Panorama
 
 
 

MINISTRO LANÇA ATLAS DE SENSIBILIDADE AMBIENTAL AO ÓLEO DA BACIA DE SANTOS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2008

01/08/2008 - Gisele Teixeira e Grace Perpétuo - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse hoje, no Rio de Janeiro, que a defesa de todas as formas de vida, de todas as espécies e de toda a biodiversidade precisa ser uma variável estratégica no planejamento econômico das atividades petrolíferas. "E felizmente isso está acontecendo", afirmou, durante o lançamento do Atlas de Sensibilidade Ambiental ao Óleo da Bacia Marítima de Santos, na sede do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP).

O documento foi elaborado pela Gerência de Qualidade Costeira e do Ar (GQCA) da Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, com a participação de diversos parceiros, e traz informações sobre o ecossistema e a ocupação de todas as regiões da bacia. São 33 Cartas de Sensibilidade Ambiental ao Derramamento de Óleo (Cartas SAO). A iniciativa reforça o compromisso do governo de mapear as nove grandes bacias sedimentares marítimas brasileiras.

"Não se previne acidentes ambientais com bóias de contenção, e sim com estratégia", disse Minc, acrescentando que isso significa migrar para tecnologias mais limpas, alterar itinerários e a localização de alguns empreendimentos e investir de forma pesada e séria em estudos como o que foi lançado hoje.

Segundo o ministro, o Atlas revela o que se pode fazer, como e onde, e quais os impactos na biodiversidade. "Esse é o caminho da responsabilidade", disse Minc. Ele acrescentou que se houvesse um trabalho como esse há mais tempo algumas atividades não estariam localizadas onde estão hoje, como o Terminal Tebig, da Petrobras, que fica na Baía de Ilha Grande, em Angra dos Reis. "Absurdamente, esse terminal fica próximo de pontos como a Lagoa Azul e áreas de ecoturismo, mas temos que aprender com o passado", acrescentou.

O Atlas integra o Plano Cartográfico estabelecido pelo MMA e Ibama - em conjunto com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) -, que inclui também o Atlas de Sensibilidade Ambiental ao Óleo das Bacias Sedimentares Marítimas do Ceará e Potiguar, lançado em 2004. Estão em preparação outros sete produtos similares para as bacias de Sergipe-Alagoas/Pernambuco-Paraíba, do Sul da Bahia, do Espírito Santo, da Foz do Amazonas, do Pará-Maranhão-Barreirinhas, de Pelotas e de Campos.

As publicações compõem a base do Plano Nacional de Contingência a Derrame de Óleo (PNC) - que, por determinação legal, é de atribuição do MMA: com a aprovação da Lei nº 9.966 (Lei do Óleo) em 2000, foi atribuída ao ministério a responsabilidade de identificar, localizar e definir limites das áreas ecologicamente sensíveis à poluição por óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas sob jurisdição nacional.

Os atlas possibilitarão ao governo estabelecer medidas preventivas aos derramamentos de petróleo; e dar uma resposta organizada, rápida e eficaz em caso de acidentes dessa natureza. As águas jurisdicionais da costa brasileira são prioritárias nesse processo, uma vez que mais de 80% de todas as atividades que envolvem petróleo e gás se localizam no litoral.

As Cartas SAO foram elaboradas de acordo com as Especificações e Normas Técnicas para Elaboração de Cartas de Sensibilidade Ambiental, definidas em 2004 pelo MMA em conjunto com o Ibama e a ANP. Os estudos incluem informações geomorfológicas, coleta de dados no local e imagens de satélites, entre outras.

O mapeamento inclui três escalas: a estratégica (1:500.000), a tática (1:150.000) e a operacional (1:50.000). Já os índices de sensibilidade ambiental variam de 1 a 10: quanto maior o algarismo, maior a sensibilidade. O índice 10, por exemplo, envolve deltas, margens de rios, manguezais, banhados e brejos - os mais difíceis de limpar em caso de vazamento - ao passo que o índice 1 abrange formações rochosas, falésias e estruturas artificiais lisas, entre outros de relativa facilidade na limpeza.

