvalho
Ascom Ibama/ES
+ Mais
Guardiões da Amazônia
embarga palmiteira e aplica mais de R$ 1,4 milhões
em multas no oeste do Pará
Brasília (1º/08/2008)
- Agentes do Ibama flagraram extração
ilegal de palmito de açaí, em Moraes
de Almeida, distrito de Itaituba, no oeste paraense,
há duas semanas. O flagrante da exploração
do palmito na zona rural de Moraes de Almeida forneceu
indicações que levaram a fiscalização
a uma indústria de palmito no distrito, que
foi autuada em R$ 1,3 milhão pelo depósito
de 6.628 quilos de palmito sem comprovação
de origem legal e teve as atividades embargadas.
Além do auto de infração
pelo depósito irregular, a empresa foi autuada
também por extrair 800 cabeças de
palmito de açaí, com multa aplicada
de R$ 96 mil. A equipe de fiscalização
estima em dois mil o número de açaizeiros
derrubados ilegalmente por dia.
A ação retirou 30
trabalhadores do local da extração.
Segundo as informações levantadas
pela equipe, os trabalhadores viviam em barracos
de lona em local isolado, sem sanitários,
não recebiam remuneração regularmente
e sua alimentação era descontada do
que lhes era devido como salário em vales
de estabelecimentos determinados pelos proprietários
da palmiteira, bem como as ferramentas necessárias
ao abate das palmeiras.
Nenhum dos trabalhadores utilizava
equipamentos de proteção individual,
a carga horária chegava a 12 horas por dia
e, ainda assim, eles estariam em dívida com
a empresa. Tais condições configuram
exploração de trabalho em condições
análogas à escravidão. O relato
da situação dos trabalhadores encontrados
na extração de palmito foi encaminhado
à Procuradoria Regional do Trabalho em Santarém.
O responsável pela empresa
tentou dificultar o trabalho dos fiscais. Mais de
seis toneladas de palmito em potes sem origem legal
encontrados na palmiteira no primeiro dia de fiscalização
na indústria foram retirados da empresa durante
a madrugada, enquanto o empreendimento ainda estava
sob fiscalização, e seu paradeiro
não foi localizado.
Além desse episódio,
na semana seguinte ao flagrante da extração
ilegal, com o Ibama ainda na região, o proprietário
da palmiteira providenciou para que os trabalhadores
retirados fossem levados de volta para a área
de exploração ilegal, que foi novamente
encontrada em atividade e embargada pelos fiscais.
Segundo os agentes do Ibama, o proprietário
da palmiteira negou ter vínculo com os trabalhadores
liberados, alegando que “por uma ‘atitude humanitária’
comprava o palmito deles, no intuito de ajudá-los”.
A operação Passagem,
nome dado à Guardiões da Amazônia
em Moraes de Almeida, conta com o apoio da Polícia
Militar do Pará. A logística das ações
no oeste paraense é coordenada pela fiscalização
da Gerência Executiva do Ibama em Santarém.
Christian Dietrich
Ascom/Ibama