O lançamento do atlas contou também com a presença da secretária executiva do MMA, Izabela Teixeira, da secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental, Suzana Kahn; da secretária de Biodiversidade e Florestas, Maria Cecília Wey de Brito, e também do diretor do Departamento de Qualidade Ambiental, Rudolf de Noronha, e do gerente de Qualidade Costeira e do Ar, Ademilson Zamboni.

+ Mais

Vencedor da licitação em Jamari pode sair no final de agosto

06/08/2008 - O Serviço Florestal Brasileiro publicou nesta quarta-feira (6) o resultado da avaliação técnica das novas propostas para manejo florestal sustentável na Floresta Nacional de Jamari, em Rondônia. Após a análise dos documentos, foram classificadas as empresas Porto Junior, Sakura e o consórcio liderado pela empresa Alex Madeiras. O consórcio dirigido pela ZN foi desclassificado por não apresentar os documentos exigidos, já a empresa Amata estava classificada desde a primeira fase técnica.

As propostas técnicas foram abertas nessa terça-feira (6) em uma sessão pública, em Brasília, e o resultado da licitação está previsto para o final de agosto, após análises das ofertas de preço.

A fase de avaliação técnica considera as condições socioambientais dos projetos de intervenção na área, como menor impacto à biodiversidade, inclusão social, maior número de empregos. Segundo a Lei de Gestão de Florestas Públicas, para esse critério, cada licitante pode acumular até 600 pontos, de um total de mil. A pontuação restante é atribuída ao preço.

A Comissão Especial de Licitação avaliou da seguinte maneira as propostas técnicas apresentadas:

A partir de quinta-feira (7) começa a contar o prazo de 5 dias úteis para recurso, período onde as empresas podem se manifestar caso não concordem com a decisão da Comissão Especial de Licitação. Trata-se de um direito, previsto em Lei, que garante aos participantes de processos licitatórios contestarem a documentação apresentada por uma ou mais concorrentes.

Concessões - O Serviço Florestal Brasileiro abriu no dia 14 de dezembro de 2007 o primeiro edital de licitação para concessões florestais para manejo sustentável do Brasil. A área beneficiada foi a Floresta Nacional do Jamari, em Rondônia.

Durante os 45 dias que o edital ficou aberto, o Serviço Florestal recebeu 19 propostas de 14 empresas dos estados de Rondônia, São Paulo, Bahia e Pará. As propostas foram abertas, em sessão pública, no dia 9 de janeiro de 2008, da qual participaram representantes das empresas, do setor público, imprensa e observadores.

Os vencedores da licitação serão apontados segundo critérios de preço e socioambientais, o que é uma peculiaridade dos editais para concessão florestal. Os critérios socioambientais terão maior pontuação que o preço e os técnicos são divididos em quatro temas: maior benefício social, menor impacto ambiental, maior eficiência e maior agregação de valor local. Eles servirão para eliminar, classificar ou bonificar as propostas.

Cada unidade de manejo florestal terá um vencedor, que assinará um contrato de 40 anos. O concessionário deverá conservar a área e poderá explorar com técnicas de manejo sustentável produtos florestais como madeira, óleos, sementes, resinas, etc, além de oferecer serviços como ecoturismo e esporte de aventura.

Os recursos arrecadados com a concessão serão empregados na fiscalização, monitoramento e controle das áreas licitadas. Uma parcela de até 30% do montante que for arrecadado com a licitação será, segundo previsto na lei, destinada ao Serviço Florestal e ao Ibama.

O restante, pelo menos 70%, será destinado ao Instituto Chico Mendes - gestor da unidade -, ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal, ao estado de Rondônia e aos municípios onde se localizam as áreas manejadas. Esses recursos compartilhados deverão, obrigatoriamente, ser aplicados em ações de conservação e uso sustentável das florestas.

+ Mais

MMA quer prioridade dos governos amazônicos ao ZEE Regional

06/08/2008 - Lúcia Leão - Os secretários de Planejamento dos estados amazônicos discutem nesta quinta-feira (7), em reunião da Regional Amazônia do Conselho Nacional de Secretários de Planejamento (Conseplan) que acontece em Cuiabá-MT, a participação dos estados na elaboração do Macrozoneamento Ecológio-Econômico da Amazônia, que está sendo feito pelo Consórcio ZEE sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente. Mais do que a soma dos zoneamentos estaduais, o ZEE regional vai definir as estratégias de ocupação territorial e de desenvolvimento sustentável para toda a região bem como as obras de infra-estrutura necessárias para viabilizá-las.

Segundo o coordenador do ZEE Brasil Roberto Vizentin, o zoneamento ecológico-econômico da Amazônia vai "espacializar" o Programa Amazônia Sustentável (PAS), definir onde fomentar cada tipo de atividade, desenhar os melhores canais de escoamento de produção, identificar demandas de comunicação e de prestação de serviços públicos, como educação e saúde, entre outros tipos de intervenções previstas no programa para promover o desenvolvimento regional de bases sustentáveis.

"O Macrozoneamento da Amazônia é pré-requisito para as intervenções do Poder Público na região e especialmente para as estratégias definidas no PAS. A nossa expectativa é que o Conseplan Amazônia decida dar prioridade máxima para o ZEE Regional como feito, na sua última reunião, com os zoneamentos estaduais que, onde não foram aprovados, estão em fase bem adiantada de elaboração".

+ Mais

Decisão judicial sobre boi pirata deve sair na próxima semana

06/08/2008 - Daniela Mendes - O desembargador Antônio Souza Prudente deve anunciar até a próxima quarta-feira (13) sua decisão a respeito do leilão de gado apreendido pela operação Boi Pirata do Ibama, em junho.

Na tarde de hoje, o ministro Carlos Minc teve uma reunião com o desembargador onde solicitou que ele reconsidere duas liminares concedidas pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região ao fazendeiro Lourival Novaes Medrado Santos, proprietário dos bois apreendidos dentro da Estação Ecológica da Terra do Meio, em Altamira, no Pará.

A primeira liminar manteve o leilão para a venda dos bois, mas suspendeu o perdimento do rebanho que havia sido decretado pela Justiça Federal em Altamira. Assim, o Ibama pode leiloar o gado, mas terá de depositar judicialmente o valor até a sentença. A segunda liminar vetou o deságio de 60% para o terceiro leilão e determinou que o lance mínimo não fosse inferior aos R$ 3,151 milhões fixados para o leilão anterior.

Segundo Minc, o desembargador foi receptivo aos argumentos apresentados e afirmou que até a próxima quarta-feira deverá proferir sua decisão. "A decisão do desembargador é totalmente individual e com base na lei. Ele é um conhecedor do direito ambiental e tenho certeza que a causa ambiental está em boas mãos", afirmou Minc após o encontro.

Para Minc, o importante não é ter vitoriosos ou perdedores individuais, e sim que "não prevaleça a idéia de que uma pessoa possa entrar numa terra que não é dela, que é uma reserva, desrespeitar ordens de juízes e ficar por isso mesmo", defendeu.

+ Mais

Câmara de Compensação Ambiental faz primeira reunião

07/08/2008 - Gisele Teixeira - A Câmara Federal de Compensação Ambiental (CFCA) realiza sua primeira reunião no dia 20 de agosto, no Ministério do Meio Ambiente. Em pauta, o regimento interno e o início das discussões sobre as novas regras para o cálculo do valor da compensação ambiental.

A idéia é que governo e sociedade se reúnam mensalmente para deliberar sobre a utilização desses recursos, que são aqueles pagos pelo empreendedor para compensar o impacto ambiental causado pela obra.

De acordo com portaria publicada em julho no Diário Oficial, além do MMA e Ibama, a Câmara é composta por representantes da sociedade civil da Abema, Anamma, Confederação Nacional da Indústrias (CNI), Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras e Fórum Brasileiro de Ongs, Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Fboms).

De acordo com a secretária de Biodiversidade e Florestas, Maria Cecília Wey de Brito, já foram enviadas correspondências para que estas entidades indiquem o nome dos titulares e suplentes na Câmara.

Entre outras atribuições, a CFCA será responsável por propor critérios de graduação de impactos ambientais para fim de cálculo do valor devido a título de compensação ambiental, bem como examinar e decidir sobre a aplicação dos recursos e medidas destinados à compensação ambiental a serem utilizados nas unidades de conservação existentes ou a serem criadas, apresentadas pelo Instituto Chico Mendes e pelos demais órgãos ambientais. Para este ano, a câmara terá que deliberar sobre R$ 200 milhões destinados às unidades de conservação.

A câmara conta com uma secretaria executiva, a cargo da Diretoria de Áreas Protegidas da Secretaria de Biodiversidade e Florestas (SBF) do MMA, que prestará apoio técnico e administrativo ao seu funcionamento e deverá assessorar a presidência da CFCA nos assuntos de sua atribuição, executar os trabalhos técnicos e administrativos e propor as rotinas necessárias ao seu funcionamento, estabelecer a interlocução com empresas cujas licenças contenham a condicionante da compensação ambiental, entre outras atividades.

A iniciativa da participação social já vem ocorrendo em nível estadual no Rio de Janeiro e sua escala nacional vai permitir que tanto os gestores de unidades de conservação quanto os empreendedores tenham mais clareza na aplicação dos recursos.

+ Mais

FNMA apóia oficina do mosaico do Baixo Rio Negro

08/08/2008 - Acontece nos dias 12 e 13 de agosto, em Manaus, a I Oficina do Mosaico de Áreas Protegidas do Baixo Rio Negro, realização do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ) com o apoio do Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA).

A oficina visa integrar instituições envolvidas na gestão de Unidades de Conservação (UCs) do Baixo Rio Negro, comunidades rurais e organizações da sociedade civil no que diz respeito à sua gestão. A partir da troca de experiências, pretende-se conhecer o atual estágio de cada UC presente no Baixo Rio Negro, assim como algumas experiências de territórios sociais. Além desse debate, haverá um intercâmbio entre outros dois mosaicos de Unidades de Conservação: do Amapá e do Grande Sertão Veredas.

É mais um passo para envolver os atores sociais na gestão compartilhada do mosaico e em direção à elaboração e implementação do plano de Desenvolvimento Territorial com Bases Conservacionistas (DTBC). A iniciativa pretende ainda contribuir para a implementação e consolidação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC).

O projeto "Mosaico de Unidades de Conservação no Baixo Rio Negro" é apoiado pelo FNMA por meio do Edital nº 01/2005.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

Universo Ambiental  
 
 
 
 
     
SEJA UM PATROCINADOR
CORPORATIVO
A Agência Ambiental Pick-upau busca parcerias corporativas para ampliar sua rede de atuação e intensificar suas propostas de desenvolvimento sustentável e atividades que promovam a conservação e a preservação dos recursos naturais do planeta.

 
 
 
 
Doe Agora
Destaques
Biblioteca
     
Doar para a Agência Ambiental Pick-upau é uma forma de somar esforços para viabilizar esses projetos de conservação da natureza. A Agência Ambiental Pick-upau é uma organização sem fins lucrativos, que depende de contribuições de pessoas físicas e jurídicas.
Conheça um pouco mais sobre a história da Agência Ambiental Pick-upau por meio da cronologia de matérias e artigos.
O Projeto Outono tem como objetivo promover a educação, a manutenção e a preservação ambiental através da leitura e do conhecimento. Conheça a Biblioteca da Agência Ambiental Pick-upau e saiba como doar.
             
       
 
 
 
 
     
TORNE-SE UM VOLUNTÁRIO
DOE SEU TEMPO
Para doar algumas horas em prol da preservação da natureza, você não precisa, necessariamente, ser um especialista, basta ser solidário e desejar colaborar com a Agência Ambiental Pick-upau e suas atividades.

 
 
 
 
Compromissos
Fale Conosco
Pesquise
     
Conheça o Programa de Compliance e a Governança Institucional da Agência Ambiental Pick-upau sobre políticas de combate à corrupção, igualdade de gênero e racial, direito das mulheres e combate ao assédio no trabalho.
Entre em contato com a Agência Ambiental Pick-upau. Tire suas dúvidas e saiba como você pode apoiar nosso trabalho.
O Portal Pick-upau disponibiliza um banco de informações ambientais com mais de 35 mil páginas de conteúdo online gratuito.
             
       
 
 
 
 
 
Ajude a Organização na conservação ambiental.